Vital Farias foi grandioso demais Por Sérgio Botelho

Cantor e compositor Vital Farias – Foto: Reprodução/Redes sociais Vital Farias
O cantor e compositor paraibano Vital Farias morreu nesta quinta-feira (6), no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Grande João Pessoa. O artista tinha 82 anos e era natural de Taperoá, no Cariri paraibano. Ele sofreu um infarto agudo do miocárdio, ontem (5), tendo sido internado e submetido a exames e procedimentos de emergência, segundo informou a assessoria do hospital ao ClickPB.
A morte de Vital Farias teria sido provocada por choque cardiogênico, de acordo com informações recebidas pelo ClickPB. O choque cardiogênico acontece pela incapacidade do coração de bombear sangue de forma adequada para os órgãos, o que leva a diminuição da pressão arterial, falta de oxigênio nos tecidos e acúmulo de líquido nos pulmões.
Covid-19
Em 2021, Vital Farias enfrentou uma infecção por Covid-19, como noticiou o ClickPB. Ele ficou internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cruz das Armas, em João Pessoa, e foi liberado dias depois.
Política
Vital foi candidato a deputado federal da Paraíba, em 2014 pelo PSB e em 2022 pelo Avante. Também concorreu ao cargo de senador, em 2006 pelo PSOL e em 2010 pelo PCB, uma fase dele mais alinhado à esquerda no campo popular.
Composições
Vital teve composições gravadas por diversos artistas pelo Brasil. Uma das mais conhecidas é a música “Ai, Que Saudade D’Ocê”. Compôs também “Veja Margarida”. Se apresentou com Dominguinhos e outros artistas.
Velório e sepultamento
As informações de velório e sepultamento não foram divulgadas até a publicação desta matéria.
Confira o vídeo da canção “Veja Margarida” e o canal do artista no Youtube
www.reporteriedoferreira.com.br Por Lucas Isidio Publicado em: 06/02/2025 às 15:11
Por g1
26/08/2023 16h07 Atualizado há 34 minutos
Disco do músico Carlos Gonzaga — Foto: Reprodução/Facebook/Carlos Gonzaga
Morreu aos 99 anos o cantor Carlos Gonzaga, um dos pioneiros do rock brasileiro. A morte foi anunciada nesta sexta-feira (25), na página do músico no Facebook, sem informações de sua causa. Ele estava hospitalizado em Velletri, na Itália.
Gonzaga ficou conhecido por abrasileirar canções estrangeiras, com versões em português entoadas por sua voz. A adaptação mais famosa do músico é “Diana”, gravada originalmente pelo canadense Paul Anka.
“Diana” se tornou hit nas rádios brasileiras em 1958, ano de seu lançamento, e voltou a ficar em foco nos anos de 1970, quando fez parte da trilha sonora da novela “Estúpido Cupido”, da TV Globo.
Mineiro, o músico também fez versões nacionais de canções como “Only You”, “Bat Masterson”, “The Great Pretender”, “Oh, Carol”, e “It’s Not For Me to Say” — faixas rebatizadas por ele para “Só Você”, “Bat Mastersón”, “Meu Fingimento”, “Oh, Carol” e “Quero te dizer”.
www.reeporteriedoferreira.com.br/G1
Vitor Nuzzi, Revista do Brasil
“Esse negócio de matar gente no sertão já foi trabalho mais maneiro. Menos pra eu. Quis matá um home, me lasquei. Levei uma surra tão danada, uma surra caprichada por meu pai e minha mãe, que arribei de casa. Dezoito anos incompletos, 1930. Ingressei nas Forças. Revolução como diabo, tiro como diabo, nunca dei nenhum. Eu queria ser era artista…”
Gonzaguinha viveu longe do pai. Reconciliaram-se em 1980 e fizeram a turnê ‘Vida de Viajante’, 1980/81. (Foto: Arquivo)
Em poucas palavras, o próprio Luiz Gonzaga do Nascimento contou o início da trajetória que o coroaria Rei do Baião. Apaixonado por uma moça de sua cidade – Exu, no sertão pernambucano –, ele tomou umas doses, aditivou a valentia e ameaçou de morte o pai da donzela, que o chamou de “tocadorzinho”. No fim, não matou ninguém e apanhou dos próprios pais, seu Januário e dona Ana, conhecida como Santana. Filho bandido em casa? Nem pensar.
A surra doeu no corpo e na alma: o garoto vendeu a sanfona e se mandou, alistou-se no Exército e ganhou o mundo. Foi ser artista no Rio de Janeiro. Em 13 de dezembro, faria 100 anos. Morreu em 1989, aos 76.
Foi nomeado Luiz com z por ter nascido no Dia de Santa Luzia; Gonzaga por causa do sobrenome do santo Luís; e Nascimento por vir ao mundo no mesmo mês que Jesus. Era o segundo de nove filhos. O pai tinha a rotina dura da roça, mas também era famoso na região – o Sertão do Araripe, quase na divisa do Ceará – por tocar e consertar sanfonas. Dona Santana vendia cordas de sisal na feira e era voz marcante nas novenas. Depois da surra e da fuga, Gonzaga voltou para casa já famoso, em meados dos anos 1940, mas não escapou da bronca.
Luiz Lua Gonzaga
https://youtu.be/BjRDWv9O3b4
Escrito por Antônio Rodrigues, verso@verdesmares.com.br 00:00 / 31 de Julho de 2019. Atualizado às $editedDateHour / 02 de Agosto de 2019
Às vésperas de completar 30 anos da partida de Luiz Gonzaga, o jornalista Antônio Rodrigues revisita a terra natal do autor de Asa Branca, clássico feito em parceria com o cearense Humberto Teixeira
Foto: FOTO: ANTÔNIO RODRIGUES
Um trio com sanfona, triângulo e zabumba, em um posto de gasolina, nos “recepcionava” tocando “A Morte do Vaqueiro”. Assim foi minha chegada a Exu, por volta de 9 horas, no sábado passado (27/8). À medida que surgiam visitantes, de passagem para Serrita, onde acontece a tradicional Missa do Vaqueiro, os pares se formavam nas calçadas e ruas para dançar. Homem com mulher. Mulher com mulher. Homem com homem.
Essa animação é comum no Município, sobretudo, neste meio de ano e em dezembro, mês de aniversário do filho mais ilustre: Luiz Gonzaga do Nascimento (1912 -1989). Por causa do “Rei do Baião”, o forró pode ser visto em cada esquina exuense.
Do lado pernambucano da Chapada do Araripe, vizinho ao Crato, no Ceará, formou-se esse pequeno município de 31 mil habitantes. Com mais da metade da população morando na zona rural, a economia local se dá, principalmente, pela agricultura e pecuária. Contudo, a terra onde também nasceu Bárbara de Alencar, a heroína da Revolução Pernambucana, consegue viver na sombra do sanfoneiro. “Posto Gonzagão”, “Farmácia Aza Branca”, “Rua Assum Preto”. Por todos os lados, há referências ao homem que popularizou o xote e o baião. O único lugar em que encontro tantas citações a um só personagem é a minha terra, Juazeiro do Norte, e sua devoção quase “onipresente” ao Padre Cícero.
Quase sempre – eu segui este roteiro – a visita começa pelo Parque Aza Branca – propositalmente escrito com ‘Z’ de LuiZ e de GonZaga – , onde o “Rei do Baião” ergueu sua fazenda, às margens do Açude Itamaragi. Lá, ficam o Museu do Gonzagão, sua casa, a casa onde o pai dele, Januário, passou os últimos dias e o mausoléu no qual o artista está sepultado. Cerca de 20 mil pessoas visitam o local por ano.
O Museu do Gonzagão, idealizado quando o “Rei do Baião” ainda era vivo, reúne objetos pessoais, certificados, títulos, medalhas, troféus e prêmios que recebeu ao longo da carreira. Além disso, possui sanfonas que o acompanharam em momentos marcantes, como a visita do Papa João Paulo II, em Fortaleza, em 1980, e o último instrumento que empunhou antes de morrer.
“Minha sanfona, minha voz, o meu baião, este meu chapéu de couro e também o meu gibão, vou juntar tudo, dar de presente ao museu”, e como prometeu na música “A Hora do Adeus”, tudo isso está lá. Por um pedido do filho Gonzaguinha é proibido fotografar o espaço.
A poucos passos dali, chegamos a sua casa, que ainda reúne outros objetos pessoais, como louças, porta-retratos, cama, guarda-roupas. Bem próximo, Gonzaga construiu uma pousada para receber amigos e artistas. Do outro lado, está a residência que ergueu para seu pai, Januário, quando deixou de morar no distrito de Araripe, para ficar na sede de Exu. Lá, também há peças como a cadeira de rodas que o mestre dos oito baixos usou antes de morrer. No mausoléu, está sepultado ao lado da esposa, Helena Cavalcante, do pai, Januário dos Santos, da mãe, Ana Batista de Jesus, dona Santana, e do irmão, o instrumentista Severino Januário. O espaço foi idealizado por Gonzaguinha (1945-1991).
https://youtu.be/cIX0Yx3xgyA
Mais à frente, uma réplica da “Casa de Reboco”, como cantou, chama atenção dos turistas e é alvo de fotografias. Se você tiver sorte, como aconteceu comigo, lá conversei com o cantor instrumentista Joquinha Gonzaga, sobrinho de Gonzagão e que, desde 1975 até os últimos dias de vida do “Rei do Baião”, o acompanhou tocando nos shows. “Eu ando muito na aba do meu tio assim como muitos andam. Ele é uma referência”, define. “Então vou por aí, por esse mundo, vou usando essa herança do meu tio e do vovô”, gravou para definir esse DNA da música na família.
“Todo artista que se lança, principalmente daqui do Nordeste, pensa em Luiz Gonzaga. É como se ele não tivesse morrido. Me orgulho muito, porque participei da história dele. Não imaginava que ele seria essa potência, essa ‘empresa’. Ele emprega muita gente, fazendo camisa, chapéu de couro, gibão, outros cantando, tocando sanfona. Até aqueles que imitam ele ganham dinheiro”, diz Joquinha, demonstrando como a economia de Exu, aos poucos, referencia-se no músico.
Em uma prosa que durou cerca de 40 minutos, Joquinha só é interrompido para tirar fotos com turistas, que percebem a semelhança do sobrinho, usando o tradicional chapéu de couro de vaqueiro, com o parente ilustre. “Tio Gonzaga quando tava aqui mandava fazer a comida. A primeira coisa, tinha que ser no fogão a lenha. Segundo, ele criava bode, carneiro, galinha de capoeira, porque gostava muito da comida típica, da terra dele. E isso ele valorizava também na região onde passava. Se tocava no Rio Grande do Sul, por exemplo, queria sempre comer churrasco”.
O Parque Aza Branca hoje é o principal ponto turístico de Exu. Localizado na BR-122, quem cruza Pernambuco com destino ao Ceará ou vice-versa, costuma parar por lá. Uma estátua de Gonzaga, junto à sanfona branca, atrai logo a atenção.
Nesse espaço, também que conversei com outros turistas e partilhei com um deles esse sentimento: “Sempre me encantei pela história de Luiz Gonzaga. Pude observar que Exu é uma cidade pequena, pacata, como outra qualquer, mas tem esse privilégio. Aqui nasceu um rei. O poder público precisa de mais investimento, até pelo legado que ele deixou”, acredita Lourenço Gouveia, vendedor autônomo, que viajou de Recife para conhecer a cidade.
‘Meu Relicário’
Outra dica importante é ir até o distrito de Araripe, a cerca de 12 quilômetros da sede do Município. Foi lá onde nasceu Bárbara de Alencar, na Fazenda Caiçara, em 1760. A poucos metros dali, 152 anos depois, veio ao mundo Luiz Gonzaga do Nascimento, o único dos nove herdeiros que não carrega os sobrenomes dos pais, Januário dos Santos e Ana Batista de Jesus. “Luiz”, porque nasceu no mesmo dia que celebra Santa Luzia (13 de dezembro); “Gonzaga”, sugestão do vigário que o batizou, porque também homenageia São Luís de Gonzaga; e “Nascimento”, por ter nascido no mesmo mês que Jesus Cristo. Seu batismo ocorreu na Capela de São João Batista, que permanece viva na história do distrito de Araripe.
Um monumento marca a chegada do “Rei do Baião” ao mundo, vizinho ao histórico casarão do primeiro “Alencar”, que pisou o sertão pernambucano. É nesse chão de terra, onde morou até os 17 anos, antes de fugir para servir ao Exército em Fortaleza, que Gonzaga cresceu. Muitas de suas músicas, como “No meu pé de serra” (em parceria com o cearense Humberto Teixeira), que batizaria o gênero que o consagrou, são inspiradas no Araripe.
Depois de rodar o País, já fazendo sucesso, retornou, em 1946, e protagonizou a história da canção “Respeita Januário”. Ao bater à porta de casa, pedir um copo d’água a seu pai, ouvir o tibungado do caneco no fundo do pote e dizer: “Não tá me reconhecendo? É Gonzaga, seu filho”, logo ouviu: “Isso é hora de chegar em casa, moleque?”, retrucou seu pai. A mesma casa continua de pé, tombada pela Secretaria de Cultura de Pernambuco e fica aberta à visitação no mês de dezembro.
Perseverança
Mantido pela Organização Não Governamental Parque Aza Branca, o espaço onde fica o Museu de Luiz Gonzaga em Exu conta com 13 pessoas trabalhando, desde vigilantes, guias e atendentes. Uma das formas de mantê-lo são as vendas de produtos ligados ao artista, como camisas, chaveiros, chapéus de couro, e o ingresso no Museu. Com falta de apoio do poder público, a ONG busca ajuda de músicos para relembrar, neste dia 2 de agosto, os 30 anos de morte do “Rei do Baião”. Por causa da data, todas as pousadas estão reservadas. “O fã nunca falha. Sempre está aqui prestigiando. O público sempre se renova, sempre traz alguém”, conta o presidente da ONG, Júnior Parente. Em 13 de dezembro, data de aniversário de nascimento de Gonzagão, o movimento é tão grande que os moradores alugam suas casas para receber os turistas.
Na terra natal
A “Cavalgada da Saudade”, às 16 horas, e a “Missa da Saudade”, às 18 horas, são destaques na programação desta sexta-feira, 2 de agosto, em Exu, quando a cidade lembra os 30 anos da partida do filho mais famoso. As ações integram a terceira edição da Mostra Cultural Gonzaguiense, realizada até o próximo sábado. Na interessante programação, hoje tem exibição do filme “O menino que fez o museu”, de Sérgio Utsch, com a presença do protagonista, Pedro Lucas Feitosa (veja matéria na página 5). Mais informações na página da Mostra Cultural Gonzaguiense
https://youtu.be/QjlKeBHf-cc
Como chegar
O Aeroporto Regional do Cariri (Juazeiro do Norte) recebe voos de diversas capitais, como Fortaleza e Recife. Ele é o ponto de chegada por via aérea mais próximo a Exu, distante cerca de 80 km e aproximadamente 1h15 min. Sugiro alugar carro para fazer bate-volta. Um dia é suficiente para conhecer a cidade. De ônibus, o trecho Juazeiro- Crato- Exu é feito pela Viação Pernambucana
Nas proximidades
Aproveite a visita a Exu para explorar também o Cariri cearense, com sua exuberante Chapada do Araripe e sua cultura popular. Não deixe de conhecer as cidades de Crato, Juazeiro e Barbalha.
Confira mais informações de roteiro turístico
Onde se hospedar
Em Exu, há algumas pousadas, mas se sua intenção é fazer um bate-volta, sugiro optar pela rede hoteleira disponível no Cariri cearense.
Mais informações sobre onde ficar na região Sul do Ceará
Museu de Luiz Gonzaga
A entrada custa R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia). Endereço: Rodovia Asa Branca, Km 38, Rodovia BR- 122 | Gonzagão Exu – Pernambuco Fone: (87) 3879-1295 Horário de visitação: de terça-feira a domingo, de 8h às 17h.
Legenda: A equipe de reportagem: Antônio Rodrigues, Toni Sousa e Laerton Xenofonte, em frente à Capela de São João Batista
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O ator, cantor e apresentador de TV Rolando Boldrin morreu nesta quarta-feira, aos 86 anos, na cidade de São Paulo.
Boldrin estava internado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, mas a causa da morte ainda não foi informada. O corpo do artista será velado na Assembleia Legislativa de São Paulo.
Rolando Boldrin entrou para a história da cultura brasileira como um dos um dos grandes compositores, intérpretes e divulgadores da música brasileira “raiz”. Ttrabalhou em novelas da Band, RecordTV e Tupi e conviveu ao lado de artistas importantes, como Lima Duarte, Laura Cardoso e Dionísio Azevedo. Seu último trabalho na TV foi na novela “Os Imigrantes” (Band).
Já como apresentador de TV, Boldrin esteve à frente dos programas como Som Brasil, (TV Globo), Empório Brasileiro (Band) e Empório Brasil (SBT). Sua última atração foi o “Sr. Brasil”, na TV Cultura.