Aliados de Bolsonaro travam pauta no Congresso e impedem votações

Deputados e senadores da oposição ocuparam as mesas dos plenários com esparadrapos nas bocas em prol do chamado “pacote da paz”

|

Aliados de Bolsonaro travam pauta

Aline Brito/Portal iG

Aliados de Bolsonaro travam pauta

Os parlamentares aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro(PL) iniciaram, na tarde desta terça-feira (5), uma movimentação de obstrução no Congresso Nacional.

Deputados e senadores do Partido Liberal(PL) e de siglas aliadas à oposição ocuparam as mesas dos plenários da Câmara e do Senado, com esparadrapos nas bocas e nos olhos, em manifestação contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), de decretar a prisão preventiva de Bolsonaro.

Todas essas matérias beneficiam Bolsonaro diante da ação penal em curso no STF que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado que levou aos ataques aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro, e do inquérito aberto pela Suprema Corte a pedido da Procuradoria-Geral da República ( PGR) para averiguar a atuação do filho do ex-presidente, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), nos Estados Unidos.

“Estamos em obstrução total na Câmara e também no Senado, e nós não vamos recuar enquanto não houver caminhos para a pacificação. Há uma coordenação centralizada e, a partir de agora, nós estamos nos apresentando para a guerra. Se é guerra que o governo quer, guerra o governo terá. Não haverá paz no Brasil enquanto não houver discurso de conciliação que passa pela anistia, pelo fim do foro privilegiado e pelo impeachment do ministro Alexandre de Moraes” , declarou o deputado Sóstenes Cavalcante(PL), líder do Partido Liberal na Câmara.

Durante toda a tarde, os parlamentares se apoderaram dos assentos nos plenários e impediram o início das sessões deliberativas. Os deputados e senadores também atrapalharam o andamento de votações e discussões nas Comissões Permanentes das Casas. A iniciativa gerou embate entre a oposição e os congressistas governistas, que tentaram dar continuidade aos trabalhos legislativos, mas foram impossibilitados.

“O que está acontecendo hoje no parlamento é inaceitável. Ninguém pode parar, pela força, a atividade parlamentar, os trabalhos legislativos. Isso é uma continuidade do processo de golpe, isso é mais um ataque às instituições. Teve o 8 de janeiro e parece que eles continuam com a mesma linha, de atacar todas as instituições, de fazer um movimento que só tem um objetivo: tentar livrar a cara de Bolsonaro” , avaliou o deputado Lindbergh Farias(PT), líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara.

Os deputados da base governista afirmaram que vão protocolar no Conselho de Ética de Decoro Parlamentar da Câmara representações contra os parlamentares que estão ocupando o plenário da Casa Baixa e impedindo a continuidade das atividades legislativas.




PGR pede condenação de Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe

Alegações finais apresentadas ao STF detalham plano para manter o grupo no poder

Por

Atualizada às 

Bolsonaro STF
Gustavo Moreno/STF

Bolsonaro STF

Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou no Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (14), as alegações finais de ação pedindo a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de sete de seus principais aliados,  por planejarem um golpe de Estado para mantê-lo no poder e impedir a posse do governo eleito, em uma trama que culminou nos atos de 8 de janeiro de 2023.

No documento, o procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, afirma que a denúncia se baseia em um robusto conjunto de provas, como manuscritos, arquivos digitais, trocas de mensagens e planilhas, que revelam a existência de uma organização criminosa com o objetivo de subverter a ordem democrática.

Segundo Gonet, a denúncia ” não pode ser analisada como narrativa de fatos isolados, mas, antes, há de ser contemplada como relato de uma sequência significativa de ações voltadas para finalidade malsã, aptas, na soma em que se integram, para provocar o resultado que a legislação penal pune “.

As investigações, detalhadas no documento, apontam que o grupo, liderado por Jair Bolsonaro, desenvolveu um plano sistemático de ataque às instituições, com o objetivo de ” promover a ruptura da ordem democrática no Brasil “.

A estratégia incluía a disseminação de desinformação sobre o sistema eleitoral, o uso da estrutura do Estado para fins ilícitos e a incitação de uma insurreição popular.

Um dos pontos da acusação é a elaboração de minutas de decretos que previam a prisão de autoridades, como o ministro do STF Alexandre de Moraes, e a anulação das eleições.

O texto aponta que, em uma reunião em 5 de julho de 2022, Bolsonaro e seus ministros discutiram abertamente a necessidade de agir contra o processo eleitoral.

Na ocasião, o então presidente teria dito: ” Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar ele vai vim falar para mim porque que ele não quer falar “.

O papel de cada um

A PGR detalha a participação individual dos principais acusados. Jair Bolsonaro é apontado como o líder da organização, que ” instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições “.

Walter Braga Netto, então ministro da Defesa e candidato a vice, é descrito como peça central na articulação com militares e na pressão por um golpe. Ele teria afirmado que, se os Comandantes não aderissem, ” ele abre o jogo e viramos com ele “.

Anderson Torres, como Ministro da Justiça, teria atuado para dar suporte jurídico e operacional à trama, além de ter sido encontrado com uma das minutas de decreto golpista em sua residência.

Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), é acusado de participar ativamente do planejamento, inclusive sugerindo a infiltração de agentes em campanhas eleitorais.

Mauro Cid, ajudante de ordens, é classificado como o homem mais próximo do presidente e peça-chave na engrenagem, atuando como porta-voz e articulador das ações.

Alexandre Ramagem, na direção da ABIN, teria usado a agência para espionar adversários políticos. Almir Garnier, então comandante da Marinha, teria colocado suas tropas à disposição do plano, enquanto Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, teria atuado para retardar a divulgação de relatórios que atestavam a lisura das urnas.

Condenação e reparação

A PGR pede a condenação dos acusados por uma série de crimes, incluindo organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Além das penas de prisão, o documento solicita a fixação de um valor mínimo para a reparação dos danos materiais e morais causados à União.

Próximos passos

Com a manifestação da PGR, teve início o prazo de 15 dias para que a defesa de Mauro Cid, delator no caso, apresente suas alegações finais ao STF. Na sequência, os demais réus também terão o mesmo período para se manifestar.

Encerrada essa etapa, caberá à Primeira Turma do Supremo marcar a data do julgamento. Segundo a Agência Brasil, nos bastidores da Corte, a expectativa é de que ele ocorra em setembro deste ano.




Cícero Lucena anuncia retorno de aliados do PSB ao governo e fala sobre mudanças na administração

Segundo Cícero, não há regra específica para remanejamentos de aliados e pode ocorrer conforme as necessidades da administração.

O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), declarou em entrevista ao programa Arapuan Verdade que o ex-aliados filiados ao Partido Socialista Brasileiro (PSB) estão de volta à administração da capital paraibana e comentou sobre a possibilidade de uma reforma administrativa.

Segundo Cícero, não há regra específica para remanejamentos de aliados e pode ocorrer conforme as necessidades da administração. “[Os aliados] já estão de volta. A reforma eu vou fazer depois de dialogar com todos aqueles que nos apoiaram”, explicou Cícero.

“Posso fazer troca, remanejamento. Não tem regra para isso”, falou Cícero sobre uma possível reforma administrativa

| ASSISTA AO ARAPUAN VERDADE DE HOJE:

www.reporteriedoferreira.com.br/clickpb



João Azevêdo diz que eleições mostraram que polarização não é saudável e partidos precisam rever forma de se comunicar

João Azevêdo acredita que a polarização não é saudável para o país.

governador, joao azevedo

O governador João Azevedo fez balanço do último pleito

O governador João Azevedo fez balanço do último pleito e disse que eleições municipais mostraram que a polarização política entre a esquerda e a direita não é saudável para o país. Ele disse ainda que partidos terão que rever a forma de se comunicar com a população.

“Eu acredito realmente que essa questão dos extremos não é saudável para o país. A população está preocupada com os seus problemas. Tem que ter em mente que todos os partidos de forma geral precisarão rever a sua forma de comunicação”, avaliou.

www.reporteriedoferreira.com.br/clickpb




Aliados de Hugo Motta esperam gesto de apoio de Lula à sua candidatura




Aliados de Romero Rodrigues anunciam apoio a João Azevêdo

O governador João Azevêdo (Cidadania) se reuniu no fim da tarde dessa quarta-feira (19) com aliados do ex-prefeito Romero Rodrigues, em João Pessoa.

Participaram da reunião, a secretária Eva Gouveia, o ex-secretário de Saúde de Campina, Felipe Reul, e vereadores aliados de Romero, como Pimentel Filho (PSD), Teles Albuquerque (PSD) e Dra. Carla (PSD). Todos anunciaram apoio à reeleição de João.

O encontro aconteceu logo após ser tornada pública a decisão da Ana Cláudia Vital do Rêgo, esposa do senador Veneziano Vital do Rêgo, entregar o cargo.

 




Pazuello está “atrapalhando” e limitando ações de Queiroga, dizem aliados

Parlamentares e assessores presidenciais veem Pazuello restringindo ações de Marcelo Queiroga

Marcelo Queiroga, novo ministro da Saúde; cardiologista tem seguido cartilha semelhante à de Pazuello e alinhada ao discurso de Jair Bolsonaro
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Marcelo Queiroga, novo ministro da Saúde; cardiologista tem seguido cartilha semelhante à de Pazuello e alinhada ao discurso de Jair Bolsonaro

Assessores presidenciais do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avaliam que o ex-ministro da saúde, General Eduardo Pazuello, estaria atrapalhando o novo comandande da pasta , Marcelo Queiroga . O militar estaria “vigiando” Queiroga para que ele siga a mesma que estava sendo utilizada pela pasta. As informações são do colunista Valdo Gruz, da GloboNews .

A proximidade de Pazuello estaria tirando a liberdade do cardiologista Marcelo Queiroga de delinear seu próprio plano de combate à pandemia.

Congresso também não tem visto o início de gestão de Queiroga com bons olhos. Segundo apuração do colunista, paralmentares veem o novo ministro da Saúde com o “freio de mão puxado” em um momento em que medidas devem ser tomadas com rapidez em meio ao avanço alarmante da Covid-19.

Os parlamentares também estariam preocupados com a queda do apoio popular de Bolsonaro. Com a última pesquisa realizada pelo Datafolha que revelando que 54% dos brasileiros reprovam a atuação do presidente , congressistas acreditam que não adianta mudar o comandante da pasta, como também é preciso mudar as ações de combate à pandemia com rapidez

www.reporteriedoferreira.com.br    Por Ig