Em encontro com Lula, João debate estratégias da campanha e alfineta “murismo” de Pedro

     

“Ao contrário de certo candidato, eu não fico em cima do muro”, provocou João Azevêdo.

O ex-presidente e candidato à presidência Lula (PT) convidou o governador e candidato à reeleição João Azevêdo (PSB) para uma reunião em Recife, nesta sexta-feira (14). Durante o encontro, o petista tratou com João sobre estratégias para reta final de campanha na Paraíba.

“Evidentemente que atenderia um chamado do nosso presidente Lula. Nosso diálogo foi muito focado nas articulações e estratégias para essa reta final de campanha. Não tenho dúvidas que sairemos com um projeto vitorioso e faremos uma bela parceria para desenvolver cada vez mais a Paraíba e o Brasil. Ao contrário de certo candidato, eu não fico em cima do muro. Respeito todas as manifestações democráticas, mas eu tenho um lado, é Lula, é 13”, afirmou João.

O governador esteve ao lado de Lula durante agenda do presidenciável na capital pernambucana.

Na semana passada, João já havia se encontrado com Lula durante agenda em São Paulo. Na oportunidade, o petista sacramentou a aliança com o governador e pediu para os paraibanos votarem 40 e 13.




Estratégia de combate à Covid-19 precisa ser repensada, diz Teich

 

Ex-ministro da Saúde deixou o comando da pasta após discordar do presidente Jair Bolsonaro em relação à reabertura das atividades econômicas

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse neste domingo (12) em entrevista à GloboNews que a estratégia do governo federal de combate à Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), precisa ser repensada.  Teich deixou o comando da pasta no dia 15 de abril, menos de um mês após assumir o cargo.

Para o antigo ministro, a pasta sofre com a falta de informação e inteligência. Para Teich, no entanto, essa deficiência se dá por conta do comportamento que a Covid-19 tem. “Ela é uma doença que muda todos os dias. A cada dia é uma nova dinâmica. A gente precisa ficar em um processo de eterna reformulação de estratégia”, afirmou Teich.

Ainda de acordo com o médico, isso mostra as fragilidades que o sistema de monitoramento e gestão tem na pandemia do novo coronavírus. “Uma das fragilidades, até para você conseguir liderar e coordenar, é ter informação. Se eu não sei o que acontece na ponta, eu não consigo entender o que está acontecendo ao longo do caminho e eu não consigo planejar, eu não consigo reestruturar”, disse o ex-ministro.

Um dos exemplos que Teich citou foi a dificuldade em saber qual era a diferença nas taxas de mortalidade nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em cada região do Brasil.

“E o que fazia com que a mortalidade fosse diferente? Eram os profissionais, era o equipamento, era alguma estratégia de tratamento que acontecia em determinado lugar? Se eu tivesse essa informação eu poderia saber quem performa melhor, quem trata melhor e essa pessoa seria uma referência para o resto do sistema”, completou.

Nesse sentido, o médico explica que, caso essas informações estivessem disponíveis, as boas práticas poderiam ser aplicadas em todas as regiões. Essa estratégia, no entanto, foi um dos principais pontos de críticas de Teich no combate à Covid-19. Ele dizia que nenhuma região do Brasil era igual, por isso as medidas de enfrentamento não poderiam ser as mesmas .

“Quando você descentraliza sem informação e sem coordenação, você tem muita fragmentação. E o que é fragmentado é ineficiente”, afirmou.

Questionado sobre a forma como conduziu o ministério, Teich disse que poderia ter tido um desempenho melhor na comunicação com a sociedade e com integrantes do governo. “Uma coisa que eu estava muito preocupado era com a polarização que eu peguei com naquele momento e acabei deixando de fazer uma comunicação adequada”, avaliou o ex-ministro.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Ig