Robert Trump, o irmão mais novo do presidente dos EUA, morre aos 71

 

O presidente Donald Trump emitiu a seguinte declaração sobre o falecimento de seu irmão mais novo, Robert Trump:

“É com grande pesar que compartilho que meu maravilhoso irmão, Robert, faleceu pacificamente esta noite. Ele não era apenas meu irmão, ele era meu melhor amigo. Sentiremos muita falta dele, mas nos encontraremos novamente. Sua memória viverá em meu coração para sempre. Robert, eu te amo. Descansa em paz”.

Robert Trump, 71, o irmão mais novo do presidente, foi internado no hospital na sexta-feira e descrito como “muito doente”, segundo fontes.

Nenhum outro detalhe foi conhecido, mas foi relatado anteriormente que ele estava em estado crítico no New York Presbyterian / Weill Cornell Medical Center no Upper East Side de Nova York.

“Eu tenho um irmão maravilhoso”, disse o presidente Trump em entrevista coletiva na sexta-feira. “Temos um ótimo relacionamento há muito tempo, desde o primeiro dia. Foi à muito tempo. E agora ele está no hospital. E espero que ele esteja bem, mas ele é legal, ele está passando por um momento difícil. . ”

Trump o visitou, um de seus quatro irmãos, depois de voar para Nova Jersey e, em seguida, pegar um helicóptero para Manhattan.

“Estou indo para o hospital”, disse Trump ao pousar em Nova Jersey. “Eu espero que você esteja bem”.

A Casa Branca não divulgou detalhes sobre o motivo da hospitalização de Robert Trump, mas as autoridades disseram que ele estava gravemente doente.

Robert Trump teria passado uma semana na unidade de terapia intensiva próxima ao Hospital Mount Sinai em junho.

Robert Trump já havia trabalhado para seu irmão mais velho na Trump Organization e recentemente abriu um processo em nome da família Trump para impedir a publicação de um livro revelador de uma sobrinha do presidente intitulado “Too Much Is Never Enough”.

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EUA realizam operação de “liberdade de navegação” no Caribe para desafiar a Venezuela

 

A Marinha dos EUA realiza uma operação militar sob o pretexto de proteger a “liberdade de navegação” no Caribe para desafiar a “demanda marítima excessiva da Venezuela”

247 – A manobra militar da Marinha estadunidense no Caribe é liderada pelo destróier de mísseis guiados da classe Arleigh Burke, ‘USS Pinckney’ (DDG 91), um dos maiores e mais poderosos já construídos nos Estados Unidos.

Durante a operação anterior, em 23 de junho, os EUA garantiram que permaneciam “fora das 12 milhas marítimas da costa venezuelana”. No entanto, o navio navegou por uma área que a Venezuela afirma ser sua.

“Vamos exercer nosso direito legal de navegar livremente em águas internacionais sem aceitar reivindicações ilegais”, disse o almirante Craig Faller, comandante do Comando Sul dos EUA.

Desde abril, as forças navais dos EUA estão ao largo da costa da Venezuela como parte de uma “operação antidrogas” nas águas do Caribe.

Na semana passada, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que essas operações, realizadas em colaboração com os “principais parceiros regionais” como a Colômbia, levaram a “1.000 prisões e apreensão de 120 toneladas de narcóticos, que custam milhões de dólares “, supostamente destinados a” financiar “o presidente venezuelano, a quem Washington acusa sem evidência de usar” os benefícios da droga para manter seu poder “.

Após essas indicações, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, repudiou as “acusações sujas, sujas e falsas” contra o país sul-americano e considerou que eles apenas buscam “ganhar votos para a reeleição de Donald Trump”, informa RT.

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Em novo recorde, EUA registram mais de 66 mil casos de Covid-19 em 24h

O país registrou a marca de 60 mil novos casos em quatro dias na última semana

donald de trump de máscara
Reprodução/CNN

O presidente Donald Trump usou máscara pela primeira vez em público

A Universidade Johns Hopkins afirma que os Estados Unidos bateram novo recorde de registro de casos de Covid-19 em um dia. No último sábado (11), foram 66.528 novos infectados pelo novo coronavírus . Na sexta (10), foram 71 mil novos casos em 24 horas .

Em quatro dias na última semana, quase que seguidos, o epicentro da pandemia no mundo registrou 60 mil novos casos em 24 horas. Agora, o país tem 3,2 milhões de pessoas infectadas. Os mortos chegam a 135 mil, sendo 760 no último dia.

A Flórida é um dos estados com cenários mais preocupante e registrou 10.360 novas infecções e 95 óbitos. No entanto, isso não impediu o estado de reabrir dois parques temáticos da Disney World, em Orlando.

Trump de máscara

Pela primeira vez, o presidente do país, Donald Trump , fez uso de máscara em público. A visão era tentar amenizar sua imagem negativa diante do combate à Covid-19 .

no entanto, fontes afirmaram à imprensa que os assessores de Trump precisam implorar para que o presidente usasse o equipamento.

Mesmo em meio ao cenário, o presidente assinou a  saída oficial do país da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta semana.

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Maia ironiza fuga de Weintraub: ‘primeira vez que alguém diz estar exilado e tem o apoio do governo’

O presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ironizou o ex-ministro Abraham Weintraub que afirmou ser perseguido no Brasil, apesar de ter apoio do governo

Rodrigo Maia e Abraham Weintraub
Rodrigo Maia e Abraham Weintraub (Foto: ABr)

247 – O presidente da Câmara de Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ironizou o ex-ministro Abraham Weintraub que afirmou ser perseguido no Brasil, apesar de ter apoio do governo.

Maia ainda disse que “ninguém está sentindo falta dele no Ministério da Educação. Ninguém queria que ele ficasse no Brasil de qualquer jeito, porque, de fato, é uma pessoa que mais atrapalhou do que ajudou.”

“Eu não entendi por que…ele tava fugindo de alguém? Estranho, não é? Vai ser a primeira vez na história que alguém diz que está exilado e tem o apoio do governo”, disse. “Geralmente é o contrário. As pessoas fogem porque estão sendo perseguidas por um governo”, reforçou.

Na sexta-feira, 19, Weintraub fugiu para Miami e estava nos EUA quando foi oficializada no Diário Oficial da União. Nesta terça-feira, 23, Jair Bolsonaro retificou a exoneração do ex-ministro no Diário Oficial da União (DOU). A retificação afirma que a exoneração do ministro teria início no dia 19 de junho, e não no dia 20, quando foi publicada a decisão anterior em edição extra do DOU.

 Brasil 247




Trump reclama de ‘extremismo radical’ e admite que reduziu testes para esconder casos de Covid-19

Por G1

 

O presidente Donald Trump discursa no BOK Center, em Tulsa (Oklahoma) — Foto: Sue Ogrocki / AP Photo

O presidente Donald Trump discursa no BOK Center, em Tulsa (Oklahoma) — Foto: Sue Ogrocki / AP Photo

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retomou sua campanha eleitoral em Tulsa, Oklhoma, com um comício com aglomerações em um período ainda crescente disseminação de coronavírus no país. Durante discurso aos seus seguidores ele reclamou do “extremismo radical” dos democratas e admitiu ter ordenado reduzir os testes de detecção de Covid-19 para reduzir número de casos.

“Os democratas querem preencher os tribunais com extremistas”, disse Trump em seu primeiro comício após à pandemia.

O presidente norte-americano voltou aos seus tópicos favoritos: as desqualificações de seu rival nas eleições presidenciais de novembro, o candidato democrata Joe Biden; culpar a China por não ter controlado a propagação do vírus; e reivindicar como presidente da ‘lei e ordem’.

“Se Biden chegar ao poder, será o fim dos EUA, já que é controlado pela esquerda radical”, afirmou.

O encontro ocorreu em um clima de forte tensão, uma vez que foi o maior evento em um espaço fechado – um estádio com capacidade para 19.000 pessoas – nos EUA desde o início da pandemia.

O presidente Donald Trump discursa no BOK Center, em Tulsa (Oklahoma) — Foto: Nicholas Kamm / AFP

O presidente Donald Trump discursa no BOK Center, em Tulsa (Oklahoma) — Foto: Nicholas Kamm / AFP

Sem máscaras e distanciamento social

O complexo BOK Center não lotou. Houve distribuição de máscaras, mas ninguém foi forçado a usar a proteção. Pelas imagens divulgadas pelas agências internacionais de notícias, também não houve distanciamento social dentro do complexo.

Maior parte dos apoiadores do presidente Donald Trump dispensou máscaras e não obedeceu ao protocolo de distanciamento social — Foto: Evan Vucci / AP Photo

Maior parte dos apoiadores do presidente Donald Trump dispensou máscaras e não obedeceu ao protocolo de distanciamento social — Foto: Evan Vucci / AP Photo

Sem processo

Para participar do comício foi necessário comprometer-se a não processar a equipe eleitoral de Trump, mesmo que alguém contraia Covid-19 no local.

Um outro evento próximo ao local utilizado pelo bilionário americano, organizado pela equipe do vice-presidente Mike Pence, foi suspenso por falta de gente.

A pandemia já matou mais de 119.000 pessoas e infectou 2,2 milhões nos EUA. Neste sábado, foram registrados mais 30 mil contaminados.

Redução nos testes

Trump defendeu seu plano de fechar as fronteiras e mostrou ceticismo sobre os testes para saber a magnitude do contágio.

Em um comentário surpreendente, ele enfatizou que os testes são uma “faca de dois gumes”, porque quando mais testes são feitos mais casos são detectados.

“Testar é uma faca de dois gumes. Testamos até agora 25 milhões de pessoas. Provavelmente são 20 milhões a mais do que qualquer outro país. Aqui está a parte ruim: quando você faz tantos testes, encontra mais pessoas, encontra mais casos. Então, eu disse ao meu pessoal: diminuam os testes, por favor”, completou.

Realizar uma manifestação em um espaço fechado contradiz as recomendações de especialistas dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), cuja orientação é evitar grandes reuniões presenciais onde é difícil manter pelo menos dois metros de distâncias das pessoas.

O local escolhido por Trump para retomar sua campanha pela reeleição é o mesmo de um dos piores massacres de afro-americanos da história, ocorridos em 1921, quando até 300 negros morreram nas mãos de grupos brancos.

“Somos o partido de Abraham Lincoln e o partido da lei e da ordem”, disse Trump, referindo-se ao presidente republicano que promoveu a abolição da escravidão no meio da guerra civil (1861-1865).

Pena para quem pisar na bandeira

Sobre os protestos generalizados, que causaram a destruição de estátuas e monumentos da Confederação, o presidente foi direto ao acusar manifestantes de “anarquistas e incendiários”.

“Eles querem demolir nossa herança … Deveríamos ter legislação para que, se alguém quiser queimar a bandeira e pisar nela, seja preso por um ano”, afirmou.

Mais comícios

Depois de Oklahoma, Trump voltará à estrada nas próximas semanas com comícios para sua campanha eleitoral na Flórida, Arizona e Carolina do Norte, todos os principais estados que podem decidir o resultado das eleições de 3 de novembro.

www.reporteriedoferreira.com.br Por G1




Americanos seguem onda de protestos e derrubam estátuas nos EUA

Ações de ativistas ocorrem meio a várias manifestações pelo mundo inteiro após a morte de George Floyd por um policial branco em Minnesota

Por iG Último Segundo 

Estátua de Jefferson Davis tombada com policial em pé ao lado dela

Reprodução/Twitter @BlueJayKay5

Estátuas tem sido derrubadas ao redor do mundo em atos revisionistas

Os americanos seguem no onda de protestos antirracismo após a morte de George Floyd , 46, pelo policial branco Derek Chauvin no dia 25 de maio. Em um novo episódio das manifestações na noite desta quarta-feira (10), grupos de ativistas derrubaram a estátua de Jefferson Davis  em Richmond, no estado da Virgínia.

Davis foi um personagem importante da história dos Estados Unidos (EUA) e presidiu o Exército Confederado, que defendia a manutenção da escravidão na Guerra Civil Americana (1861-1865).

Sua estátua já tinha sido alvo de discussões em âmbito municipal, mas, dessa vez, os manifestantes derrubaram o monumento em antecipação ao projeto de lei que o prefeito de Richmond, Levar Stoney, disse que apresentaria em 1º de julho. O projeto iria propor a remoção de quatro monumentos que homenageiam os confederados em uma das principais avenidas da cidade.

“Richmond não é mais a capital da Confederação —está cheia de diversidade e amor por todos— e precisamos demonstrar isso”, disse Stoney por meio de comunicado.

Também em Richmond, na terça-feira (9), uma estátua de Cristóvão Colombo foi derrubada, incendiada e jogada em um lago.

Em todos os EUA, pelo menos dez monumentos que homenageam os confederados e outras figuras históricas controversas foram removidos. Segundo o jornal americano The New York Times, estátuas e memoriais também estão sendo questionados em mais de 20 cidades americanas

www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig




Em vídeo, Anonymous exalta protestos e ameaça expor crimes da polícia dos EUA

Nas imagens divulgadas pelas redes sociais, o grupo exige que agentes envolvidos sejam responsabilizados pela morte de George Floyd

Por iG Último Segundo  – Atualizada às 

Anonymous

Reprodução

Grupo foi o responsável por retirar do ar o site da polícia de Minneapolis, cidade em que George Floyd foi morto

Depois de ficar um tempo longe dos holofotes, o grupo de hackers Anonymous aproveitou os protestos que se espalham pelos EUA após a morte de George Floyd , homem negro que foi morto por um policial branco durante uma abordagem, para ressurgir e ameaçar: vai expor “podres” e crimes da polícia norte-americana ao mundo.

Em vídeo divulgado na última quinta-feira (28) e que já soma mais de dois milhões de visualização nas redes sociais, o  Anonymous exaltou as manifestações do que chamam de “primavera norte-americana” e mandaram um recado para a polícia do país, em especial para o Departamento de Polícia de Minneapolis .

“Os policiais envolvidos na morte de George Floyd devem ser responsabilizados, presos e acusados por este crime, ou então eles poderão achar que tem uma licença para matar. O povo está cansado da corrupção e violência de uma instituição que prometeu protegê-lo”, afirma o vídeo.

Na sequência, o grupo ressalta que a população agora sabe que a polícia serve apenas para “satisfazer as necessidades das classes dominantes” e não para manter a segurança de todos: “vocês são o mecanismo que eles usam para manter o sistema global de opressão “.

Falando especificamente da polícia de Minneapolis , o Anonymous acusou o departamento de ter um “longo registro de violência e corrupção” e que a morte de Floyd é “só a ponta do iceberg”, afirmando que muitas outras mortes ocorreram pelas mãos dos agentes.

“Infelizmente, nós não confiamos na instituição para garantir que haja justiça. Então, vamos expor seus muitos crimes para o mundo. Nós somos uma legião. Podem aguardar”, finaliza o vídeo.

Site fora do ar e rádios hackeados

Apesar do ressurgimento, o Anonymous não assumiu a autoria da queda do site da polícia de Minneapolis, que está fora do ar desde a noite do último sábado (30). Entretanto, um perfil nas redes sociais que diz ser relacionado ao grupo compartilhou a informação de que o site estava fora do ar, dando a entender que poderia ter alguma relação com o ocorrido.

Além do ataque ao site, o sistema de rádio da polícia de Chicago, no estado de Illinois, também foi alvo dos hackers. Segundo informações da imprensa norte-americana, os rádios deixaram de informar crimes e passaram a tocar a música “f.. the police”, do grupo N.W.A, que quer dizer, basicamente, “f..-se a polícia”.

Nascido em 2003, o ficou conhecido por lutar pelos direitos do povo e contra governos. A partir de 2008, o grupo ficou mais associado ao hacktivismo voltado para promover a liberdade de expressão e já esteve envolvido com diversos temas: cientologia, eleições nos países árabes, Julian Assange – responsável pelo Wikileaks -, além de diversas participações em casos de ativismo ao redor do planeta.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig




EUA antecipam bloqueio da entrada de passageiros do Brasil

Decisão começaria a valer na sexta, mas foi antecipada para quarta e impede que qualquer pessoa que esteve no Brasil nos últimos 14 dias entre

Filas vazias em aeroporto
Agência Brasil

Restrição foi feita para evitar mais contaminações pelo novo coronavírus

Os Estados Unidos (EUA) anteciparam nesta segunda-feira (25) o bloqueio à entrada de passsageiros que têm como o origem o Brasil para evitar a proliferação do novo coronavírus (Sars-CoV-2). A medida passaria a valer a partir de sexta-feira, mas, de acordo com um comunicado da Casa Branca, o vigor dela será a partir desta quarta.

A proibição foi anunciada por autoridades americanas no domingo, dois dias depois de o Brasil ultrapassar a marca de dois mil mortos pela Covid-19 . O anúncio havia sido feito pela secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany. “A ação de hoje irá garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infecções em nosso país. Essas novas restrições não se aplicam aos voos comerciais entre os EUA e o Brasil”, disse.

Com a mudança, a partir desta terça não poderão entrar nos EUA estrangeiros que tiverem passado pelo Brasil nos últimos 14 dias antes de tentarem ingressar no país.

A restrição, no entanto, tem algumas restrições. Elas não serão aplicadas a pessoas que morem nos Estados Unidos, que sejam casadas com um cidadão americano ou que tenham residência permanente no país. Filhos ou irmãos de americanos ou residentes permanentes também poderão entrar, desde que tenham menos de 21 anos.

Já para membros de tripulações de companhias aéreas ou pessoas que ingressem no país a convite do governo dos EUA, o bloqueio é suspenso.

Nesta segunda-feira, o Brasil registrou 374.898 casos de contaminação pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) e 23.473 mortes provocadas pela Covid-19 . O país líder no quadro mundial são os Estados Unidos, que tem 1.660.072 contaminações e 98.184 óbitos.

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EUA anunciam proibição da entrada de viajantes vindos do Brasil

Decreto de Donald Trump passa a valer a partir do dia 29 de maio

Por Agência O Globo 

Donald Trump posa ao lado de Jair Bolsonaro

Alan Santos/PR

Donald Trump posa ao lado de Jair Bolsonaro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou um alerta que fizera por mais de uma vez e anunciou neste domingo restrições a voos do Brasil por causa do descontrole do coronavírus no país.

A decisão foi divulgada por meio de um decreto assinado pelo próprio presidente americano neste domingo. De acordo com o decreto, cidadãos não americanos que estiveram no Brasil pelos últimos 14 dias estão proibidos de ingressar nos EUA. A decisão é válida a partir da próxima sexta-feira, dia 29 de maio.

“Hoje, o presidente tomou uma ação decisiva para proteger nosso país suspendendo a entrada de etrangeiros que estiveram no Brasil durante o período de 14 dias antes de buscarem admissão nos EUA. Até o dia 23 de maio de 2020, o Brasil tem 310,087 casos confirmados de Covid-19, o terceiro maior número de casos confirmados no mundo. A ação de hoje vai ajudar a garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infecções em nosso país’, diz o comunicado divulgado pela Casa Branca.

O texto afirma que a decisão nao se aplica ao fluxo comercial entre os dois países, que será mantido.

Havia, antes da decisão, apenas nove voos semanais em operação entre Brasil e EUA, todos para a Flórida e para Houston, no Texas.

Há algumas exceções no decreto, que incluem americanos e residentes permanentes nos Estados Unidos.

A medida foi precedida por diversas advertências. Já no final de abril, o presidente americano disse, durante reunião com o governador da Flórida, que estava considerando a ideia de suspender os voos provenientes da América Latina, e citou especificamente o Brasil.

O Brasil se tornou o segundo país do mundo em casos da Covid-18 na sexta-feira, perdendo apenas para os Estados Unidos, e agora tem mais de 347 mil pessoas infectadas pelo vírus e mais de 22 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde. A situação brasileira fez que com a Organização Mundial da Saúde afirmasse que América do Sul se tornou o novo epicentro global da pandemia.

Nos EUA, são mais de 1,6 milhão de casos e mais de 97 mil mortes e, embora a pandemia comece a ser contida em estados que impuseram medidas de isolamento social rígidas, como Nova York e Califórnia, a doença continua se alastrando pelo interior.

Na terça-feira, Trump disse que os Estados Unidos ainda consideravam restringir voos e a entrada de brasileiros devido à expansão da Covid-19. O presidente americano então declarou que não queria “pessoas vindo para cá e infectando nosso povo”.

Neste domingo, o conselheiro de Segurança Nacional Robert O’Brien havia adiantado ao programa “Face the Nation”, da rede de TV CBS, que haveria uma decisão sobre suspender a entrada de viajantes que chegam do Brasil.

— Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger o povo americano — disse O’Brien, acrescentando que os brasileiros estão “passando por um mau momento”.

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O fim da obsessão de Trump pela cloroquina

O presidente dos EUA, Donald Trump, se dirige ao jardim da Casa Branca, em Washington, na segunda-feira (11) — Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP

Tal como o brasileiro Jair Bolsonaro, e mais recentemente o venezuelano Nicolás Maduro, o presidente americano insistiu o quanto pôde no uso de medicamentos indicados para malária e lúpus — hidroxicloroquina e cloroquina — para tratar o novo coronavírus. Mas com uma diferença: a obsessão de Donald Trump em recomendar o remédio pelo menos 50 vezes cessou em meados de abril, quando a FDA, a agência que regula alimentos e medicamentos, alertou para a falta de comprovação de sua eficácia e segurança na prescrição para a Covid-19.

O entusiasmo de Trump pela hidroxicloroquina também custou o cargo de um alto funcionário. Rick Bright, o ex-diretor da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado, revelou ter sido demitido por resistir à pressão do presidente para que a droga fosse aplicada no tratamento de infectados pelo novo coronavírus antes da comprovação em estudos clínicos.

Nicolás Maduro é entusiasta da hidroxicloroquina, assim como Bolsonaro — Foto: Miraflores Palace/Handout via Reuters

Nicolás Maduro é entusiasta da hidroxicloroquina, assim como Bolsonaro — Foto: Miraflores Palace/Handout via Reuters

“HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA, juntos, têm uma chance real de ser uma das maiores mudanças na história da medicina”, twittou o presidente, em letras maiúsculas, no dia 21 de março.

Durante a quarentena, que confinou mais de 95% da população em suas casas, o medicamento era prescrito diariamente por ele, em rede nacional, como uma “tremenda promessa” de solução para a pandemia que ameaçava seu governo.

“O que nós temos a perder?”, repetia. “O que eu sei? Não sou médico. Mas eu tenho bom senso. A FDA se sente bem com isso, como vocês sabem, a aprovou.” Não era bem assim. A FDA deu apenas autorização limitada para o uso emergencial de hidroxicloroquina, mas não o aval como tratamento do novo coronavírus.

As opiniões de Trump colidiam frequentemente com as de conselheiros da área de saúde. Entre eles, o conceituado Anthony Fauci, principal autoridade em doenças infecciosas da Casa Branca, onde já trabalhou para seis presidentes. A cautela era a palavra de ordem e contrastava com a euforia de Trump.

As advertências de que sua eficácia não tinha embasamento científico eram insuficientes para demover a obsessão do presidente em abraçar a hidroxicloroquina como a cura para o vírus. Até que novos estudos divulgados por respeitadas instituições médicas mostrando os graves riscos de efeitos colaterais da droga acabaram por silenciar seu maior relações-públicas na Casa Branca.

Uma pesquisa com veteranos do Exército dos EUA apontou, por exemplo, um índice de letalidade de 28% entre os pacientes da Covid-19 que foram submetidos à hidroxicloroquina, mais do que o dobro em relação aos que receberam o tratamento padrão.

O entusiasmo pelo uso da cloroquina ainda persiste no Palácio do Planalto, em Brasília, e no Palácio Miraflores, em Caracas, como um improvável elo de ligação entre Bolsonaro e Maduro. Embora conhecidos inimigos, ambos estão em busca de soluções mágicas para se verem livres da pandemia.