Putin diz que não participará da cúpula do G20 no Rio após mandado de prisão

Confirmação vem em meio à ameaça de prisão devido a um mandado do Tribunal Penal Internacional, do qual o Brasil é signatário

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Ansa

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Putin garante ter relação amigável com Lula
AFP

Putin garante ter relação amigável com Lula

O presidente da Rússia,  Vladimir Putin, afirmou que não participará da cúpula de líderes do G20  no Rio de Janeiro, em 18 e 19 de novembro, em meio à  ameaça de prisão devido a um mandado do Tribunal Penal Internacional (TPI), do qual o Brasil é signatário.

“Tenho uma relação amigável com Lula. Eu iria lá de propósito para violar a decisão e arruinar a cúpula? Não”, disse Putin à CNN Brasil, durante um encontro com jornalistas em Moscou. No entanto, o líder do Kremlin garantiu que o governo russo “terá um representante” na reunião.

Em 2023, o TPI, sediado em Haia, emitiu uma ordem de prisão contra Putin por crimes de guerra ligados à deportação forçada de crianças da Ucrânia para a Rússia.

Em entrevista no último domingo, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, havia admitido que o presidente russo poderia ser preso caso viesse para a cúpula do G20.




Lula embarca para a Bélgica para cúpula e encontros bilaterais

Cúpula Celac-União Europeia terá início na segunda-feira (17)

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Agência Brasil

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Cúpula Celac-União Europeia terá início na segunda-feira (17)
Reprodução / Rádio Gaúcha – 29.06.2023

Cúpula Celac-União Europeia terá início na segunda-feira (17)

O  presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca na noite deste sábado (15) com destino a Bruxelas, na Bélgica, onde participará da Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da  União Europeia. O embarque está previsto para as 22h, na Base Aérea de Brasília. Haverá uma parada técnica para abastecimento, no Aeroporto Internacional do Recife. Pela agenda oficial divulgada pelo Palácio do Planalto, a previsão de chegada na capital belga é 16h10, horário local (11h10 pelo horário de Brasília).

Ao todo, cerca de 60 líderes estrangeiros dos países componentes dos blocos são esperados para o encontro, que ocorrerá oficialmente nos dias 17 e 18. A delegação brasileira levará à cúpula propostas de estímulo à cooperação mútua nas áreas ambiental, energética e de defesa, além do combate à fome e aos crimes transnacionais.

Embora não figure entre os principais temas da 3ª Cúpula Celac-União Europeia, as negociações para conclusão do acordo de livre-comércio entre os países do bloco europeu e do Mercosul podem ser objeto das conversas. Compõem o Mercosul a Argentina, o Brasil, o Paraguai e o Uruguai.

Segundo o Itamaraty, Lula levará ao evento o posicionamento brasileiro em relação às últimas exigências do bloco europeu para aprovar a assinatura do tratado – que incluem, entre outras coisas, a previsão de multas em caso de descumprimento de obrigações ambientais.

Agenda

Embora ainda não esteja totalmente fechada, a agenda do presidente Lula prevê reuniões e encontros com líderes políticos e empresariais europeus.

O chefe do governo brasileiro terá encontros com o rei da Bélgica, Philippe Léopold Louis Marie, e com o primeiro-ministro do país anfitrião, Alexandre De Croo. Também já foram confirmados compromissos com os representantes da Áustria e da Suécia.

Na segunda-feira (17), Lula participa do Fórum empresarial União Europeia – América Latina, pela manhã. À tarde, ocorre a sessão de abertura da Celac. No dia seguinte, ocorre a Cúpula da Celac-União Europeia. O retorno a Brasília está previsto para quarta-feira (19).




União Europeia chega a acordo sobre plano de recuperação da pandemia

Foto: Capri23auto por Pixabay

Líderes da União Europeia (UE) chegaram, nas primeiras horas desta terça-feira (21), após uma cúpula que durou quase cinco dias, a um acordo “histórico” sobre um plano de estímulo para as economias do bloco afetadas pelo novo coronavírus, causador da covid-19.

O acordo abre caminho para a Comissão Europeia, braço executivo da UE, levantar bilhões de euros em mercados de capital em nome dos 27 países, um ato de solidariedade sem precedentes em quase sete décadas de integração europeia.

O presidente da cúpula, Charles Michel, chamou o acordo, alcançado às 5h15 (0h15 no horário de Brasília), de “momento determinante” para a Europa.

Muitos haviam alertado que, se a cúpula não chegasse a um acordo em meio à pandemia de covid-19, isso colocaria a viabilidade do bloco em séria dúvida após anos de crise econômica e a recente saída do Reino Unido.

“Esse acordo envia um sinal concreto de que a Europa é uma força de ação”, afirmou Michel a repórteres.

O presidente francês, Emmanuel Macron, que liderou a pressão pelo acordo com a chanceler alemã, Angela Merkel, classificou o acordo de “verdadeiramente histórico”.

Líderes esperam que o fundo de recuperação de 750 bilhões de euros e o orçamento relacionado para 2021-2027 de 1,1 trilhão de euros ajudem a reparar a mais profunda recessão do continente desde a segunda guerra mundial, após o surto do novo coronavírus ter fechado economias.

O ministro da Economia da Alemanha, Peter Altmaier, afirmou que, com o acordo, as chances de uma “recuperação lenta e cautelosa” no segundo semestre deste ano aumentaram muito.

Embora seja de forte simbolismo, o acordo foi fechado ao custo de cortes em investimentos propostos para fundos climáticos e não determinou condições para desembolsos a países como Hungria e Polônia, que quebram valores democráticos.

Em um complicado clube de 27 países, cada um com poder de veto, a cúpula também expôs falhas no bloco, que devem prejudicar decisões futuras sobre dinheiro, uma vez que os países mais ricos do Norte resistem a ajudar os mais pobres do Sul.

A Holanda lidera o grupo de países austeros com Áustria, Suécia, Dinamarca e Finlândia, insistindo que a ajuda a Itália, Espanha e outros países do Mediterrâneo deveria ser principalmente em empréstimos, não em subsídios não reembolsáveis. “Houve alguns embates, mas faz parte do jogo”, disse o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

O chanceler austríaco, Sebastian Kurz, afirmou, porém, que o poder de negociação dos austeros veio para ficar, sugerindo que o tradicional motor franco-alemão da Europa será desafiado.

Quase uma cúpula recorde

Os atritos atingiram o pico na noite de domingo (19), quando Macron perdeu a paciência com os países austeros, disseram diplomatas, e o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, os chamou de “estados mesquinhos e egoístas”.

Segundo Rutte, a discussão prorrogou a cúpula, tornando-a a segunda maior da história da UE, apenas 20 minutos a menos do que o recorde estabelecido em 2000 em Nice. “Teríamos quebrado o recorde às 6h05, mas terminamos às 5h45”, disse ele.

Sob o acordo, a comissão tomará emprestados 750 bilhões de euros usando seu rating de dívida triplo A, desembolsando 390 bilhões de euros em subsídios — menos do que os 500 bilhões inicialmente previstos — e 360 bilhões de euros em empréstimos baratos.

O acordo da cúpula não coloca a UE no caminho de uma união fiscal ao estilo dos Estados Unidos, embora alguns vejam isso como um primeiro passo.

As negociações de Rutte ganharam um “freio de emergência” para interromper temporariamente as transferências de dinheiro do fundo de recuperação caso um estado da UE não cumpra as condições de reforma vinculadas ao dinheiro.

Os países austeros também garantiram abatimentos maiores a partir do próximo orçamento da UE, um mecanismo de retorno conquistado pelo Reino Unido na década de 1980 e que a França esperava eliminar gradualmente após o Brexit.

O plano de recuperação agora enfrenta uma aprovação potencialmente difícil pelo Parlamento Europeu e precisa ser ratificado por todos os estados da União Euroepeia. O dinheiro provavelmente não chegará à economia real antes de meados do próximo ano, dizem economistas.

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