Filhos da rainha fazem vigília no caixão; veja fotos da cerimônia

Cerimônia durou cerca de 10 minutos e faz parte da tradição da família real britânica

Rei Charles III durante vigília na Catedral de St. Giles
Reprodução / BBC – 12.09.2022

Rei Charles III durante vigília na Catedral de St. Giles

Nesta segunda-feira (12), os quatro filhos da rainha Elizabeth II participaram da vigília ao lado do caixão da monarca na Catedral de St. Giles, em Edimburgo, na Escócia.

Em uma das pontas do caixão de Elizabeth II se posicionou o rei Charles III, o filho mais velho e quem assumiu a monarquia britânica após a morte da mãe, na últimaquinta-feira (8) .

Nas demais, ficaram a princesa Anne e os príncipes Andrew e Edward.

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O processo consta em quatro pessoas ficarem ao redor do caixão — neste caso, foram os filhos da monarca — para ficar de guarda do corpo por um curto período de tempo.

A presença da princesa Anne fez com que ela fosse a primeira mulher a fazer parte da vigília , que, até agora, só havia sido realizada pelos homens que fazem parte da família real.

Veja fotos:

Filhos de Elizabeth II se posicionando ao lado do caixão. Foto: Reprodução / BBC - 12.09.2022
Quando a rainha-mãe morreu, seus quatro netos cumpriram o movimento simbólico — Charles, Andrew, Edward e David Armstrong.
Rei Charles III durante vigília na Catedral de St. Giles. Foto: Reprodução / BBC - 12.09.2022

A cerimônia é chamada de Vigília dos Príncipes e foi realizada pela primeira vez em 1936, quando o rei Edward VIII e seus três irmãos, os príncipes Albert, Henry e George, estavam ao lado do caixão de seu falecido pai, o rei George V.

Desde então, o processo só foi feito em uma outra ocasião: no funeral da rainha-mãe, em 2002. O rei, que era conhecido como príncipe Charles, foi uma das pessoas que estiveram presentes na cerimônia.

A cerimônia em homenagem à rainha Elizabeth II durou cerca de 10 minutos e, depois disso, os membros da família real voltaram para seus carros e receberam aplausos da multidão, que estava do lado de fora da catedral.
Rei Charles III durante vigília na Catedral de St. Giles. Foto: Reprodução / BBC - 12.09.2022
A cerimônia em homenagem à rainha Elizabeth II durou cerca de 10 minutos e, depois disso, os membros da família real voltaram para seus carros e receberam aplausos da multidão, que estava do lado de fora da catedral.
Filhos da rainha durante vigília na Catedral de St. Giles. Foto: Reprodução / BBC - 12.09.2022

A  rainha Elizabeth II morreu na última quinta-feira (08), aos 96 anos, após ter uma piora no estado de saúde, em Balmoral . Monarca com o reinado mais longo da história, ao assumir o trono do Reino Unido por 70 anos, Elizabeth vinha dando sinais de fragilidade nos últimos meses. Charles Philip Arthur George, seu filho mais velho, assumiu o trono britânico após sua morte.

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Caixão com corpo de Elizabeth II chega a palácio em Edimburgo

Corpo da rainha ficará no palácio de Holyroodhouse até segunda-feira, quando cortejo fúnebre continua; funeral será dia 19

Homenagens à rainha no Castelo de Windsor
Reprodução: Twitter / @Cantess61

Homenagens à rainha no Castelo de Windsor

O cortejo fúnebre da rainha Elizabeth II chegou a Holyroodhouse, em Edimburgo, neste domingo (11), após mais de seis horas de viagem pela Escócia. Mais cedo, o cortejo havia deixado o castelo escocês de Balmoral. A viagem deste domingo dá início a uma jornada que terminará com seu funeral de Estado no dia 19 de setembro .

O palácio de Holyroodhouse foi fundado em 1128 e é residência oficial da família real na Escócia. O corpo de Elizabeth II ficará na Sala do Trono até a tarde de segunda-feira (12). Depois, o cortejo segue para a Catedral de St. Giles, também em Edimburgo.

Milhares de pessoas acompanharam a comitiva pelos 200 km que separam a propriedade real onde Elizabeth II morreu da capital escocesa. O trajeto pela costa foi demorado pois a viagem é feita em velocidade baixa e faz paradas em cidades e vilarejos pelo caminho, como Aberdeen e Dundee.

O caixão de carvalho está enrolado no estandarte real para a Escócia — a bandeira oficial da Coroa na província —, e é adornado com buquês de ervilhas de cheiro, uma das flores favoritas da monarca. Há também uma sacolinha de plástico com um sanduíche de marmelada, notoriamente apreciado por Elizabeth II, com um recado: “um sanduíche de marmelada para sua jornada, senhora”.

Escoltada por uma motocicleta, a comitiva de sete carros carregou também a única filha mulher de Elizabeth II, a princesa Anne, que está acompanhada de seu marido, Timothy Lawrence.

A cidade se blindou para receber o corpo de Elizabeth II, montando um forte esquema de segurança e fechando ruas para garantir que o cortejo “se desenrole com segurança e dignidade”. O acesso do público a Holyroodhouse foi fechado, e o funcionamento de monumentos e prédios públicos oficiais, inclusive o Parlamento, está interrompido desde sexta-feira (9).

Os preparativos antecipam também as cerimônias de segunda-feira, quando o corpo deixará o palácio onde pernoitará em uma procissão até a catedral de Saint Giles, a cerca de 1 km de distância. O caminho será percorrido a pé pelo rei Charles III e outros parentes a partir de 14h35 (10h35 no Brasil), antes de uma cerimônia para a família às 19h20 (15h20 no Brasil).

Nas 24 horas seguintes, haverá o que os britânicos chamam de vigília dos príncipes: haverá constantemente um parente com a monarca. Pela primeira vez, o caixão poderá também receber a visita da população, e a expectativa é que milhares façam fila para prestar suas homenagens.

Às 17h (13h no Brasil) de terça-feira (13), o cortejo deve ser levado para o aeroporto de Edimburgo, onde será transportado em um avião da Força Aérea britânica para Londres. O corpo da rainha será acompanhado no traslado de 55 minutos pela princesa Anne.

Ao chegar na capital britânica, irá direto para o Palácio de Buckingham, onde será recebido pela guarda de honra da Guarda do Rei e levado para um salão circular com amplas janelas e colunas de mármore. Às 14h22 de quarta (10h22 no Brasil), o corpo sairá novamente em procissão, desta vez até o Parlamento. Será a segunda vez em três dias que a família caminhará atrás do caixão.

O corpo permanecerá em Westminster, a sede do Legislativo, por quatro dias, onde poderá novamente ser visitado pela população. Sairá de lá apenas na segunda-feira, dia 19, quando acontecerá o velório na Abadia de Westminster, no centro de Londres — o primeiro funeral de Estado desde o realizado em 1965 para o ex-primeiro-ministro Winston Churchill.

A expectativa é que centenas de autoridades e chefes de governo viajem à capital britânica para a cerimônia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já disse que irá ao Reino Unido. O presidente Jair Bolsonaro, segundo informações levantadas pelo GLOBO, também estuda fazer a viagem.

Na noite do dia 19 haverá uma cerimônia particular para os parentes da monarca, antes de seu enterro na capela memorial rei George VI, no Palácio de Windsor.

O novo rei, enquanto isso, também tem atribuições oficiais um dia após ser oficialmente proclamado rei. Charles III tornou-se chefe de governo imediatamente após a morte de sua mãe, mas foi confirmado em uma cerimônia altamente coreografada no domingo. A cerimônia de coroação ainda não tem data prevista, mas deve levar alguns meses.

 

Proclamações similares às de sábado, que anunciam o início do novo reinado com vocabulário em desuso que remetem às fundações do Estado britânico moderno, continuam a ser lidos no país neste domingo. Em Edimburgo, a cerimônia começou de manhã com trompetes, tiros de canhão e membros da Companhia Real de Arqueiros, guarda da monarquia na Escócia, que usa penas em suas boinas.

Cerimônias de proclamação também ocorreram em outros países da Comunidade Britânica, como a Austrália e a Nova Zelândia. As repercussões políticas da transição de reinado, contudo, começam a surgir.

No poder desde maio, o premier australiano, Anthony Albanese, prometeu que não realizará um referendo que havia prometido para o país se tornar uma República — ele já disse em várias ocasiões ser favorável à mudança. Já a caribenha Antigua e Barbuda promete fazer a votação em até três anos.

Na Irlanda do Norte, a presidente do partido nacionalista Sinn Féin, Mary Lou McDonald, já disse que a legenda, a maior do Parlamento da província, não participará das cerimônias de proclamação. Apesar de reconhecerem “o papel muito positivo da rainha” na reconciliação das Irlandas, disse ela, os eventos para Charles III são “para aqueles cuja aliança política é com a Coroa britânica”.

Na própria Escócia, cabe ver se a morte da monarca vai impactar de alguma forma o sentimento pró-independência: em junho, a premier Nicola Sturgeon reativou a campanha por um novo referendo, defendendo que o país estaria melhor separado de Edimburgo.

A turnê de Charles III e da nova rainha consorte, Camilla, pelas quatro províncias britânicas nos próximos dias, portanto, é uma etapa importante para que o novo e impopular monarca comece a conquistar os britânicos — algo que deve acontecer ao menos enquanto o luto oficial predominar. É também uma oportunidade para que Charles comece a desvincular a imagem da monarquia da de Elizabeth II, após sete décadas entremeadas.

Downing Street, o governo do Reino Unido, confirmou que a primeira-ministra, Liz Truss, acompanhará a turnê real. A premier foi empossada na terça-feira, substituindo Boris Johnson, transição de poder que foi um dos últimos atos de Elizabeth II como rainha.

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*(com informações de agências internacionais)

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Agência O Globo




Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos

A Rainha Elizabeth II faleceu aos 96 anos de idade. A monarca, que ocupou o trono britânico por mais de sete décadas e foi uma das monarcas mais longevas da história, deve ser sucedida pelo filho mais velho, o príncipe Charles, de 73 anos.

Na quinta-feira (8), o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado falando sobre o estado de saúde delicado da monarca. Na ocasião, Membros da família real foram chamados para ir ao palácio de Balmoral, na Escócia, residência de férias onde Elizabeth II estava há mais de uma semana.

A história

Elizabeth Alexandra Mary, conhecida a partir de 1952 como rainha Elizabeth II, nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ele era filha de Albert Frederick Arthur George, o duque de York, e de Lady Elizabeth Bowes-Lyon. Durante o nascimento de Elizabeth, o rei do Reino Unido era Jorge V, e seu pai, o duque de York, era o segundo na linha de sucessão ao trono inglês.

Elizabeth virou herdeira direta do trono quando seu tio, Eduardo VIII, abdicou do trono para casar-se com uma norte-americana divorciada chamada Wallis Simpson. Com isso, Elizabeth tornou-se a herdeira imediata ao trono britânico. No entanto, como mencionado, se seu pai tivesse um filho, este tomaria seu lugar na linha de sucessão. Quando seu pai foi coroado rei do Reino Unido, Elizabeth tinha apenas 10 anos de idade.

Leia Mais: Qual membro da família real tem o mesmo signo que você?Elizabeth casou-se em 20 de novembro de 1947 com Philip, príncipe da Grécia e da Dinamarca. Ele faleceu aos 99 anos em 9 de abril de 2021. Ele foram casados por 73 anos.

Aos 25 anos, Elizabeth tornou-se rainha do Reino Unido, no dia 6 de fevereiro de 1952, o dia que seu pai, Jorge VI, faleceu. Neste ano, a Rainha completou 70 anos de reinado e se tornou o primeiro monarca britânico a celebrar o Jubileu de Platina.

Desde a morte do marido, o príncipe Philip a rainha vinha diminuindo o número de compromissos oficiais, que se tornaram cada vez mais esparsos na agenda da soberana depois que ela teve Covid-19 em 2022. No dia 2 de junho, ela deu íncio às festividades do jubileu de platina, festejando seus 70 anos de reinado. Aguentou com garbo o primeiro dia do aniversário especial, acompanhada por membros de sua família na varanda do Palácio de Buckingham, mas, “indisposta” se ausentou da missa na Catedral de São Pedro em sua homenagem.

A soberana já vinha apresentando problemas de mobilidade, passando a andar com o auxílio de uma bengala. A preocupação com sua saúde levou seus médicos a cortarem os drinques diários que ela consumia, reduzir suas atividades e evitar que ela se estressasse, tarefa cada vez mais difícil nos últimos tempos.

Conhecida por ser discreta e rigorosa com na preservação da realeza, a rainha enfrentou duros golpes recentemente. Além da perda do duque de Edimburgo, viu o filho favorito, o príncipe Andrew, de 62, envolvido em um escândalo sexual. Acusado de manter relações sexuais com uma adolescente de 17 anos em 2001, a quem teria apresentado pelo pedófilo Jeffrey Epstein, Andrew fez uma acordo financeiro com ela para o caso não ir adiante como processo criminoso e foi afastado das funções na Família Real.

A monarca também viu o príncipe Harry, filho mais novo de Charles e da princesa Diana, que morreu em 1997, deixar a realeza com a mulher, Meghan Markle. O casal, bastante atacado pelos tabloides britânicos, se mudou para os Estados Unidos, onde está criando os filhos, e já deu várias entrevistas sobre a vida na Família Real, inclusive acusando um de seus membros de racismo.

As duas crises não foram as primeiras no longuíssimo reinado de Elizabeth II. Ela sofreu com os rumores nunca confirmados sobre os problemas em seu casamento com Phlip; os escândalos envolvendo a irmã, a princesa Margareth, nos anos 60 e 70; e a erosão do casamento de Charles e Diana, marcada pela traição do futuro rei com Camilla Parker-Bowles, que virou manchete dos jornais e foi explorado em detalhes em um livro sobre sofrimento da princesa no casamento conto de fadas – uma constrangedora conversa entre o príncipe e amante, na qual ele dizia que ‘queria ser um absorvente interno’ para viver em Camila.

Muito religiosa, a rainha, que era chefe da Ingreja Anglicana, viu ainda Andrew e Sarah Ferguson se separando e a única filha, a princesa Anne, pondo um fim na união com Mark Philips, que já tinha tido um filho fora do casamento. Em 1992, em seu discurso anual, com os problemas de três dos quatros filhos, mais um incêndio que destruiu parte do Castelo de Windsor, desabafou em latim, em seu discurso anual: “annus horribilis”, ou, em latim, um ano de eventos extremamemte ruins.

Fase pior só em 1997, quando Diana morreu em um acidente de carro. A comoção popular, somada à reação na internet, foi algo para o qual a realeza não estava preparada, e a rainha, que demorou dias para se posicionar sobre a morte da ex-nora, viu sua popularidade despencar. Não demorou tanto assim para Elizabeth II voltar a ser querida pelos súditos – e respeitada até por aqueles contra a monarquia.

Figura principal em uma instituição cuja validade é constantemente questionada, tanto politicamente quanto em termos práticos de custos para os cofres do Reino Unido, a rainha recuperou a confiança e popularidade usando suas grandes armas: paciência e tempo.

Rainha Elizabeth, Camilla Parker e Príncipe Charles em evento em 2022 (Crédito:Reprodução/Instagram)

Com Charles ela planejou o futuro do príncipe William e Harry, de forma que o primeiro fosse preparado para assumir o trono e o segundo não sofresse com a síndrome do “segundo filho do rei”, aquele cujo maior papel é garantir que, caso o irmão mais velho não chegue a reinar por qualquer razão, a linha sucessória continue sendo direta – no caso os filhos de Charles e não os de Andrew. Manteve os filhos de Diana o mais isolados possível da imprensa, fez com que eles abraçassem desde cedo causas humanitárias. Aceitou Camilla, depois de anos de preparação para o papel, como mulher de Charles; começou a preparar a geração dos netos para garantir o futuro da monarquia.

LEGADO
Para muitos analistas, este talvez seja o verdadeiro legado de Elizabeth II: A continuidade à monarquia no Reino Unido. A Família Real recebe do governo o Soverign Grant (Subsídio Soberano), que já chegou a R$ 440 milhões em 2019-2020, e as críticas aos gastos públicos com a manutenção de toda a estrutura real, financiada também pela renda privada da rinha, aumentam a cada nova crise.

Elas já existiam quando Elizabeth, então uma menina, viu o tio, Edward VIII, abrir mão do trono para se casar com a americana Wallis Simpson, mais velha que ele e divorciada. O escândalo levou seu irmão, o pai da rainha, George VI, a assumir o trono. Elizabeth II, assim como sua mãe, nunca perdoou o tio por ter abdicado sem ter antecipado a George que ele seria rei e preparado o nobre para ser rei.

Ao contrário do pai, desde os 10 anos, com a abdicação, ela passou a ser moldada para a função, tendo aulas com tutores privados das melhores escolas do país. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Rainha Mãe Elizabeth se recusou a deixar Londres, e a futura rainha fez parte do Serviço Territorial Auxiliar, onde treinou como motorista e mecânica, sendo promovida a comandante júnior honorária. Também foi nomeada como parte do Conselho de Estado do pai, caso algo acontecesse a ele.

Em 1953, já casada e mãe de dois filhos, Elizabeth II foi coroada na Abadia de Westminster, em uma cerimônia transmitida pela televisão. Ao contrário do próprio pai, que se chamava Albert, não quis adotar um nome régio e avisou que iria reinar com o seu nome de batismo.

No ano anterior, já tinha decidido que a casa real continuaria sendo Casa de Windsor, o nome de sua família, contrariando a tradição, que ditava que deveria mudar para o sobrenome do marido.

Philip era príncipe da Grécia e Dinamarca, mas foi expulso com a família do primeiro país quando a monarquia foi derrubada em 1922. Militar, conheceu Elizabeth quando ela tinha 13 anos – reza a lenda que a futura rainha se apaixonou na hora e aceitou o pedido de casamento, em 1946, sem consultar os pais. Para que a união fosse adiante, ele teve que renunciar seus títulos, se converteu da Igreja Ortodoxa Grega para o anglicanismo, se afastou de parentes, inclusive as irmãs, que tivessem qualquer forma de associação ao nazismo.

Ele também passou a usar o nome de Philip Mountbatten, o sobrenome do lado inglês da família de sua mãe. O sobrenome “Mountbatten-Windsor” acabou sendo adotado para os descendentes de Philip e Elizabeth que não possuem títulos reais, como Archie e Lilibeth, os filhos de Meghan e Harry, ou quando os que têm precisam por alguma razão usar um sobrenome. Uma forma, dizem, de apaziguar o príncipe, que como consorte real tinha papel bem menor que a esposa.

Com quatro filhos, Charles, Anne, Andrew e Edward, e um cargo sem funções políticas de fato, a rainha viu nações que faziam parte do Império Britânico, aquele onde o sol nunca se punha, se tornarem independentes. Raramente se manifestava sobre acontecimentos mundiais, mas criticou, com tato e discrição, algumas decisões dos primeiros-ministros aos quais sobreviveu e movimentos políticos que testemunhou.

Visitou vítimas dos atentados terrorista em Londres em 2005 e do show da cantora Ariana Grande em 2017, o que não surpreendeu os súditos: ao longo de décadas de vida pública, Elizabeth II foi patrona de centenas de instituições de caridade, com os mais diversos fins, tendo uma agenda cheia de compromissos oficiais. Viajou o mundo inteiro e veio ao Brasil em 1968 com o marido, passando por Recife, Salvador, Brasília, São Paulo e Rio, onde viu um amistoso no Maracanã com Pelé, Gerson, Jairzinho e Clodoaldo.

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