Bolsonaro diz a interlocutores que Feder está fora e busca novo ministro

 

“Está fora”, teria afirmado Bolsonaro a parlamentares na manhã deste sábado (4), segundo a jornalista Basília Rodrigues, da CNN. “Não tem ninguém ainda”, declarou

Renato Feder e Jair Bolsonaro (Foto: Geraldo Bubniak/ANPr | Isac Nóbrega/PR)

 

247 – Renato Feder não será mais o novo ministro da Educação, segundo declarou o próprio Jair Bolsonaro a interlocutores na manhã deste sábado 4, de acordo com informações da jornalista Basília Rodrigues, da CNN.

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“Está fora”, teria afirmado Bolsonaro a parlamentares. “Não tem ninguém ainda”, declarou ainda o presidente.

“Na conversa, de acordo com relatos, Bolsonaro brincou com o fato do nome de um indicado perder força quando sai na imprensa, ainda que favorito, porque passa por um raio-X. No Planalto, a informação é que pesou a divulgação de um dossiê contra Feder, organizado por integrantes da chamada ideológica”, diz um trecho da reportagem.

O nome de Feder, que é secretário estadual da Educação no Paraná, vinha recebendo críticas de olavistas e de militares e Bolsonaro vinha recebendo pressão desses grupos para não nomeá-lo.

Privatista, ele recebeu elogios de pessoas ligadas ao mercado, como Luciano Huck e João Amoêdo, do Partido Novo.

 

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Deputados do PSB apresentam pdido de impeachment contra Bolsonaro

Entre os crimes listados pelo PSB, está a tentativa de interferência ilegal na Polícia Federal, ao tentar trocar o diretor geral da corporação sem causa ou motivo justificável, para obter informações sigilosas e relatórios de inteligência.

Deputados do PSB assinaram pedido de impeachment de presidente (Foto: Reprodução)

Deputados do Partido Socialista Brasileiro (PSB), apresentaram nessa quarta-feira (29), o pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. A peça evidencia 11 crimes de responsabilidade cometidos pelo presidente e foi dividida em três capítulos: dos crimes de responsabilidade denunciados pelo ex-ministro Moro, dos crimes de responsabilidade contra a democracia e as instituições; e dos crimes de responsabilidade relacionados à pandemia do Covid-19.

O pedido é assinado pelos deputados Gervásio Maia (PB), Alessandro Molon (RJ), Aliel Machado (PR), Bira do Pindaré (MA), Camilo Capiberibe (AP), Danilo Cabral (PE), Denis Bezerra (CE), Elias Vaz (GO), Gonzaga Patriota (PE), Júlio Delgado (MG), Lídice Da Mata (BA), Luciano Ducci (PR), Marcelo Nilo (BA), Rafael Motta (RN), Tadeu Alencar (PE), Vilson da Fetaemg (MG).

“O ex-ministro Sérgio Moro fez acusações muito graves contra o presidente. Além de crime de responsabilidade, a fala de Sérgio Moro aponta vários crimes: falsidade ideológica, tráfico de influência, obstrução da justiça, abuso de autoridade, entre outros. Não podíamos ficar omissos diante uma situação tão grave”, afirmou o vice-líder do PSB na Câmara, Gervásio Maia.

Interferência na PF

Entre os crimes listados pelo PSB, está a tentativa de interferência ilegal na Polícia Federal, ao tentar trocar o diretor geral da corporação sem causa ou motivo justificável, para obter informações sigilosas e relatórios de inteligência. A nomeação de Alexandre Ramagem foi anulada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de liminar, o que levou o presidente recuar, nessa quarta-feira (29).

O presidente também teria incorrido em crime de advocacia administrativa, ao solicitar relatórios de inteligência da Polícia Federal, de acordo com a peça apresentada pelos parlamentares.




Com Ciro e Haddad, lideranças da esquerda pedem renúncia de Bolsonaro

Diante do crescente protagonismo de líderes de centro-direita como o governador de São Paulo, João Doria(PSDB), e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), na oposição a Jair Bolsonaro durante a crise do coronavírus, líderes da esquerda se uniram em um manifesto para pedir a renúncia do presidente.

Segundo eles, a saída voluntária de Bolsonaro seria ¨menos custosa¨ao país. O processo de impeachment, segundo alguns signatários, paralisaria o Congresso e o país durante o combate à doença.

¨Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de saúde pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários. Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo¨, diz o documento.

Assinam o texto os três principais candidatos de esquerda derrotados por Bolsonaro na eleição presidencial de 2018, Fernando Haddad (PT), Ciro Gomes (PDT) e Guilherme Boulos (PSOL), os presidentes do PT, Gleisi Hoffmann; PDT, Carlos Lupi; PC do B, Luciana Santos; PSB, Carlos Siqueira; PSOL, Juliano Medeiros, e PCB, Edmilson Costa, além de outras lideranças da esquerda como o governador do Maranhão, Flavio Dino (PC do B), o ex-governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro (PT) e os ex-senadores Roberto Requião (MDB-PR) e Manuela D’Ávila (PC do B-RS).

No texto, os líderes de esquerda sugerem ainda a adoção de uma série de medidas de um Plano Emergencial de Ação: reforço às medidas de redução do contato social, criação de leitos de UTI e importação em massa de testes e equipamentos de proteção, implementação da renda básica permanente para trabalhadores desempregados e informais, suspensão da cobrança de tarifas de serviços para a população de baixa renda, proibição de demissões com o socorro do Estado aos setores mais prejudicados via financiamentos subsidiados e criação de um imposto sobre grandes fortunas.

De acordo com signatários ouvidos pela reportagem, um dos objetivos é recolocar a esquerda no papel de contraponto a Bolsonaro, hoje exercido pelos governadores, em especial Doria, e pelo Congresso. No manifesto, as lideranças cobram medidas do Congresso, governadores, prefeitos e Ministério Público, excluindo Bolsonaro e seu governo das articulações para conter os danos físicos e econômicos da pandemia.

¨Frente a um governo que aposta irresponsavelmente no caos social, econômico e político, é obrigação do Congresso Nacional legislar na emergência, para proteger o povo e o país da pandemia. É dever de governadores e prefeitos zelarem pela saúde pública, atuando de forma coordenada, como muitos têm feito de forma louvável. É também obrigação do Ministério Público e do Judiciário deter prontamente as iniciativas criminosas de um Executivo que transgride as garantias constitucionais à vida humana. É dever de todos atuar com responsabilidade e patriotismo¨, diz o manifesto.

Estadão