Banco do Brics anuncia saída de Marcos Troyjo da presidência; nome provável para ocupar o posto é o de Dilma

Marcos Troyjo. Foto: EFE/Sarah Yáñez Richards

Por Thamirys Andrade

O Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), instituição financeira do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, informou em comunicado, na sexta-feira (10), que Marcos Troyjo deixará o comando da instituição em 24 de março.

– O conselho de diretores do Novo Banco de Desenvolvimento então elegerá um novo presidente indicado pelo Brasil, para preencher o mandato em andamento rotativo que vence em 6 de julho de 2025 – explica o texto.

Com sede em Xangai, o NDB destaca o trabalho de Troyjo à frente da instituição e agradece por seu papel para consolidá-la e reforçar sua atuação e imagem. Pelas regras do banco, cada um dos membros do Brics indica rotativamente um nome para a presidência do NDB.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pretende indicar a ex-presidente Dilma Rousseff para o restante do mandato à frente do NDB. A indicação deve ocorrer durante viagem de Lula à China, prevista para ocorrer no fim deste mês.

*AE




O dilema do PSDB da Paraíba; Por Valter Nogueira

O dilema do PSDB da Paraíba

Por Valter Nogueira

O PSDB está marcando passo a espera de uma definição de Romero Rodrigues, mas não tarda anunciar o nome do deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) como candidato a governador em 2022, em substituição ao de Romero.

Fontes do interior do Estado informam que Pedro Cunha Lima já está em linha direta com prefeitos. É real a possibilidade de seu nome ser cotado para substituir o de Romero Rodrigues.

Os tucanos não se antecipam para, mais à frente, não passar à condição de vilão. Isto é, de ter preterido Romero antes mesmo deste ter desistido oficialmente da postulação. E, por essa razão, servir de pretexto para o ex-prefeito de Campina Grande oficializar publicamente adesão ao governo.

As evidências apontam que Romero não será mais candidato da oposição ao governo da Paraíba, em 2022. Porém, falta essa notícia sair da boca de Romero.

Por essa razão, o PSDB vive um dilema: esperar, sim! Mas até quando?

Atitude precipitada

Romero Rodrigues se precipitou no movimento de aproximação ao esquema político do governador João Azevêdo. É o que diz, em off, pessoas próximas ao ex-prefeito de Campina Grande.

Um fonte revela que Romero teve que desligar o seu celular, nos últimos dias, devido a enxurrada de mensagens de repúdio a tal atitude. A reprovação ao ato de Romero é grande junto a seus aliados, no âmbito da Rainha da Borborema.

Realidade

Na verdade, a pré-candidatura de Romero Rodrigues ao governo do Estado da Paraíba já nasceu morta, por assim dizer. O ex-prefeito de Campina Grande sequer compareceu ao ato em que o PSDB lançou o seu nome, em evento realizado em um hotel da Orla de João Pessoa, em julho deste ano.

Sinuca de bico

Romero está diante de uma sinuca de bico, como se diz no popular. Se oficializa aproximação ao governo, deixará para trás o seu grupo raiz. Por outro lado, se volta ao que era antes, terá deixado a mancha da desconfiança impressa na alma e no coração de amigos e correligionários.

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Se o critério fosse coerência, petistas ficariam com Ricardo Coutinho

 

Socialista ficou ao lado de Lula e Dilma após denúncias de corrupção e agora busca reciprocidade

Antes de ser preso, Lula (D) conversa com Ricardo Coutinho e com a ex-presidente Dilma Rousseff durante agenda na Paraíba. Foto: Divulgação

O cantor e compositor Tom Jobim nos legou uma frase memorável. De forma direta e simples, dizia que “o Brasil não é para amadores”. E ele tinha razão. O Brasil, realmente, não é para amadores. A gente pode tirar uma lição disso observando a relação entre o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e o PT no Estado. Minha observação não visa dizer quem está certo ou errado, afinal, as relações humanas são por essência imperfeitas. Agora, convenhamos, fosse por coerência, o Partido dos Trabalhadores seguiria o socialista na disputa eleitoral deste ano.

Basta um olhar sobre a história. É verdade que o ex-governador, hoje, tem a imagem profundamente arranhada por causa das acusações de corrupção. Ele se tornou réu em várias das denúncias protocoladas na Justiça e terá dificuldades para provar sua inocência. Mas é importante dizer que o Ricardo Coutinho, agora enrolado, é o mesmo que anos atrás comprou as brigas homéricas em defesa do ex-presidente Lula e da ex-presidente Dilma Rousseff, ambos do PT. O primeiro chegou a ser preso e a segunda foi alvo de um impeachment.

É bem verdade que a história de Ricardo Coutinho com o PT, na Paraíba, sempre foi recheada de altos e baixos. O hoje socialista surgiu politicamente nas fileiras do Partido dos Trabalhadores. Pela sigla, foi eleito vereador e deputado estadual. Depois, numa relação conflituosa, mudou para o PSB. De lá para cá, estiveram por vezes de mãos dadas, com petistas empregados nas gestões socialistas, e por outras em pé de guerra. Mas foi justamente no momento mais difícil da história petista que Ricardo comprou as dores da antiga casa.

O socialista brigou com os opositores de Lula e Dilma nacionalmente e na Paraíba. Ele usou o peso político, por exemplo, para derrotar um inimigo comum: o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que tinha grande influência nacional. Além disso, foi visitar Lula na cadeia e adotou postura combativa contra o ex-presidente Michel Temer (MDB), sucessor de Dilma. Talvez por isso, recebeu a solidariedade de Lula e da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Com eles, conseguiu o sinal verde para a intervenção no diretório municipal da sigla, na capital.

Talvez pela forma, o apreço da executiva nacional do PT não foi o mesmo dos petistas paraibanos. O candidato do PT, Anísio Maia, por exemplo, acusou o socialista de “mover-se nas sombras” para impedir a postulação petista dele. Disse ainda que Ricardo Coutinho, pelas denúncias de corrupção, não tem condições de combater os candidatos classificados por ele como de extrema-direita. O que se tira de verdade disso é que, em João Pessoa, a sigla busca passar longe da operação Calvário. A postura de agora, dos petistas, é bem diferente da de antes, do socialista. Ou seja, cada um por si.

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Bolsonaro ameaça “encher” repórter de “porrada” e internautas cobram Folha por comparação a Dilma

 

Em editorial com o título “Jair Rousseff, jornal colocou Bolsonaro e Dilma como dois lados da mesma moeda; um dia depois, presidente ameaça jornalista com agressão física

Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro (Foto: 247 | Reuters)

Revista Fórum – A Folha de S. Paulo foi o primeiro veículo a noticiar, na tarde deste domingo (23), a ameaça explícita que o presidente Jair Bolsonaro fez a um repórter do jornal O Globo. Questionado sobre os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente afirmou tem vontade de “encher de porrada” a boca do jornalista.

Atentos, usuários das redes sociais passaram a cobrar a Folha pelo editorial publicado neste sábado em que compara Bolsonaro a ex-presidenta Dilma Rousseff.

“Esperando vocês comparar ele com a Dilma. Vamos lá, vocês conseguem”, comentou uma usuária do Twitter na publicação da Folha de S. Paulo sobre a ameaça do presidente ao repórter.

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