Terremoto registrado no Afeganistão deixa mais de 2 mil mortos e 9 mil feridos

Terremoto registrado no Afeganistão deixa mais de 2 mil mortos e 9 mil feridos

Terremoto de magnitude 6,3 ocorreu no sábado (7), 40 quilômetros a oeste da cidade de Herat, na província ocidental de Herat – a terceira maior do Afeganistão.

Terremoto deixou rastro de destruição (Foto: Reprodução/Twitter/@KhaledBeydoun)

Cerca de 2.000 pessoas morreram depois que um poderoso terremoto atingiu o oeste do Afeganistão, disse o Talibã neste domingo (8), enquanto o país se recupera de outro desastre natural em um momento de profunda crise econômica.

O terremoto de magnitude 6,3 ocorreu no sábado (7), 40 quilômetros a oeste da cidade de Herat, na província ocidental de Herat – a terceira maior do Afeganistão.

Abdul Wahed Rayan, um alto funcionário do Talibã do Ministério da Informação e Cultura, disse à CNN que estimam que cerca de 2.000 pessoas foram mortas. Mas ele alertou que o número pode aumentar com as operações de resgate em andamento e as pessoas ainda presas sob os escombros.

O terremoto inicial também foi sentido nas províncias vizinhas de Badghis e Farah e foi seguido por vários tremores secundários.

Janan Sayeeq, porta-voz do Ministério de Desastres, disse à Reuters que 2.053 pessoas morreram, 9.240 ficaram feridas e 1.329 casas foram danificadas ou destruídas.

Avaliações anteriores da ONU indicaram um número menor de cerca de 100 mortos e 500 feridos. Cerca de 500 casas foram destruídas e 135 edifícios danificados, disse o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

“No total, 4.200 pessoas (600 famílias) foram afetadas até o momento”, disse o OCHA.

As imagens mostraram enormes montes de destroços e escombros após o desabamento de edifícios. Multidões de sobreviventes se reuniram nas ruas em busca de segurança.

“Mahal Wadakah é considerada a aldeia mais afetada”, disse a ONU, relatando pelo menos 20 mortes. Outras áreas gravemente afetadas incluem Dasht Hows, Bahadorzai, Zoryan e Koshkak, acrescentou.

“Além disso, estima-se que 300 famílias (cerca de 2.100 pessoas) foram deslocadas para a cidade de Herat, onde vivem em edifícios abandonados.”

O Afeganistão sofreu danos significativos devido a uma série de terremotos recentes, no meio de uma terrível crise econômica e de fome, que matou e deslocou dezenas de milhares de pessoas.

O país é há muito tempo um dos mais pobres da Ásia e tem sido devastado por conflitos há décadas. Mas a sua capacidade de responder a desastres naturais foi ainda mais dificultada desde que os talibãs tomaram o poder em 2021, após a caótica retirada dos EUA, um evento que viu muitos grupos de ajuda internacionais retirarem-se.

Também levou Washington e os seus aliados a congelar cerca de 7 bilhões de dólares das reservas estrangeiras do país e a cortar o financiamento internacional. A situação paralisou uma economia já fortemente dependente da ajuda.

Na semana passada, o Banco Mundial alertou que dois terços das famílias afegãs enfrentam atualmente “ desafios significativos na manutenção dos seus meios de subsistência ”.

Isto torna muito mais difícil para os afegãos recuperarem dos terremotos, que são um fenómeno regular num país que frequentemente sofre atividades sísmicas.

Um terremoto mortal em Março atingiu o nordeste do Afeganistão, fazendo com que os residentes fugissem das suas casas, ao mesmo tempo que derrubou edifícios inteiros e provocou deslizamentos de terra devastadores.

Os tremores também foram sentidos em várias grandes cidades do Paquistão e em lugares tão distantes quanto a capital indiana, Nova Delhi.

Um terremoto de magnitude 5,9 em Junho passado nas províncias orientais de Paktika e Khost, na fronteira com o Paquistão, matou mais de mil pessoas e fez com que grupos de ajuda se esforçassem para chegar às vítimas e sobreviventes em áreas afetadas por infraestruturas precárias.

O terremoto coincidiu com fortes chuvas e ventos que dificultaram enormemente os esforços de busca e viagens de helicóptero.

E um terremoto de magnitude 5,6 em 17 de janeiro de 2022 atingiu Badghis, outra província ocidental perto de Herat, na fronteira com o Turcomenistão, matou mais de 20 pessoas e reduziu centenas de casas de tijolos a escombros.




Afeganistão: Talibã proíbe mulheres de viajar sem a presença de homens

Nos últimos dias, o grupo proibiu as mulheres de aparecer “em novelas e séries”; quem trabalha como jornalistas terá de usar um “véu islâmico” na frente das câmaras

Talibã, grupo extremista tomou o poder no Afeganistão
Reprodução: getty images

Talibã, grupo extremista tomou o poder no Afeganistão

O grupo fundamentalista  Talibã, que retomou o poder no Afeganistão em 15 de agosto deste ano, anunciou neste domingo (26) mais uma restrição para mulheres: elas não poderão viajar sem o acompanhamento de um “homem da família”.

Segundo a ordem dada pelo Ministério da Promoção das Virtudes e da Prevenção de Vícios, elas só poderão andar sozinhas em uma área de até 70 quilômetros de suas residências. Além disso, há a “recomendação” para que motoristas (seja de táxis ou ônibus) não aceitem mulheres “sem véu islâmico” em seus veículos.

Essa é a enésima vez que o grupo fundamentalista retira direitos das mulheres que, nos últimos dias, também foram proibidas de aparecer “em novelas e séries” e que, aquelas que trabalham como jornalistas, usem um “véu islâmico” na frente das câmaras.

Ao reassumir o poder, o Talibã fez uma série de anúncios de que não retirariam os direitos das mulheres conquistados durante os 20 anos da ocupação norte-americana e que não fariam um governo igual ao seu anterior, entre 1996 e 2001.




Afeganistão: ataque terrorista em mesquita mata 32 pessoas

Entre os sobreviventes, estão 53 feridos; segundo testemunhas locais, homens-bomba estariam por trás de ataque

Afeganistão: ataque terrorista em mesquita mata 32 pessoas
Reprodução: iG Minas Gerais

Afeganistão: ataque terrorista em mesquita mata 32 pessoas

Uma explosão em uma mesquita do ramo xiita do Islã na cidade de Kandahar, no Sul do Afeganistão , deixou pelo menos 32 mortos e 53 feridos nesta sexta-feira (15). Os números, ainda preliminares, foram confirmados por médicos à AFP. O ataque ao templo ocorre extamente uma semana após um atentado reinvidicado pelo Estado Islâmico que deixou cem mortos e feridos em uma mesquita de Kunduz.

Uma testemunha disse à agência de notícias AP que viu quatro homens-bomba atacaram a mesquita. Dois detonaram os explosivos em um portão de segurança, permitindo que os outros dois corressem para dentro e atacassem os fiéis que estavam no local.

No Twitter, o porta-voz do Ministério do Interior, Qari Sayed Khosti, lamentou a ocorrência: “Ficamos tristes ao saber que uma explosão ocorreu em uma mesquita da Irmandade Xiita no primeiro distrito da cidade de Kandahar, na qual vários de nossos compatriotas foram martirizados e feridos. Forças especiais do Emirado Islâmico chegaram à área para determinar a natureza do incidente e levar os perpetradores à justiça.”, escreveu.

O braço afegão do EI, conhecido pela sigla em inglês Isis-K, é inimigo do Talibã, que retomou o poder do país em agosto. O grupo também foi responsável pelo atentado no aeroporto de Cabul que matou 180 pessoas no final de agosto, às vesperas da conclusão da retirada dos militares americanos que ocuparam o Afeganistão durante 20 anos.

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Agência O Globo



Atentados no Afeganistão matam duas pessoas e deixam outras 19 feridas

Ao menos duas bombas tinham veículos do Talibã como alvo

Atentados deixam mortos no Afeganistão
Reprodução / NY Post

Atentados deixam mortos no Afeganistão

Neste sábado (18), pelo menos duas pessoas morreram e outras 19 ficaram feridas em diversos ataques com bomba na cidade de Jalalabad, no leste do Afeganistão , informou um responsável dos hospitais e mídias locais. As informações são da agência de notícias AFP .

De acordo com as fontes, ao menos duas bombas tinham veículos das forças de segurança do Talibã como alvo, sendo os primeiros ataques que tiveram vítimas desde quando o  grupo extremista tomou poder no país.

AFP informou ter recebido uma imagem que mostra um veículo verde da polícia com a bandeira do Talibã, com o capô completamente deformado em meio aos escombros.




Último avião norte-americano deixa o Afeganistão

Informação foi confirmado pelo Pentágono

Kenneth F. McKenzie Jr.
Divulgação

Kenneth F. McKenzie Jr.

O último avião norte-americano com civis, militares e autoridades dos EUA deixou Cabul, capital do Afeganistão, no final da tarde desta segunda-feira, 30 (horário de Brasília). A informação foi divulgada pelo Pentágono, por meio de uam entrevista concedida pelo comandante central dos Estados Unidos, Kenneth F. McKenzie Jr.

A saída dos norte-americanos do país já havia sido anunciada pelo presidente Joe Biden, logo após a tomada de Cabul pelo grupo extremista Talibã.

Mais cedo,  defesas antimísseis dos Estados Unidos interceptaram ao menos cinco foguetes lançados contra o aeroporto de Cabul , na madrugada desta segunda-feira. O incidente ocorreu na reta final da retirada dos combatentes americanos e de seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que pôs fim à duas décadas de invasão no país da Ásia Central e à guerra mais longa da História americana.

Segundo a mídia afegã, o ataque foi lançando da parte posterior de um veículo e vários foguetes atingiram diferentes partes de Cabul. Em um comunicado, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, confirmou a inteceptação, mas disse que as operações no aeroporto “continuaram sem interrupção” – até serem finalizadas no final desta tarde. Não houve relatos de mortos ou feridos.

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Afeganistão: ‘Cristãos secretos’ correm risco sob governo do Talibã

Estimativas contabilizam de 1 mil a 8 mil muçulmanos se converteram ao cristianismo e ainda habitam o país afegão

'Cristãos secretos' estão em risco no Afeganistão sob o Talibã
O Antagonista

‘Cristãos secretos’ estão em risco no Afeganistão sob o Talibã

Estimativas sobre a quantidade de cristãos vivendo no Afeganistão –  que não terá seu novo governo reconhecido pela União Européia – oscilam entre 1 mil e 8 mil. Todos eles eram muçulmanos e se converteram ao cristianismo. Como o islamismo proíbe que seus fiéis abandonem a religião — o que é considerado crime de apostasia —, esses cristãos se reúnem clandestinamente em grupos pequenos, de até dez pessoas, dentro de suas casas. Não revelam a própria fé e seus líderes mudam de cidade com frequência. Em outros países, eles são conhecidos como “cristãos secretos“.

“Quando os familiares ou os vizinhos descobrem que um afegão se converteu ao cristianismo, isso é considerado uma desonra muito grande. Eles então tentam reconverter a pessoa à força. Em alguns casos, isso acaba em morte“, diz Marco Cruz, secretário-geral da Portas Abertas no Brasil, uma ONG que ajuda cristãos perseguidos pelo mundo.

Em um ranking dos países mais perigosos para os cristãos feito pela organização, o Afeganistão só fica atrás da Coreia do Norte. Isso ocorre porque, na Coreia do Norte, não é possível sair do país, enquanto no Afeganistão isso ainda era viável até pouco tempo atrás.

Com a tomada de poder no Afeganistão pelo grupo terrorista islâmico Talibã (foto), a situação desses cristãos secretos ficou ainda mais perigosa.

“Eles já viviam em uma situação de muita tensão, e os relatos que temos recebido nos últimos dias indicam que a expectativa é que tudo fique ainda pior“, diz Marco Cruz.

Cruz é cético em relação à tentativa de o grupo se parecer moderado, como a promessa de que permitirá às mulheres estudar e trabalhar, mas “dentro dos limites da lei islâmica“.

“O que isso significa na prática é que, se o marido não autorizar, a esposa não poderá sair de casa“, diz. “É muito difícil acreditar nos discursos de moderação do Talibã. Nós oramos para que ocorra uma melhora, mas o histórico do grupo não nos deixa muito otimista. Além disso, sabemos o que ocorre quando a lei islâmica é implementada.”

No domingo, 15, dia em que o Talibã tomou o controle do país, a organização humanitária Cáritas, ligada à Igreja Católica, anunciou a suspensão de suas atividades no Afeganistão. “Estão crescendo os temores sobre a possibilidade de manter uma presença no futuro, bem como pela segurança dos poucos afegãos de fé cristã”, disse a Cáritas em um comunicado.

Padres jesuítas que estavam no país desde 2004 estavam buscando voar para a Índia. Como os voos foram cancelados, dois deles tiveram de voltar para suas casas e interromperam suas atividades. Quatro freiras estão na mesma situação.

“Eles (os talibãs) não estão fazendo mal aos civis no momento, mas isso acontecerá assim que eles capturarem totalmente todos os sistemas do país”, disse o padre Jerome Sequeira, chefe da Missão Jesuíta no Afeganistão, em um comunicado.

Sequeira disse que o Talibã tem uma lista de todos os funcionários das organizações que atuavam no país. “Em alguns lugares, eles começaram a fazer perguntas de porta em porta sobre as pessoas e as organizações para as quais trabalham”, disse o padre.

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Crusoé



Avião superlotado que saiu do Afeganistão tinha 823 passageiros, diz Pentágono

Estimativa inicial de 640 afegãos omitiu crianças a bordo; foto do gigante C-17 Globemaster III após tomada de Cabul pelo Talibã rodou o mundoAvião superlotado no Afeganistão

Reprodução

Avião superlotado no Afeganistão

A aeronave militar dos EUA cuja foto rodou o mundo,  devido ao número de afegãos que fugiram amontoados em seu interior após a tomada de Cabul pelo Talibã no domingo, transportava 823 passageiros, disse o Pentágono nesta sexta-feira.

O comando aéreo militar americano explicou que a estimativa inicial de 640 afegãos que fugiram sentados no chão duro do gigante C-17 Globemaster III — normalmente usado para carregar cerca de 100 pessoas — omitiu as crianças a bordo.

A contagem inicial foi feita tomando como referência o número de assentos ocupados nos ônibus que levavam passageiros ao C-17 e deixavam de lado todas as crianças sentadas no colo dos adultos, explicou no Twitter.

O avião, que seguiu para o Qatar, “transportou com segurança 823 cidadãos afegãos do aeroporto Hamid Karzai em 15 de agosto de 2021. Isso constitui um recorde para esta aeronave”, disse o comando do Pentágono. O número de tripulantes a bordo não foi especificado.

Segundo a publicação Defense One, a pressão dos afegãos para deixar o país no domingo levou a tripulação a decidir por fazer o voo sem que os passageiros fossem revistados.

“Temos mulheres, crianças e vidas de pessoas em risco, não se trata de capacidade ou regras e regulamentos, é sobre o treinamento e as diretrizes que fomos capazes de manejar para garantir que poderíamos tirar [do país] tantas pessoas de forma segura e efetiva”, disse o tenente-coronel Eric Kut, que comandou o voo.

Aeronaves desse tipo costumam ser utilizadas para transportar equipamentos pesados ou algumas centenas de soldados, além de caixas pesadas com armas e pertences.

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Talibã toma Cabul e americanos deixam embaixada de helicóptero

Presidente do Afeganistão, Asraf Ghani, já deixou o país

Talibã entra em Cabul e americanos deixam embaixada de helicóptero
O Antagonista

Talibã entra em Cabul e americanos deixam embaixada de helicóptero

O grupo terrorista Talibã entrou neste domingo, 15, em Cabul, a capital do Afeganistão . Diplomatas da embaixada americana foram levados por helicópteros militares para o aeroporto, onde há relatos de incêndios. A bandeira americana que estava no prédio já foi retirada.

Na manhã deste domingo, o Talibã divulgou um comunicado dizendo que não tinha intenção de entrar militarmente na cidade, mas que a saída de policiais, de membros das forças de segurança e de integrantes do governo deixou a população sem proteção, o que teria justificado a entrada. “Os cidadãos de Cabul não devem sentir medo dos mujahideen“, escreveu o grupo. “Nenhum mujahideen tem permissão para entrar na casa das pessoas, para assediar ou irritar alguém.”

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Ataque em universidade deixa pelo menos 22 mortos no Afeganistão

 

Até o momento, nenhum grupo assumiu autoria do ataque. 22 ficaram feridos

Forças de segurança chegam à Universidade de Cabul

Um grupo de homens armados invadiram a universidade de Cabul, no afeganistão, em um ataque deixou 22 mortos e 22 feridos. De acordo com informações do governo, três agressores foram mortos em confronto.

Segundo relato de um estudante da universidade, que tem cerca de 17 mil alunos, o grupo estava armado com pistolas e fuzis. No momento do confronto, uma feira de livros ocorria no campus.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque. O Talibã, que atualmente participa de negociações de paz com o governo do Afeganistão, negou o ataque.

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