Haddad culpa Banco Central por desaceleração da economia em maio

Fernando Haddad lamenta juros reais de 10% estabelecido pelo BC para a Selic. Foto: José Cruz/ABr

A desaceleração da economia obtida pelo Banco Central (BC) por meio dos juros altos está dentro do esperado, mas veio forte e afeta a economia, disse nesta segunda-feira (17) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele comentou o recuo de 2% do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) em maio em relação a abril, divulgado nesta manhã pelo Banco Central (BC).

“[Está] como esperado [o IBC-Br]. Muito tempo de juro real muito elevado. Nós estamos preocupados, estamos recebendo muito retorno de prefeitos, de governadores sobre arrecadação, a nossa mesma aqui”, afirmou Haddad no início desta tarde. Divulgado todos os meses pelo BC, o IBC-Br funciona como um tipo de prévia do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).

O ministro voltou a criticar a política de juros altos e disse que taxas reais (juros menos inflação) em torno de 10% ao ano prejudicam a economia. “A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte. A gente precisa ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% o juro real ao ano. Está muito pesado para a economia”, acrescentou.

Em 1º e 2 de agosto, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reúne-se para decidir se mantém a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 13,75% ao ano ou se começa um ciclo de cortes. Esse será o primeiro encontro após a posse dos novos diretores do BC, Gabriel Galípolo (Política Monetária) e Ailton Aquino (Fiscalização).

Haddad deu a declaração ao voltar de reunião no Palácio do Planalto incluída de última hora na agenda. Segundo o ministro, o encontro tratou sobre eventuais ajudas a cooperativas de catadores de lixo, cuja população pode estar subestimada. “O Cadastro Único [do governo federal] aponta 300 mil pessoas como catadores de materiais recicláveis, mas o número real pode chegar a 1 milhão. A Fazenda foi demandada a traçar cenários para ajudar essa população”, informou o ministro. (Agência Brasil)




Bolsonaro diz que economia piorará e ironiza: “Pode me culpar, não tem problema”

Bolsonaro culpou prefeitos e governadores por desastre econômico

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O Antagonista

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O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta quinta-feira (25) que a situação da economia brasileira, que já está ruim, vai piorar. Ele culpou governadores e prefeitos que fecharam o comércio para evitar o contágio do novo coronavírus, mas ironizou: “podem me culpar, não tem problema não”.

“Teremos mais problemas pela frente. As consequências do fica em casa a economia a gente vê depois, vai vir mais coisa ruim por aí. Podem me culpar à vontade, não tem problema não. Prefeito fecha, governador fecha e eu sou o responsável”, disse a apoiadores na porta do Palácio do Alvorada.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), no entanto, refuta essa tese e afirma que apesar de custoso economicamente, lockdowns abrem caminho para recuperação mais rápida. “Na realidade, a análise sugere que lockdowns e distanciamento social voluntário tiveram papel quase comparável”, diz o documento do FMI.

Como reflexo, a Bolsa de Valores brasileira registra o pior desempenho do mundo em 2021, e o Brasil tem a terceira pior inflação dos países do G20 .  Segundo dados do IBGE divulgados nesta quinta, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15), prévia da inflação do país, aponta alta acumulada de 9,57% no ano e de  10,73% nos últimos 12 meses.

Armas x feijão

O presidente também defendeu sua política de redução de impostos em artigos como armas, skates e veleiros, por exemplo. Segundo ele, quando um imposto é reduzido ele impacta em toda a cadeia.

“Quando eu reduzi imposto de skate, me disseram: ‘eu não como skate’. O cara, eu sei”, queixou-se. “Quando eu falo em reduzir imposto em armas, me dizem ‘eu não como armas’. Ué, já que você come feijão, no dia que entrarem na sua casa você pega o estilingue e dá tiro de feijão no cara, sem problema nenhum “, completou.

Bolsonaro também culpou os impostos estaduais pela elevação no preço do gás de cozinha.

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Bolsonaro questiona segunda onda: ” É verdade ou é para destruir a economia?”

Na Europa, o número de casos de Covid-19 subiu cerca de 150% nos últimos 20 dias

Jair Bolsonaro
Alan Santos/PR

Jair Bolsonaro segue questionando a gravidade da pandemia

O presidente Jair Bolsnoaro (sem partido) voltou a questionar a veracidade da pandemia , desta vez referindo-se à segunda onda. Em conversa com apoiadores nesta segunda-feira (9), Bolsonaro indagou: “Essa história da segunda onda é verdade ou não? Ou é pra destruir a economia de vez?”, perguntou.

O chefe do Executivo aproveitou para comentar, com uma mulher que se identificou como guia turístico em Curitiba, que o setor “foi à lona”. “Quem é que mandou fechar tudo, ficar em casa e a economia a gente vê depois? Não [sic] foi eu, né? Só pra deixar claro”.

A segunda onda já está atingindo diversos países, principalmente europeus. Em 20 dias, o número de casos no velho continente subiu cerca de 150%, e alguns países já começaram a impor restrições para conter o contágio em massa.

No Brasil, porém, as autoridades ainda consideram que estamos vivendo a primeira onda, e vislumbram a queda de contaminações nas próximas semanas. No total, 5,6 milhões de brasileiros já foram contaminados, e 162.397 foram a óbito

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