Brasil e China organizam reunião em Nova York sobre proposta conjunta de paz para Ucrânia

Celso Amorim e Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China. – Yue Yuewei/Xinhua

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a China estão organizando uma reunião em Nova York, na semana da Asssembleia-Geral da ONU (Organizações das Nações Unidas), para divulgar a proposta conjunta dos dois países de um plano de paz para a Ucrânia.

O plano foi anunciado em maio, durante uma visita do assessor internacional de Lula, Celso Amorim, a Pequim. O documento foi assinado por Amorim e por Wang Yi, ministro das Relações Exteriores da China.

Ele consiste em seis pontos, entre os quais a realização de uma conferência internacional de paz “que seja reconhecida tanto pela Rússia quanto pela Ucrânia, com participação igualitária de todas as partes relevantes”.

“Agora é uma continuação disso, para estender o apoio [à iniciativa] baseado principalmente no Sul Global”, disse Amorim.

Os termos do documento divulgado por Brasil e China em maio foram rejeitados pelo presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, e por aliados de Kiev no Ocidente. Em linhas gerais, estes consideram que a abordagem sino-brasileira premia a Rússia e autorizaria o governo de Vladimir Putin a anexar territórios ocupados.

Na semana passada, Zelenski chamou de destrutiva a iniciativa encampada por Brasília e Pequim.

A organização do evento em Nova York está sendo acompanhada de perto pelo Palácio do Planalto. O encontro deve ocorrer na manhã de 27 de setembro, uma sexta-feira.

A relação de governos convidados não foi divulgada, mas, de acordo com Amorim, o foco é o chamado Sul Global [países em desenvolvimento]. Nem Rússia nem Ucrânia —as partes diretamente envolvidas na guerra— integram a lista.

De acordo com Amorim, a expectativa é que entre 15 e 20 países estejam representados no nível ministerial.

Lula já não estará em Nova York no dia da reunião. No caso do Brasil, uma das possibilidades é que Amorim participe ao lado do chanceler Mauro Vieira.

Ao anunciar um plano conjunto com a China, na prática o governo Lula também marcou distância de uma conferência de paz realizada na Suíça em junho.

Nos meses que antecederam o encontro, realizado no complexo hoteleiro de Bürgenstock, em Lucerna, houve intensa pressão do lado suíço para que o Brasil participasse ao menos no nível de chanceler.

No final, Lula escalou apenas uma observadora para o encontro, a embaixadora do país na Suíça, Cláudia Fonseca Buzzi. O governo tampouco endossou a declaração final da conferência de paz, que tratava o conflito como uma guerra “da Federação Russa contra a Ucrânia” que continua a causar “sofrimento humano e destruição em larga escala”.

Amorim vê o processo de paz suíço como o desfecho de uma série de conferências iniciadas em 2023 em Copenhague que, na prática, repetiram uma fórmula de paz proposta por Zelenski. Isso contribuiu para o fracasso do processo, na visão do assessor internacional.

Antes mesmo de assumir seu terceiro mandato, Lula tinha planos de exercer um papel de mediador na guerra iniciada em 2022.

O petista deu nos primeiros meses de governo uma série de declarações que foram criticadas nos Estados Unidos e na Europa por serem, na visão desses países, pró-russas.

Ele atribuiu igual responsabilidade a Putin e Zelenski pelo início da guerra e, num dos momentos mais tensos da sua relação com os EUA, chegou a declarar que os americanos incentivavam o conflito.

Com o passar o tempo, o assunto perdeu importância na agenda de Lula e foi menos abordado em discursos. A iniciativa de Amorim em Pequim recolocou a guerra da Ucrânia em posição de destaque.

Na segunda-feira (16), o presidente voltou a tratar da guerra durante discurso na formatura do Instituto Rio Branco, a escola do Itamaraty para preparação de diplomatas.

Ele disse que, no momento atual em que o mundo aborda a transição verde como uma prioridade, o Brasil tem uma oportunidade histórica por causa do seu potencial na área de energia.

“É porque o Brasil, em se tratando de energia, é um país imbatível. Basta que a gente seja grande, pense grande, acorde e transforme o sonho em realidade. Por isso que estamos fazendo com que essa coisa da transição energética seja para nós um novo momento do Brasil se desenvolver, crescer, se apresentar ao mundo de cabeça erguida, sem complexo de vira-lata, de inferioridade”, disse.

“Por isso é importante o Brasil não participar da guerra da Ucrânia e da Rússia. Por isso que é importante o Brasil dizer: ‘nós queremos paz, não queremos guerra’. Aqueles que querem conversar conosco poderiam ter conversado conosco antes da guerra. Por isso é que repudiamos massacre contra mulheres e crianças na Palestina, da mesma forma que repudiamos o terrorismo do Hamas.”

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EUA, União Europeia e outros países questionam vitória de Maduro na Venezuela; veja lista

No país, a oposição contesta a vitória de Maduro

Por

iG Último Segundo

|29/07/2024 08:21

Atualizada às 29/07/2024 10:45

CNE diz que Maduro venceu com 51,2%
Wendys OLIVO

CNE diz que Maduro venceu com 51,2%

Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado ao governo venezuelano, afirmar que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito na Venezuela com 51,2% dos votos , com 80% das urnas apuradas, autoridades internacionais questionaram o resultado nas redes sociais.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu uma “recontagem detalhada dos votos”, expressando “grave preocupação” com as eleições venezuelanas.

“Agora que a votação terminou, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Convocamos as autoridades eleitorais a publicar a recontagem detalhada dos votos para assegurar a transparência e a prestação de contas”, disse Blinken em comunicado.

Já o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido pediu, em nota, a “publicação rápida e transparente dos resultados completos e detalhados para garantir que o resultado reflita os votos do povo venezuelano”.

Por outro lado, a vitória de Maduro foi celebrada por líderes da Rússia, China, Bolívia, Cuba e mais países.

Resultados

Segundo a última pesquisa eleitoral, da ORC Consultores, realizada em julho, Maduro não iria se reeleger. Edmundo González aparecia com 59,68% das intenções de voto, enquanto o atual líder venezuelano ocupava o segundo lugar, com 14,64%.

No entanto, após 80% das urnas verificadas, o CNE disse que Maduro saiu vitorioso com 51,2% dos votos, somando 5.150.092 votos. O principal adversário, González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos.

Nicolás Maduro e Edmundo González Reprodução: Redes Sociais

1/4 Nicolás Maduro e Edmundo González Reprodução: Redes Sociais
Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais Redação GPS

2/4 Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais Redação GPS
Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução

3/4 Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução
Edmundo González Urrutia pode derrotar Maduro Reprodução

4/4 Edmundo González Urrutia pode derrotar Maduro Reprodução

Após o resultado, a oposição contestou a vitória de Maduro, alegando que González obteve 70% dos votos.

“Neste momento, temos mais de 40% das atas. Vou dizer algo a vocês: 100% das atas que transmitiu o CNE, nós as temos. Não sei de onde saíram as outras”, disse a líder opositora María Corina Machado. “Todas as que transmitiram, a gente as tem. E toda essa informação coincide. Sabe no quê? Em que Edmundo González Urrutia obteve 70% dos votos desta eleição, e Nicolás Maduro, 30% dos votos”.

Veja a lista de países e autoridades que questionaram

  • Argentina – Javier Milei, presidente;
  • Chile – Gabriel Boric, presidente;
  • Colômbia – Luis Gilberto Murillo, ministro das Relações Exteriores;
  • Espanha – José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores;
  • Estados Unidos – Antony Blinken, secretário de Estado;
  • Peru – Javier Gonzalez-Olaecha, ministro das Relações Exteriores;
  • União Europeia – Josep Borrell Fontelles, vice-presidente.

Veja lista das autoridades que parabenizaram Maduro

  • Bolívia – presidente Luis Arce;
  • China – Ministério das Relações Exteriores;
  • Cuba – presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez;
  • Honduras – presidente Xiomara Castro;
  • Nicarágua – presidente Daniel Ortega;
  • Rússia – presidente Vladimir Putin.

O Brasil ainda não reconheceu a vitória de Maduro. O governo brasileiro solicitou à missão da ONU e ao Carter Center, recebidos na condição de observadores na Venezuela, que  verifiquem a contestação do resultado.




Morte de Raisi pode gerar disputa de poder no Irã, diz embaixador

Cesário Melantonio acredita que os candidatos à sucessão vão debater, principalmente, a questão nuclear

Por

iG Último Segundo

|20/05/2024 18:08

Presidente do Irã momentos antes de sofrer acidente
Reprodução

Presidente do Irã momentos antes de sofrer acidente

A inesperada morte do presidente do Irã, Ebrahim Raisi , após um acidente de helicóptero nesse domingo (19), pode levar o país a uma forte  disputa de poder , de acordo com  Cesário Melantonio Neto ,  colunista do PortaliGe embaixador do Brasil na Grécia . Além de Raisi, estava na aeronave o ministro das Relações Exteriores do país, Hossein Amir-Abdollahian, que também não sobreviveu, conforme anunciou o governo nesta segunda-feira (20).

“Raisi era um dos nomes preferidos do Ali Khamenei [líder supremo do Irã]. Nesse sentido, vamos ter que esperar o desenrolar dos acontecimentos, já que o vice-presidente vai assumir por 50 dias. Neste período, haverá novas eleições”, disse. “Certamente este acontecimento vai influenciar a sucessão do Khamenei”, acrescentou.

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Segundo o embaixador,  Ebrahim Raisi  era o mais conservador entre os últimos presidentes. “Como em todos os países, tem o centro, a direita e a esquerda. Raisi era o mais conservador dos últimos três presidentes. Ele era o mais extremo no conservadorismo islâmico iraniano. Esse grupo vai tentar procurar um candidato para manter o poder. Ninguém sabe ainda quem será”, continuou.

Para Melantonio, os candidatos à sucessão de Raisi vão debater, principalmente, a questão nuclear. “Tem um grupo que é favorável a uma negociação sobre o tema, já outro que não é favorável. O Raisi era contra a negociação, enquanto Mohammad Khatami e Mahmoud Ahmadinejad [ex-presidentes] são favoráveis a conversar com o Ocidente”, declarou.

Interferência externa

A sucessão de Raisi também pode ser influenciada por escolhas de outros países, apontou o embaixador. A questão energética, segundo Melantonio, é a principal motivação.

“Tudo isso se insere no quadro energético, já que o Irã, os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita são grandes players no mundo da energia e membros da Opep. Todos têm interesse na questão do petróleo e do gás. A cooperação energética é importante”, declarou.

O embaixador ainda afirma que a Rússia e a China (outras potências mundiais), também vão tentar interferir. A situação no Oriente Médio pode ficar mais “caótica”, no entendimento de Melantonio. “Rússia e China são grandes apoiadoras do Irã. Aliás, o programa nuclear do Irã é apoiado há 20 anos pela Rússia. E, agora, pela China também. Ambos têm interesses comuns com grandes exportadores de energia”, analisou.

“Portanto, é um quadro multifacetado, com EUA tentando influenciar, só que mais difícil. A União Europeia tem as suas relações mais abertas. Vai tentar dar o seu recado também. É algo que vai tumultuar ainda mais a região e que terá impacto para o mundo inteiro”, continuou.

Brasil observa

Para o embaixador, o Brasil não tem poder de influenciar na escolha do novo presidente do Irã. Porém, como é um dos países fundadores do  Brics, precisa acompanhar o processo eleitoral do novo integrante do grupo.

“Não acredito que o Brasil participe. O Brasil não tem poder suficiente para influenciar uma sucessão no Irã. Quem tem poder, na minha opinião, são os árabes ricos, como Arábia Saudita, Omã, Bahrein… Todo o Golfo Pérsico. Depois, aparecem China e Rússia, porque os chineses importam muita energia do Irã. Já a Rússia, tem relações estreitas com os iranianos na área de cooperação nuclear”, disse.

“O Brasil não tem excesso de poder para influenciar a sucessão no Irã. O Brasil vai mais observar e acompanhar, já que o Irã é membro dos Brics e temos interesse na cooperação energética internacional. O Brasil não é uma Rússia ou Arábia Saudita, mas está começando a ser importante no mundo da energia, já que tem grandes reservas. Nesse sentido, o Brasil tem grande interesse”, finalizou o colunista do iG.




Brasil e China assinam acordo que dobra prazo do visto entre os países

Com o novo acordo, validade passa de 5 para 10 anos. Termo foi assinado durante visita de ministro chinês a Brasília

Por

iG Último Segundo

|19/01/2024 16:39

Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi
Serviço de Imprensa do Presidente da Federação Russa / Wikimedia Commons – 11.03.2016

Ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi

Nesta sexta-feira (19), Brasil e China assinaram um acordo que dobra o prazo de validade do visto entre os dois países, que passa de 5 para 10 anos. O termo foi assinado durante a visita do ministro de negócios chinês, Wang Yi, ao Brasil.

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou à imprensa que o Brasil apoia o lema “uma só China”, referindo-se à oposição chinesa ao movimento separatista de Taiwan. O chanceler chinês disse que vê com “apreço” o apoio brasileiro.

“Estamos cientes das nossas responsabilidades em promover a paz e o desenvolvimento do mundo. Nossa cooperação ultrapassa o âmbito bilateral. Nossa cooperação deve ter papel positivo para a estabilidade do mundo”, disse Wang Yi.

Ainda na reunião no Itamaraty, os chanceleres confirmaram a vinda do presidente Xi Junping para cúpula do G20, que será em 18 e 19 novembro no Rio de Janeiro.

Os chanceleres também discutiram sobre a guerra na Ucrânia e sobre o conflito na faixa de Gaza. Além disso, a reunião tratou de acordos de cooperação no âmbito da Comissão Sino-Brasileira.

Encontro com o presidente Lula

O ministro Wang Yi e o presidente Lula devem se encontrar ainda na tarde desta sexta (19) em Fortaleza. O chanceler chinês chegou a Brasília na quinta-feira (18).

A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009. No ano passado, as relações comerciais entre os países atingiram o recorde de RS$ 157,5 bilhões, o que gerou um superávit brasileiro de US$ 51,1 bilhões. Apenas o comércio com a China foi responsável por 52% do superávit comercial do país.




O que é Taiwan e por que a ilha é estratégica para potências mundiais

Por g1

13/01/2024 09h59  Atualizado há 5 horas

Imagem aérea da cidade de Taipei, capital em Taiwan — Foto: Tyrone Siu/ Reuters

Imagem aérea da cidade de Taipei, capital em Taiwan — Foto: Tyrone Siu/ Reuters

O partido governista de Taiwan, que é contrário à unificação da ilha com a China, venceu a eleição presidencial neste sábado (13).

Lai Ching-te será o novo presidente, e esse resultado tem uma grande importância não só para a pequena Taiwan, localizada a apenas 180 quilômetros da costa da China.

É que a ilha é o epicentro de uma tensa crise entre os Estados Unidos e a China. É um dos territórios mais indefinidos do atual cenário geopolítico mundial – e um dos mais estratégicos para potências mundiais.

Para a China, Taiwan é uma província rebelde que segue fazendo parte de seu território. Já para o governo de Taiwan, a ilha é um estado independente, gerido por uma Constituição própria, e por décadas foi considerada o próprio governo chinês, no exílio.

Isso porque os atuais governantes de Taiwan foram os inimigos derrotados pelos comunistas que governam atualmente a China (entenda mais abaixo).

Nessas eleições, o governo chinês tinha como favorito o candidato do principal partido da oposição, Kuomintang (KMT), Hou Yu-ih, que admitiu a derrota para Lai Ching-te.

Horas antes do começo da votação, a China fez ameaças abertas aos políticos a favor da independência de Taiwan: o governo chinês afirmou que vai tomar todas as ações para “esmagar” qualquer plano de independência e que isso não é compatível com a paz.

Lai Ching-te, presidente eleito de Taiwan — Foto: Ann Wang/Reuters

Lai Ching-te, presidente eleito de Taiwan — Foto: Ann Wang/Reuters

Entenda o conflito

Ex-colônia holandesa e controlada pelo Japão até a Segunda Guerra Mundial, Taiwan foi tomada pela China em 1945, diante da derrota dos japoneses na guerra.

Em dezembro de 1949, Chiang Kai-shek, derrotado, se refugiou em Taiwan com suas tropas e apoiadores. Lá, o líder nacionalista formou um governo próprio, chamado de China Nacionalista, que ele afirmava ser o verdadeiro governo chinês, e não a República Popular da China, comunista, que havia vencido e governa o país até hoje.

Ao longo das últimas décadas, no entanto, ambas as partes “estacionaram” suas causas: nem Pequim tentou invadir a ilha, nem Taipei seguiu adiante em seus planos de se tornar independente.

Mas essa estratégia mudou recentemente, desde que o atual presidente chinês, Xi Jinping, em busca da reeleição, voltou a endurecer o discurso contra Taiwan e retomou exercícios militares ao redor da ilha no último ano.

A postura coincidiu com a chegada ao poder, nos Estados Unidos, do democrata Joe Biden, que constantemente se manifesta a favor da independência de Taiwan, um assunto que seu antecessor, Donald Trump, quase não tocava.

Neste sábado (13), porém, após o resultado das eleições presidenciais, Joe Biden disse que os EUA não apoiam a independência da ilha.

Isso porque o governo chinês, além de aumentar os exercícios e provocações militares perto da ilha, também faz forte pressão para isolá-la do mundo: Pequim condiciona suas operações e relações com qualquer parceiro comercial à exclusão de qualquer tipo de vínculo com Taiwan, principalmente o reconhecimento da ilha como independente.




Governador João Azevêdo transmite cargo para Lucas Ribeiro e viaja para China

 

João Azevêdo transmite cargo para Lucas Ribeiro e viaja para China em busca de novos investimentos

O governador João Azevêdo transmitiu, nesta quarta-feira (12), o cargo para o vice-governador Lucas Ribeiro, que assume o cargo a partir desta quinta-feira (13) até o próximo dia 24. João Azevêdo se licencia do mandato para cumprir missão na China, onde irá buscar investimentos e apresentar os potenciais do estado.

Na ocasião, o chefe do Executivo estadual evidenciou o compromisso do vice-governador com a Paraíba e seu trabalho e compromisso com o Estado. “Lucas tem acompanhado as nossas agendas, sabe o que o estado está fazendo e irá continuar com o trabalho que está em andamento. Desejo a Lucas toda sorte nesse período e viajo com muita tranquilidade porque sei da responsabilidade e compromisso dele com a Paraíba”, frisou.

João Azevêdo transmite cargo para Lucas Ribeiro e viaja para China em busca de novos investimentos

O vice-governador Lucas Ribeiro agradeceu ao governador João Azevêdo pela confiança e destacou que dará continuidade à agenda de visita e entrega de obras no estado. “Eu agradeço ao governador pela confiança. É uma honra poder estar à frente do estado e daremos continuidade a tudo que está sendo feito. O nosso estado está se desenvolvendo, continua no ritmo acelerado em obras e investimentos e estamos aqui torcendo e tendo a certeza de que essa viagem será muito produtiva e trará muitos frutos para o nosso estado”, afirmou. 




João Azevêdo viaja à China e Lucas Ribeiro assume o Governo do Estado pela primeira vez

 

O governador João Azevêdo viajará à China nesta semana para cumprir agenda administrativa oficial de 11 (onze) e Lucas Ribeiro assumirá o comando do Estado pela primeira vez desde que assumiu o cargo de vice-governador.

Azevêdo irá cumprir a segunda parte da negociação iniciada entre os Governos da Paraíba e da China ainda no último mês de junho quando João recebeu, em João Pessoa, representantes de uma missão chinesa, e tratar de parcerias diversas que contemplam áreas como agricultura familiar, ciência e a tecnologia.

Lucas afirmou que se reunirá com o governador nesta terça-feira para tratar do devido alinhamento acerca de compromissos onde terá que representar o chefe do Executivo estadual nos próximos dias em João Pessoa e em Brasília.




DESFAÇATEZ NORTEAMERICANA ; Por Gilvan de Brito 

DESFAÇATEZ NORTEAMERICANA
; Por Gilvan de Brito
Os editores dos jornais da grande imprensa dos Estados Unidos mudaram o critério utilizado na apuração dos resultados da Olimpíada, ao desconsiderar o ouro como referência para os primeiros lugares e adotar, doravante, a soma das medalhas. Essa seria a única forma de se manter na primeira colocação, porque a China, em primeiro lugar pela contagem do ouro (34) se mantém à frente dos EUA, com 29.
Com a nova contagem: 91 dos EUA (34 de ouro, 24 de prata e 16 de bronze), assumiram a ponta, seguido pela China com 74 medalhas (34 de ouro, 24 de prata e 16 de bronze).
A Rússia com 56 ficaria em terceiro, a Grã-Bretanha ficaria em quarto com 51 e o Japão, o mais prejudicado, cairia para sexto. Nesse novo critério o Brasil, com 16 medalhas (4 de ouro) superaria apenas Cuba (5 de ouro) , com 12. A cara-de-pau dos americanos tem sido criticada em todo o mundo por não saberem perder com dignidade.
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China caminha a passos largos; por Valter Nogueira 

por Valter Nogueira

China caminha a passos largos

A notícia mais disseminada no mundo, estampada nos mais influentes veículos de comunicação do Planeta, neste sábado (5),  dá conta de que a China vai liderar os negócios mundiais em pouquíssimo tempo, devendo ultrapassar o PIB do Estados Unidos entre 2027 e 2028, passando ser a maior economia global. De acordo com a previsão anterior, tal fato só poderia correr no ano de 2033.

– Então, que tal começar a aprender o mandarim?

O projeto do presidente chinês Xi Jinping é dobrar o PIB (Produto Interno Bruto) e a renda per capita da China até 2035. Nesse ritmo, o país ultrapassará os Estados Unidos em  2027.

Em 2020, os concorrentes chineses amargaram queda no PIB por causa da pandemia do novo Coronavírus. Enquanto isso,  a China apresentou crescimento, passou de US$ 14,7 trilhões para US$ 15,2 trilhões. Já o PIB americano caiu de US$ 21,4 trilhões para US$ 20,8 trilhões. O PIB brasileiro desceu da casa de US$ 1,8 trilhão para US$ 1,4 trilhão, fato que derrubou o Brasil da 9ª para a 12ª posição no ranking das maiores economias do mundo.

Nova imagem

Hoje, a imagem da china é outra no mercado mundial.  Estudos apontam que, desde a entrada na OMC, no início dos anos 2000, a China deixou de ser aquele país que vendia produtos de baixa qualidade e adotava práticas antiéticas de competição, e passou a ser o país que se destaca pelo seu crescimento; por ser o maior demandante de commodities do mundo inteiro.

Marca surpreendente

A China bateu agora 70% do PIB dos Estados Unidos. O único país que havia chegado a esse ponto foi o Japão na década de 1980 e começo de 1990; depois caiu e estacionou em 25% do PIB americano, em decorrência de com uma recessão violenta. Outro fato que impede o estável crescimento da economia japonesa é o acanhado mercado interno; a população é pequena, se comparada às outras potências.

Economistas renomados acreditam que o fracasso japonês, no esforço de se tornar  maior potência do mundo, provavelmente, não acontecerá com a China, porque seu imenso mercado consumidor interessa às empresas norte-americanas, e o país não depende, do ponto de vista da segurança, dos Estados Unidos.

A China caminha a passos largos. Ao manter a marcha, a cidade de Xangai (26 milhões de habitantes, na área metropolitana) passará a ser a Nova Iorque dos novos tempos.

O Brasil & China

A China é, atualmente, o maior comprador de produtos brasileiros e exerce forte influência econômica em muitos países latino-americanos.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Valter Nogueira=Jornalista, radialista e esdcritor




CPI da Covid: Ernesto Araújo admite que não atuou para compra da Coronavac

Ex-chanceler defendeu que a importação e tratativas com o governo Chinês deveria ser feita apenas pelo Instituto Butantã, em São Paulo, para produção da coronavac

Ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo
Agência Senado/Edilson Rodrigues

Ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo admitiu que o Ministério das Relações Exteriores não se envolveu nas negociações para a compra da vacina Coronavac durante a gestão dele.

“As Vacinas CoronaVac estão sendo importadas pelo Instituto Butantan, e as tratativas, segundo entendo, são diretamente entre o Instituto Butantan e os fornecedores chineses, pelo menos durante a minha gestão foi assim”, afirmou Araújo.

O ex-ministro ainda argumentou que, atualmente, estão sendo importandos insumos da China. “A China também é o país onde se produzem os insumos que estamos importando para a produção da vacina AstraZeneca no Brasil, antes de nos tornarmos autossuficientes também e não dependermos mais da importação de insumos. A China, por suas autoridades, já nos informou, inclusive publicamente, que o Brasil é o país que mais recebeu insumos e vacinas produzidos pela China”, completou o ex-chanceler.

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