Adriano Galdino diz que Assembleia Legislativa não terá corte de vagas de deputados e aponta omissão no Censo

O parlamentar colocou em xeque o censo. Ele acha que por medo de perder o Bolsa Família, muita gente omitiu dados.

 

Adriano Galdino não acredita em mudanças (Foto: Walla Santos/ClickPB)

O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino (Republicanos), classificou como ‘notícia requentada’ a hipótese de a Casa perder seis deputados por conta do censo demográfico que revelou uma estagnação no número de habitantes. Contudo, como acompanhou o ClickPB, Galdino não acredita que essa decisão venha a ocorrer na prática.

“Esse é um tema requentado. Diversas são as vezes que esse tema vem à tona, sempre próximo às eleições. Sinceramente, não acredito que isso vá acontecer. Quando é coisa nesse país para o Sul e o Sudeste perder, não vejo disposição do país em resolver nada, só quando Sul e Sudeste tem vantagem. Não acredito que vá haver mudanças tenho minhas dúvidas”, declarou em entrevista à Rádio Arapuan.

O parlamentar colocou em xeque o censo. Ele acha que por medo de perder o Bolsa Família, muita gente omitiu dados. “Em muitos municípios tem pessoas da mesma família recebendo Bolsa Família e eles sabem que se essa informação chegar ao governo, uma delas perde. Então, essa informação foi omitida para que, nas casas que têm duas famílias recebendo Bolsa Família, para uma não perder o Bolsa Família, a informação não foi a real e isso prejudicou o censo também por essa questão política”, ressaltou.

Entenda

A Paraíba corre o risco de perder duas vagas na Câmara Federal e seis na Assembleia Legislativa a partir da próxima legislatura, tendo sua bancada federal reduzida de 12 para 10 parlamentares e da estadual de 36 para 30. A redução ocorrerá se a Casa Legislativa aprovar um projeto de lei complementar protocolado pelo deputado Rafael Pezenti (MDB), de Santa Catarina, para que a representação dos Estados e do Distrito Federal seja ajustada aos novos dados do Censo populacional brasileiro.

Isso porque a Constituição estabelece que o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados deve ser definido com base na população, sendo que existe o limite de que a maior bancada não pode passar de 70 deputados e a menor não pode ser inferior a 8.

A última adequação ocorreu em 1993, com a aprovação de uma lei complementar específica para a distribuição de vagas.
Projeção feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) a pedido do jornal paulista aponta que, com base no novo censo da população, haveria perda de vagas em sete Estados, entre eles a Paraíba, e ganhos de cadeiras em outros sete, a exemplo de Pernambuco.

Perderiam cadeiras na Câmara Federal os Estados do Rio de Janeiro, cuja bancada cairia de 46 para 42 vagas; Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba, que perderiam duas vagas cada um. Já os Estados de Pernambuco e Alagoas teriam menos 1 cadeira em Brasília.

Por sua vez, as bancadas de Santa Catarina e do Pará seriam aumentadas em quatro cadeiras cada uma. O Amazonas ganharia mais duas vagas e Manias Gerais, Ceará, Goiás e Mato Grosso teriam um deputado a mais cada um. Os demais Estados e o Distrito Federal manteriam o mesmo número de vagas.

Em 2013, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a iniciativa de emitir uma resolução promovendo a redistribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados com base no Censo de 2010, mas a medida foi derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), considerando-a inconstitucional e definindo que a matéria é de competência da própria Câmara Federal.

Parlamentares dos Estado que podem ser beneficiados acreditam que a atualização da redistribuição deve ser feita para funcionar a partir da legislatura que vai se iniciar em 2027 e avaliam que a Câmara não pode deixar de cumprir um comando constitucional. Outros parlamentares acreditam que, como faz muito tempo que não há atualização na redistribuição de vagas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, não deve pautar a proposta de lei complementar, ainda mais porque o seu Estado, Alagoas, perderia uma cadeira na representação em Brasília.

IBGE responde

Após o deputado Adriano Galdino questionar o Censo 2022, o IBGE enviou nota ao ClickPB na qual rebate a fala e relata que “no que diz respeito à possibilidade de ter havido sub-registro de população, conforme cita o entrevistado, a bem da verdade, cabe ressaltar que a coleta censitária foi acompanhada pela sociedade civil, através das Reuniões de Planejamento e Acompanhamento do Censo (Repacs), com destaque para as autoridades municipais, com supervisão realizada de maneira rigorosa, com checagens e cruzamento de dados. Com isso, a Paraíba atingiu a maior taxa de cobertura do país, com participação de 98,4% do total dos domicílios ocupados, ficando os 1,6% dos domicílios com não coleta, sendo sua população estimada através de métodos consagrados de imputação estatística.”

Ainda na nota, o IBGE cita que “realizou o Censo Demográfico seguindo rigorosamente recomendações, parâmetros e protocolos para Censos de População, definidos pela Divisão de Estatística das Nações Unidas e de acordo com os Princípios Fundamentais das Estatísticas Oficiais.”

O IBGE ainda argumentou que empenhou todo o esforço tecnológico e de transparência dos trabalhos e concluiu a nota dizendo que “a despeito de dificuldades e percalços – administrados com transparência inédita, permitindo, inclusive, que os problemas fossem enxergados também de forma inédita -, o IBGE, do alto de sua reputação, está entregando à sociedade um Censo com qualidade e confiabilidade indiscutíveis. Sem dúvida, trata-se do Censo mais tecnológico e com maior monitoramento e análise em tempo real da História dos Censos, realizados há 150 anos no Brasil.”




Eleições 2026; Segundo dados do novo Censo a PB poderá perder dos deputados

Foto: Reprodução/Câmara dos Deputados

A Paraíba poder perder  dois deputados federais com para as eleições de 2026. Com as novas estimativas da população brasileira divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) pode ocorrer uma pressão sobre a Câmara para uma redistribuição das vagas.

O estado conta atualmente com 12 deputados e ficaria com apenas 10.

Segundo uma avaliação do Departamento Intersindical de Assessoria parlamentar (Diap), encomendado pela Folha, além da Paraíba, perderiam deputados o Rio de Janeiro (4), Bahia (2), Rio Grande do Sul (2), Piauí (2), Pernambuco (1) e Alagoas (1).

Por outro lado os estados que ganhariam parlamentares seriam: Santa Catarina (4), Pará (4), Amazonas (2), Minas Gerais (1), Ceará (1), Goias (1) e Mato Grosso (1).

Os demais estados e o Distrito Federal manteriam o mesmo número de vagas. A Constituição estabelece que as bancadas dos Estados são proporcionais a população. Mas a lei também assegura que nenhum estado tenha menos que oito ou mais que 70 deputados.

A última redistribuição  das 513 cadeiras ocorreu em dezembro de 1993 após aprovação de um Lei Complementar.

www.reporteriedoferreira.com.br/MaisPB




Censo: Assembleia Legislativa da Paraíba pode perder até seis cadeiras a partir de 2026

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Além da Câmara dos Deputados, a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) também corre o risco de perder até seis cadeiras com a diminuição no número de representantes políticos, devido a estagnação no número de habitantes que o Estado vem enfrentando. A redução pode ocorrer se Câmara Federal aprovar um projeto de lei complementar protocolado pelo deputado Rafael Pezenti (MDB), de Santa Catarina, para que a representação dos Estados e do Distrito Federal seja ajustada aos novos dados do Censo.

Após a divulgação do Senso 2022, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Paraíba não teve um aumento considerável no número de habitantes em relação a outros estados dos Brasil.

O assessor Legislativo do Senado Federal, Murilo Medeiros, afirmou que, além de perder voz no parlamento, a Paraíba sofrerá com menos recursos se o PLC for aprovado. “Menos deputados é sinal de menos emendas parlamentares. Então o trabalho dos parlamentares vai ter menos capilaridades em termos regionais e em termos de destinação de recursos ao municípios”, disse.

O vice-líder do Governo Lula na Câmara Federal, Damião Feliciano (UB), confirmou que o tema está sendo discutido na Casa parlamentar, porém, segundo ele, não deve ganhar força e a Paraíba deve manter seu número de representantes em Brasília e na Paraíba.

Já o vice-líder da oposição, Cabo Gilberto (PL), defendeu a aprovação do projeto de lei completar e ressaltou que ele deve passar por algumas mudanças.

Entenda

A Paraíba corre o risco de perder duas vagas na Câmara Federal e seis na Assembleia Legislativa a partir da próxima legislatura, tendo sua bancada federal reduzida de 12 para 10 parlamentares e da estadual de 36 para 30. A redução ocorrerá se a Casa Legislativa aprovar um projeto de lei complementar protocolado pelo deputado Rafael Pezenti (MDB), de Santa Catarina, para que a representação dos Estados e do Distrito Federal seja ajustada aos novos dados do Censo populacional brasileiro.

Isso porque a Constituição estabelece que o tamanho das bancadas na Câmara dos Deputados deve ser definido com base na população, sendo que existe o limite de que a maior bancada não pode passar de 70 deputados e a menor não pode ser inferior a 8.

A última adequação ocorreu em 1993, com a aprovação de uma lei complementar específica para a distribuição de vagas.

Projeção feita pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) a pedido do jornal paulista aponta que, com base no novo censo da população, haveria perda de vagas em sete Estados, entre eles a Paraíba, e ganhos de cadeiras em outros sete, a exemplo de Pernambuco.

Perderiam cadeiras na Câmara Federal os Estados do Rio de Janeiro, cuja bancada cairia de 46 para 42 vagas; Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba, que perderiam duas vagas cada um. Já os Estados de Pernambuco e Alagoas teriam menos 1 cadeira em Brasília.

Por sua vez, as bancadas de Santa Catarina e do Pará seriam aumentadas em quatro cadeiras cada uma. O Amazonas ganharia mais duas vagas e Manias Gerais, Ceará, Goiás e Mato Grosso teriam um deputado a mais cada um. Os demais Estados e o Distrito Federal manteriam o mesmo número de vagas.

Em 2013, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tomou a iniciativa de emitir uma resolução promovendo a redistribuição de cadeiras na Câmara dos Deputados com base no Censo de 2010, mas a medida foi derrubada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), considerando-a inconstitucional e definindo que a matéria é de competência da própria Câmara Federal.

Parlamentares dos Estado que podem ser beneficiados acreditam que a atualização da redistribuição deve ser feita para funcionar a partir da legislatura que vai se iniciar em 2027 e avaliam que a Câmara não pode deixar de cumprir um comando constitucional. Outros parlamentares acreditam que, como faz muito tempo que não há atualização na redistribuição de vagas, o presidente da Câmara, Arthur Lira, não deve pautar a proposta de lei complementar, ainda mais porque o seu Estado, Alagoas, perderia uma cadeira na representação em Brasília.




Após Censo, 770 cidades vão perder recursos, diz Confederação

Por Leandro Resende

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) emitiu um alerta na quinta-feira (29) sobre os dados do Censo divulgados pelo IBGE e apontou que pelo menos 770 municípios irão perder recursos diante das mudanças populacionais identificadas pela pesquisa.

Essas cidades vão ter perdas de coeficiente do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o equivalente a 13,9% das cidades brasileiras que não são capitais.

Outros 249 municípios vão ganhar mais verba do FPM. Para outras 4.523 cidades, nada muda.

A maior parte das cidades que perderão recursos estão no Amazonas, Rondônia, Amapá e Alagoas.

Em carta o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, afirmou que “os dados não representam com fidedignidade a realidade do país e impacta diretamente nos recursos transferidos aos Entes locais”.

Diante disso, a CNM informou que irá atuar com o Congresso Nacional e com o Executivo para pressionar por “nova contagem populacional seja realizada já em 2025 a fim de levantar dados efetivos e corrigir as distorções decorrentes do levantamento”.

A CNM criticou o fato de a contagem populacional ser feita a cada cinco anos e não ter sido realizada em 2015.

De acordo com o IBGE, a população brasileira teve uma redução de aproximadamente 4 milhões de habitantes frente à prévia do Censo divulgada no final de dezembro de 2022 e 10 milhões em relação às estimativas populacionais divulgadas em 2021.

Para a CNM, “desvios muito acentuados entre a população estimada e a efetiva, conforme se mostrou neste Censo, apontam para erros de estimativas com sérias consequências para a gestão municipal”.

A reportagem procurou o IBGE e aguarda retorno.




De 2010 a 2022, população brasileira cresce 6,5% e chega a 203,1 milhões

A população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente ao censo demográfico anterior, realizado em 2010

Em 2022, os habitantes do estado de São Paulo representavam cerca de um quinto da população brasileira
Em 2022, os habitantes do estado de São Paulo representavam cerca de um quinto da população brasileira

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em 1º de agosto de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes. Desde 2010, quando foi realizado o Censo Demográfico anterior, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. Os dados são dos primeiros resultados do Censo Demográfico de 2022, divulgados hoje (28) pelo IBGE.

Nos 150 anos que separam a primeira operação censitária da última, o Brasil aumentou a sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 70 e 80, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 60. “Em 2022, a taxa de crescimento anual foi reduzida para menos da metade do que era em 2010 (1,17%)”, afirma o coordenador técnico do Censo, Luciano Duarte.

O Sudeste continua sendo a região mais populosa do país, atingindo, em 2022, 84,8 milhões de habitantes. Esse contingente representava 41,8% da população brasileira. Já o Nordeste, onde viviam 54,6 milhões de pessoas, respondia por 26,9% dos habitantes do país. As duas regiões foram as que tiveram a menor taxa de crescimento anual desde o Censo 2010: enquanto a população do Nordeste registrou uma taxa crescimento anual de 0,24%, a do Sudeste foi de 0,45%.

Por outro lado, o Norte era a segunda região menos populosa, com 17,3 milhões de habitantes, representando 8,5% dos residentes do país. Essa participação da região vem crescendo sucessivamente nas últimas décadas. A taxa crescimento anual foi de 0,75%, a segunda maior entre as regiões, mas bem inferior àquela apresentada no período intercensitário anterior (2000/2010), quando esse percentual era de 2,09%. Isso significa que, embora a população continue aumentando, o ritmo de crescimento do número de habitantes do Norte é menor em relação à década anterior.

A taxa de crescimento anual do Norte, frente aos dados de 2010, só foi menor do que a do Centro-Oeste (1,23%), região que chegou a 16,3 milhões de habitantes, o menor contingente entre as regiões. Isso significa um aumento de 15,8% em 12 anos. O Sul, que concentrava 14,7% dos habitantes do país, aumentou seu contingente populacional em 9,3% no mesmo período, alcançando 29,9 milhões de pessoas

São Paulo segue sendo o estado mais populoso do país

Os primeiros resultados do Censo 2022 também apontaram que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro seguem sendo os estados mais populosos do país. Juntos, os três concentravam 39,9% da população brasileira. São Paulo, o maior deles em termos de população, tinha 44,4 milhões de habitantes. Cerca de um quinto da população brasileira (21,8%) vivia no estado.

Roraima também continua sendo o estado menos populoso, com 636,3 mil habitantes, ainda que tenha apresentado a maior taxa de crescimento anual no período de 12 anos (2,92%). Na sequência, os estados com menor número de habitantes foram Amapá (733,5 mil) e Acre (830 mil).

Catorze estados e o Distrito Federal registraram taxas de crescimento anual acima da média nacional (0,52%) em 2022. Além de Roraima, que passou de uma população de 450.479 (2,92%) em 2010 para 636.303 em 2022, destacaram-se no crescimento populacional Santa Catarina (1,66%), Mato Grosso (1,57%), Goiás (1,35%), Amazonas (1,03%) e Acre (1,03%).

Entre os estados que menos cresceram (com variação de 0,1% ou menos) está o Rio de Janeiro (0,03%), o terceiro mais populoso do país. A população fluminense passou de 15,9 milhões, em 2010, para 16,1 milhões, em 2022. Os demais foram Alagoas (0,02%), Bahia (0,07%) e Rondônia (0,10%).

Quase metade dos municípios do país tem até 10 mil habitantes

Há 5.570 municípios no país e quase metade (44,8%) desse total tinha até 10 mil habitantes em 2022. Nesses 2.495 municípios viviam 12,7 milhões de pessoas. A maior parte da população do país (57% do total) habitava apenas 319 municípios, o que, de acordo com a publicação, evidencia que as pessoas estão concentradas em centros urbanos acima de 100 mil habitantes.

Os 20 municípios mais populosos do país concentravam 22,1% do total da população e 17 deles são capitais. Os demais foram Guarulhos e Campinas, em São Paulo, e São Gonçalo, no Rio de Janeiro. A capital paulista aparece em primeiro lugar no ranking, com 11,5 milhões de habitantes, seguida do Rio de Janeiro (6,2 milhões) e Brasília (2,8 milhões).

Por outro lado, três municípios tinham menos de mil habitantes: Serra da Saudade, em Minas Gerais, com 833 pessoas, Borá, em São Paulo (907), e Anhanguera, em Goiás (924). Os 20 municípios com menos habitantes concentravam apenas 0,01% da população.

Entre os municípios de mais de 100 mil habitantes com maior aumento percentual no contingente populacional estão Senador Ganedo, em Goiás, que passou de 84,4 mil residentes, em 2010, para 155,6 mil, em 2022 (crescimento de 84,3%), e Fazenda Rio Grande, no Paraná, cuja população era de 81,7 mil e chegou a 148,9 mil (82,3%).

Já os municípios com população acima de 100 mil pessoas que tiveram maior retração percentual da população foram São Gonçalo, no Rio de Janeiro, que chegou a 896,7 mil habitantes (queda de 10,3%), Salvador (-9,6%) e Itabuna (-8,8%), ambos na Bahia. A capital baiana passou de 2,7 milhões de habitantes para 2,4 milhões no período intercensitário.

O diretor de geociências do IBGE, Claudio Stenner, reforça que a redução do número de habitantes nas metrópoles é algo inédito no país. “Muitas vezes o município núcleo da metrópole, daquela concentração urbana, perde população, mas as cidades vizinhas ganham. Isso tem a ver com o espalhamento do tecido urbano para além dos limites municipais. Isso quer dizer que há expansões novas, até pelo esgotamento de área desse município. É uma parte importante da explicação desse fenômeno”, diz.

Em números absolutos, as três cidades acima de 100 mil habitantes que registraram maior aumento populacional são capitais, com destaque para Manaus, no Amazonas, que passou de 1,8 milhão para 2,1 milhões, um aumento de 261,5 mil pessoas em 12 anos. Nesse período, a população de Brasília, capital federal, teve uma adição de 246,9 mil pessoas em sua população, enquanto o crescimento de São Paulo foi de 197,7 mil habitantes.

Entre as reduções, considerando os números absolutos, também aparecem Salvador, com retração de 257,7 mil pessoas e São Gonçalo (-102,9 mil), municípios que se destacaram na redução percentual entre aqueles com mais de 100 mil habitantes. A capital do Rio de Janeiro (-109 mil) foi o segundo município que mais perdeu população desde 2010.

Cerca de 124 milhões vivem em concentrações urbanas

Em 2022, havia 124,1 milhões de pessoas vivendo em concentrações urbanas, que são arranjos populacionais ou municípios isolados com mais de 100 mil habitantes. Os arranjos populacionais são formados por municípios com forte integração, geralmente conurbados. Essa aglutinação de cidades forma unidades espaciais, como é o caso da capital paulista, núcleo de uma concentração urbana que reúne 37 municípios. Outros exemplos de concentrações do país são Belo Horizonte, em Minas Gerais (23), e Rio de Janeiro (21).

“As concentrações urbanas podem ser formadas por um único município ou por um conjunto de municípios fortemente integrados e articulados entre si que funcionam como uma cidade só. É importante analisar essas informações urbanas porque, por exemplo, muitas vezes o crescimento demográfico se dá pelo espalhamento do tecido urbano de um município para um município vizinho. Então para se entender a taxa de crescimento demográfico desses municípios mais conurbados é preciso olhar para a concentração urbana e as relações que existem ali”, explica Stenner.

Comparado aos dados do Censo 2010, o aumento da população que vivia em concentrações urbanas foi de 9,2 milhões de pessoas, o que representa parte expressiva do crescimento do país. No país, são 185 concentrações urbanas e a maior parte delas (80) estava no Sudeste. Em seguida, aparecem Nordeste e Sul, com 37 cada. Na outra ponta estavam 4.218 municípios com menos de 25 mil habitantes. Cerca de 19,7% da população do país viviam neles.

www.reporteriedoferreira.com.br/Fonte: Redação Terra



IPM de João Pessoa realiza censo do aposentado de forma online e presencial

Para obter atendimento, preciso fazer o agendamento no site www.ipmjp.pb.gov.br ou pelo telefone 3222-1005. O IPM funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

O Instituto de Previdência do Município de João Pessoa fica localizado na Rua Engenheiro Clodoaldo Gouveia, n° 166, bairro do Centro. (Foto: Pixabay/Imagem ilustrativa)

O Instituto de Previdência do Município (IPM) segue realizando o Censo dos Aposentados e Pensionistas, que está sendo feito presencialmente junto com a prova de vida. Para isso, é preciso fazer o agendamento no site www.ipmjp.pb.gov.br ou pelo telefone 3222-1005. O IPM funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

De acordo com a superintendente do IPM, Caroline Agra, houve uma grande dificuldade por parte dos aposentados em fazer o cadastro pela internet. “Retornamos com a prova de vida presencial, com agendamento prévio e horário marcado, a fim de não ter aglomerações no IPM. Na ocasião, o aposentado responde também ao censo”, explica.

Caroline Agra ressalta que a prova de vida é feita no mês de aniversário do aposentado ou pensionista e que todos devem ficar atentos aos documentos necessários para o atendimento. “O aposentado deve comparecer ao IPM no dia e horário marcado levando um documento de identificação com foto e CPF, além do comprovante de residência atualizado que conste do CEP”, afirma.

Segundo a superintendente do IPM, todos os serviços do Instituto podem ser feitos pela internet, exceto a prova de vida. “O único serviço obrigatoriamente presencial é a prova de vida. Todos outros podem ser feitos online. Mas caso o aposentado não se sinta confortável, ele pode agendar e vir fazer aqui no IPM”, esclarece.

Endereço

O Instituto de Previdência do Município de João Pessoa fica localizado na Rua Engenheiro Clodoaldo Gouveia, n° 166, bairro do Centro.




Prefeitura de João Pessoa deve priorizar equilíbrio do IPM e realizar censo dos servidores municipais

Promover equilíbrio financeiro e reduzir o débito atual é o foco da administração municipal de João Pessoa (PMJP) na gestão do Instituto de Previdência Municipal. Neste domingo (24), quando é celebrado o dia da Previdência Social, a coordenadora do IPM da Capital, Caroline Agra, explica o planejamento para que os objetivos sejam consolidados.

Segundo a coordenadora, o IPM vai realizar o censo atualizado dos servidores municipais ativos e inativos, medida importante para nortear ações de investimento, como a regularização do patrimônio. “Para uma gestão que busca cuidar das pessoas, é necessário saber, com precisão, quantos são e como estão funcionalmente cada um dos nossos servidores”, explicou.

O IPM é a autarquia responsável por gerir a previdência do quadro efetivo de funcionários da PMJP. Foi criado em 26 de abril de 1984 com o nome de Ipam – Instituto de Previdência e Assistência do Município, com o objetivo de gerenciar a previdência, como também prover serviços de assistência médico-odontológica aos funcionários da Prefeitura.

Os servidores do IPM de João Pessoa dispõem de todas as informações referentes aos serviços, requerimentos, consultas de processos, informações sobre empréstimos consignados, convênios e uma cartilha de benefícios no próprio site https://www.ipmjp.pb.gov.br/site/.

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