Ataque dos EUA a navio de drogas da Venezuela deixa 11 mortos

Donald Trump confirmou que embarcação ligada ao grupo Tren de Aragua foi destruída em operação militar

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Donald Trump
Reprodução/ Ilustração de Maurilio Oliveira (2024)

Donald Trump

Um ataque militar dos Estados Unidos contra uma embarcação que transportava drogas a partir da Venezuela deixou 11 mortos na manhã desta terça-feira (02) no sul do Caribe, segundo o presidente Donald Trump.

A embarcação, segundo ele, pertencia ao grupo criminoso Tren de Aragua e navegava em águas internacionais quando foi atingida.

Trump afirmou a jornalistas no Salão Oval que os militares estadunidenses “ atiraram contra um barco carregado de drogas ” nas proximidades da Venezuela. “ Muitas drogas naquele barco ”, disse. O presidente acrescentou que recebeu informações sobre a operação pelo general Dan Caine, chefe do Estado-Maior Conjunto.

Mais tarde, em publicação na rede Truth Social, Trump destacou a operação. “ Hoje de manhã, sob minhas ordens, as Forças Armadas dos Estados Unidos realizaram um ataque cinético contra narcoterroristas do Tren de Aragua positivamente identificados na área de responsabilidade do Comando Sul. O TDA é uma Organização Terrorista Estrangeira designada, que opera sob o controle de Nicolás Maduro, responsável por assassinatos em massa, tráfico de drogas, tráfico sexual e atos de violência e terror nos Estados Unidos e no Hemisfério Ocidental. O ataque ocorreu enquanto os terroristas estavam no mar, em águas internacionais, transportando narcóticos ilegais com destino aos Estados Unidos. O ataque resultou em 11 terroristas mortos em combate. Nenhum militar dos EUA foi ferido nesta ação. Que isso sirva de aviso a qualquer pessoa que sequer pense em trazer drogas para os Estados Unidos da América. CUIDADO! Obrigado pela atenção a este assunto!!!!!!!!!!! ”, escreveu.

O texto foi acompanhado de um vídeo aéreo, que mostra um barco em alta velocidade antes de explodir.

Reações e contexto

O secretário de Estado Marco Rubio também comentou a ação. Em publicação no X, afirmou que “ hoje os militares dos EUA realizaram um ataque letal no sul do Caribe contra uma embarcação de drogas que havia partido da Venezuela e estava sendo operada por uma organização designada como narco-terrorista ”.

Ainda não há informações sobre o tipo de droga que estaria sendo transportada.

Desde janeiro, quando voltou à Casa Branca, Trump tem intensificado as medidas contra grupos da América Latina classificados como organizações terroristas ligadas ao tráfico de drogas. Entre eles, além do Tren de Aragua, está o Cartel dos Sóis, apontado por autoridades estadunidenses como vinculado ao presidente Nicolás Maduro e a outros membros do alto escalão militar e de inteligência da Venezuela.

Anteriormente, o governo dos EUA também ofereceu uma recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 273 milhões, na cotação atual) por informações que levem à prisão de Maduro sob acusações de tráfico.

Nos últimos dois meses, forças militares estadunidenses reforçaram a presença no Caribe, com navios adicionais e milhares de fuzileiros navais.

Na segunda-feira, Maduro reagiu às movimentações, prometendo “ declarar uma república em armas ” em caso de ataque, e disse que os deslocamentos militares dos EUA representam “ a maior ameaça vista em nosso continente nos últimos 100 anos ”.




Jovem é assassinado em ataque a tiros em Cabedelo, na Grande João Pessoa

A vítima, identificada como Jeferson Vitoriano Barbosa, de 23 anos, conhecido como “Jefinho”, foi surpreendida enquanto estava em via pública

Atiradores invadem casa e matam homem na Grande João Pessoa
Jovem de 23 anos é morto em ataque a tiros em Cabedelo, na Grande João Pessoa (Foto: Reprodução)

Na manhã deste sábado (24), um homicídio foi registrado na Rua Eriberto de Souza, na comunidade Jardim Jericó, em Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa. A vítima, identificada como Jeferson Vitoriano Barbosa, de 23 anos, conhecido como “Jefinho”, foi surpreendida enquanto estava em via pública.

De acordo com informações, os atiradores fugiram logo após efetuarem os disparos. Moradores acionaram a Polícia Militar ao ouvir o som dos tiros. Ao chegarem ao local, os policiais encontraram o corpo do jovem.

Polícia Civil foi chamada para realizar os procedimentos investigativos, e o local foi isolado para a realização da perícia. As autoridades seguem apurando as circunstâncias do crime e buscando identificar os autores.




OAB-PB repudia ataques da Defensoria Pública à Advocacia Dativa

A Ordem dos Advogados da Paraíba, Seccional Paraíba (OAB-PB), repudiou, nesta quarta-feira (03), declarações da defensora pública-geral do Estado, Madalena Abrantes, que durante uma entrevista a uma emissora de rádio de João Pessoa insinuou supostas irregulares na designação de advogados dativos por parte de magistrados durante audiências. 

O presidente da OAB-PB, Harrison Targino, disse que viu com muita estranheza as declarações da defensora pública-geral, que atacou de forma inadequada instituto da Advocacia Dativa, que tem ajudado na prestação jurisdicional”. “É bom esclarecer que a Advocacia Dativa é a assunção pelo advogado da realização de um ato profissional exatamente pela inoperância de um órgão estatal, que tem a obrigação de fazê-lo. Quando um magistrado convida um advogado para realizar o ato, está fazendo pela inércia que se viu da atuação  do órgão competente”, afirmou.

Harrison Targino acrescentou que “a Advocacia da Paraíba tem dado o melhor de si para realizar a missão enquanto advogado dativo, com muito denoto e muita competência”. “Inclusive, os registros que temos são de muito êxito nessa missão realizada pela Advocacia Paraibana. Nós insistimos na necessidade de respeitar advogado, regulamentar a Advocacia da Ativa, garantir o pagamento devido a profissionais que atuam, sem isso significar nenhum tipo de desapreço à Defensoria Pública, que realiza seu trabalho”, afirmou.

O presidente da OAB-PB também disse estranhar declarações que imputam a juízes a escolha personalíssima de determinados advogados, já que não tem sido essa prática verificada no Judiciário. Harrison Targino lembrou que, “quanto ao tema, a OAB da Paraíba propôs uma regulamentação, durante reunião que contou com presença da Defensoria Pública Geral, da Procuradoria Geral do Estado e a Corregedoria Geral de Justiça para tratar dos critérios de escolha e das formas de pagamentos. “A OAB-PB apresentou propostas específicas e claras acerca dessa regulamentação. Por isso, para mim, foi absolutamente estranho a fala, como posta e como feita pela Defensoria Pública”, destacou. 

“Por fim, lembro que o advogado é indispensável à administração da Justiça e o respeito à atuação do advogado é dever de todos nós. Advocacia merece respeito”, concluiu Harrison Targino.




Ataques de 8 de Janeiro tiveram reflexo na agenda legislativa em 2023




Dois suecos são mortos a tiros em Bruxelas durante jogo entre seleções que foi suspenso

Dois suecos são mortos a tiros em Bruxelas; jogo entre seleções é suspenso

Dois suecos foram mortos a tiros em Bruxelas (foto) nesta segunda-feira (16), enquanto Suécia e Bélgica se enfrentarem na cidade pelas eliminatórias da Eurocopa de 2024. Segundo a Promotoria belga, o atirador conseguiu fugir.

O jogo acabou sendo interrompido antes de as equipes voltarem para o segundo tempo.

A motivação do ataque ainda é desconhecida. Uma porta-voz do Ministério Público informou que já foi aberta uma investigação, incluindo terrorismo entre as hipóteses para o crime.

O jornal belga Het Laatste Nieuws exibiu um vídeo que mostra um homem fugindo em uma moto depois de abrir fogo. Segundo o diário, o mais provável é que as vítimas fossem dois torcedores que estavam em Bruxelas para ver a partida entre seleções.

Após um homem publicar um vídeo nas redes sociais reivindicando o ataque e se identificando como membro do grupo Estado Islâmico, porém, a Bélgica elevou o alerta de ataques terroristas no país ao nível mais alto.

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João Azevêdo defende vacinação em crianças e critica ataques do Governo Federal a funcionários da Anvisa

O governador repudiou diretamente o presidente Jair Bolsonaro por ameaçar técnicos do maior orgão sanitário brasileiro.

Governador João Azevêdo.

O governador João Azevêdo saiu em defesa da vacinação contra Covid-19 em crianças de 5 a 12 anos, devido à aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação ao imunizante da Pfizer. Em entrevista para o programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM, nesna terça-feira (21), o gestor defendeu a competência técnica e o rigor científico do maior orgão sanitário brasileiro na aprovação de vacinas para a população do país.

“Temos que entender que as vacinas passam por um rigoroso processo de análise dentro de uma agência que é uma das melhores do mundo, que é a Anvisa. Nós, brasileiros, estamos enfrentando a pandemia de uma maneira diferenciada de outros países por nossa cultura de se vacinar. Se tivéssemos com percentuais de vacinação mais baixos do que nós temos, teríamos problemas seríssimos com essa nova variante, a Ômicron, que já está no Brasil, mas que não tem atingido a velocidade que está ocorrendo em outros países a contaminação”, disse.

João também criticou os ataques proferidos pelo presidente Jair Bolsonaro e de membros do Governo Federal, que ameaçaram revelar a identidade de funcionários da Anvisa que liberaram a vacinação para essa faixa etária.

“A partir do momento que um presidente da República e que um ministro diz que devem ser publicadas as identidades dos técnicos que aprovaram [a vacina para crianças] e lançam eles ao processo feroz que existe hoje dentro das redes, submetendo-os a um apedrejamento por alguns fanáticos, eu acho que é uma atitude absolutamente incompatível com a democracia e com a história da Anvisa, que tem, ao longo de toda a sua existência, aprovado e colocado vacinas devidamente comprovadas a sua eficácia à disposição”, afirmou.




Presidente do STF diz que Corte está atenta a ‘ataques de inverdades’

Sem citar o presidente da Repúbica, ministro Luiz Fux afirmou que harmonia e independência entre os poderes ‘não implicam impunidade de atos’

Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux
Agência Brasil

Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux
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BRASÍLIA — Num momento em que o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) são alvo de ataques do presidente Jair Bolsonaro , o presidente do STF, Luiz Fux, disse que os ministros da Corte estão atentos a “ataques de inverdades”.

Na abertura do dos trabalhos do segundo semestre de 2021, após o recesso de julho, Fux não citou o nome do presidente da República, mas disse que atitudes assim “corroem sorrateiramente os valores democráticos”.

Em outra crítica, sem citar Bolsonaro diretamente, Fux afirmou que o povo brasileiro não quer polarizações, mas “quer vacina, emprego e comida na mesa”.

— Harmonia e independência entre os poderes não implicam impunidade de atos que exorbitem o necessário respeito às instituições. Permanecemos atentos aos ataques de inverdades à honra dos cidadãos que se dedicam à causa pública.

Atitudes desse jaez deslegitimam veladamente as instituições do país; ferem não apenas biografias individuais, mas corroem sorrateiramente os valores democráticos consolidados ao longo de séculos pelo suor e pelo sangue dos brasileiros que viveram em prol da construção da democracia de nosso país — afirmou Fux.

O discurso de Fux era bastante aguardado em razão dos últimos ataques proferidos por Bolsonaro contra os ministros da TSE. O presidente também disse, na semana passada, que o STF cometeu “crime” ao rebater as afirmações feitas por ele de que a Corte retirou seus poderes ao definir que estados e municípios têm competência concorrente para adotar medidas contra a covid-19.

— O brasileiro clama por saúde, paz, verdade e honestidade. Não deseja ver exacerbados os conflitos políticos; quer a democracia e as instituições em pleno funcionamento. Não quer polarizações exageradas; quer vacina, emprego e comida na mesa. Saibamos ouvir a voz das ruas para assimilarmos o verdadeiro diálogo que o Brasil, nesse momento tão sensível, reclama e deseja — disse o ministro.

Além de Fux, compareceram presencialmente à sessão extraordinária a vice-presidente do STF, ministra Rosa Weber, e os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes. Barroso, que também é o presidente do TSE e defensor do voto eletrônico, tem sido o principal alvo de Bolsonaro.

O presidente da República vem defendendo o voto impresso e neste domingo voltou a ameaçar não haver eleição caso ele não seja adotado.

Desde o ano passado, Bolsonaro repete que o STF tirou os poderes dele para combater os estragos causados pelo coronavírus. Na realidade, o que o tribunal decidiu, em abril do ano passado, foi que estados e prefeituras também teriam autonomia para tomar decisões relacionadas à Covid-19.

Bolsonaro se opôs a medidas que restringem a circulação de pessoas, recomendadas por especialistas para diminuir a proliferação do novo coronavírus. Ao longo da epidemia, ele também defendeu a utilização de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

No discurso, Fux disse que o exercício da presidência do STF nos tempos de “pandemia e dissonâncias” tem sido desafiador, e agradeceu a “colaboração incondicional” dos demais ministros, “que ao meu lado tem unissonamente trabalhado na defesa institucional de nossa democracia e da Suprema Corte do Brasil”.

www.reporteriedoferreira.com.br  Agência O Globo




Temer diz que ataques de Bolsonaro a TSE e STF são ‘inúteis e inconstitucionais’

Ex-presidente ainda disse que a discussão do voto impresso sequer deveria estar pautadaEx-presidente Michel Temer

Agência Brasil

Ex-presidente Michel Temer

O ex-presidente Michel Temer afirmou que os ataques do presidente Jair Bolsonaro ao processo eleitoral, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) são “inúteis e inconstitucionais”. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste sábado (31).

“Claro que, depois de fazer os ataques, ele os nega. É absolutamente inútil e inconstitucional. A Constituição diz que os Poderes são independentes, mas são harmônicos entre si. Toda vez que há desarmonia há uma inconstitucionalidade”, declarou Temer.

O ex-presidente também afirmou que Bolsonaro chegou ao poder com “uma certa onipotência”, o que fez com que ele demorasse a perceber que precisava do Congresso para governar. “Não existe a possibilidade de o presidente comandar tudo. Só comanda com o apoio do Congresso Nacional, e não é apenas porque o presidente queira trazer o Congresso para governar junto, mas porque a Constituição assim o determina. Ele (Bolsonaro) percebeu e começou a tentar trazer o Congresso, que é fundamental para a governabilidade”, comentou, falando sobre a escolha de Ciro Nogueira (PP-PI) para a Casa Civil.

Na entrevista, Temer ainda disse que acredita que vai haver uma terceira via nas eleições presidenciais de 2022, e que isso seria “uma homenagem ao eleitor”. Para ele, um candidato de centro precisa cumprir a Constituição Federal, ter experiência e trazer a ideia de união dos brasileiros. “O Brasil não pode continuar mais com esta guerra entre brasileiros e entre as próprias instituições”, disse o ex-presidente, que acredita que o país vive a maior crise desde a redemocratização.

Temer ainda declarou que a discussão a respeito do voto impresso é inútil. “O voto eletrônico no Brasil serviu de exemplo para outros países. Tecnicamente, não conheço essa questão, mas não vejo como se possa violar a urna eletrônica. Em face do sucesso que se verificou, tenho a sensação de que essa discussão não deveria ser colocada em pauta”.

www.reporteriedoferreira.com.br  / Ig




Ataques a tiros em 2 estados deixam 6 mortos nos EUA

Policiais fecham área de tiroteio em Austin, no Texas (EUA), em 18 de abri de 2021 — Foto: Reprodução/NBC

Dois tiroteios em estados diferentes dos Estados Unidos, Wisconsin e Texas, deixaram ao menos 6 mortos neste domingo (18). Não há relação entre os casos.

O primeiro aconteceu durante a madrugada em um bar no Condado de Kenosha, em Wisconsin. Três pessoas morreram e duas ficaram gravemente feridas.

A polícia local informou que um homem atirou nas pessoas que estavam nesse bar depois de ser convidado a deixar o local (veja vídeo abaixo). O atirador fugiu e ainda não foi localizado.

O segundo tiroteiro aconteceu em Austin, no Texas, próximo a um prédio de escritórios e resultou em três mortes. A polícia de Austin afirma que sabe quem é o atirador, apesar de não ter divulgado sua identidade.

“Embora o suspeito ainda esteja foragido, parece que esta é uma situação doméstica isolada e não há risco para o público em geral”, informou a polícia de Austin em comunicado.

Onda de violência nos EUA

Em um mês, entre 16 de março e 17 de abril, foram registrados sete tiroteios em sete cidades diferentes nos Estados Unidos. Na soma, 41 pessoas foram mortas.

Eleito no fim do ano passado, o presidente americano, Joe Biden, quer restringir o acesso a armas.

Ele anunciou medidas para tentar controlar o que chamou de “epidemia de violência com armas de fogo” no país.

Biden quer dificultar o acesso às “armas fantasmas”, que podem ser montadas em casa e não têm número de rastreio.

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Covid-19: Lira quer reunião com governadores após ataques de Bolsonaro a medidas restritivas

Os governadores foram chamados para uma conversa virtual com o presidente da Câmara dos deputados, Arthur Lira (PP-AL) na próxima semana. Na pauta estão as questões relacionadas à pandemia diante do aumento de casos e mortes por Covid-19.

Lira destacou que pretende fazer uma teleconferência com os gestores, junto com o relator-geral da proposta de Orçamento da União de 2021, senador Márcio Bittar (MDB-AC), e a presidente da Comissão Mista de Orçamento, deputada Flávia Arruda (PL-DF), para ouvir propostas sobre como o Orçamento da União pode ajudar na superação da pandemia.

Nas redes sociais, Lira destacou que “Neste momento em que inúmeros governadores estão tendo que tomar a difícil decisão do lockdown, é hora de contribuir, buscando novas alternativas e novas vias legais para, juntos, mitigarmos essa crise. Também ouvirei os governadores sobre sugestões legislativas emergenciais para tramitarem em caráter de urgência, que possam ser adotadas, respeitando o teto fiscal, com o objetivo de enfrentar os efeitos da Covid 19. Com o recrudescimento e nova onda da pandemia, quero  chamar todos os governadores para contribuírem com sugestões na formulação do orçamento geral da União”, disse.

A proposta vem um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro atacar os chefes de Executivo dos Estados e tentar chantagear com a liberação do auxílio emergencial, devido às medidas restritivas que estão sendo adotadas em meio ao pior momento da pandemia no Brasil.

Bolsonaro fala abertamente contra as medidas restritivas, prega o negacionismo e informações falsas que prejudicam o combate à doença. O presidente comentou em discurso durante aglomeração no Ceará, que “esses que fecham tudo e destroem empregos estão na contramão daquilo que seu povo quer” e acrescentou: “Não me critiquem, vá para o meio do povo mesmo depois das eleições porque durante as eleições é muito fácil. Eu quero ver é depois.”, afirmou instigando a desobediência às norma de proteção contra a doença.

Ainda na sexta-feira (26), Bolsonaro discursou em Fortaleza, transferindo para os governadores que adotam medidas restritivas o pagamento do auxílio emergencial, que na teoria seria uma medida exatamente para que as pessoas não sejam obrigadas a sair de casa para ter como sobreviver durante um possível lockdown.

“O auxílio emergencial vem por mais alguns meses e, daqui para frente, o governador que fechar seu estado, o governador que destrói o emprego, ele é que deve bancar o auxílio emergencial. Não pode continuar fazendo política e jogar para o colo do presidente da República essa responsabilidade”, disse Bolsonaro.

Em sua live de quinta-feira (25), o presidente disse que o governo deve pagar, a partir de março, uma nova rodada do benefício. Agora, seriam R$ 250, durante quatro meses.

Bolsonaro pretende vincular a aprovação do benefício à retirada da obrigatoriedade de investimentos em Educação e Saúde, por exemplo. Ele espera a aprovação da PEC Emergencial, que ficou para a próxima semana, antes de enviar uma proposta de nova rodada de auxílio emergencial.

O governador do Ceará, Camilo Santana, não compareceu aos eventos com Bolsonaro, ele alegou que não compactua com as aglomerações no momento em crítico que o estado passa. O Ceará registra um total de 11.227 mortes e 421.763 casos. Em fevereiro, Fortaleza registrou a maior média diária preliminar de casos confirmados de coronavírus, segundo informe semanal epidemiológico da Secretaria Municipal de Saúde – até o dia 20, a média diária preliminar atingiu 664 casos, um aumento de cerca de 40%.

O estado adotou restrições mais severas a partir deste fim de semana. Entre as medidas, foi imposto um toque de recolher entre 20h e 5h, de segunda a sexta-feira, e entre 19h e 5h aos sábados e domingos. A circulação está permitida somente em situação de comprovada necessidade.

Com informações da Agência Câmara de Notícias, Folha de S. Paulo e G1.

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