Defesas de Bolsonaro e generais criticam delação em julgamento

Segundo dia é marcado por sustentações orais e ataques às provas

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Sessão teve as sustentações orais de quatro réus
Gustavo Moreno/STF

Sessão teve as sustentações orais de quatro réus

O segundo dia do julgamento, que ocorreu nesta quarta-feira (3), no Supremo Tribunal Federal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de sete militares e policiais acusados de tentativa de golpe de Estado foi dedicado às sustentações orais das defesas.

Os advogados concentraram seus argumentos na contestação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e na alegação de que não existem provas concretas que vinculem seus clientes à trama.

advogado Celso Sanchez Vilardi, que representa Bolsonaro, classificou como “pueril” a afirmação de que o ex-presidente teria deixado uma minuta de golpe durante viagem aos Estados Unidos. Vilardi questionou a credibilidade de Cid e apontou falhas no acesso às provas.

Outro defensor de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno, contestou a imputação de crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa armada, afirmando que não há atos violentos atribuíveis ao ex-presidente.

A defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, conduzida por Andrew Fernandes, destacou depoimentos de testemunhas de acusação, como o brigadeiro Baptista Júnior, que confirmaram que o general trabalhou para impedir ações golpistas.

Fernandes afirmou que comentários do militar sobre fiscalização das urnas não configuram participação em golpe.

O general Walter Braga Netto teve a defesa representada por José Luís Mendes de Oliveira Lima, que questionou a validade da delação de Cid, alegando que o ex-ajudante-geral teria sido pressionado após quatro meses de prisão e que o acordo foi fechado “às pressas” sem participação do Ministério Público Federal.

A defesa também alegou que prints utilizados como provas foram adulterados e reforçou que Braga Netto não coordenou atos golpistas.

O general Augusto Heleno, representado por Matheus Milanez, teve a defesa centrada na ausência de provas ligando-o ao plano golpista. Milanez criticou a organização das provas apresentadas pela Polícia Federal e questionou atos do ministro Alexandre de Moraes durante o processo.

O segundo dia de julgamento terminou com a leitura do resultado parcial pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma do STF, e o encerramento da sessão.Defesa de Bolsonaro argumenta no STF: "Não há uma única prova"

Primeiro dia

Outros réus, como Alexandre Ramagem, Almir Garnier e Anderson Torres, também tiveram defesas que destacaram a inocência individual, contestaram provas e questionaram delações ou documentos apresentados pela PGR.

Em alguns casos, houve críticas à condução do julgamento e à organização das provas, mas o foco principal das sustentações permaneceu na inocência de cada cliente.

Todas as defesas já apresentaram sustentação oral, e o julgamento será retomado nas próximas sessões, previstas para os dias 9, 10 e 12 de setembro.

Defesa de Heleno questiona provas e pede absolvição

O advogado Matheus Mayer Milanez no STF
Gustavo Moreno/STF

O advogado Matheus Mayer Milanez no STF

A defesa do general Augusto Heleno, conduzida pelo advogado Matheus Mayer Milanez, concentrou-se em contestar as acusações da Procuradoria-Geral da República e solicitar a absolvição do réu. A sustentação oral foi estruturada em três eixos principais, conforme detalhado nas informações disponíveis.

Milanez argumentou que o processo não poderia ser fatiado. Embora o STF permita a divisão em ações penais públicas, o advogado destacou que o Código de Processo Penal regula queixas-crime (ações penais privadas), usando o ponto para questionar a organização processual do julgamento.

O advogado criticou o acesso incompleto aos arquivos da investigação, que somam entre 70 e 80 terabytes de dados, alegando que a defesa não teve tempo hábil para análise adequada.

Milanez questionou o uso de “informes de polícia judicial” como base para a acusação, argumentando que esses documentos carecem de transparência e não substituem o acesso completo às provas.

A defesa afirmou que a denúncia da PGR é inepta e não apresenta justa causa, destacando ausência de provas que vinculem Heleno à trama golpista:

  • Não participação em reuniões: Heleno não participou de reuniões golpistas, não trocou mensagens ou áudios sobre o tema e não foi citado por delatores, incluindo Mauro Cid, que afirmou nunca tê-lo visto em ações operacionais ou de planejamento.
  • Live de 2021: Sobre a transmissão de 29 de julho de 2021, na qual Heleno esteve presente, Milanez afirmou que ele permaneceu em silêncio, sem gestos ou comentários que corroborassem falas de Bolsonaro, comparando sua participação à de servidores que apenas acompanhavam o evento.
  • Documentos e anotações: A defesa contestou a agenda atribuída a Heleno, afirmando que contém apenas “anotações variadas” sem indicar envolvimento em golpe, e negou que ele tivesse conhecimento ou participação na elaboração de documentos que o apontassem como chefe de um “gabinete de crise”.

Afastamento da cúpula decisória: Milanez destacou que Heleno acreditava que Bolsonaro deveria vacinar-se, indicando distanciamento das decisões centrais do governo.

Ausência de contato com outros envolvidos: A defesa negou que Heleno tenha conversado com figuras como o general Freire Gomes para pedir apoio ao golpe.

Milanez fez críticas à atuação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, alegando excesso de protagonismo na produção de provas, com 302 perguntas feitas durante interrogatórios, contra 59 da PGR. Questionou: “Qual o papel do juiz julgador? Ou é o juiz inquisidor?” , sugerindo parcialidade e pedindo nulidade do julgamento.

A defesa contestou ainda a afirmação da PGR de que Heleno e Alexandre Ramagem estariam em “perfeita sintonia” para atacar instituições e urnas, questionando se o tema não era amplamente discutido no país à época.

A defesa de Heleno utilizou 107 slides autorizados por Moraes, enviados à Secretaria da Primeira Turma do STF para verificação técnica.

Defesa de Bolsonaro questiona provas e pede absolvição

Advogados de Bolsonaro apresentaram a defesa do ex-presidente
Rosinei Coutinho/STF

Advogados de Bolsonaro apresentaram a defesa do ex-presidente

A sustentação oral da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro foi conduzida pelos advogados Celso Vilardi e Paulo Cunha Bueno, com duração de uma hora, conforme determinação do presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin.

A defesa concentrou-se em desqualificar as acusações da Procuradoria-Geral da República, questionar a condução do processo e pedir a absolvição de Bolsonaro.

A defesa afirmou que não há evidências que liguem o ex-presidente aos atos de 8 de janeiro de 2023 ou a supostos planos golpistas, como o “Punhal Verde e Amarelo” e a “Operação Luneta”.

Vilardi destacou que “não há uma única prova que atrele o presidente a (plano) Punhal Verde e Amarelo, Operação Luneta e a 8 de janeiro” .

Paulo Cunha Bueno reforçou que “não há provas que conectam Jair Bolsonaro aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 e às demais manifestações públicas feitas por apoiadores em acampamentos em frente a quartéis pelo país” .

A defesa também contestou a validade da delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, alegando falta de credibilidade e coerência em suas declarações.

Questionou a condução do processo pelo ministro Alexandre de Moraes, afirmando que ele assumiu papel ativo na produção de provas e que a defesa teve acesso limitado a aproximadamente 80 terabytes de dados, sem organização adequada para análise.

Os advogados defenderam que Bolsonaro sempre atuou em conformidade com a Constituição, citando discursos em que reconheceu a derrota eleitoral e pediu manifestações pacíficas.

Ressaltaram ainda que o ex-presidente estava nos Estados Unidos durante os atos de 8 de janeiro, impossibilitando participação direta.

A defesa questionou a competência da Primeira Turma para julgar o caso e argumentou que deveria ocorrer no Plenário do STF, com todos os ministros, garantindo maior legitimidade.

A sustentação oral também incluiu comparações históricas, como a menção ao caso Dreyfus.

“Não permitamos, em hipótese alguma, criarmos nesse processo uma versão brasileira e atualizada do emblemático caso Dreyfus, que se tornará uma cicatriz na história jurídica do Ocidente.”

Defesa de Nogueira afirma que general atuou contra golpe

O advogado Andrew Fernandes defendeu General Paulo Sérgio
Reprodução/TV Justiça

O advogado Andrew Fernandes defendeu General Paulo Sérgio

A sustentação oral da defesa do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, foi conduzida pelo advogado Andrew Fernandes Farias.

A defesa apresentou argumentos de inocência e buscou demonstrar que Nogueira atuou para evitar qualquer ruptura democrática após a derrota eleitoral de 2022.

Farias destacou que Nogueira tentou demover Jair Bolsonaro de adotar “medidas de exceção” e pertencia a um grupo moderado dentro do governo.

Para preservar a coesão das Forças Armadas, o general convocou reunião em 14 de dezembro de 2022 com os comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica, e no dia seguinte visitou Bolsonaro para confirmar que não haveria apoio a ações golpistas.

Diferentemente de outros réus, a defesa utilizou trechos da delação premiada de Mauro Cid para reforçar a inocência de Nogueira.

Segundo Cid, o general era “totalmente contra” qualquer tentativa de reverter o resultado eleitoral.

Depoimentos de outros militares, como o brigadeiro Baptista Junior e o general Freire Gomes, corroboraram que Nogueira atuou para impedir medidas ilegais.

A acusação de que Nogueira teria pressionado os comandantes das Forças Armadas foi contestada. Farias afirmou que o general “ficou calado” durante a reunião de 14 de dezembro e que não há evidências de persuasão golpista.

A defesa afirmou que os ataques virtuais de bolsonaristas radicais contra Nogueira servem como prova de sua postura moderada e de não participação em organização criminosa.

Farias ressaltou ainda que Nogueira não figurava em planos de cargos para um eventual governo pós-golpe e que cumpriu seu papel institucional ao entregar ao Tribunal Superior Eleitoral relatório das Forças Armadas sobre fiscalização das urnas.

Durante a sustentação, o advogado utilizou referências culturais, como a obra Alice Através do Espelho, para ilustrar suposta interpretação arbitrária de suas palavras pela PGR, e ressaltou a importância de basear acusações em provas claras e incontestáveis.

O tom da sustentação enfatizou a defesa da “honra e reputação” de Nogueira e seu papel institucional durante o período de polarização política.

Defesa de Braga Netto contesta delação e nega envolvimento

O advogado José Luís Mendes de Oliveira defendeu Braga Netto
Reprodução/TV Justiça

O advogado José Luís Mendes de Oliveira defendeu Braga Netto

A sustentação oral da defesa do general Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, foi conduzida pelo advogado José Luís de Oliveira Lima.

A defesa concentrou-se em questionar a delação de Mauro Cid, alegar cerceamento de defesa e negar qualquer participação do general em atos golpistas.

Oliveira Lima classificou a delação de Cid como “viciada, mentirosa e desprovida de provas”, destacando áudios em que o delator alegou ter sido coagido pela Polícia Federal e que o acordo de colaboração premiada foi fechado sem anuência do Ministério Público Federal.

A defesa argumentou que a delação, considerada central pela PGR, contém contradições e lapsos temporais, sem corroboração por outras provas.

A defesa sustentou que não há indícios concretos de que Braga Netto tenha integrado organização criminosa ou participado de planos violentos, como o suposto “Punhal Verde e Amarelo”.

Negou qualquer relação do general com os atos de 8 de janeiro de 2023 ou com a mobilização de apoiadores em acampamentos, incluindo a interpretação de falas atribuídas ao general.

Oliveira Lima apontou cerceamento de defesa devido ao grande volume de documentos, argumentando que a análise completa do material demandaria mais tempo e contestando a negativa de acesso integral ao procedimento de delação.

A defesa ressaltou o histórico de 42 anos de serviço de Braga Netto no Exército e sua atuação como ministro da Casa Civil e da Defesa, afirmando que ele se posicionou “totalmente contra” qualquer ruptura democrática e não coordenou reuniões ou ações para articular golpe.

Sobre a prisão preventiva decretada em dezembro de 2024, a defesa alegou ilegalidade, afirmando ausência de fatos concretos que justificassem risco à ordem pública, e pediu absolvição ou, alternativamente, pena reduzida por participação de menor importância.

A sustentação combinou críticas à delação de Cid, defesa da atuação institucional do general e questionamentos sobre o direito de defesa, destacando a necessidade de provas claras e atuais para qualquer condenação.




Ministros do STF reforçam unidade e defesa de Alexandre de Moraes após ataques bolsonaristas

Em discurso no ato pró-anistia neste domingo, o pastor-empresário Silas Malafaia tentou dividir os magistrados

Silas Malafaia e o ministro do STF Alexandre de Moraes
Silas Malafaia e o ministro do STF Alexandre de Moraes (Foto: Isac Nóbrega/PR |Marcelo Camargo/Agência Brasil)

247 – A tentativa do pastor-empresário Silas Malafaia de promover um isolamento político do ministro Alexandre de Moraes, durante o ato pró-anistia realizado na Avenida Paulista no domingo (6), foi recebida com indiferença no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Lauro Jardim, do jornal O Globo, ministros da Corte reafirmaram, em conversas reservadas após o evento, o compromisso com a coesão institucional e rejeitaram qualquer tentativa de divisão interna.

Durante o discurso que proferiu no palanque montado na Paulista, Malafaia, aliado de primeira hora de Jair Bolsonaro (PL), disparou duras críticas contra Moraes, referindo-se ao ministro como um “ditador de toga”. A fala, que teve tom inflamado e visava pressionar os demais integrantes da Corte a se afastarem do magistrado, incluiu ataques frontais ao Supremo. “Alexandre de Moraes está levando o STF a ser o Supremo Tribunal da Injustiça e da politicagem barata”, disse o pastor-empresário. Em seguida, conclamou: “denhores ministros do STF, não joguem na lata de lixo a reputação deste mais importante tribunal do país. Senhores ministros do STF, o povo é o supremo poder. Não brinquem com o povo pacífico”.

As palavras de Malafaia, contudo, não encontraram eco no STF. Pelo contrário, ministros reforçaram a necessidade de manter a unidade diante das investidas contra o Judiciário. O gesto simbólico mais recente dessa coesão foi registrado na votação da Primeira Turma da Corte, que decidiu por unanimidade transformar Jair Bolsonaro e outros sete de seus aliados em réus por tentativa de golpe de Estado em 2022.

Cortes 247




A NATUREZA EM LEGÍTIMA DEFESA Por Francisco Nóbrega dos Santos

A NATUREZA EM LEGÍTIMA DEFESA
Por Francisco Nóbrega dos Santos

Desde os Séculos Antes de Cristo, já existiam os fenômenos da Natureza, tais como Chuva, Sol, Noite, Dias, Luz e Trevas. Existiam, como consequências, os seres animados ou inanimados.
Como sequência (ou consequência) dessa múltipla criação, vieram o homem, a mulher entre outros seres depredadores, (conscientes ou inconscientes) para habitação nesse Universo repleto sinônimos e antônimos, tais como vida e morte, homem e mulher (machos e fêmeas), produção e reprodução (extermínio ou proliferação), muitos seres e coisas, visíveis ou invisíveis.

Não obstante toda essa criação, a evolução, criou, com reserva de domínio, o livre arbítrio, um dos ATRIBUTOS das prerrogativas que originaram o DIREITO NATURAL.
Infelizmente, dentre essas criações, surgiram os degredados filhos de Eva, os descendentes de CAIM, outros que institucionalizaram, o crime, o roubo, responsáveis pelo enriquecimento sem causa, a apropriação indébita, que somados a esses atributos, geraram uma mudança radical, como déspotas, mercenários, peculatários, estelionatários sem excluir os otários, como o equilíbrio da balança para as conquistas ilícitas.

Com a meteórica evolução da mente do “HOMO SAPIENS”, A Política, com a conquistas e centralização dos poderes, corroendo a mente dos que ficaram no lado oposto, para, serem utilizados ou manipulados no desempenho das ações, OMISSIVAS OU COMISSIVAS, em benefícios próprios (ou impróprios),
Nessa conjuntura, não obstante o Direito Natural, nascido dos Jurisconsultos Romanos, rígido e inflexível, embasado na dialética “ DURA LEX SED LEX” “a Lei é dura mas é Lei”, ferida, impiedosamente através do Direito Codificado, pelos sábios aventureiros que instituíram dúbias interpretações, e geraram Direitos e Obrigações ( para os fortes e para os fracos, respectivamente.

Arrimado nessas flexibilizações, criou-se o “Estado”, originariamente STATUS, que se traduz em PODER.
Hoje é o que se ver; posses invasivas das propriedades alheias, com o extermínio de indígenas, desmatamento indiscriminado, com o disfarce de “um fenômeno natural”, tudo isso tramado ou amparado por governantes, em interesses próprios ou da sua Dinastia, “eternização do Poder”.
A prova mais evidente encontra-se na prática criminosa de queimadas das reservas florestais, Ocultadas ou, intencionalmente, praticadas, pelos poderes ou poderosos, forçando a destruição do bioma, reduzindo a história natural da Amazônia e de outras reservas verdes, para gerar verdadeiras “SELVAS DE PEDRA “, sufocando as nascente, estrangulando o subsolo, em busca de minérios naturais, para edificação de de “arranha Céus”, com a morte, impiedosa da Natureza, sob os olhares omissos dos detentores do poder, ante a passividade de um povo condenado à morte pela falta do ar necessário e indispensável à sobrevivência das espécies humanas ou vegetais.E assim caminha a humanidade (ou desumanidade) .

A reação, contra essa injusta agressão, vem se manifestando através das enchentes avassaladoras, que tiveram grandes reflexos no Brasil e em outros Países, secas causticantes, causadas por um aquecimento global, terremotos ou maremotos, tufões e outros inevitáveis fenômenos, castigando os continentes.
Finalmente, a vingança da Natureza vem se manifestando através de fatos, contra os atos dos que deram causa a esses desastrosos eventos, como um BASTA DE DEUS, com a dizimação, de todos, ao contrário da Lei do Homem , feita para todos; o Direito para poucos e a Justiça para a minoria escolhida. AQUI SE FAZ – AQUI SE PAGA – É LEI DIVINA – É LEI DE DEUS.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Por Francisco Nóbrega dos Santos- Advogado, jornalista, poeta, escritor




‘Ministério da Defesa não apontou inconsistência nas urnas’, diz Moraes após ter acesso a relatório

 

'Ministério da Defesa não apontou inconsistência nas urnas', diz Moraes após ter acesso a relatório

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, afirmou nesta quarta-feira (9) que o Ministério da Defesa não mostrou fraudes ou inconsistência nas urnas brasileiras após enviar ao TSE um relatório sobre as eleições.

“Assim como todas as demais entidades fiscalizadoras, não apontou a existência de nenhuma fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”, escreveu Moraes.
Nos últimos anos, Jair Bolsonaro (PL) tentou passar para a população a mensagem de que o Poder Judiciário atrapalha o governo. Ele também defendeu a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição. Membros de partidos oposicionistas denunciaram publicamente a possibilidade de haver tentativa de golpe.

Lula

Após encontro com ministros do Supremo Tribunal Federal, o petista disse nessa quarta-feira (9) a jornalistas que é necessário harmonia entre os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Lula fez críticas à maneira como Bolsonaro tratou as instituições brasileiras durante o governo.




O GRITO EM DEFESA DA DEMOCRACIA Por Rui Leitao

O GRITO EM DEFESA DA DEMOCRACIA Por Rui Leitao

O dia de hoje vai se transformar numa data histórica. A sociedade civil organizada decidiu ecoar o grito uníssono em defesa do Estado Democrático de Direito. Vários manifestos serão lidos em atos públicos nesta quinta feira, incluindo a Carta aos Brasileiros, elaborada por juristas da Faculdade Direito da USP, a serem realizados em todas as capitais do país.

É um momento de união nacional contra os ataques do atual governo às instituições republicanas brasileiras e de reação à escalada autoritária que pretende quebrar a normalidade democrática. Trata-se de um movimento suprapartidário de resistência, buscando mobilizar a sociedade brasileira para construção de um novo tempo a partir das nossas lutas por justiça e paz.carta;

Quando se ataca a democracia, igualmente se promove ataques aos Direitos Humanos e às conquistas que os segmentos vulnerabilizados da população alcançaram em épocas recentes. É, portanto, necessário que as organizações populares estejam dispostas a abraçarem, de forma conjunta, as lutas por transformações políticas, sociais e econômicas, que nos conduzam a estruturas fortes de preservação da democracia com justiça.

Não dá mais para esperar. A hora é de agrupar todas as forças políticas democráticas para salvar o Brasil das ameaças golpistas. É um primeiro passo para superarmos esse momento trágico que estamos vivenciando. Só assim poderemos encontrar o caminho da reconstrução nacional. O grito que vai ecoar hoje em todo o território nacional é um aviso de que não aceitaremos mais essa insistente ação de “esticar a corda”, como se estivessem testando a nossa capacidade reação.

Lutemos por um Brasil melhor e mais inclusivo para todos e todas. O regime autocrático não tem mais espaço na nossa nação, devendo as experiências pretéritas neste sentido ficarem restritas aos livros de História, até como exemplo para não voltarmos a viver essas paginas sombrias que tanto nos entristeceram e assustaram. A democracia é um ideal universalmente reconhecido. Devemos, então, preservá-la a qualquer custo. Exercitemos, pois, o direito básico de cidadania, qual seja a de sair às ruas para defender a institucionalidade democrática em sua plenitude. Que os golpistas saibam que não contarão com nosso silêncio e omissão. Exerçamos o nosso direito de gritar contra o que consideremos inaceitável. Não podemos ficar parados. Devemos seguir unidos em defesa do Brasil e da Democracia.

Rui Leitão




Após TRE-PB rejeitar registro de candidatura de Ricardo Coutinho, defesa diz que palavra final será do STF

A defesa do ex-governador argumentou, em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (9), que caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A votação em primeiro turno ocorrerá no dia 2 de outubro de 2022 e Ricardo Coutinho está inelegível até 5 de outubro de 2022, após ser condenado pelo TSE a inelegibilidade. (Foto: ClickPB/Arquivo)

 

Após o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) indeferir o registro de candidatura de Ricardo Coutinho ao Senado, nas Eleições 2022, a defesa do ex-governador argumentou, em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (9), que caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda na nota assinada pelos advogados Igor Suassuna e Eduardo Cavalcanti, a defesa aponta que a palavra final será no Supremo Tribunal Federal (STF) para o indeferimento ou deferimento do registro de candidatura de Ricardo a senador.

A votação em primeiro turno ocorrerá no dia 2 de outubro de 2022 e Ricardo Coutinho está inelegível até 5 de outubro de 2022, após ser condenado pelo TSE a inelegibilidade.

Confira, abaixo, a íntegra da nota da defesa de Ricardo Coutinho

Em que pese a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, proferida na data de hoje (09/09/2022), julgando procedente a impugnação contra o registro da candidatura de Ricardo Coutinho, deve-se informar que, além de caber recurso para o TSE, incumbirá ainda ao STF dar a palavra final sobre a candidatura de Ricardo Coutinho.

João Pessoa, 09 de setembro de 2022.

Igor Suassuna de Vasconcelos

OAB/DF 47.398

OAB/PB 28.806-a

Eduardo de Araújo Cavalcanti

OAB/PB 8.392

www.reporteriedoferreira.com.br/clickpb




Partidos divulgam nota em defesa da democracia e do sistema eleitoral

Partidos divulgam nota em defesa da democracia e do sistema eleitoral

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e os presidentes de oito partidos divulgaram nota neste sábado (10) reafirmando a importância das instituições brasileiras, dos valores democráticos e do sistema eleitoral do país.

Segundo Lira, as instituições brasileiras não se abalarão com declarações públicas e oportunismo. “Enfrentamos o pior desafio da história com milhares de mortes, milhões de desempregados e muito trabalho a ser feito”, disse.

Arthur Lira disse que “em uma hora tão dura como a que vivemos hoje, saibamos todos que o Brasil sempre será maior do que qualquer disputa política. Tenhamos todos, como membros dos poderes republicanos, responsabilidade e serenidade para não causar mais dor e sofrimento aos brasileiros”.

As manifestações ocorrem após declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre supostas fraudes nas eleições de 2014. Bolsonaro disse que, sem voto impresso auditável, o Brasil pode não ter o pleito de 2022.

A nota é assinada pelo MDB, PSDB, Novo, PSL, PV, Solidariedade e Cidadania.

“Temos total confiança no sistema eleitoral brasileiro, que é moderno, célere, seguro e auditável. São as eleições que garantem a cada cidadão o direito de escolher livremente seus representantes e gestores. Sempre vamos defender de forma intransigente esse direito, materializado no voto. Quem se colocar contra esse direito de livre escolha do cidadão terá a nossa mais firme oposição”, afirma o documento.

Congresso Nacional

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco reiterou, nessa sexta-feira (9), a independência entre os Poderes e afirmou que o Parlamento “não admitirá qualquer atentado a essa independência”.

“Quero afirmar a independência do Parlamento brasileiro, do Congresso Nacional, que não admitirá qualquer atentado a essa independência e, sobretudo, às prerrogativas dos parlamentares. [Prerrogativas] de palavras, opiniões e votos que, naturalmente, devem ser resguardados numa democracia.”, disse.

CPI

As declarações dos partidos foram feitas após episódio que gerou atrito entre Executivo e Legislativo nesta semana. Durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, o presidente do colegiado, senador Omar Aziz (PSD-AM), falou sobre suposto envolvimento de militares em suspeitas de fraude na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.

Horas depois, o ministro da Defesa, general Braga Netto, e os comandantes das três Forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – divulgaram nota condenando as declarações de Aziz. Na nota, afirmaram que “as Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

Aziz se defendeu, afirmando que não fez uma generalização às Forças Armadas, tendo, na verdade, referido-se a uma minoria.

No dia seguinte, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse ter esclarecido o assunto em conversa com o ministro da Defesa, Walter Braga Netto.

“Ressaltamos a importância do diálogo e do respeito mútuo entre as instituições, base do Estado democrático de direito, que não permite retrocessos. Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”, destacou Pacheco.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Agência Brasil




Forças Armadas estão “ao lado da democracia”, afirma ministro da Defesa

Nota assinada por Fernando Azevedo e Silva condena as agressões contras jornalistas em ato que contou com a presença de Bolsonaro

Fernando Azevedo e Silva condenou agressão a jornalistas e defendeu a democracia

José Cruz-Agência Brasil

Fernando Azevedo e Silva condenou agressão a jornalistas e defendeu a democracia

Ministério da Defesa publicou nesta segunda-feira (04) uma nota, assinada pelo ministro Fernando Azevedo e Silva , com a afirmação de que as Forças Armadas estão “ao lado da democracia”. O comunicado foi emitido um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro ter participado de atos com pautas como pedidos de fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

“O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências Sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos. As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso”, diz o texto.

Azevedo e Silva também condenou as agressões sofridas por repórteres e fotógrafos enquanto trabalhavam na cobertura dos protestos, em frente ao Palácio da Alvorada.

“ A liberdade de expressão é um requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável”, afirma o ministro.

Durante seu discurso aos manifestantes, Bolsonaro disse que “chegou ao limite” e garantiu que tinha as Forças Armadas ao seu lado. Ele ainda afirmou que não iria admitir mais “interferências”.

Confira a íntegra da nota publicada pelo Ministro da Defesa.

As Forças Armadas cumprem a sua missão Constitucional. Marinha, Exército e Força Aérea são organismos de Estado, que consideram a independência e a harmonia entre os Poderes imprescindíveis para a governabilidade do País.

A liberdade de expressão é requisito fundamental de um País democrático. No entanto, qualquer agressão a profissionais de imprensa é inaceitável.

O Brasil precisa avançar. Enfrentamos uma Pandemia de consequências sanitárias e sociais ainda imprevisíveis, que requer esforço e entendimento de todos. As Forças Armadas estarão sempre ao lado da lei, da ordem, da democracia e da liberdade. Este é o nosso compromisso.

Fernando Azevedo e Silva, Ministro de Estado da Defesa.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig