Ex-presidente Jair Bolsonaro cancela visita à Paraíba após ser alvo da Polícia Federal

Foto: Alan Santos/PR

O ex-presidente Jair Bolsonaro cancelou a visita que faria à Paraíba nesta sexta-feira (16). Em nota, divulgada nesta terça-feira (13), o PL da Paraíba afirmou que uma nova data será divulgada e que a decisão ocorre após Bolsonaro ser alvo de operação da Polícia Federal.

“Em função dos acontecimentos que ocorreram na semana passada, em que foram imputadas acusações infundadas contra o presidente Jair Bolsonaro, ele vai realizar um ato pacífico na avenida Paulista, em São Paulo, no próximo dia 25, para apresentar a verdade dos fatos”, diz a nota do PL.

O partido convoca os militantes da direita a prestarem apoio a Bolsonaro.

Bolsonaro chegaria na sexta-feira, ao Aeroporto Internacional Castro Pinto. Na mesma data, a partir das 17h, Bolsonaro receberia o título de cidadão pessoense na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP).

No dia seguinte, o ex-presidente continuaria na capital paraibana para mais ações, desta vez, voltadas ao público. Ele se reuniria com apoiadores e lideranças políticas no ginásio do Clube Cabo Branco.




Rodrigo Maia diz que Bolsonaro ‘estourou a corda’ com discursos no 7 de Setembro

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante café da manhã com parlamentares na Confederação da Agricultura e Agropecuária do Brasil.

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (sem partido), afirmou em entrevista nesta quarta-feira (8), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “estourou a corda” ao adotar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante seus discursos nos atos de 7 de Setembro.

“Ontem, o presidente Bolsonaro, sem dúvida nenhuma, não esticou a corda, ele estourou a corda. O que eu acompanhei desde ontem é um encaminhamento claro para um isolamento do presidente. Todos começaram a entender que não dá mais”, disse o atual secretário de projetos e ações estratégicas do governo de São Paulo.

Bolsonaro falou aos apoiadores presentes na Praça dos Três Poderes, em Brasília, e também na Avenida Paulista, em São Paulo, nesta terça-feira (7). Em sua primeira fala, em Brasília, Bolsonaro afirmou que quem não respeita a Constituição deve “ser enquadrado” ou “pedir para sair”. Ele não citou nominalmente nenhum ministro do Supremo.

No entanto, durante a tarde, na Avenida Paulista, o presidente afirmou que não cumprirá mais decisões do ministro Alexandre de Moraes.

Na avaliação de Maia, as ameaças ao Supremo feitas por Bolsonaro são “covardes”. “Esse tipo de ameaça que o presidente Bolsonaro faz não é de um homem de coragem, é de um covarde. Eu tenho me convencido de que ele é muito mais covarde do que corajoso. Esse tipo de covardia precisa de reação forte.”

Ainda segundo Maia, ao não acatar decisões do Supremo, o presidente incorre em crime de responsabilidade, o que é passível de impeachment. “Decisão não acatada é crime de responsabilidade (…) Se ele não cumprir decisões, o presidente da Câmara deverá deferir um pedido de impeachment.”




Ex-presidente da Câmara de Sobrado deposita cheque sem fundo para devolver duodécimo

O ex-presidente da Câmara de Vereadores de Sobrado, João Rodolfo, teria passado cheque sem fundo para devolver à Prefeitura Municipal recursos referentes ao duodécimo que a Casa não utilizou no exercício de 2020. Apesar da orientação ser de o reembolso ocorrer via transferência bancária, o parlamentar ignorou a recomendação e realizou a transação via cheque.

O depósito foi feito em 30 de dezembro e em 6 de janeiro, a instituição financeira devolveu o documento pela falta do recurso na conta municipal. O então presidente da Câmara deveria reembolsar a Prefeitura no valor de R$8 mil, mas o recurso não foi localizado.

A ação, além de mostrar falta de zelo do parlamentar pelo dinheiro público, aponta ainda a falta de transparência, princípio fundamental que deve ser norteador para ocupantes de cargos na administração. O duodécimo é repassado pela Prefeitura ao Poder Legislativo, que deve utilizar valores para atender às demandas internas.

O saldo remanescente deve ser devolvido ao Poder Executivo. Em caso de descumprimento da obrigação, o Poder Executivo pode acionar o Judiciário para que decisão judicial respalde sua pretensão. A não devolução do valor do duodécimo que não foi utilizado também pode implicar na rejeição das contas da respectiva Câmara.

 




Xeque-Mate; Justiça nega pedido de liberdade ao ex-presidente da Câmara de Cabedelo

Na sessão desta terça-feira (17), a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba denegou a ordem no Habeas Corpus com Pedido de Liminar nº 0801126-63.2020.815.0000 impetrado pela defesa do ex-presidente da Câmara Municipal de Cabedelo, Lúcio José do Nascimento Araújo, denunciado no desdobramento da “Operação Xeque-Mate”. O processo originário nº 0000264-03.2019.815.0731 tramita na 1ª Vara da Comarca de Cabedelo, no qual o paciente responde juntamente a outras 25 pessoas, acusadas de integrarem uma organização criminosa atuante nos poderes Executivo e Legislativo de Cabedelo.

O relator do HC foi o juiz convocado João Batista Barbosa. Também participaram do julgamento os desembargadores Ricardo Vital de Almeida e Joás de Brito Pereira Filho (presidente do Colegiado). A decisão unânime da Câmara Criminal foi em harmonia com o parecer do Ministério Público.

Em síntese, o impetrante alegou está sofrendo constrangimento ilegal decorrente do excesso de prazo na medida cautelar que, nos autos nº 0000264-03.2019.815.0731, afastou-lhe das funções públicas. Requereu, ainda, a invalidação da referida medida cautelar com a consequente recondução do cargo de auditor municipal para que “não se configure uma antecipação de pena ou usurpação das funções do Poder Legislativo”.

Segundo o relator do HC, o Juízo de primeiro grau informou que os autos em desfavor do paciente já se encontram com a instrução encerrada, aguardando a apresentação das alegações finais das defesas dos réus colaboradores também denunciados, o ex-prefeito de Cabedelo, Wellington Viana de França, mais conhecido como Leto Viana, e o empresário do ramo de segurança, Marcos Antônio Silva dos Santos.

“Diante de tais considerações, o aparente excesso de prazo na suspensão de suas funções públicas se dá em razão de particularidades do caso em concreto, notadamente, por se tratar de feito complexo, atrelado à pluralidade de réus envolvidos em diversos episódios criminosos decorrentes da Operação”, comentou o juiz convocado João Batista Barbosa.

Operação – Os denunciados na Xeque-Mate, deflagrada em abril de 2018, estão incursos no artigo 2º, caput e § 4º, inciso II da Lei nº 12.850/2013. A Operação teve à frente o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com objetivo de desarticular um esquema de corrupção na administração pública do Mmunicípio de Cabedelo, localizado na região da Grande João Pessoa. Segundo a denúncia, vereadores recebiam dinheiro do então prefeito, Leto Viana, para manter uma base que favorecesse o ex-gestor municipal no poder. A Operação já está na sexta fase.