Efraim e Aguinaldo focam disputa pelo Senado e traçam rota de colisão

Efraim Morais (DEM), Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) e Ricardo Coutinho (PSB). Pela ordem, foram os três candidatos a candidatos ao Senado que demonstraram maior apetite para a disputa até o momento. Só que, em se falando de movimentação na busca por apoios, os dois primeiros demonstraram maior apetite. O democrata diz já ter conquistado o apoio de 110 prefeitos para a disputa. A marca é difícil de ser alcançada, mas Aguinaldo Ribeiro não parece se intimidar e tem ampliado o diálogo com os gestores.

Até bem pouco, era raro ver Aguinaldo Ribeiro em eventos públicos em João Pessoa. Ele mantinha o diálogo com os prefeitos no interior, mas aparecia pouco. Este movimento foi acelerado. Já Efraim Filho iniciou a corrida em fevereiro, ou seja, bem antes. Na primeira olhada, não faltou quem dissesse que o democrata havia queimado a largada, porém, pessoas ligadas a ele asseguram que o deputado tem hoje três vezes mais apoiamentos que Ribeiro. “Não foi uma queimada de largada, foi uma análise estratégica do cenário”, assegura um aliado.

Uma pessoa próxima a Aguinaldo Ribeiro, por outro lado, diz que o deputado tem intensificado as articulações e está disposto a correr os riscos de uma disputa pelo Senado. O desejado é reeditar o desempenho de 2018, quando ele conseguiu eleger a irmã, Daniella Ribeiro. Agora faz um movimento similar, sem muita preocupação sobre o palanque. O partido dele elegeu o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, que se tornou próximo do governador João Azevêdo (Cidadania), virtual candidato à reeleição.

Um dado curioso é que Aguinaldo também é tio de Lucas Ribeiro, vice-prefeito de Campina Grande, o que abriria espaço de diálogo também na oposição. Já Efraim Filho iniciou as tratativas com o governador no início do ano. Ele recebeu o aval para colocar o time em campo, apesar de ainda não ter a promessa de apoio. O apoio vai depender da capilaridade do postulante. Tanto Efraim quanto Aguinaldo podem figurar como postulantes da base governista, porém, pelo apetite demonstrado até agora, não vai impressionar se um deles, caso preterido, busque o apoio no grupo adversário.

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