O GRITO EM DEFESA DA DEMOCRACIA Por Rui Leitao

O GRITO EM DEFESA DA DEMOCRACIA Por Rui Leitao

O dia de hoje vai se transformar numa data histórica. A sociedade civil organizada decidiu ecoar o grito uníssono em defesa do Estado Democrático de Direito. Vários manifestos serão lidos em atos públicos nesta quinta feira, incluindo a Carta aos Brasileiros, elaborada por juristas da Faculdade Direito da USP, a serem realizados em todas as capitais do país.

É um momento de união nacional contra os ataques do atual governo às instituições republicanas brasileiras e de reação à escalada autoritária que pretende quebrar a normalidade democrática. Trata-se de um movimento suprapartidário de resistência, buscando mobilizar a sociedade brasileira para construção de um novo tempo a partir das nossas lutas por justiça e paz.carta;

Quando se ataca a democracia, igualmente se promove ataques aos Direitos Humanos e às conquistas que os segmentos vulnerabilizados da população alcançaram em épocas recentes. É, portanto, necessário que as organizações populares estejam dispostas a abraçarem, de forma conjunta, as lutas por transformações políticas, sociais e econômicas, que nos conduzam a estruturas fortes de preservação da democracia com justiça.

Não dá mais para esperar. A hora é de agrupar todas as forças políticas democráticas para salvar o Brasil das ameaças golpistas. É um primeiro passo para superarmos esse momento trágico que estamos vivenciando. Só assim poderemos encontrar o caminho da reconstrução nacional. O grito que vai ecoar hoje em todo o território nacional é um aviso de que não aceitaremos mais essa insistente ação de “esticar a corda”, como se estivessem testando a nossa capacidade reação.

Lutemos por um Brasil melhor e mais inclusivo para todos e todas. O regime autocrático não tem mais espaço na nossa nação, devendo as experiências pretéritas neste sentido ficarem restritas aos livros de História, até como exemplo para não voltarmos a viver essas paginas sombrias que tanto nos entristeceram e assustaram. A democracia é um ideal universalmente reconhecido. Devemos, então, preservá-la a qualquer custo. Exercitemos, pois, o direito básico de cidadania, qual seja a de sair às ruas para defender a institucionalidade democrática em sua plenitude. Que os golpistas saibam que não contarão com nosso silêncio e omissão. Exerçamos o nosso direito de gritar contra o que consideremos inaceitável. Não podemos ficar parados. Devemos seguir unidos em defesa do Brasil e da Democracia.

Rui Leitão




João Azevêdo assina carta da USP em defesa da democracia

Candidato à reeleição, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), assinou, nesta quarta-feira (10), a ‘Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito’, elaborada por ex-estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O manifesto já conta com mais de 850 mil assinaturas, incluindo de juristas, professores, atletas, artistas, políticos e membros da sociedade civil.

O documento faz referência à ‘Carta aos Brasileiros de 1977’, escrita por um ex-professor da universidade durante a ditadura e considerada um marco na resistência ao regime militar.

O manifesto deste ano em defesa da democracia cita a preocupação com os ataques contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas. O documento será lido pelo ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, nesta quinta-feira (11), na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, no centro de São Paulo.

A carta foi assinada pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa do petista. Artistas como, Chico Buarque, Gal Costa, Zélia Duncan, Maria Bethânia, Fernanda Montenegro, Anitta, Wagner Moura, Christiane Torloni e Bruno Gagliasso, também subscreveram o documento e divulgaram nas redes sociais.

“Temos o compromisso intransigente com o estado democrático de direito e não poderia deixar de expressar nosso apoio a esse movimento. Defendemos as instituições e acreditamos na nossa Justiça Eleitoral e na eficácia das urnas eletrônicas”, destacou João Azevêdo após subscrever a carta.




Brasil tem manifestações em várias cidades; veja quais

Atos contra e a favor do governo Bolsonaro tomam cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Fortaleza, mas descumprem isolamento social

Por iG Último Segundo  – Atualizada às 

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Guilherme Gandolfi/Fotos Públicas

Manifestações como a de São Paulo ocorreram em outras cidades do País

O domingo (7) foi marcado no Brasil por manifestações de rua pró e contra o governo Bolsonaro em diversas capitais. Elas acontecem contrariando as orientações de isolamento social recomendado por diversos estados e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em São Paulo, ocorreram manifestações tanto a favor do presidente , na avenida Paulista como contra Bolsonaro, a favor da democracia e antirracista . Ambas contrariam o isolamento social. Segundo o Ministério da Saúde, apenas no sábado (6), 216 mortes por Covid-19 e 5.984 casos foram registrados em 24 horas.

Veja outras capitais.

Brasília

Na manhã deste domingo (7), manifestantes contra o racismo, o fascismo, a favor da democracia e críticos do governo federal protestaram na capital do País. A manifestação teve início em torno de 9h e depois percorreu a Esplanada dos Ministérios.

Ao chegar à praça em frente o Congresso Nacional , o grupo encontrou um cordão de isolamento formado por policiais militares. Eles separavam os manifestantes de outro protesto mas a favor do governo de Jair Bolsonaro.

No primeiro grupo, as pessoas usavam máscaras e distribuíam álcool em gel. Elas defendiam a democracia e o Sistema Único de Saúde (SUS). Eles também carragem cartazes com os dizeres “Vidas negas importam”.

O Distrito Federal registrou 1.642 novos casos e 6 óbitos no último sábado (6).

Fortaleza

Na capital do Ceará, 12 pessoas foram detidas durante a manifestação pró democracia na tarde deste domingo. A tensão ocorreu por volta de 16h30 e entre os detidos estava o jornalista e ativista Ari Areia (Psol). As pessoas detidas já foram liberadas pela polícia local.

A Polícia Militar tentou manter a manifestação em uma praça do bairro de Aldeota, mas algumas pessoas tentaram furar o bloqueio da polícia militar. Advogados presentes negociaram a liberação dos detidos.

Segundo a última divulgação do Ministério da Saúde, no Ceará, 75 pessoas morreram de Covid-19 e 1.980 novos casos foram registrados em 24 horas.

Rio de Janeiro

Na capital carioca também ocorreram manifestações dos dois grupos. O estado do Rio de Janeiro registrou 166 mortes e 1.467 novos casos em 24 horas de acordo com a última divulgação do governo.

No centro da cidade, na parte da tarde deste domingo (7), um protesto contra o racismo  ocorreu. Os manifestantes caminharam do monumento de Zumbi dos Palmares até a Candelária .

Torcidas de futebol antifascistas participaram. Os manifestantes, que usavam máscaras para evitar o contágio da Covid-19 , lembravam casos como a morte do menino João Pedro e  de Marielle Franco.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig