Em carta, 30 ex-presidentes pressionam Lula a defender democracia na Venezuela

Em uma carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta segunda-feira, 5, trinta ex-chefes de Estado da América Latina e Espanha pediram para que o mandatário brasileiro pressione mais a Venezuela em defesa da democracia na região.

“Os ex-chefes de Estado e de governo que subscrevem esta mensagem, membros da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas (Idea), exortamos a Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República Federativa do Brasil, a reafirmar seu inquestionável compromisso com a democracia e a liberdade, as mesmas de que gozam seu povo, e a fazê-la prevalecer também na Venezuela”, afirmam os signatários na carta.

Na nota, os ex-presidentes afirmaram que o verdadeiro vencedor das eleições presidenciais venezuelana foi Edmundo González, candidato opositor ao mandatário Nicolas Maduro. Além disso, escreveram que são porta-vozes da maioria dos venezuelanos e destacam o número de prisões, torturas, desaparecimento e mortes que já aconteceram desde o início dos protestos contra a reeleição de Maduro. Até o momento, 12 mortes já foram relatadas.

“Eles estão protestando em defesa de seu voto, estão resistindo pacificamente, guiados por María Corina Machado e por quem, como demonstram os relatórios eleitorais que são de conhecimento público e foram coletados pelas testemunhas na seção eleitoral, foi eleito presidente, Edmundo González Urrutia. A Venezuela tem o direito de fazer uma transição para a democracia”, conclui a carta.

O documento foi assinado por integrantes do grupo Idea, fórum composto de 37 ex-líderes mundiais. Entre eles estão o argentino Maurício Macri, os colombianos Álvaro Uribe e Iván Duque, o equatoriano Guillermo Lasso e o boliviano Carlos Mesa. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também é integrante do Idea, mas não assinou a carta.

Lula e Venezuela

Lula ainda não reconheceu a vitória de Maduro declarada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) no domingo, 28. O presidente brasileiro também cobrou que o governo venezuelano divulgasse as atas eleitorais, que até o momento não vieram a público por parte do regime, mas atenuou o tom e não acusou fraude.

“É normal que tenha uma briga. Como resolve essa briga? Apresenta a ata”, disse Lula.

Durante sua visita ao Chile nesta segunda-feira, Lula e o mandatário chileno, Gabriel Boric, conversaram a portas fechadas sobre a situação da Venezuela.

A oposição venezuelana alega que González venceu com 73% dos votos, enquanto Maduro teria arrematado menos de 30% (segundo o CNE, o presidente da Venezuela teria vencido com 51%). O principal ponto de questionamento é que até o momento o regime não divulgou os resultados na totalidade, desagregados por mesa de votação, enquanto a oposição fez esforços para obter e divulgar esses dados.

Lista dos signatários

Mario Abdo, Paraguai
Óscar Arias S., Costa Rica
José María Aznar, Espanhaa
Nicolás Ardito Barletta, Panamá
Felipe Calderón, México
Rafael Ángel Calderón, Costa Rica
Laura Chinchilla, Costa Rica
Alfredo Cristiani, El Salvador
Iván Duque M., Colômbia
José María Figueres, Costa Rica
Vicente Fox, México
Federico Franco, Paraguai
Eduardo Frei Ruiz-Tagle, Chile
Osvaldo Hurtado, Equador
Luis Alberto Lacalle H., Uruguai
Guillermo Lasso, Equador
Mauricio Macri, Argentina
Jamil Mahuad, Equador
Hipólito Mejía, República Dominicana
Carlos Mesa G., Bolívia
Lenin Moreno, Equador
Mireya Moscoso, Panamá
Andrés Pastrana, Colômbia
Ernesto Pérez Balladares, Panamá
Jorge Tuto Quiroga, Bolívia
Mariano Rajoy, Espanha
Miguel Ángel Rodríguez, Costa Rica
Luis Guillermo Solís R., Costa Rica
Álvaro Uribe V., Colômbia
Juan Carlos Wasmosy, Paraguai




Ex-vereadora Sandra Marrocos divulga carta e anuncia desfiliação do PSB

Sandra Marrocos – Foto: Olenildo Nascimento

A ex-vereadora Sandra Marrocos anunciou, na manhã desta quarta-feira (20), a desfiliação do PSB, legenda que disputou o cargo de deputada federal em 2022. Em carta, Marrocos disse que ainda não definiu qual sigla vai se filiar para disputar, novamente, um mandato na Câmara Municipal de João Pessoa.

Ela tem até o início de abril para fazer a escolha, prazo em que termina o período para mudanças partidárias para quem deseja disputar o pleito de outubro. Veja a carta divulgada por Sandra.

Veja abaixo a íntegra da carta 

SIGAMOS NA LUTA, JOÃO PESSOA

Coração leve, Alma tranquila e minhas mãos cheias de responsabilidades. Estou mais pronta e preparada do que nunca. Sigamos na luta.

Com esses sentimentos em meu peito, anuncio minha desfiliação do Partido Socialista Brasileiro – PSB. Quando ingressei no PSB em 2003, estávamos num momento de renovação, de esperança, de celebração e de acolhimento com a vitória do presidente Lula.

O PSB representou para o nosso primeiro mandato popular como vereadora, na cidade de João Pessoa, um espaço com ambiente favorável para receber ideias de diferentes áreas e das mais diferentes ordens de militâncias progressistas.

Por meio de um mandato a serviço do povo, tivemos a oportunidade de colaborar com o desenvolvimento da cidade e com o  aprimoramento da cidadania de toda população, trazendo um olhar especial às pessoas em situação de pobreza, às mulheres, à comunidade LGBTQIA+ e à população negra, que sempre estiveram no centro da pauta que adotei como prioritária em toda a minha jornada política.

Ao longo de todo esse período, sempre colaborei com a construção do partido e com mandatos executivos de companheiros e colegas de legenda, num contexto de união e fortalecimento mútuo entre o PSB-JP e o PSB-PB, o que resultava em um saldo positivo tanto para a cidade de João Pessoa quanto para o estado da Paraíba como um todo.

Em 2014, o Brasil viu surgir um movimento de negação das instituições democráticas em resposta ao resultado da eleição para o executivo federal que tomou força e, dois anos depois, resultou no golpe que tirou a primeira mulher eleita, Dilma Rousseff, da presidência do país. Estabeleceu-se um cenário de preparação para a entrega do Brasil à extrema-direita.

Nesse contexto, encontrei respingos do cenário antidemocrático nacional no meu próprio partido, quando me vi deixando de ter espaço e apoio para continuar fazendo o trabalho que sempre realizei em defesa da cidadania. Por isso, após 15 anos de partido, senti que havia chegado ao fim a minha trajetória dentro do PSB e me filiei ao PT, onde passei pouco tempo em razão do convite para voltar a construir o PSB compondo sua direção. Mas após os acontecimentos de abril de 2023,restou insustentável permanecer num ambiente onde fui politicamente desrespeitada e violentada, num episódio de autoritarismo ao ser destituída da presidência do diretório municipal de João Pessoa sem a menor justificativa ou comunicação prévia. Foi quando percebi que o PSB definitivamente não era mais o espaço democrático de outrora.

Quero deixar claro que tais eventos locais não mancharam minha relação com a direção nacional do partido, a quem agradeço imensamente nas pessoas de Carlos Siqueira e Dora Pires, e de forma
muito especial às mulheres socialistas pelo respeito, carinho e sororidade.

Embora esteja Brasília me dedicando ao importante trabalho de reconstrução do Ministério das Mulheres, e, consequentemente, do nosso país, sinto o dever de voltar a João Pessoa para reerguer um mandato popular voltado às pessoas por quem luto historicamente e que nesse momento não estão representadas da Câmara Municipal de João Pessoa. Estou pré-candidata a vereadora para honrar essa missão e esse propósito, tarefa que não poderei cumprir pelo PSB e, decorrência disso, anuncio minha desfiliação.

Estou com o coração tranquilo e sigo com muita fé no futuro novo que se inicia agora.

Para cada uma e cada um de vocês, reafirmo: estou mais pronta e preparada do que nunca. Vamos em frente, porque tudo vale a pena em defesa dessas nossas causas e bandeiras, que não são pequenas.

Sandra Marrocos.

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CARTA A GILBERTO GIL Por Rui Leitao

CARTA A GILBERTO

A sensação é de que, em nosso pais, nos últimos quatro anos a inteligência começa a cair. Vemos gente se orgulhando em agredir quem tem talento. Não sei se por inveja ou porque, na verdade, se orgulham em ser ignorantes. Parece que o mundo está mergulhando na burrice. É esse o sentimento quando vemos a agressão gratuita a você, quando estava em Katar prestigiando a participação da nossa seleção na copa do mundo.

Seus agressores manifestam, indiscutivelmente, um tipo de deficiência mental. Têm cérebros propensos à irracionalidade. Eles praticam a restauração alegre da burrice. E se envaidecem disso. É a tentativa de fazerem o triunfo das toupeiras. Pertencem ao rebanho político dos canalhas. O grande problema é que a burrice é contagiosa, segundo Agripino Grieco, e tem sido muito mais nos anos recentes. Afinal elegeram como líder alguém inculto e anticiência. A burrice no poder chama-se fascismo.

Um homem que persiste no exercício da inteligência incomoda os que não conseguem compreender a sua diferença intelectual. E o que fazem? Partem para as ofensas morais sem qualquer compromisso com a sensatez. São estúpidos, pela ausência de inteligência. Você é gênio e isso incomoda os obtusos. São oligofrênicos incapazes de montarem uma frase com verbo e sujeito. E assim repetem as agressões tão conhecidas desse pessoal que se posiciona contra a democracia. Eles querem que o irrelevante ocupe o centro do mundo. Assim viverão melhor, porque se inserem num caos de valores e contravalores conforme suas compreensões limitadas. São idiotas vacinados contra o conhecimento e o saber. Nada é mais perigoso do que um imbecil persuadido de sua própria normalidade.

Todos os brasileiros querem assinar embaixo da declaração do acadêmico da ABL, Marco Luchesi, quando afirmou: ” Gilberto Gil traduz o diálogo entre a cultura erudita e a cultura popular. Poeta de um Brasil profundo e cosmopolita. Atento a todos os apelos e demandas de nosso povo”. Esses indivíduos fazem parte de uma praga mais nefasta que pode se abater sobre a cultura nacional. Sabe o que eu diria para eles? Os muitos burros que me perdoem, mas a inteligência é fundamental. Mas, com certeza, não entenderiam a mensagem. Fazem parte de um novo grupo social da contemporaneidade em nosso país; os alienados, politicamente analfabetos, integrantes de um rebanho de manipulados. Não têm condições de pensar por si próprios.

Rui Leitão




João Azevêdo assina carta da USP em defesa da democracia

Candidato à reeleição, o governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), assinou, nesta quarta-feira (10), a ‘Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito’, elaborada por ex-estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O manifesto já conta com mais de 850 mil assinaturas, incluindo de juristas, professores, atletas, artistas, políticos e membros da sociedade civil.

O documento faz referência à ‘Carta aos Brasileiros de 1977’, escrita por um ex-professor da universidade durante a ditadura e considerada um marco na resistência ao regime militar.

O manifesto deste ano em defesa da democracia cita a preocupação com os ataques contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e as urnas eletrônicas. O documento será lido pelo ex-ministro da Justiça, José Carlos Dias, nesta quinta-feira (11), na Faculdade de Direito da USP, no Largo de São Francisco, no centro de São Paulo.

A carta foi assinada pelo ex-presidente Lula (PT) e pelo ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice na chapa do petista. Artistas como, Chico Buarque, Gal Costa, Zélia Duncan, Maria Bethânia, Fernanda Montenegro, Anitta, Wagner Moura, Christiane Torloni e Bruno Gagliasso, também subscreveram o documento e divulgaram nas redes sociais.

“Temos o compromisso intransigente com o estado democrático de direito e não poderia deixar de expressar nosso apoio a esse movimento. Defendemos as instituições e acreditamos na nossa Justiça Eleitoral e na eficácia das urnas eletrônicas”, destacou João Azevêdo após subscrever a carta.




A CARTA AOS BRASILEIROS DE 1977 Por Rui Leitao

Publicado no jornal A UNIÃO edição de hoje

A CARTA AOS BRASILEIROS DE 1977

No ano de 1977 o Brasil continuava assistindo toda sorte de arbitrariedades cometidas pela ditadura militar que se instalou em 1964. Violações aos direitos eram a marca de um governo autoritário e discricionário. Tentavam silenciar a Nação. Quem se insurgisse era impiedosamente punido pelo sistema. Estávamos submetidos a uma ordem política imposta pela força de um governo absolutista. O desrespeito à dignidade soberana dos cidadãos tornava-se prática do Estado. Aparelhos repressivos atuavam no sentido de evitar contestações ou ações políticas de oposição ao regime.

Porém, as reações começaram corajosamente a surgir. No mês de abril os estudantes das “Arcadas do Largo de São Francisco”, como era conhecida a Faculdade de Direito da Universidade São Paulo (Fadusp), promoveram o enterro da Constituição, num pequeno caixão branco, ao som de uma marcha fúnebre, com faixas que diziam: “Faleceu a Constituição, Pelo Estado de Direito e Pela Constituinte”. Foi um dos primeiros atos de protesto contra as agressões à Carta Magna e pela volta do Estado de Direito. O Jornal do Brasil divulgou o acontecimento, com a seguinte manchete: “Estudantes paulistas ao som de Chopin sepultam a Constituição”.

O professor Goffredo Telles Jr., naquela noite histórica, pronunciou um vibrante discurso, onde podemos destacar algumas das suas colocações: “Nós queremos a ordem. Para nós, a ordem é a ordem do Estado de Direito. É a ordem jurídica, a ordem do respeito pelos direitos do cidadão, e pela liberdade sagrada das pessoas. Para nós, a ordem da Ditadura se chama desordem.”� “A Constituição é obra do povo. Não toleramos que a Constituição seja agredida por Atos de Governos de Força.”� “Para nós, Ditadura se chama Ditadura; Democracia se chama Democracia”.� “Da sementeira deste Território Livre, do manancial de nossa eterna Academia, nasce o brado de um povo, pela Liberdade, pelo Direito, pela Justiça.”

Por ocasião das manifestações do Primeiro de Maio, o país foi impactado pelas notícias de espancamentos e prisões de estudantes e operários. Em resposta a essas manifestações de violência por parte do governo, oitenta mil universitários paulistas entraram em greve, exigindo a imediata libertação dos presos, a extinção das torturas nas prisões e a anistia para os condenados políticos, gerando um movimento de indignação, revolta e solidariedade entre os mais diversos segmentos representativos da sociedade civil organizada.

Na madrugada do dia 04 de junho, tropas de choque da Polícia Militar ocuparam a Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, para impedir que ali se realizasse o III Encontro Nacional de Estudantes. Prenderam e revistaram todos os que se faziam presentes ao evento, conduzindo-os, com as mãos erguidas sobre a cabeça, para o quartel do Batalhão da Polícia Militar.

Os acontecimentos do primeiro semestre de 1977 provocaram a emissão de uma nota da Ordem dos Advogados do Brasil, nos seguintes termos: “reafirmamos a imperiosa necessidade de restauração do Estado de Direito e conclamamos os órgãos responsáveis pelo ensino a que se inspirem nos ideais de liberdade e solidariedade humana, devolvendo aos estudantes o direito de pugnar pelo aperfeiçoamento do ensino e de participar da vida pública do País.”�

O contexto histórico do tema requer uma maior abordagem dos fatos e suas consequências. Na coluna do próximo domingo continuaremos tratando da matéria.

Rui Leitão




Celso de Mello compara recuo de Bolsonaro em carta a Hitler: “Farsa”

Ex-decano do STF, o ministro aposentado disse ao jornalista Diego Escosteguy, da newsletter O Bastidor, que Bolsonaro tem “comprovada disposição” de “ultrajar a Constituição e de ignorar os limites que a Carta Política impõe aos seus poderes”

Celso de Mello em sessão do STF
Rosinei Coutinho/SCO/STF

Celso de Mello em sessão do STF

O ministro aposentado e ex-decano do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello comparou a “declaração à nação” assinada pelo presidente Jair Bolsonaro e redigida por seu antecessor, Michel Temer , na última quinta-feira (9) ao acordo de Munique, assinado por Adolf Hitler em 1938 na Alemanha. Segundo o ex-ministro do STF, o recuo de Bolsonaro na carta pode se revelar uma farsa.

As declarações de Celso de Mello foram feitas ao jornalista Diego Escosteguy, da newsletter O Bastidor. Segundo o ex-decano do Supremo, Bolsonaro tem “personalidade autocrática” e “comprovada disposição” de “ultrajar a Constituição e de ignorar os limites que a Carta Política impõe aos seus poderes”.

“Se Bolsonaro revelar infidelidade ao que pactuou, terá dado plena razão à advertência segundo a qual a história, quando se repete pela segunda vez, ocorre como farsa”, disse Mello, que apontou ter dúvida se o recuo do presidente dois dias depois dos  ataques de 7 de setembro não foi mera estratégia para iludir os demais poderes e apaziguar a crise institucional.

Celso de Mello disse que é necessário se organizar para “resistir e frustrar qualquer subversão da ordem democrática”, já que, segundo ele, Bolsonaro despreza a supremacia da Constituição e pode dar um golpe “daqueles que nutrem visceral desapreço pelo regime das liberdades fundamentais e pelo texto da Constituição”.

Acordo de Munique antecedeu segunda guerra mundial

Tratado acordado entre os líderes das principais potências europeias à época, o Acordo de Munique partiu de Hitler e tinha, além da Alemanha Nazista, a Itália fascista de Benito Mussolini, Neville Chamberlain, do Reino Unido e Édouard Daladier, da França. Assinado em setembro de 1938, há 83 anos, ele foi marcado por um acordo alemão com as demais potências para que parte da Checoslováquia passasse a ser um território da Alemanha.

Alguns meses depois, em março de 1939, Hitler invadiu o restante do território checo, rasgando o acordo feito com as demais potências, traídas, e levando, junto com uma série de outros fatores, à segunda guerra mundial, que durou até 1945 e acabou com a derrota dos nazistas e milhões de mortos pela Europa.

www.reporteriedoferreira.com.br   Por Ig




Escolha do comando das Forças Armadas reforça distância do Exército da política

Cientistas políticos avaliam que Bolsonaro saiu enfraquecido da troca dos chefes do Exército, Marinha e Aeronáutica

Paulo Sergio Nogueira (Exército), Almir Garnier Santos (Marinha) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica)
Marcos Corrêa/PR

Paulo Sergio Nogueira (Exército), Almir Garnier Santos (Marinha) e Carlos de Almeida Baptista Junior (Aeronáutica)

As indicações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a nova cúpula das Forças Armadas reforçam a distância do Exército da política. Para analistas, Bolsonaro saiu enfraquecido do episódio, já que as dispensas dos chefes de Exército, Marinha e Aeronáutica foram provocadas pela recusa de seus então líderes de aderirem a politização, como queria o presidente.

Para especialistas, a escolha do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira como novo comandante do Exército é sintomática de que o presidente não terá o controle que gostaria sobre a Força. O general mostrou um posicionamento divergente do presidente no combate à pandemia em entrevista ao jornal Correio Braziliense . Na publicação, Paulo Sérgio apontou a possibilidade de uma terceira onda da Covid-19 e defendeu o isolamento social.

As declarações do general teriam irritado o presidente e se somado a outros desgastes que culminaram com a saída de Fernando Azevedo e Silva do Ministério da Defesa.

“Ele (Bolsonaro) achou que ia mostrar controle sobre as Forças Armadas e colheu o reverso. Não tem controle nenhum. O sinal de que o comandante do exército vai ser o general Paulo Sergio é demolidor. Ele foi o pivô da crise que levou a saída do então ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva”, afirma o cientista político Carlos Melo, do Insper.

“Essa indicação mostra a disposição do exército em relação à constituição e ao combate à Covid-19, o que diverge do presidente. E que são concepções legalistas e científicas e que também divergem do personalismo e negacionismo do presidente. Ele (Bolsonaro) fica falando “meu exército”. Mas ficou claro que o exército é do estado brasileiro”, completa.

VOCÊ VIU?

Ex-presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa, Alcides Vaz, avalia que Bolsonaro buscou uma acomodação para a crise e acabou cedendo a nomeação do general Paulo Sergio, cuja entrevista ele também concorda que foi um dos motivos de conflito entre o presidente e o ex-ministro da defesa.

“O general Paulo Sergio não parece ser esse nome subserviente, como queria o presidente. Sua indicação reforça a perspectiva das forças armadas se afastarem do epicentro da crise política. Não há nada que indique que eles (militares) vão ser mais subservientes do que as lideranças que estavam antes.”

Professor de ciência política da FGV, Marco Antonio Teixeira, vê o presidente isolado em meio a crise com as forças armadas.

“Embora os militares não sejam coesos, a sinalização de momento é que há hoje no exército um grupo que quer distância da política partidária. E outro recado dessas mudanças é que Bolsonaro não é tão forte quanto se imaginava.”

www.reporteriedoferreira.com.br /Ig




CONSESP envia carta aos Ministros da Saúde e Justiça, visando priorizar a vacinação dos profissionais de segurança Pública

Indagado pela imprensa sobre o envio de carta aos Ministro da Saúde e da Justiça, o  Secretário Jean Francisco Nunes, titular da Segurança Pública e Defesa Social do Estado da Paraiba, disse “Temos lutado com todas as forças pra priorizar a vacinação dos profissionais de Segurança Publica do Estado”.
Segue Carta do Colégio Nacional de Secretários de Segurança do Brasil – CONSESP com pleito aos Ministro da Justiça e da Saúde.

Carta ao Ministro da Justiça e Segurança Pública e ao Ministro da Saúde
O Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública vem
apresentar o seu apelo para o reconhecimento das forças policiais dentre as
prioridades para a vacinação contra a Covid-19.
Importa destacar que, desde o início da pandemia, as forças policiais
têm sido empregadas no cumprimento das medidas de controle sanitário, expedidas
pelas esferas federal, estadual e municipal, no sentido de conter ações que
contribuam para a disseminação da doença.

De forma complementar às estruturas de saúde pública, como o
Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, por exemplo, sempre atuou no socorro a
vítimas, tomando medidas de caráter pré-hospitalar, fazendo, por vezes, nas viaturas
policiais o transporte de pessoas até os hospitais.

Mais recentemente, os órgãos policiais se engajaram no transporte de
enfermos entre municípios e até mesmo para outros estados, considerando o
esgotamento dos leitos em algumas localidades, empregando viaturas, aeronaves e
profissionais de saúde de sua estrutura para melhor atender a missão.

E agora com a chegada das vacinas, os órgãos de segurança pública
ingressaram em novo esforço. São empregados na proteção da cadeia logística contra
eventos criminosos e também na distribuição da esperança aos municípios mais
longínquos, de forma a garantir a chegada mais rápida possível das vacinas.
Todas essas atividades são realizadas de forma presencial, em
contato com as pessoas, e com alto grau de exposição à contaminação pelo vírus. A
cada chamada dos telefones de emergência, o policial militar, o policial civil, o
COLÉGIO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
CONSESP
bombeiro e o perito devem se deslocar até o local do fato, e, em contato com as
pessoas tomar todas as medidas que a lei exige. Não há espaço para home office.
Pelo contrário, os recursos humanos são levados à exaustão, em face do aumento
das atividades policiais e os afastamentos e perdas gerados pela própria doença.
A batalha contra a pandemia do Coronavírus é de todos. No entanto,
as forças policiais têm tido papel decisivo nas ações de combate ao vírus. Elas devem
permanecer prontas e à disposição para continuar realizando este trabalho. A
manutenção da ordem pública trata-se de condição fundamental para que o ser
humano se realize em suas atividades individuais, contribuindo para o bem-estar
coletivo.

Desta forma, solicita-se o reconhecimento às forças de segurança
pública do mesmo tratamento destinado às forças de saúde, as quais estão
igualmente colocadas na linha de frente, exigindo-se assim condições mínimas para
cumprir a sua missão, e continuar ajudando o Estado e o povo brasileiro nesta grande
batalha.
Palmas/TO, 5 de março de 2021.
Del PF Cristiano Barbosa Sampaio
Presidente do CONSESP
Secretário da Segurança Pública de Tocantins
Cel PM – Paulo Cézar Rocha dos Santos
Secretário de Segurança Pública do Acre
COLÉGIO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
CONSESP
Alfredo Gaspar de Mendonça Neto
Secretário da Segurança Pública de Alagoas
Cel PM Louismar Bonates
Secretário de Segurança Pública do Amazonas
Cel PM José Carlos Corrêa de Souza
Secretário da Justiça e Segurança Pública do Amapá
Ricardo César Mandarino Barreto
Secretário da Segurança Pública da Bahia
Del PF Sandro Caron
Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará
Del PF Anderson Gustavo Torres
Secretário de Segurança Pública do Distrito Federal
Cel PM Alexandre Ofranti Ramalho
Secretário da Segurança Pública e Defesa Social do Espirito Santo
DPF Rodney Rocha Miranda
Secretário de Segurança Pública de Goiás
Del PC Jefferson Miler Portela e Silva
Secretário da Segurança Pública do Maranhão
COLÉGIO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
CONSESP

Alexandre Bustamante dos Santos
Secretário de Segurança Pública do Mato Grosso
Del PC Antônio Carlos Videira
Secretário de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul
Rogério Greco

Secretário de Segurança Pública de Minas Gerais
Del PF Ualame Fialho Machado
Secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará
Cel EB Romulo Marinho Soares
Secretário da Segurança Pública do Paraná
Del PC Jean Francisco Bezerra Nunes
Secretário da Segurança Pública e da Defesa Social da Paraíba
Del PF Antônio de Pádua Vieira Cavalcanti
Secretário de Defesa Social de Pernambuco
Cel PM Rubens da Silva Pereira
Secretário de Segurança Pública do Piauí
Del PC Allan Turnowski
Secretário de Polícia Civil do Rio Janeiro
COLÉGIO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA
CONSESP

Cel PM Rogério Figueredo de Lacerda
Secretário de Polícia Militar do Rio Janeiro
Cel PM Francisco Canindé de Araújo Silva
Secretário da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte
Del PC Ranolfo Viera Junior
Secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul
Cel PM José Hélio Cysneiros Pachá
Secretário da Segurança, Defesa e Cidadania de Rondônia
Cel PM Edison Prola
Secretário de Segurança Pública de Roraima
Cel BM Charles Alexandre Vieira
Secretário de Segurança Pública de Santa Catarina
Gen EB João Camilo Pires de Campos
Secretário de Segurança Pública de São Paulo
Del PC João Eloy de Menezes
Secretário da Segurança Pública de Sergipe

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Raniery Paulino entrega liderança da oposição na ALPB, após acordo entre Cidadania e MDB em Guarabira; veja a carta

 

O deputado estadual Raniery Paulino (MDB) entregou a liderança da oposição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB). A decisão foi tomada após acordo entre o Cidadania e o MDB, em Guarabira, onde o partido do governador João Azevêdo vai apoiar a pré-candidatura de Roberto Paulino, pai de Raniery, à Prefeitura do Município.

O governador prepara o terreno para a reeleição em 2022. Ontem, durante entrevista à uma emissora de rádio, João deu a senha a cerca das alianças municipais. “2020 passa por 2022”. Isto é, o apoio dado agora é a contrapartida para receber o apoio à reeleição. Raniery deve ingressar na bancada governista na Assembleia. A oposição vai eleger o novo líder nas próximas horas.

Confira a nota

Estou no meu quarto mandato na ALPB. Sou grato aos paraibanos pela confiança, especialmente aos meus conterrâneos de Guarabira e ao meu único partido, O MDB.
Considerando a decisão do MDB de Guarabira em formular a política de aliança com os partidos de oposição local.
Considerando que coube a Roberto Paulino, meu pai e meu líder maior, a condução do processo eleitoral em Guarabira.
Manifesto a minha decisão de entregar a liderança da bancada de oposição na ALPB em respeito a decisão do MDB de Guarabira.
Renovo minha gratidão aos colegas pela confiança e registro que busquei oferecer o meu melhor para corresponder esta missão.
Respeitosamente,

Raniery Paulino
Deputado Estadual

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Bolsonaro aceita pedido de demissão de Decotelli

Desgastado por fraudes em seu currículo acadêmico, Carlos Alberto Decotelli entregou sua carta de demissão do comando do Ministério da Educação em reunião com Jair Bolsonaro nesta tarde. Planalto avalia substitutos

(Foto: Marcos Correa)

247 – O ministro da Educação, Carlos Alberto Decotell, pediu demissão do cargo nesta terça-feira, 30, em reunião com Jair Bolsonaro. Segundo a CNN Brasil, Bolsonaro aceitou o pedido e providencia o anúncio do seu substituto.

Decotelli teve a nomeação publicada no Diário Oficial da União na última quinta-feira (25), mas não chegou a tomar posse, que estava marcada para esta terça-feira (30) e já havia sido adiada. As revelações de que Decotelli fraudou seu currículo, com doutorado (na Argentina) e pós-doutorados (na Alemanha) inexistentes foram o motivo do adiamento. ele também foi acusado de fazer plágio em sua dissertação de mestrado.

Nesta segunda-feira (29) foi revelado que Decotelli, não estudou por dois anos na  Universidade de Wüppertal, na Alemanha, como divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e segundo consta no Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A instituição alemã esclareceu ao portal O Globo que o ministro conduziu pesquisas na universidade por um período de três meses em 2016, mas sem concluir qualquer programa de pós-doutoramento.

Já o reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, Franco Bartolacci, negou no Twitter nesta sexta-feira (26) que o novo ministro da Educação do Brasil, Carlos Alberto Decotelli da Silva, tenha doutorado na instituição.

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