Família sertaneja perde Pinto do Acordeon que morreu na madrugada desta terça-feira(21)

Pinto do Acordeon era natural de Conceição, no Vale do Piancó. Gravou seu primeiro LP em 1976 e na atualidade detém em torno de vinte álbuns gravados em seu nome (entre CDs e LPs), já tendo composto músicas para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino. Um de seus sucessos, “Neném Mulher”, ficou consagrada na voz de Elba Ramalho e foi tema da telenovela Tieta. Ele morreu em São Paulo, na madrugada desta ter-feira,21

Ponto do Acordeon recebe homenagem através do filho Foto: divulgação

Um dos filhos do cantor e compositor paraibano, Pinto do Acordeon, Mô Lima, lembrou a trajetória do pai. Em entrevista nesta terça-feira (21), o também cantor destacou: ‘Levava o nome da Paraíba por onde passava”.

Emocionado, Mô Lima destacou o amor do cantor pela cidade de Patos, que o acolheu, e onde começou a ter nome. “Lá ele era conhecido como Nego Pinto”, lembrou emocionado. “Deixou Conceição sem nada e venceu na vida”.

Pinto faleceu na madrugada desta terça-feira, aos 72 anos, em São Paulo onde se tratava de um câncer na bexiga. O filho contou que toda a família estava lá e que o traslado do corpo será feito de Guarulhos para Natal. “Devemos chegar em João Pessoa, às 19h, o velório será no parque das Acácias, mas meu pai sempre pediu para ser enterrado em Patos, ele tinha um amor muito grande”, disse.

Francisco Ferreira Lima, nasceu em Conceição no dia 19 de fevereiro de 1948. A música lhe gerou interesse desde a infância e ele também é aficionado por acordeon, instrumento em que se tornou um virtuoso, ficou conhecido desde quando fazia parte das apresentações com a trupe de Luiz Gonzaga, o “Rei do Baião”, período em que ganhou notoriedade da música nordestina e que produziu músicas que estão presentes até hoje nos festejos juninos brasileiros.

Ainda não há informações sobre o velório e enterro do cantor.

Pinto do Acordeon era natural de Conceição, no Vale do Piancó. Gravou seu primeiro LP em 1976 e na atualidade detém em torno de vinte álbuns gravados em seu nome (entre CDs e LPs), já tendo composto músicas para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino. Um de seus sucessos, “Neném Mulher”, ficou consagrada na voz de Elba Ramalho e foi tema da telenovela Tieta.

Pinto foi eleito vereador de João Pessoa, capital da Paraíba, para exercer o mandato entre os anos de 1993 e 1997.

Em setembro do ano passado a  Secretaria da Cultura concede título de ‘Mestre das Artes Canhoto da Paraíba’ a Pinto do Acordeon para o cantor Pinto do Acordeon.

PINTO DO ACORDEON E SEU FILHO Mó LIMA

Pinto do Acordeon era natural de Conceição, no Vale do Piancó. Gravou seu primeiro LP em 1976 e na atualidade detém em torno de vinte álbuns gravados em seu nome (entre CDs e LPs), já tendo composto músicas para Elba Ramalho, Genival Lacerda, Dominguinhos, Fagner, Os 3 do Nordeste e Trio Nordestino. Um de seus sucessos, “Neném Mulher”, ficou consagrada na voz de Elba Ramalho e foi tema da telenovela Tieta.

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MPB chora a morte de Moraes Moreira aos 72 anos, no Rio de Janeiro

Por Danutta Rodrigues, Gabriel Gonçalves e Phael Fernandes, G1 BA

Cantor Moraes Moreira morre aos 72 anos

Cantor Moraes Moreira morre aos 72 anos

A musica Popular Brasileira ( MPB ) chora com a morte do cantor e compositor Moraes Moreira morreu na madrugada desta segunda-feira (13) aos 72 anos, em casa, no bairro da Gávea, no Rio de Janeiro. Conforme a assessoria do artista, ele morreu por volta das 6h depois de sofrer um infarto agudo do miocárdio.

Segundo Eduardo Moraes, irmão do cantor, o corpo de Moraes Moreira foi encontrado após a chegada da empregada doméstica no apartamento em que ele morava. O artista vivia sozinho, segundo o irmão.

Ainda de acordo com a assessoria, as informações sobre o enterro não serão divulgadas para evitar aglomerações, recomendação de vários órgãos de saúde como prevenção à Covid-19.

Antonio Carlos Moreira Pires nasceu em Ituaçu, no interior da Bahia, em 8 de julho de 1947. Moraes Moreira começou tocando sanfona de doze baixos em festas de São João e outros eventos na cidade. Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto fazia curso de ciências em Caculé, na região sudoeste da Bahia, em 1967.

Aos 19, ele foi para Salvador, onde começou a estudar no Seminário de Música da Universidade Federal da Bahia. Lá, ele conheceu seus futuros companheiros dos Novos Baianos, Luiz Galvão e Paulinho Boca de Cantor, além de Tom Zé.

Em 1968, eles criaram o espetáculo que deu origem aos Novos Baianos, Desembarque dos Bichos depois do Dilúvio Universal.

O grupo já tinha também a participação de Baby do Brasil (Baby Consuelo, na época) na voz e o guitarrista Pepeu Gomes quando foi participar do popular Festival da Música Popular Brasileira na TV em 1969, com a música “De Vera”, de Moreira e Galvão.

No ano seguinte, o grupo lançou seu disco de estreia, “Ferro na boneca”. Mas a grande obra deles viria após uma visita de João Gilberto à casa em que eles moravam juntos, já no Rio de Janeiro. Em 1972, eles lançaram o álbum “Acabou chorare”, que consagrou os Novos Baianos. O trabalho juntava samba, rock, bossa nova, frevo, choro e baião.

Com a regravação de “Brasil pandeiro”, de Assis Valente, além de “Preta pretinha”, “Mistério do planeta”, “A menina dança”, “Besta é tu” e a faixa título, todas de coautoria de Moraes Moreira, o álbum de 1972 é reconhecido como um dos melhores – senão o melhor – trabalho do pop brasileiro.

Foi um passo adiante do tropicalismo de Caetano, Gil e Tom Zé – no abraço ao rock e à psicodelia hippie, na fusão de ritmos brasileiros, na recusa a seguir padrões no período mais duro da ditadura militar.

O grupo foi morar em um sítio em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio, onde seguiam a cultura hippie dos EUA e da Europa em plena ditadura militar brasileira. Lançaram ainda três discos, cujo sucesso não tão grande começou a gerar desentendimentos. Ele ficou no grupo de 1969 até 1975, quando saiu em carreira solo.

Carreira Solo

Homenagem: Moreira morre aos 72 anos, no Rio de Janeiro

Homenagem: Moreira morre aos 72 anos, no Rio de Janeiro

Em 1976, já em carreira solo, ele se tornou o primeiro cantor de trio elétrico, ao subir no trio de Dodô e Osmar, e cantou a música “Pombo correio”, sucesso na época.

Já em 1997, ele reuniu o grupo Novos Baianos para lançar o disco ao vivo Infinito Circular, com canções dos discos anteriores e algumas inéditas. Em 2007, Moraes Moreira publicou o livro A História dos Novos Baianos e Outros Versos, escrito em linguagem de cordel, que conta a história dos Novos Baianos.

Em 2017, ele lançou outro livro, o “Poeta Não Tem Idade”, com cerca de 60 textos sobre homenagens a Luiz Gonzaga, Machado de Assis, Gilberto Gil e muitos outros.

Nos últimos anos, Moraes Moreira se envolveu em shows de reunião dos Novos Baianos e também de trabalhos solo. O artista também se dedicou a trabalhos com o filho. No total, ele lançou mais de 60 discos entre a carreira solo, Novos Baianos, Trio Elétrico Dodô e Osmar, além da parceria com o guitarrista Pepeu Gomes.

Em março deste ano ele fez a última postagem no Instagram falando sobre a quarentena que o mundo vive por causa da Covid-19.

Última postagem de Moraes Moreira no instagram.  — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Última postagem de Moraes Moreira no instagram. — Foto: Reprodução / Redes Sociais

Fotos da carreira

Capada divulgação do livro "Poeta Não Tem Idade", — Foto: Divulgação

Capada divulgação do livro “Poeta Não Tem Idade”, — Foto: Divulgação

Moraes Moreira interpreta o Visconde de Sabugosa no especial 'Pirlimpimpim', exibido originalmente pela Globo em 1982 — Foto: Acervo TV Globo

Moraes Moreira interpreta o Visconde de Sabugosa no especial ‘Pirlimpimpim’, exibido originalmente pela Globo em 1982 — Foto: Acervo TV Globo

Moraes Moreira em apresentação no bairro do  Rio Vermelho — Foto: Camile Barreto/Saltur

Moraes Moreira em apresentação no bairro do Rio Vermelho — Foto: Camile Barreto/Saltur

Pepeu Gomes e Moraes Moreira nas gravações da novela 'Tieta' (1989), da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo

Pepeu Gomes e Moraes Moreira nas gravações da novela ‘Tieta’ (1989), da TV Globo — Foto: Acervo TV Globo

Davi Moraes e Moraes Moreira tocam durante programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal

Davi Moraes e Moraes Moreira tocam durante programa Som Brasil em 2009 — Foto: TV Globo / Zé Paulo Cardeal

www.reporteriedoferreira.com.br  Por  Danutta Rodrigues, Gabriel Gonçalves e Phael Fernandes, G1 BA