Omar diz que relatório da CPI será a maior pressão por impeachment contra Bolsonaro que a Câmara já recebeu

Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia – (Foto: Pedro França/Agência Senado)

O senador Omar Aziz (PSD-AM) disse, durante entrevista nesta quarta-feira (15), que o relatório da CPI da Covid-19 será a maior pressão que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), sofrerá para a abertura de processo de impeachment.

O presidente da Comissão disse ainda que, de todos os pedidos que estão engavetados por Lira, o relatório ‘ele vai ter que analisar’, porque a cobrança virá de dentro da política, com a ajuda da sociedade.

O senador também falou sobre a proposta do relator Renan Calheiros, de alterar a lei do impeachment, incluindo um prazo para análise dos pedidos. Omar Aziz defendeu a mudança e afirmou que é preciso trabalhar para não dar tanto poder para uma pessoa só decidir os rumos do país.

Entretanto, Aziz disse que o problema não é relativo à Lira, mas sim ao cargo, já que o último presidente da Câmara, também não abriu nenhum processo de impeachment.

A expectativa é que Renan Calheiros apresente o relatório entre os dias 23 e 24 de setembro.




CPI da Covid: Vídeo mostra médicos do MS orientando tratamento ineficaz

“Quando o povo de Manaus precisava de oxigênio, mandaram em larga quantidade hidroxicloroquina”, disse o senador RandolfeSenador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Divulgação/Agência Senado/Jefferson Rudy

Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)

Vídeos entregues à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid mostram médicos da força-tarefa do Ministério da Saúde orientando o uso de medicamentos se eficácia no tratamento da Covid-19. Isso teria acontecido às vésperas do colapso no sistema de saúde no Amazonas.

Em um dos vídeos, que foram divulgados nas redes sociais do senador Randolfe Rodrigues (Rede), uma médica relata um suposto caso de sucesso na utilização da Azitromicina e Cloroquina no tratamento contra a Covid-19, em Porto Feliz, São Paulo.

“O tratamento precoce era Azitromicina, Hidroxicloroquina, zinco, vitamina D. Lá eles davam até enoxaparina. Até enoxaparina tinha gratuidade. Assim, eles fizeram um trabalho muito bonito com corticoide em dose alta e tal. E aí, só de fazer isso, a cidade tem 54 mil habitantes. Até agora, do começo do Covid até agora, eles têm 20 óbitos, sendo que desses 20 óbitos, apenas 1 fez tratamento precoce, os outros 19 não fizeram tratamento precoce. E esse paciente tinha muitas comorbidades. Então, assim, é um case de sucesso ou não é?”, diz a profissional da saúde.

O vídeo é de 13 de janeiro, véspera do dia em que a capital do Amazonas, Manaus, viveu uma grave crise com o avanço dos casos de Covid-19. “Quando os manauaras, o povo de Manaus, precisava de oxigênio, mandaram em larga quantidade hidroxicloroquina”, disse Randolfe em entrevista à GloboNews.

“Os documentos chegados a CPI e agora os vídeos que foram divulgados e que foram incorporados à investigação confirmam o que nós já desconfiávamos: durante o apogeu da segunda crise, da segunda onda de pandemia no amazonas, quando os manauaras, o povo de Manaus precisava de oxigênio, mandaram em larga quantidade hidroxicloroquina. Quando se precisava de médico intensivista mandaram todos os especialistas, até psicólogo, menos médico intensivista”, finalizou Randolfe.

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Governo do Amazonas desmente Pazuello e diz que nunca recusou ajuda

Em depoimento à CPI, Pazuello culpou o governo do estado e a empresa White Martins pelo colapso de oxigênio ocorrido em janeiro

Eduardo Pazuello se contradisse em depoimento à CPI da Covid
Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado

Eduardo Pazuello se contradisse em depoimento à CPI da Covid

A Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas rebateu nesta quinta-feira (20) a declaração de Pazuello de que o governo do estado e a empresa White Martins seriam os responsáveis pelo colapso do oxigênio nos hospitais de Manaus , em janeiro.

O governo do Amazonas respondeu que “nunca houve recusa do estado para qualquer tipo de ajuda relacionada às ações de enfrentamento à Covid-19”, disse o governo em nota ao Metrópoles .

O ex-ministro da Saúde disse em depoimento à CPI da Covid que o governo federal chegou a discutir uma intervenção no Amazonas, mas teve o auxílio recusado pelo governador Wilson Lima.

“[A decisão de intervir] foi levada ao conselho de ministros, o governador se apresentou, se justificou. Desculpa, quero retirar o termo, não é conselho de ministros, é reunião de ministros, com o presidente. O governador se explicou e foi decidido pela não intervenção”, afirmou.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por iG Último Segundo




Wajngarten é acusado por senador de mentir na CPI: “desinformou o Brasil”

Rogério Carvalho (PT) mostrou durante a sessão trecho de uma live onde o ex-secretário diz que aprova campanhas da Secom, indicando contradição com depoimento anterior

Fábio Wajngarten durante depoimento na sessão da CPI da Covid no Senado
Reprodução: iG Minas Gerais

Fábio Wajngarten durante depoimento na sessão da CPI da Covid no Senado

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) subiu o tom contra o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten durante  sessão da CPI da Covid no Senado nesta quarta-feira (12). “O senhor mentiu nessa oitiva”, declara o parlamentar.

Munido de capturas de tela de publicações da Secom , órgão do governo federal, que continham informações exaltando o uso da Cloroquina e do tratamento precoce contra a Covid-19 , ainda que não haja nenhuma comprovação cientifica da eficácia desses medicamentos, além disso, Carvalho mostrou um print de um outro post da Secom, na época chefiado por ele, dizendo que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”.

Na opinião do senador petista, Fábio atuou “negando ao brasileiro a informação correta”:

“Vossa excelência desinformou o Brasil durante todo período que esteve frente da Secom. Toda sua atuação foi na mesma linha do presidente Jair Bolsonaro de levar o povo a se contaminar e adquirir naturalmente a imunidade e levar aos 425.711 mil mortos”

Durante a fala, Rogério Carvalho mostrou um vídeo que circula nas redes sociais onde Wajngarten, durante transmissão ao vivo com o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), diz que aprovou campanhas da Secom e teve contato com publicitários,

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Pazuello responsabilizará STF, TSE, Congresso e governadores em depoimento

General passou o fim de semana no Palácio do Planalto e recebeu um treinamento para depor aos senadores membros da CPI da Covid

Pazuello responsabilizará STF, TSE, Congresso e governadores em depoimento
Reprodução: iG Minas Gerais

Pazuello responsabilizará STF, TSE, Congresso e governadores em depoimento

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, continua seu treinamento – dentro do Palácio do Planalto – para prestar esclarecimentos aos senadores membros da  CPI da Covid na próxima quarta-feira (05), às 10h. A defesa do general irá se basear em quatro tópicos: responsabilizar o Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleioral (TSE), Congresso Nacional e governadores estaduais. As informações são da jornalista Thaís Oyama .

Principal preocupação de Bolsonaro, a prioridade de Pazuello será em proteger o governo federal. Antes mesmo de realizar a defesa da sua passagem à frente do Ministério da Saúde.

Prefeitos e governadores

A linha de defesa do general se iniciará tratando sobre a demora da Organização Mundial da Saúde na decretação do estado de pandemia, no início de 2020.

Com isso, a crítica será endereçada aos chefes de executivos municipais e estaduais por permitirem a realização de festas comemorativas naquele ano, como o Carnaval.

Superior Tribunal Federal

Argumento frequentemente utilizado pela base governista, Eduardo pontuará que o STF ‘retirou’ a autonomia do governo federal em conduzir um plano nacional de enfrentamento à pandemia de covid-19.

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CPI da Covid começa com Renan Calheiros na relatoria e traição de senador governista

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid — que investigará ações ou omissões de autoridades na pandemia — teve início nesta terça-feira (27/04) com uma derrota para o presidente Jair Bolsonaro. A maioria dos integrantes escolheu dois senadores independentes para comandar os trabalhos e produzir seu relatório final.

Omar Aziz (PSD-AM), senador do Amazonas, Estado cujo sistema de saúde colapsou no início do ano devido à gravidade da pandemia, foi eleito presidente. Para a vice-presidência, foi eleito Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Em acordo com outros integrantes, Aziz indicou o senador Renan Calheiros (MDB-AL) para ser o relator. Ambos integram partidos com as maiores bancadas no Senado.

A eleição de Aziz já era esperada, pois senadores opositores e independentes somam sete dos onze titulares da CPI. A surpresa ficou com o apoio do senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos quatro senadores aliados de Bolsonaro que integram a comissão. Com isso, Aziz recebeu oito votos e o candidato bolsonarista, senador Eduardo Girão (Podemos-CE) levou três.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Agências



CPI da Covid: quem é quem na comissão que investiga ações e omissões do governo

 

Presidente Jair Bolsonaro conta com 4 aliados entre 11 senadores, que se reúnem pela primeira vez nesta terça-feira (27/04)

CPI da Pandemia deve se estender pelos próximos 90 dias
Marcos Oliveira/Agência Senado

CPI da Pandemia deve se estender pelos próximos 90 dias

A  Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga ações e omissões no combate à pandemia pelo poder público deve realizar a primeira reunião nesta terça-feira (27/04).

A abertura da investigação foi determinada no início de abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF) , após senadores apresentarem mandado de segurança à Corte em que argumentavam que a presidência da Casa vinha ignorando o requerimento para instalação da CPI , mesmo com os requisitos formais sendo atendidos.

Conforme esses parlamentares, o pedido de autorização havia sido feito em fevereiro ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que contou com apoio de Bolsonaro na eleição para comandar a Casa no último mês de fevereiro.

Em manifestação ao STF , Pacheco atribuiu a demora à busca pelo “momento adequado” para instalar a investigação, diante da piora do quadro da pandemia no país.

A decisão do ministro do STF Luís Roberto Barroso pontua, contudo, que a criação da CPI não está sujeita a ” omissão ou análise de conveniência política por parte da Presidência da Casa Legislativa” caso seus três requisitos sejam cumpridos. São eles: a assinatura de um terço dos integrantes da Casa, a indicação de fato determinado a ser apurado e a definição de prazo certo para duração – todos cumpridos pela chamada CPI da Pandemia.

O STF já determinou a instalação de comissões parlamentares de inquérito anteriormente. Nos governos petistas, foi o caso da CPI dos Bingos , em 2005, e da CPI da Petrobras , em 2014.

O governo reagiu defendendo a ampliação do escopo da investigação , inicialmente centrada no governo federal. Assim, após requerimento feito pelo senador Eduardo Girão (Pode-CE), também serão discutidos os repasses federais a Estados e municípios.

Ainda que os rumos e os resultados concretos das CPIs sejam imprevisíveis, há expectativa de que a investigação, que se estenderá pelos próximos 90 dias, se debruce sobre uma série de questões sobre a conduta do governo federal no contexto da crise sanitária .

Se o governo foi omisso ou não na aquisição de vacinas , por exemplo, ou se colocou a população em risco ao estimular o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a doença, como a cloroquina.

Bolsonaro conta com uma base pequena para defender suas posições na comissão. Entre os 11 membros, apenas 4 são governistas ou próximos ao Palácio do Planalto: Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Podemos-CE), Jorginho Mello (PL-SC) e Marcos Rogério (DEM-RO).

A expectativa é que a primeira reunião marque a escolha dos parlamentares que ocuparão a presidência e vice-presidência do colegiado.

Conheça, a seguir, o perfil de cada um dos membros da CPI.

Ciro Nogueira (PP-PI)

Senador Ciro Nogueira em pronunciamento na Casa

Marcos Oliveira/Agência Senado
Senador Ciro Nogueira diz julgar importante investigar também Estados e municípios

Um dos  principais líderes do Centrão e aliado do governo, o presidente do Progressistas tem repetido em entrevistas que a CPI foi instalada no momento errado, diante do recrudescimento da pandemia, e que foi criada com o único objetivo de atacar o governo federal.

À rádio Jovem Pan o parlamentar disse que mais importante do que investigar a União é apurar os desvios de recursos públicos entre os “bilhões” transferidos a Estados e municípios para o combate à pandemia .

A afirmação faz coro à estratégia do Planalto de tentar tirar o foco do governo federal e antecipa a queda de braço que se desenha entre governistas e oposição.

Na visão de críticos, o escopo demasiadamente amplo com a inclusão dos demais entes da federação pode acabar inviabilizando a investigação na prática, dada a grande quantidade de temas tratados.

Em conversa por telefone com o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) no início de abril, cuja gravação foi divulgada posteriormente pelo parlamentar, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que, para que fosse “útil para o Brasil”, a CPI deveria incluir governadores e prefeitos.

Junto ao correligionário Alessandro Vieira, Kajuru é autor do mandado de segurança que pediu ao STF que determinasse a abertura da investigação.

Eduardo Braga (MDB-AM)

O atual líder do MDB no Senado chegou a rebater em uma audiência na Casa em fevereiro afirmações dadas pelo então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , de que a pasta não teria sido avisada sobre o colapso no fornecimento de oxigênio à rede de saúde de Manaus.

“Eu estive com Vossa Excelência, no seu gabinete, em dezembro. Eu já dizia que nós iríamos enfrentar uma onda no Amazonas muito grave. Sugeri, inclusive, que assumisse uma unidade hospitalar no Amazonas, diante da comprovação da ineficiência do governo do meu Estado. Eu dizia a Vossa Excelência que, se não tomasse providências para assumir a execução, não seria executado. Isso nós já sabíamos quando da primeira onda”, afirmou.

A crise na capital manauara, marcada pela falta de oxigênio nas unidades de saúde, é mencionada no pedido de abertura da CPI e deve ser um dos temas abordados pela investigação.

Braga governou o Amazonas por dois mandatos, entre 2003 e 2010, e foi ministro de Minas e Energia entre 2015 e 2016, na gestão Dilma Rousseff (PT).

Eduardo Girão (Pode mos -CE)

Senador Eduardo Girão

Edilson Rodrigues/Agência Senado
Girão lançou candidatura para ser presidente da CPI

O senador é autor do requerimento para ampliar o objeto de investigação da comissão e incluir a utilização dos recursos dos repasses federais a Estados e municípios no contexto da pandemia.

Apesar de reverberar a estratégia defendida pelo Planalto, o parlamentar se declara independente, argumento que tem usado para defender sua candidatura à presidência da CPI.

A “campanha” ignora o acordo informal costurado entre a maioria dos membros nos últimos dias, que aponta o senador Omar Aziz (PSD-AM) como presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) como vice e Renan Calheiros (MDB-AM) como relator.

“Se a sociedade não reagir, a CPI vai blindar governadores e prefeitos que receberam bilhões de verbas federais para o enfrentamento à covid. Casos de desvios precisam ser apurados! O comando da Comissão precisa ter isenção e independência para investigar todos os entes da Federação”, escreveu nesta segunda (19/04) em seu perfil no Twitter.

Junto a Kajuru e Alessandro Vieira, o parlamentar entregou em março ao presidente do Senado um  pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Alexandre de Moraes e, nos últimos dias, tem se manifestado pedindo a apreciação da petição.

“Esperamos que, com a mobilização crescente e pacífica dos cidadãos de bem, a Casa Revisora da República não engavete monocraticamente o pedido como tantos outros em gestões de ex-presidentes da instituição”, afirmou em um post no Facebook de 17 de abril.

A demanda vai ao encontro de um dos trechos da gravação da conversa telefônica entre Bolsonaro e Kajuru divulgada pelo senador, em que o presidente da República afirma que vê na situação colocada pela CPI uma oportunidade de “fazer do limão uma limonada” e peticionar o Supremo para pautar os pedidos de impeachment contra os ministros da corte.

A manifestação de Bolsonaro na ocasião foi interpretada por críticos como mais um esforço para desviar o foco do governo federal no âmbito da investigação, alimentando a tensão entre os poderes.

Humberto Costa (PT-PE)

Senador Humberto Costa

Jefferson Rudy/Agência Senado
Costa é um dos parlamentares de oposição na comissão

O senador de oposição faz duras críticas à condução da pandemia pelo governo federal e já chegou a acusar o presidente Jair Bolsonaro de cometer crime de responsabilidade.

Também está entre os parlamentares que defendem a abertura de um processo de impeachment contra Bolsonaro no Congresso .

www.reporteriedoferreira.com.br    Por BBC News Brasil




CPI da Covid: veja quem é quem entre os 11 senadores titulares

Comissão investigará ações e omissões do governo no enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde do estado do Amazonas

Renan Calheiros (MDB-AL) é o mais cotado para presidir a CPI, ao lado de Omar Aziz (PSD-AM)
Roque de Sá/Agência Senado

Renan Calheiros (MDB-AL) é o mais cotado para presidir a CPI, ao lado de Omar Aziz (PSD-AM)

Onze senadores já confirmaram titularidade na CPI da Covid determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Comissão Parlamentar de Inquérito investigará ações e omissões do governo no enfrentamento da pandemia e o colapso da saúde do Estado do Amazonas no começo de 2021.

Os mais cotados para assumir a presidência da CPI são os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Omar Aziz (PSD-AM). Crítico recorrente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Calheiros é mais cotado para a relatoria, mas pode assumir a presidência da CPI se o partido abrir mão da vaga. Já Omar Aziz faz críticas pontuais sobre o combate à pandemia, mas alega que a CPI “não será para crucificar ninguém”.

Eduardo Braga (MDB-AM) é um dos favoritos a relatar a CPI da Covid, ao lado de Renan Calheiros. Apesar de ser crítico à forma que o presidente Jair Bolsonaro trata a pandemia do novo coronavírus, costuma votar conforme orientação do governo.

Entre os titulares, apenas três são aliados diretos do governo . Ciro Nogueira (PP-PI) é um dos líderes do Centrão, bloco parlamentar que atualmente apoia o governo de Jair Bolsonaro. Marcos Rogério (DEM-RO) é vice-líder do governo no Congresso e líder do Democratas no Senado. Em seu primeiro mandato como senador, Jorginho Mello (PL-SC) votou conforme recomendação do presidente da República em 92% das situações.

Dois senadores titulares são opositores declarados do presidente Jair Bolsonaro . Humberto Costa (PT-PE) é ex-ministro da Saúde do governo Lula e é um dos principais opositores do governo no Senado. Randolfe Rodrigues (REDE-AP) é autor do pedido original para a CPI da Covid .

Ainda integram os titulares da CPI da Covid os senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Girão (PODE-CE). Estes são considerados independentes, pois apesar de críticos à forma que Bolsonaro combate a pandemia , costumam votar conforme a recomendação do governo.

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Pacheco anuncia senadores que vão compor a CPI da Covid; veja os nomes

Dos onze titulares, quatro são aliados de Bolsonaro, cinco são independentes e dois são da oposição

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
O Antagonista

Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) anunciou nesta quinta-feira (15) os 11 titulares e 7 suplentes que vão compor a CPI da Covid – que investigará ações e omissões do governo federal no enfrentamento da pandemia e o uso de recursos da União usados por estados e municípios.

Membros titulares

Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Ciro Nogueira (PP-PI), Eduardo Girão (Podemos-CE), Tasso Jereissati (PSDB-CE), Omar Aziz (PSD-AM), Otto Alencar (PSD-BA), Marcos Rogério (DEM-GO), Humberto Costa (PT-PE) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Suplentes

Alessandro Vieira (Cidadania-ES), Zequinha Marinho (PSC-PA), Marcos do Val (Podemos-ES), Ângelo Coronel (PSD-BA), Jader Barbalho (MDB-PA), Luis Carlos Heinze (PP-RS) e Rogerio Carvalho (PT-ES).

Ainda não foi definido quem será o presidente e o relator da comissão, mas os mais cotados são, respectivamente, Randolfe Rodrigues e Renan Calheiros. A expectativa é que os nomes sejam definidos na terça-feira (20).

Dos onze titulares, apenas quatro são considerados aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem pardido): Ciro Nogueira, Eduardo Girão, Jorginho Mello e Marcos Rogério.

Outros cinco mantêm postura independente: Eduardo Braga (MDB-AM), Renan Calheiros (MDB-AL), Omar Aziz, Otto Alencar e Tasso Jereissati.

Já Humberto Costa (PT) e Randolfe Rodrigues (Rede) fazem parte do grupo de oposição ao governo.

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CPI da Covid amplia pressão sobre o governo; entenda a crise em 5 pontos

Abertura de investigação expõe Bolsonaro em momento de fragilidade com o Congresso, o mercado financeiro e de queda de popularidade

CPI da Covid amplia pressão sobre o governo; entenda a crise em 5 pontos
Reprodução: ACidade ON

CPI da Covid amplia pressão sobre o governo; entenda a crise em 5 pontos

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira a instalação da CPI da Pandemia no Senado. O objetivo da comissão é investigar as ações e possíveis omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia do coronavírus. Entregue em fevereiro, o pedido da oposição já havia preenchido todos os requisitos, mas o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), eleito ao cargo com apoio do presidente, vinha resistindo em instalá-la.

A abertura da investigação no Congresso bate à porta do Palácio do Planalto no momento em que o Brasil enfrenta recordes diários de óbitos pela Covid-19, sem sinais de diminuição do ritmo de contaminação ou de aceleração da vacinação. Além da crise sanitária, o governo federal enfrenta um cabo de guerra com o Centrão, que vem cobrando a conta desde o apoio bem-sucedido para eleger Pacheco, no Senado, e  Arthur Lira (PP-AL), como presidente da Câmara dos Deputados.

Acompanhado também pela perda de popularidade exposta em pesquisas – 54% dos brasileiros disseram reprovar a gestão do presidente na crise sanitária – Bolsonaro se movimenta para recuperar a confiança de atores econômicos, após a crise se tornar explícita com a publicação de uma carta assinada por empresários, banqueiros e economistas, cobrando medidas concretas de enfrentamento à pandemia.

Em cinco pontos, entenda os principais fatores que explicam a crise:

Popularidade em queda

Chegando perto da marca de 350 mil brasileiros mortos pela Covid-19, a última pesquisa Datafolha mostra que 54% da população avaliam como ruim ou péssima a atuação presidencial na crise sanitária. A avaliação negativa sobre a postura do governo no enfrentamento à Covid-19 deu um salto de seis pontos percentuais em dois meses – o índice era de 48% em janeiro.

Quando perguntados sobre a administração do país em geral, a reprovação chega a 44%, mesmo patamar de junho do ano passado, último ponto antes de uma sequência de queda turbinada pelo pagamento do auxílio emergencial. Depois de chegar a 32% em dezembro, o índice voltou a subir até repetir o maior valor desde o início do governo.

Sobre um possível impeachment do presidente, o brasileiro ainda se mostra dividido. Outra pesquisa do Instituto Datafolha mostrou em março que 50% da população é contra a abertura de um processo contra o presidente na Câmara, enquanto 46% dos entrevistados disseram ser a favor.

Tensão com o empresariado

O pessimismo do setor financeiro foi exposto publicamente há duas semanas por uma carta assinada por cerca de 200 economistas, banqueiros, empresários, representantes do mercado e acadêmicos. O texto classifica o cenário atual como “desolador” e não se esquiva ao apontar que o governo “subutiliza ou utiliza mal os recursos de que dispõe, inclusive por ignorar ou negligenciar a evidência científica no desenho das ações para lidar com a pandemia”.

Outro ponto de fragilidade neste setor é a agenda de reformas do governo, que avançou muito pouco nos últimos meses. Travadas no Congresso por conta das consequências da crise sanitária gerada pela Covid, projetos como a reforma tributária, reforma administrativa e uma série de privatizações não dão sinais de que serão analisados com a celeridade que o governo federal precisa.

Na tentativa de recuperar a relação com parte do empresariado decepcionado, Bolsonaro participou de um jantar em São Paulo com grandes nomes da indústria e do mercado financeiro, como David Safra, presidente do Banco Safra, e André Esteves, fundador do BTG Pactual.A ideia era estreitar laços e falar sobre a aceleração da campanha de imunização, mas o presidente manteve a narrativa tradicional com críticas a governadores e prefeitos que defendem restrições mais duras para combater a pandemia.

www.reporteriedoferreira.com.br /  Por Agência O Globo