CPI da Covid: Ernesto Araújo admite que não atuou para compra da Coronavac

Ex-chanceler defendeu que a importação e tratativas com o governo Chinês deveria ser feita apenas pelo Instituto Butantã, em São Paulo, para produção da coronavac

Ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo
Agência Senado/Edilson Rodrigues

Ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, o ex-chanceler brasileiro Ernesto Araújo admitiu que o Ministério das Relações Exteriores não se envolveu nas negociações para a compra da vacina Coronavac durante a gestão dele.

“As Vacinas CoronaVac estão sendo importadas pelo Instituto Butantan, e as tratativas, segundo entendo, são diretamente entre o Instituto Butantan e os fornecedores chineses, pelo menos durante a minha gestão foi assim”, afirmou Araújo.

O ex-ministro ainda argumentou que, atualmente, estão sendo importandos insumos da China. “A China também é o país onde se produzem os insumos que estamos importando para a produção da vacina AstraZeneca no Brasil, antes de nos tornarmos autossuficientes também e não dependermos mais da importação de insumos. A China, por suas autoridades, já nos informou, inclusive publicamente, que o Brasil é o país que mais recebeu insumos e vacinas produzidos pela China”, completou o ex-chanceler.

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Butantan receberá insumos da CoronaVac vindos da China na próxima semana

“Boa notícia”, comemorou João Doria pelas redes sociais; Produção tinha sido parada na semana passada

 Governador de São Paulo João Doria (PSDB)
Reprodução/Flickr

Governador de São Paulo João Doria (PSDB)

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) anunciou na tarde desta segunda-feira (17) que a China liberará a exportação de 4 mil litros de insumos, capazes de produzir 7 milhões de doses da CoronaVac na quarta-feira da próxima semana (26).

“Boa notícia”, celebrou Doria pelas redes sociais. A produção de doses da vacina produzida no Instituto Butantan está paralisada desde a última quarta-feira (12), pela falta de IFA (insumo farmacêutico ativo) para produzir o imunizante.

Confira o tuíte:

Em entrevista coletiva na última sexta-feira (14), o governador paulista fez um apelo as autoridades chinesas para liberar os insumos necessários para produzir as doses de vacina. “Os brasileiros não pensam como o presidente da República do Brasil”, disse. “Os brasileiros continuam agradecendo a China por ajudar a salvar vidas no nosso país.”

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Butanvac: Butantan envia pedido à Anvisa para iniciar testes clínicos

Instituto pretende ter 40 doses disponíveis para aplicação já em julho deste ano

Butanvac, vacina do Instituto Butantan
Reprodução: BBC News Brasil

Butanvac, vacina do Instituto Butantan

O Instituto Butantan enviou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na noite desta sexta-feira (26) o pedido para iniciar os testes clínicos da Butanvac, nova candidata a vacina contra Covid-19.

Segundo o Butantan, a vacina será de produção 100% nacional, sem a necessidade de importação de insumos. O Instituto anunciou que o imunizante leva em conta as variantes, como a brasileira, e utiliza a mesma tecnologia da vacina da gripe.

Uma vez obtida a autorização, os testes podem ser realizados já em abril, disse Dimas Covas, diretor do Instituto, em coletiva realizada nesta sexta-feira.

 A expectativa é que a vacina comece a ser fabricada em maio, e que 40 milhões de doses estejam disponíveis a partir de julho, mas dependem de aval da Anvisa para serem usadas.

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Governador da PB planeja vacinar grupos prioritários contra covid-19 no 1º semestre

O governador João Azevêdo se reuniu, nesta quarta-feira (17), por meio de videoconferência, com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. O encontro virtual também contou com a participação dos demais governadores do país, ocasião em que foi apresentado aos gestores o cronograma previsto para entrega de vacinas contra a Covid-19 durante os próximos meses. Até julho, de acordo com o Ministério da Saúde, serão distribuídas aos estados mais de 230,7 milhões de doses dos imunizantes.

“Esse cronograma servirá para que a gente possa planejar as nossas ações e identificamos que até o mês de julho teremos mais de 230 milhões de doses de vacinas, o que permitirá a proteção de todo grupo prioritário previsto no plano de vacinação. Foi uma reunião produtiva, dentro do que os governadores solicitaram do Ministério da Saúde quanto à utilização de várias vacinas para serem utilizadas no Plano Nacional de Imunização e, ao mesmo tempo, com as datas específicas da entrega e saímos extremamente tranquilos, bastando para isso que esse cronograma se cumpra e as vacinas cheguem na data prevista para que a gente possa imunizar a população da maneira mais rápida possível”, avaliou o governador João Azevêdo.

O ministro Eduardo Pazuello garantiu aos gestores estaduais que enviará ainda nesta quarta-feira o cronograma de entrega de vacinas aos estados referentes aos meses de fevereiro e março. Já a previsão de doses que serão distribuídas até julho será disponibilizada até o final de semana. “O SUS é a ferramenta mais importante que temos para salvarmos vidas e precisamos da união de esforços para atravessarmos esse momento difícil, por isso é essencial que o Plano Nacional de Imunização, o PNI, seja seguido de forma única”, pontuou.

Para o secretário de estado da Saúde, Geraldo Medeiros, a previsão da chegada de novas doses dos imunizantes dará uma maior segurança à população mais fragilizada. “Esse é um aceno que nos traz uma tranquilidade de que haverá uma intensificação da remessa de novas doses de vacina a partir de segunda-feira, o que permitirá uma vacinação em massa do grupo dos idosos, iniciando na próxima semana com as pessoas de 80 a 89 anos e, em sentido decrescente, até 60 anos, contemplando os idosos em um período curto de tempo”, comentou.

Conforme o calendário do governo federal, estão previstas para fevereiro a entrega de 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Sinovac/Butantan, produzidas no Brasil. Já em março é aguardada a distribuição de 34,9 milhões de doses, sendo 16,9 milhões da vacina da AstraZeneca e 18 milhões do Butantan. Até julho, são esperadas 112,4 milhões de doses da AstraZeneca e 77,6 milhões de doses da vacina do Butantan.

O cronograma do primeiro semestre apresentado pelo ministro também incluiu as negociações com os laboratórios União Química/Gamaleya e Precisa/Bharat Biotech, responsáveis pelas vacinas Sputnik V e Covaxin, respectivamente.

Na reunião, os governadores também discutiram com o Ministério da Saúde o pagamento dos leitos habilitados de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e a implantação de um sistema balizador de compras de medicamentos e insumos. Ainda foi solicitada a sanção da medida provisória que dá cinco dias para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorize o uso emergencial de vacinas contra a Covid-19 que já tenham aprovação e uso internacional.

Também participaram da reunião virtual o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos; a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade; e o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas.

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“Não podemos jamais negar o esforço do Doria e do Butantan”

“Não podemos jamais negar o esforço do Doria e do Butantan”

O governador da Paraíba, João Azevêdo, (Cidadania) elogiou João Doria na guerra pela vacina contra a Covid-19.

“De minha parte, não houve nenhum tipo de constrangimento, nem tampouco crítica [pelo fato de a vacinação ter começado em São Paulo].”

“Por mais que tenha sido uma disputa política entre governo federal e o governo de São Paulo nesse processo de vacinação, não podemos jamais negar o esforço do governador Doria e do Instituto Butantan para que este momento que nós estamos vivendo aqui acontecesse.”

“Se não tivesse havido esse esforço, nós não estaríamos hoje aqui, porque a vacina hoje do Brasil é a vacina que vem do Butantan.”

Assista:

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Ministério da Saúde e Butantan fecham acordo para distribuição de vacina no SUS

 

De acordo com comunicado, processo de vacinação deve começar após aprovação da Coronavac pela Anvisa

Divulgação/Instituto Butantan

Pedido para uso emergencial da Coronavac deve ser analisada pela Anvisa em até 10 dias

Ministério da Saúde informou na tarde deste sábado (09) que assinou um acordo com o Instituto Butantan para distribuir doses da Coronavac para todos os estados. O imunizante, de acordo com a pasta, vai fazer parte do Programa Nacional de Imunização e deve ser distribuído gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) .

Em comunicado, o ministério disse que a vacinação deve começar “tão logo os imunizantes receberem a autorização da Anvisa”. O Butantan  enviou a documentação para a agência reguladora na última sexta-feira (08) e deve receber a sinalização para o uso emergencial da vacina em até 10 dias.

O acordo entre o Ministério da Saúde e o instituto foi firmado após uma reunião realizada na sexta-feira, em que técnicos e membros do Butantan discutiram a eficácia da vacina, fabricada em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Na quinta-feira (07), o Governo do Estado anunciou que a Coronavac tem 78% de eficácia .

“Assim, brasileiros de todo o país receberão a vacina simultaneamente, dentro da logística integrada e tripartite, feita pelo Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde”, afirmou a pasta comandada por Eduardo Pazuello .

Em coletiva para informar a negociação com farmacêuticas para a aquisição de imunizantes, Pazuello afirmou que o Governo Federal requisitou a compra de 46 milhões de doses da vacina do Butantan . O instituto, horas depois do anúncio, confirmou o pedido.

No comunicado emitido neste sábado, o Ministério da Saúde informa que as doses da Coronavac serão distribuídas conforme a população de cada estado. Entretanto, ainda não há uma data prevista para o repasse dos imunizantes.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Ig




 Pazuello bate boca com Doria e diz que governo Bolsonaro demora 60 dias para certificar vacina

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Enquanto países europeus e asiáticos começam a vacinar suas populações, o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, disse em reunião virtual com governadores que a Anvisa ainda vai demorar 60 dias para aprovar o uso de qualquer vacina contra a Covid-19. Ele bateu boca com Doria na reunião.

O encontro, na manhã e início da tarde desta terça-feira (8), foi tenso. O general bateu boca com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre a falta de interesse do governo federal na CoronaVac, o imunizante chinês que será formulado e também produzido pelo Instituto Butantan, informam Igor Gielow eRicardo Della Coletta, na Folha de S.Paulo.

Doria questionou Pazuello sobre possíveis razões político-ideológicas para o governo federal não comprar a CoronaVac. Em sua intervenção, o governador de São Paulo ressaltou que o Ministério da Saúde já se comprometeu a gastar R$ 1,9 bilhão com a vacina da AstraZeneca, R$ 2,5 bilhões com o consórcio Covax Facility, iniciativa da ONU e OMS para o desenvolvimento de vacinas, mas não investiu nenhum real na CoronaVac.

Participam do encontro presencialmente os governadores Wellington Dias (PT-PI), Fátima Bezerra (PT-RN), Paulo Câmara (PSB-PE) e Gladson Cameli (PP-AC). Outros governadores acompanham o encontro por videoconferência.

Os chefes de governo estadual cobram um plano nacional de imunização. Ao chegar no Planalto, Cameli disse que não é viável esperar até março para a vacinação dos brasileiros.

“Se os países da Europa começaram agora [a vacinar], esperar até março não tem justificativa. Por isso que eu estou dizendo: estou vendo plano B e C para que, caso necessite comprar e se tiver quem venda, eu consiga fazer esse processo”, declarou.

Doria questionou Pazuello diretamente: “A vacina CoronaVac não teve nenhum investimento feito pelo governo federal. Ela também ainda não foi aprovada. O que difere, ministro, a condição e sua gestão como ministro da Saúde de privilegiar duas vacinas em detrimento de outra vacina? É uma razão de ordem ideológica, política ou de falta de interesse em disponibilizar mais vacinas, sendo que, no total, temos 300 milhões de doses para sair a partir de fevereiro do próximo ano, sendo que vamos precisar de mais de 400 milhões de doses da vacina. Se é fato que o senhor tem as vacinas, porque não iniciar imediatamente a vacinação dos brasileiros?”

Pazuello não respondeu ao questionamento e preferiu atacar Doria afirmando que o Butantan não seria do governo do Estado de São Paulo (uma afirmação falsa): “Já falei para todos os governadores: a vacina do Butantan não é do estado de São Paulo, é do Butantan. Não sei porque o senhor fala tanto como se fosse do estado. Ela é do Butantan. É a maior fabricante de vacina do nosso país. E é respeitado por isso. O Butantan, quando concluir o seu trabalho e tiver com a vacina registrada, nós avaliaremos a demanda e, se houver preço, vamos comprar. Os registros são de cartório e havia uma demanda, havendo preço, todas as condições serão de nossa compra.”




OMS rebate críticas de Bolsonaro à origem da vacina: ‘escolhemos a ciência’

 

Porta-voz da entidade diz que debate não deve girar em torno de nacionalidade do imunizante, mas de sua eventual eficácia e segurança

Agência Brasil

Nos últimos dias, Jair Bolsonaro vêm criticando a CoronaVac por ser desenvolvida por um laboratório chinês.

decisão do presidente Jair Bolsonaro de vetar a aquisição de doses da vacina Coronavac , produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech e testada no Brasil contra a Covid-19 pelo Instituto Butantan, foi repercutida por uma representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (23).

Indagada sobre a posição do dirigente brasileiro, Margaret Harris afirmou, em Genebra, que a entidade se guia “pela ciência” ao indicar os imunizantes mais promissores na corrida global contra o novo coronavirus (Sars-CoV-2).

“Nós escolhemos a ciência . [O debate] não é a respeito da nacionalidade, e essa é a beleza de ser multilateral, esse é o ponto da ONU. Nós escolhemos a ciência e deveremos escolher a melhor vacina. E, como se sabe, não vamos apoiar nenhuma vacina até que seja provado que ela teve o mais alto padrão de segurança e o nível certo de eficácia”, disse Harris a jornalistas.

Na última quarta-feira (21), em entrevista à rádio Joven Pan, Bolsonaro criticou a vacina Coronavac e criticou sua origem chinesa da vacina .

O presidente afirmou que existe um “descrédito muito grande” em relação ao imunizante, sem detalhar suas ressalvas, e que por isso o governo federal não comprará doses do imunizante mesmo que ele seja aprovado pela Anvisa .

Mais cedo, no mesmo dia, o Ministério da Saúde havia anunciado que aguardaria a eventual aprovação da fórmula pela Anvisa para sinalizar qualquer intenção de acordo com o Butantan .

“A da China nós não compraremos, é decisão minha. Eu não acredito que ela transmita segurança suficiente para a população [inaudível]. Esse é o pensamento nosso. Tenho certeza que outras vacinas que estão em estudo poderão ser comprovadas cientificamente, não sei quando, pode durar anos”, disse.

Jair Bolsonaro também afirmou que “a China, lamentavelmente, já existe um descrédito muito grande por parte da população, até porque, como muitos dizem, esse vírus teria nascido por lá”.

No mesmo dia, o presidente havia desautorizado o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello , que anunciara a governadores na última terça-feira (20) que a pasta assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da Coronavac do Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, comandado pelo desafeto João Doria (PSDB).

Na quinta-feira (22), o ministro sinalizou que seguira a orientação do presidente em uma transmissão ao vivo do lado de Bolsonaro. “É simples assim, um manda e outro obedece. Mas a gente tem carinho, dá para desenrolar”, comentou Pazuello .

www.reporteriedoferreira.com.br  /Agência Brasil