Ex-ministro chama Bolsonaro de ‘cafetão’ por pedir doações em Pix

A campanha lançada por aliados de Jair Bolsonaro que pede doações via Pix para cobrir as multas determinadas pela Justiça ao ex-presidente motivou críticas duras por parte de Abraham Weintraub, que foi ministro da Educação no governo passado.

“Vamos lá, tchutchucas do centrão! O cafetão precisa do seu Pix! Liberem todo esse patriotismo de vocês…”, escreveu ele no Twitter, na noite de ontem. A postagem tem como ilustração a foto de mulheres em local que seria um ponto de prostituição.

Na postagem logo abaixo, ele faz uma enquete, na qual pergunta “O que é pior?” e dá duas alternativas para resposta: “ladrão” ou “cafetão”.

Em outro tuíte, Weintraub pergunta: “Venderá alguma das várias mansões da família Bolsonaro? Ou as jóias, as barras de ouro rose, um relógio? Trará os dólares dos Estados Unidos? Pegará mais dinheiro com o Valdemar? Não! Ele quer PIX!”.

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) iniciaram uma campanha nesta sexta-feira (23) para pedir doações por Pix ao ex-presidente. Eles alegam que Bolsonaro é vítima de “assédio judicial” e que precisa de ajuda para pagar “diversas multas em processos absurdos”.

Após deixar a Presidência, Bolsonaro passou a acumular rendimentos mensais que ultrapassam R$ 86 mil. O valor inclui salários de presidente de honra do PL e aposentadorias de militar e deputado.




Carlos Alberto Decotelli é nomeado ministro da Educação

Anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (25) pelas redes sociais do presidente

Carlos Alberto Decotelli

Reprodução Facebook

Delocotelli substituirá Abraham Weintraub no comando da pasta.

Uma semana após a saída de Abraham Weintraub , o presidente Jair Bolsonaro anunciou a nomeação de Carlos Alberto Decotelli para o Ministério da Educação . Anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira (25) pelas redes sociais do presidente. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União .

Decotelli é professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e foi presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) entre fevereiro e agosto de 2019. Depois que deixou a presidência do fundo, Decotelli foi para a Secretaria de Modalidades Especializadas do Ministério da Educação.

O novo ministro é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre pela FGV, doutor pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Universidade de Wuppertal, na Alemanha.

Decotelli é o terceiro ministro da Educação do governo Bolsonaro. Antes dele, Vélez Rodriguez e Abraham Weintraub ocuparam o comando da pasta. Especialistas acreditam que a escolha de Decotelli possa apaziguar a relação entre os Poderes.

Matéria em atualização

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Abraham Weintraub anuncia saída de Ministério da Educação; assista

Abraham Weintraub havia assumido o Ministério da Educação em abril de 2019, substituindo Ricardo Vélez Rodríguez. Ele ficou 434 no cargo

Abraham Weintraub

Claudio Reis / FramePhoto / Agência O Globo – 29.7.19

Ministro da Educação, Abraham Weintraub

Após alguns dias na corda bamba , o ministro da Educação , Abraham Weintraub, anúnciou nesta quinta-feira (18) pelo Twitter que deixará a pasta para ocupar um cargo no Banco Mundial. Ele assumiu a pasta em 9 de abril de 2019 e ficou 436 no cargo, após ter substituído o filósofo Ricardo Vélez Rodríguez.

A permanência de Weintraub no ministério ficou instável após ele ter virado  alvo de um inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga fake news e ataques contra a corte.

Em uma reunião com Bolsonaro e outros ministros , em 22 de abril, Weintraub afirmou que “por mim, colocava todos os vagabundos na cadeia, começando pelo STF”. A frase aumentou as tensões entre o Supremo e o Planalto.

Além do inquérito de ataques contra o STF , o ex-ministro também é alvo de investigação sobre uma publicação que fez no Twitter com abordagem racista contra chineses .

Mas a pressão pela queda de Weintraub aumentou no último domingo (14), quando o ex-ministro participou de uma manifestação pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo .

Na segunda-feira, Jair Bolsonaro (sem partido) teria pedido a ministros e assessores próximos sugestões de nomes para substituir o ministro da Educação, segundo a emissora CNN Brasil.

No mesmo dia, Bolsonaro também afirmou que Weintraub não foi “prudente” ao ir ao ato de domingo e que esse é um problema que ele estava tentando “solucionar”.

Veja o anúncio de Weintraub:

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Em reunião com ministros, Bolsonaro critica STF e ameaça resistir a decisões da corte

Publicado por: Gerlane Neto em 

csm bolsonaro live arabia e556f8c42e - Em reunião com ministros, Bolsonaro critica STF e ameaça resistir a decisões da corte

Irritado com a operação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) que atingiu deputados da base e apoiadores, o presidente Jair Bolsonaro reuniu sua equipe de ministros nesta quarta-feira (27) para definir uma estratégia de reação à corte.

No encontro, segundo auxiliares presentes, o presidente avaliou como absurda e desnecessária a investigação contra aliados do seu governo, considerou que se trata de uma retaliação e reforçou que o Poder Executivo não pode aceitar calado.

A primeira medida que ficou definida é que a AGU (Advocacia-Geral da União) ingressará com pedido de habeas corpus para que o ministro da Educação, Abraham Weintraub, não preste depoimento ao STF. Ele foi intimado no mesmo inquérito que apura o disparo de fake news por aliados do presidente.

A ideia seria ingressar com o habeas corpus para impedir a prisão ou outra medida cautelar contra o ministro no caso de ele se recusar a cumprir a determinação do STF de prestar depoimento.

Na reunião, também foram discutidas outras iniciativas de resistência, mas ainda nao se chegou a uma definição. Entre elas, a sugestão para que o ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Augusto Heleno, não acate nenhum pedido de diligências no âmbito de um pedido de impeachment contra o ministro que foi apresentado ao tribunal e é relatado por Celso de Mello.

O núcleo ideologico defendeu ainda que o presidente insista mais uma vez na nomeação do delegado Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal. O ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu a posse do amigo do presidente no mês passado.

Com exceção do pedido de habeas corpus​, as demais propostas não foram unânimes na reunião, o que levou o presidente a rediscuti-las com o núcleo jurídico do governo.

Para tratar do tema, Bolsonaro se reuniu no início da noite no Palácio da Alvorada com o ministro da Justiça, André Mendonça.

De acordo com relatos feitos à Folha, no encontro, também foi lido um texto de 2019 atribuído ao advogado Modesto Carvalhosa que sugeriu a prisão preventiva dos ministros Dias Toffoli e Alexandre de Moraes por causa do inquérito das fake news.

Outra ideia discutida é a divulgação de uma uma nota descrevendo a reação planejada. Caso Bolsonaro siga essa linha, aprofundará ainda mais a crise do governo com o Judiciário.

Segundo assessores do presidente, Bolsonaro avaliou nesta quarta-feira que a operação deflagrada teve como objetivo atingi-lo. O presidente discutiu o assunto com ministros, inclusive com o titular da Defesa, Fernando Azevedo.

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