“A situação é caótica”: novo diretor do Hospital Padre Zé detalha cenário encontrado na casa de saúde após gestão do padre Egídio

Ao longo do programa, padre George demonstrou estar bastante emocionado ao detalhar a situação financeira da unidade de saúde.

Ele explicou ainda, que um dos pontos que o revolta é que apenas um dos apartamentos de padre Egídio poderia pagar toda a dívida do hospital. (Foto: Reprodução/TV Arapuan)

 

O novo diretor do Hospital filantrópico Padre Zé, padre George Batista, detalhou ontem (23) em entrevista à TV Arapuan o cenário encontrado desde que assumiu a casa de saúde no último mês. Como trouxe o ClickPB, o religioso se tornou o novo responsável pelo hospital após o escândalo envolvendo o então diretor, padre Egídio.

“Estamos a frente do hospital há trinta dias. A situação é caótica. Eu já não tenho lágrimas de tanto chorar. Porque para você ter uma ideia, quarta-feira tava faltando remédio. E nós providenciamos. Essa semana eu tive que pedi esmola a donos de supermercado. E graças a Deus um deles foi maravilhoso, e conseguimos o material”, disparou em trecho da entrevista concedida ao jornalista Luís Torres, durante o programa Frente a Frente.

Ao longo do programa, padre George demonstrou estar bastante emocionado ao detalhar a situação financeira da unidade de saúde. Ele explicou ainda, que um dos pontos que o revolta é que apenas um dos apartamentos de padre Egídio poderia pagar toda a dívida do hospital.

“Um apartamentozinho no Cabo Branco paga toda a minha dívida. É isso que me revolta”, desabafou. “Basta um”, enfatizou. Confira íntegra da entrevista:

 




IFPB confirma a situação caótica que enfrenta depois do corte orçamentário

Nessa segunda-feira, 28, enquanto o país inteiro acompanhava o jogo da seleção brasileira contra a Suíça, na Copa do Mundo, o governo federal fazia novo corte de R$ 1,68 bilhão no orçamento do MEC (Ministério da Educação), sendo R$ 220 milhões das universidades públicas e institutos federais de educação. Segundo vários reitores, a decisão torna ainda mais dramática a situação das instituições, que ficarão sem dinheiro para pagar serviços básicos, como limpeza e segurança.

0 Instituto Federal da Paraíba (IFPB) emitiu uma nota na qual confirma a situação caótica que enfrenta depois do corte orçamentário.

“Na prática, o bloqueio orçamentário representa um novo revés para o IFPB. Tal medida compromete ainda mais as ações da instituição, que sofreu um corte orçamentário no valor de R$ 5.667.938 em junho deste ano. Com esse segundo bloqueio, no montante de R$ 4.488,090,41 o IFPB fica bastante prejudicado. Somando-se os dois cortes, a retirada de recursos do IFPB chega a mais de R$ 10 milhões (R$ 10.156.028,41) somente em 2022. Resultado: caso não haja restabelecimento da verba cortada, despesas com energia, contratos com empresas de mão-de-obra terceirizada, compras de equipamentos dentre outros podem ser os mais afetados. Enfim, foi bloqueado todo o saldo que ainda havia no caixa do IFPB para tais despesas, o que torna impossível o funcionamento da instituição”, diz a nota do IFPB.

A reitora do instituto, Mary Roberta Meira Marinho, assim como os demais reitores dos institutos federais estão tentando negociar com o Governo Federal uma alternativa aos cortes, para evitar prejuízos ao funcionamento adequado dos campi da Instituição e de comprometimento da qualidade dos serviços ofertados.

Por meio do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), o IFPB e os outros institutos dialogam com o Governo por um corte linear em todas as unidades da rede federal. Caso tal proposta seja acatada, os prejuízos serão minimizados.

“Perante cenário adverso, o Instituto Federal da Paraíba manifesta sua objeção ao recente bloqueio de recursos, reitera a necessidade de recomposição orçamentária imediata e reafirma seu posicionamento em lutar pela manutenção integral dos recursos da instituição. O IFPB ratifica ainda seu compromisso com uma educação pública e de qualidade e lamenta que, mais uma vez, os Institutos não recebam o tratamento condizente com a importância da Rede Federal para a sociedade brasileira”, finaliza a nota.