Fora da mídia, Bolsonaro escala Mourão para encontro com embaixadores
Presidente tem evitado deixar o Palácio da Alvorada desde derrota na eleição
Desde que foi derrotado nas eleições presidenciais, o presidente Jair Bolsonaro se afastou de compromissos oficias. Desta vez, o presidente delegou ao vice, Hamilton Mourão, a tarefa de receber as cartas credenciais de embaixadores estrangeiros.
A cerimônia, que geralmente conta com a participação do chefe do Executivo, foi realizada na manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto.
Desde o resultado da eleição, no dia 30 de outubro, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito, o atual presidente da República só esteve no Planalto duas vezes.
No Alvorada, o presidente tem recebido alguns ministros, assessores e políticos aliados. Nesse período, Bolsonaro fez apenas duas declarações públicas: um pronunciamento e um vídeo publicado em redes sociais.
Após a cerimônia, Mourão afirmou que Bolsonaro não participou porque está com uma ferida na perna que o impede de colocar uma calça.
“É questão de saúde. Está com uma ferida na perna, uma erisipela. Não pode vestir calça, como é que ele vai vir para cá de bermuda?”.
Na tradição diplomática, a apresentação da carta credencial formaliza o início do trabalho de um embaixador naquele país. Nesta quarta, um dos representantes estrangeiros recebidos no Planalto foi o embaixador da Argentina, Daniel Scioli.
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iG Último Segundo
Ministra dá 15 dias para PGR informar irregularidades na live de Bolsonaro
Em transmissão ao vivo no fim de julho, o chefe do Executivo lançou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, apes
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF) , determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) esclareça, em 15 dias, quais medidas adotou na investigação preliminar para apurar possíveis irregularidades em live do presidente Jair Bolsonaro . O despacho da ministra, com data de 5 de novembro, foi publicado nesta terça-feira.
“Pelo exposto, retornem os autos imediatamente à Procuradoria- Geral da República para, no prazo máximo de quinze dias, juntar o andamento das apurações que tenham sido adotadas, de forma heterodoxa e não baseados em fundamentos jurídicos expressamente declarados, acompanhado de cópia integral do que tenha sido providenciado na apelidada “Notícia de Fato”, esclarecendo-se que eventuais arquivamentos, encaminhamentos, diligências ou apurações preliminares deverão sempre ocorrer nesta Petição e não em documento inaugurado, sem base legal, em “Notícia de Fato” instaurada a partir de cópia destes autos, tudo para que se garanta o controle jurisdicional nos termos da Constituição e das leis da República”, disse a ministra.
Em transmissão ao vivo no fim de julho, o chefe do Executivo lançou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, apesar de ter afirmado que não tinha provas de fraude, apenas indícios. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu um inquérito administrativo para apurar a conduta, e o Supremo Tribunal Federal incluiu o fato no inquérito que apura disseminação de fake news e ataques a ministros da Corte.
Após ter sido cobrado pela ministra, ainda em agosto, o procurador-geral da República Augusto Aras informou que abriu uma investigação preliminar para apurar as possíveis irregularidades.
Segundo Cármen Lúcia, “qualquer atuação do Ministério Público que exclua, ainda que a título de celeridade procedimental ou cuidado constituído, da supervisão deste Supremo Tribunal Federal apuração paralela a partir ou a propósito deste expediente (mesmo que à guisa de preliminar) não tem respaldo legal e não poderá ser admitida”.
Um grupo de deputados ingressou no STF com uma notícia-crime acusando o presidente de improbidade administrativa por fazer propaganda eleitoral antecipada ao utilizar a TV Brasil para uma transmissão ao vivo, no dia 21 de julho, na qual atacou partidos e o Tribunal Superior Eleitoral. De acordo com os parlamentares, Bolsonaro teria cometido ainda abuso de poder econômico e abuso de autoridade.
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Agência O Globo
Datafolha: 67% reprovam a aproximação de Bolsonaro com o Centrão; 20% aprovam
Pesquisa do Instituto Datafolha divulgada pelo jornal “Folha de S.Paulo” no final da noite desta sexta-feira (29) mostra 67% dos entrevistados acham que o presidente Jair Bolsonaro age mal ao negociar cargos e verbas com deputados e senadores do Centrão. Outros 20% consideram que o presidente faz bem e 2% diz que Bolsonaro não está negociando.
A instituto ouviu 2.069 pessoas maiores de idade na segunda e na terça-feira. As entrevistas foram feitas por telefone. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais. O levantamento mostra ainda que 11% não souberam responder ao questionamento.
Outra pergunta feita aos entrevistados foi se o presidente está cumprindo a promessa de não negociar cargos e verbas em troca de apoio. Para 63%, Bolsonaro não está cumprindo, enquanto 29% acreditam que sim e 8% não sabem.
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EUA anunciam proibição da entrada de viajantes vindos do Brasil
Decreto de Donald Trump passa a valer a partir do dia 29 de maio
Por Agência O Globo| 24/05/2020 19:10
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou um alerta que fizera por mais de uma vez e anunciou neste domingo restrições a voos do Brasil por causa do descontrole do coronavírus no país.
A decisão foi divulgada por meio de um decreto assinado pelo próprio presidente americano neste domingo. De acordo com o decreto, cidadãos não americanos que estiveram no Brasil pelos últimos 14 dias estão proibidos de ingressar nos EUA. A decisão é válida a partir da próxima sexta-feira, dia 29 de maio.
“Hoje, o presidente tomou uma ação decisiva para proteger nosso país suspendendo a entrada de etrangeiros que estiveram no Brasil durante o período de 14 dias antes de buscarem admissão nos EUA. Até o dia 23 de maio de 2020, o Brasil tem 310,087 casos confirmados de Covid-19, o terceiro maior número de casos confirmados no mundo. A ação de hoje vai ajudar a garantir que estrangeiros que estiveram no Brasil não se tornem uma fonte adicional de infecções em nosso país’, diz o comunicado divulgado pela Casa Branca.
O texto afirma que a decisão nao se aplica ao fluxo comercial entre os dois países, que será mantido.
Havia, antes da decisão, apenas nove voos semanais em operação entre Brasil e EUA, todos para a Flórida e para Houston, no Texas.
Há algumas exceções no decreto, que incluem americanos e residentes permanentes nos Estados Unidos.
A medida foi precedida por diversas advertências. Já no final de abril, o presidente americano disse, durante reunião com o governador da Flórida, que estava considerando a ideia de suspender os voos provenientes da América Latina, e citou especificamente o Brasil.
O Brasil se tornou o segundo país do mundo em casos da Covid-18 na sexta-feira, perdendo apenas para os Estados Unidos, e agora tem mais de 347 mil pessoas infectadas pelo vírus e mais de 22 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde. A situação brasileira fez que com a Organização Mundial da Saúde afirmasse que América do Sul se tornou o novo epicentro global da pandemia.
Nos EUA, são mais de 1,6 milhão de casos e mais de 97 mil mortes e, embora a pandemia comece a ser contida em estados que impuseram medidas de isolamento social rígidas, como Nova York e Califórnia, a doença continua se alastrando pelo interior.
Na terça-feira, Trump disse que os Estados Unidos ainda consideravam restringir voos e a entrada de brasileiros devido à expansão da Covid-19. O presidente americano então declarou que não queria “pessoas vindo para cá e infectando nosso povo”.
Neste domingo, o conselheiro de Segurança Nacional Robert O’Brien havia adiantado ao programa “Face the Nation”, da rede de TV CBS, que haveria uma decisão sobre suspender a entrada de viajantes que chegam do Brasil.
— Esperamos que seja temporário, mas, devido à situação no Brasil, tomaremos todas as medidas necessárias para proteger o povo americano — disse O’Brien, acrescentando que os brasileiros estão “passando por um mau momento”.