Aos 80 anos morre o ator Ney Latorraca no Rio de Janeiro

O ator e diretor Ney Latorraca, de 80 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (26) no Rio. Ele estava internado desde o dia 20 de dezembro na Clínica São Vicente, na Gávea, por conta de um câncer de próstata e morreu em decorrência de uma sepse pulmonar.

O câncer foi diagnosticado em 2019. Na época, Ney foi operado e retirou a próstata. A doença voltou em agosto deste ano, já com metástase.

Ele deixa o marido, o ator Edi Botelho, com quem era casado há 30 anos. O local e horário do velório ainda não foram definidos.

O artista estreou na Globo em 1975 na novela “Escalada” e, ao longo da carreira, se destacou em novelas e programas humorísticos, como Quequé, em “Rabo de saia” (1984), o vampiro Vlad, em “Vamp” (1991) e Barbosa, em “TV Pirata”.

“Ator já nasce ator. Aprendi desde pequeno que precisava representar para sobreviver. Sempre fui uma criança diferente das outras: às vezes, eu tinha que dormir cedo porque não havia o que comer em casa. Então, até hoje, para mim, estou no lucro”, disse o ator em depoimento ao Memória Globo.

Ney Latorraca nasceu em Santos (SP) no dia 25 de julho de 1944. Era filho de artistas. O pai, Alfredo, era cantor e crooner de boates, e a mãe, Tomaza, corista.

Na infância, morou em São Paulo e no Rio de Janeiro, até voltar para Santos e prestar exame no Instituto de Educação Canadá, escola onde formou, com um grupo de amigos que lá estudavam, a banda Eldorado.

Pouco tempo depois, já em São Paulo, o ator participou da peça “Reportagem de um tempo mau”, com direção de Plínio Marcos, no Teatro Arena. O trabalho não chegou a entrar em cartaz por ter sido censurado pelo governo militar – alguns atores da peça foram, inclusive, presos.

Assumiu a função de líder e cantor do grupo. Sua estreia no teatro aconteceu em 1964, em uma peça de escola chamada “Pluft, o fantasminha”. Na época, ele tinha 19 anos. O sucesso fez com que a peça ganhasse fama fora dos muros do Instituto de Educação Canadá.

“Fiquei completamente arrasado, queria me matar. Voltei para Santos”, disse Ney sobre a ocasião.

Em seu retorno à sua cidade natal, Ney Latorraca estudou na Escola de Arte Dramática, atuou em algumas peças locais e, no ano de 1969, finalmente estreou na televisão em “Super plá”, na TV Tupi, e no cinema em “Audácia, a fúria dos trópicos”.

Em seguida, trabalhou na TV Cultura e na TV Record, antes de estrear de vez na Rede Globo em 1975, na novela “Escalada”, de Lauro César Muniz, cujo elenco contava ainda com Tarcísio Meira e Susana Vieira.

Com Vera Fischer, interpretou uma cena de estupro em “Coração alado” (1980), a primeira em uma novela das oito. No folhetim, dividiu as atenções com atores como Tarcísio Meira, Débora Duarte e Walmor Chagas.

Em 1990, trabalhou no SBT na novela “Brasileiras e brasileiros”. No ano seguinte, voltou para a TV Globo e viveu um de seus personagens mais famosos: Vlad, na novela “Vamp” (1991). Outras atuações marcantes de Latorraca foram a de Barbosa, em “TV Pirata” (1988), do italiano Ernesto Gattai na minissérie “Anarquistas, graças a Deus” (1984) e do travesti Anabela em “Um sonho a mais” (1985). Na trama, aliás, fez seis papéis.

“Pensei que fosse enlouquecer. Virei o versátil da Globo. Com essa história de versátil é que dancei mesmo. Comecei a fazer de tudo: sapatear, plantar bananeira, subir, descer, fazer árvore, jacaré, vampiro. Mas é bom ser versátil. Você não fica carimbado”, afirmou.

O ator também é lembrado por seu papel na novela “Estúpido cupido”, exibida entre 1976 e 1977, na qual viveu Mederiquis, fã de Elvis Presley e líder da banda de rock Personélitis Bóis. A princípio, ele não queria o papel.

“Eu estava com 33 anos e interpretava um cara de 17. Queria abandonar, não ia mais fazer. Me botaram de peruca, todo maquiado. Quando me vi caracterizado como o personagem, falei: ‘Estou parecendo um macaco’. Falei que ficava com uma condição: ‘Quero escolher meu figurino’. Me vesti todo de preto, sem maquiagem alguma, e pedi uma lambreta preta. Batizei-a de Brigite”, contou. “Virou um grande sucesso, estourou mesmo. Fizeram história em quadrinhos, chiclete, figurinha – e eu era uma das figurinhas mais difíceis”.

Entre seus vários trabalhos para a Rede Globo, Ney Latorraca atuou em 18 novelas, seis minisséries e oito seriados. Tem ainda em seu currículo 23 longa-metragens e 13 peças. Sua última participação na Rede Globo foi no seriado “A Grande Família”, em 2011.

Ao lado de Marco Nanini, ficou 11 anos em cartaz com a peça “O Mistério da Irma Vap”, dirigida por Marília Pêra.

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Ator José Santa Cruz; A sua carreira Começou na Rádio Tabajara,

🎤Para :
Conhecimento de todos.
Ator José Santa Cruz
Sua história:
A sua carreira
Começou na
Rádio Tabajara,👉Em João Pessoa
Na Paraíba.
Em 1948,
Foi trabalhar na
Rádio Clube de Pernambuco
Como o garoto Bombinha, em
Pensão Paraíso.
Fez também o
Anjinho Cara Suja, contracenando com
Aguinaldo Batista, o Azarildo, e
O Tenente em Atrações do Meio-dia.
Na extinta TV Rádio Clube de Pernambuco, continuou sua atuação como comediante,
no programa
A, E, I, O…
Urca exibido
Em 1963 nas tardes de domingo pela
TV Tupi Rio no papel do Jojoca,
Contracenando com
Lúcio Mauro
(Zé das Mulheres)

Migrando para o sudeste, trabalhou nos humorísticos Balança mas não cai,
A Praça é Nossa e
Zorra Total como Barbosa, que sempre era humilhado no Metrô.
O seu personagem mais conhecido foi Jojoca, que repetia para as mulheres tudo o que
Zé das Mulheres
(Lúcio Mauro) falava.

Na dublagem, começou em 1973 na Herbert Richers. É conhecido por dar a voz aos personagens “Magneto” em X-Men tanto nos filmes como no desenho “X-Men Evolution”, Rúbeo Hagrid na saga Harry Potter, J. Jonah Jameson nos filmes do Homem-Aranha de Sam Raimi, repetindo o papel no desenho homônimo, e Dino da Silva Sauro em Família Dinossauro.

Seu último papel fixo na televisão foi um padre na novela Espelho da Vida, que durou até abril de 2019. Fez ainda uma participação especial no Zorra em 2020.

Em 2020, por causa da pandemia de COVID-19, José Santa Cruz se afastou da atuação e da dublagem. Em 2021, sofreu um acidente em casa e machucou a coluna, o que o impediu de retornar depois da pandemia.
🌍
🇧🇷:
Sds:
O Homem das
Reflexões .

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A briga intestina da extrema direita: Por Rui Leitão

A briga intestina da extrema direita:

Por Rui Leitão

Até pouco tempo bolsonaristas e moristas eram parceiros. Afinados ideologicamente. Comprometidos com causas políticas comuns: destruírem o PT e Lula. Ambos contando com o apoio explícito da grande mídia. Bolsonaro surfando na onda até então positiva da Lava Jato e tendo o ex-juiz e os procuradores que integram a força tarefa da operação como cabos eleitorais (Carlos Fernando chegou a confirmar isso numa entrevista na TV). E Moro e a Lava Jato visualizando na eleição de Bolsonaro o alcance de sucesso no projeto de poder que arquitetaram.

Tudo caminhava como haviam planejado. Eleição confirmada e convite a Moro para ser o ministro da justiça do seu governo efetivado. Enfim o lavajatismo chegou ao poder através do seu comandante maior. Nada transparecia a possibilidade de dar errado. Os primeiros meses do ano foram de grandes comemorações. Até que apareceu o The Intercept. A máscara começou a cair comprometendo a festejada união. A fama de paradigmas da moralidade e da ética conquistada pelos integrantes da Lava Jato foi desaparecendo velozmente. No campo do poder judiciário as decisões passaram a ser de absolvição de condenados pela república de Curitiba ou, simplesmente, de anulação de sentenças pronunciadas pelo ex-juiz. O seu protagonismo na cena política nacional já não é o mesmo, pelo crescente descrédito junto à opinião pública. Tanto isso é verdade que o presidente fez a alta aposta de demitir o ministro da justiça, tido por muitos como “imexível”, porque avaliou que sua saída do governo causaria mal menor do que se continuasse na Esplanada dos Ministérios.

Por outro lado, começaram a surgir também as guerrinhas de ciúmes. O presidente, que pode não ser intelectualmente um homem preparado, mas não é burro, percebeu que o seu ministro estava pretendendo vôos mais altos. Sua reeleição enfrentaria disputa dentro do próprio governo. Sentiu que estava na hora de cortar as asas do seu pretenso opositor na eleição presidencial de 2022. A “carta branca” prometida por ocasião do convite logo deixou de ter validade. O ministro perdia força a olhos vistos. Tanto por conta das reações de controle da situação pelo presidente, quanto pelos vazamentos que a opinião pública passou a ter conhecimento, desnudando o “conluio” liderado pelo ministro à época em que comandava a Lava Jato. Até que o rompimento foi oficializado.

Deltan Dallagnol, o segundo na hierarquia da operação Lava Jato, ao perceber a perspectiva do desenlace, começou a dizer que o presidente não estava honrando o compromisso de combate à corrupção feito na campanha eleitoral. Atos de Bolsonaro passaram claramente a demonstrar o seu afastamento da Lava Jato. Ela já não se fazia mais tão necessária para os seus objetivos políticos. Até porque observou que se iniciava o processo de sua desmoralização perante a opinião pública. O desprestígio do então ministro da justiça se revelava a cada dia. O divórcio não tardou. Deltan chegou, inclusive, a ser classificado pelo presidente como um “esquerdista ao estilo Psol” e de ter ligações com Ongs da esquerda. Risível essa qualificação para o procurador chefe da força tarefa. Mas o propósito foi de mandar o recado de que já não tinha mais o mesmo alinhamento político e ideológico.

A verdade é que a extrema direita está dividida. Vive um processo de autofagia. O núcleo ideológico que conquistou o poder está visivelmente desconjuntado. A briga intestina cada vez mais se estabelece, separando os bolsonaristas dos moristas. Não se tornaram apenas adversários políticos, mas inimigos. A novela está só nos primeiros capítulos. Promete muitas novidades.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Rui Leitão, Jornalista, advogado e escritor.