Maduro reestabelece luz, mas controla quem entra na embaixada argentina

A mudança coincide com a saída do país de Edmundo González. O Brasil tinha assumido a custódia da embaixada após expulsão de diplomatas argentinos

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iG Último Segundo

|08/09/2024 21:51

Atualizada às 08/09/2024 23:05

Maduro adianta Natal para outubro na Venezuela
Redação GPS

Maduro adianta Natal para outubro na Venezuela

Nicolás Maduro suspendeu o cerco ao redor da embaixada argentina em Caracas, neste domingo (8), mas o controle de acesso pela polícia local continua. Homens encapuzados que estavam posicionados nos muros e nas ruas ao redor foram retirados, mas ainda há restrições para quem entra ou sai da área próxima à embaixada.

A eletricidade, que havia sido cortada, foi restaurada, coincidindo com a saída de Edmundo González, líder da oposição e candidato à presidência, que pediu asilo na Espanha após seis semanas escondido na embaixada da Holanda. González já está em Madri, após ser retirado da Venezuela por um avião da Força Aérea Espanhola, em um acordo com o governo Maduro.

Jorge Rodríguez, em rede social, confirmou que a Venezuela concedeu salvo-conduto a González, afirmando que isso demonstra o respeito ao direito internacional. O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, disse que o asilo foi solicitado pelo próprio opositor.

O Brasil, que havia assumido a responsabilidade pela embaixada após a expulsão dos diplomatas argentinos, informou que qualquer mudança no acordo deveria ser negociada e que o controle da embaixada não pode ser alterado unilateralmente por Caracas.

No entanto, o governo venezuelano revogou no sábado (7) a autorização para que o Brasil assumisse a embaixada da Argentina. O gesto levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a convocar uma reunião de emergência neste domingo para discutir a situação.

Após a eleição de 28 de julho, em que Maduro foi reeleito, a expulsão dos diplomatas argentinos ocorreu porque o governo de Javier Milei não reconheceu o resultado, alegando fraude. Com seis opositores refugiados na embaixada, o Brasil fez um acordo para proteger a inviolabilidade do local. No entanto, Maduro violou esse entendimento, aumentando a tensão diplomática entre os países.




Gaeco cumpre mandados de busca e apreensão contra suspeitos de corrupção

Desencadeada na manhã desta terça-feira (20), a Operação Licença cumpre oito mandados de  busca e apreensão contra suspeitos de corrupção na Superintendência de Administração do Meio Ambiente da Paraíba (Sudema), em João Pessoa. Os mandados foram expedidos pela 4ª Vara Criminal da Capital.

Participam da ação integrada equipes do Grupo de Atuação Especial Contra Crime Organizado (GAECO), da Polícia Civil e do Grupo de Operações Especiais (GOE) do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Mais de 70 agentes das forças de segurança participam da operação. 

As equipes investigam um suposto esquema de corrupção no órgão, incluindo fraude na liberação de licenças ambientais e recebimento de propina por fiscais e despachantes.

Um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido em residência no bairro do Castelo Branco, em João Pessoa. A operação apreende dispositivos eletrônicos e documentos na residência de investigados.




Policias do Brasil todo entrarão em greve contra a Reforma Administrativa

Servidores públicos de todo o país, exceto da Saúde, devem paralisar atividades na próxima quarta-feira (23)

As manifestações vão envolver a polícia civil, militar e federal
Reprodução: ACidade ON

As manifestações vão envolver a polícia civil, militar e federal

Policias do Brasil inteiro estão organizando uma manifestação contra a reforma administrativa . Liderados pela União de Policiais do Brasil (UPB), mais de 20 entidades que representam carreiras da segurança pública apoiam o movimento.

A reforma era uma das principais promessas da equipe econômica de Paulo Guedes, mas recentemente tem gerado dissabor entre as bases governistas no Congresso. Dentre elas, a bancada da bala , composta majoritariamente de agentes policiais.

Serviços públicos em todo o país irão paralisar na próxima quarta-feira (23), exceto os da área da saúde, para chamar atenção para os prejuízos e riscos que a Reforma Administrativa poderá trazer.

Em maio, a Comissão de Constituição e Justiça aprovou o relatório da proposta. Agora a votação será levada para a Câmara e, depois, ao Senado.

www.repoteriedoferreira.com.br Por Brasil Econômico




O CONFLITO DO “ELES” CONTRA O “NÓS”: Escrito Por Rui Leitao

O CONFLITO DO “ELES” CONTRA O “NÓS”: Escrito Por Rui Leitao
A crise provocada pela pandemia do coronavirus tem acentuado o conflito do “eles” contra o “nós”. Esse confronto, principalmente em nosso país, é histórico. O mapa da desigualdade social sempre foi conhecido por todos. Ocorre, porém, que agora ele se mostra mais evidente, considerando as condições de vulnerabilidade de boa parte da população que vive em situação de pobreza. Consequentemente serão as classes sociais menos assistidas pelos poderes públicos, as mais atingidas pelas trágicas ameaças do vírus.Como se não bastasse esse quadro extremamente desigual em nossa sociedade, estamos também sendo atacados por um acirramento de ânimos causado pela radicalização político-ideológica e a intolerância.
O Brasil, além de dividido entre pobres e ricos, está também fracionado por conveniências dos que detêm o poder político ou econômico. Paixões e ambições pessoais se colocando acima da racionalidade.Divergências posicionando brasileiros em campos distintos, conforme seus interesses mais imediatos. Enquanto a grande maioria entende que a prioridade é salvar vidas. Por isso as decisões, por orientação médico-científica, em determinar o isolamento social, com o objetivo de minimizar a contaminação, e, por consequência, evitar um colapso no sistema de saúde de cada cidade.
Outros, situados no campo da dinâmica econômica, preferem optar pela preservação dos seus ganhos, ainda que colocando em risco a vida deles próprios e da população como um todo.Mais grave ainda é verificar que o conflito se transfere para os gestores públicos. É perceptível o embate que se verifica entre os diversos níveis de responsabilidade institucional. Enquanto quase a totalidade de governadores e prefeitos fez opção pelo atendimento às recomendações da Organização Mundial da Saúde e do próprio Ministério da Saúde do país, decretando a prática do distanciamento social. Outros, incluindo aí o presidente da república, partem para definição de uma campanha contra essas determinações de isolamento social, por temor de prejuízos à economia nacional. A briga tornou-se política, lamentavelmente.De um lado, “eles”, os poderosos preocupados com a ambição por ganhos financeiros.
Do outro, “nós”, os que entendem que, antes de tudo, deve prevalecer a luta por salvar vidas. A retórica e as atitudes do chefe da nação, entretanto, ganham força de exemplo negativo para a sociedade, fazendo com que muitos passem a compreender que o coronavirus não é tão assombroso assim. Insiste em afirmar que é apenas uma gripezinha.Enquanto esse embate se estabelece, o vírus continua sua marcha acelerada de contágio, exigindo atenção médica redobrada. Ainda bem que a grande maioria dos gestores públicos de nosso país está se comportando com a responsabilidade que os cargos lhes conferem. E enfrentam corajosamente a insensatez dos poucos que teimam em estimular a desobediência ao isolamento social e cometem absurdos contra as regras de saúde.
Parcela do empresariado, acompanhada por fanaticos, em alinhamento ao posicionamento crítico do presidente da república em relação às medidas preventivas adotadas pelos govenadores e prefeitos, continua reivindicando o fim da quarentena, indiferente às estatísticas alarmantes que já se expressam na contagem de pessoas infectadas ou mortas por conta da pandemia. É o “achismo” duelando com a “ciência”. A pandemia chega para testar a capacidade de mobilização dos que estão do lado do “nós”, contra os que desprezam o valor da vida, em nome da manutenção do status econômico e financeiro, “eles”. Ouçamos, então a voz da ciência e permaneçamos sem sair de casa. Façamos com que o “nós”, pela primeira vez, vença o grupo minoritário formado por “eles”, os poderosos desatinados.
www.reporteriedoferreira.com.br   Escrito Por Rui Leitão- Escritor