38 anos sem Enock Pelágio do Carmo ” O Homem da Verdade”; morte nunca esclarecida

Repórter iêdo Ferreira – Há 38 anos vítima de trágico acidente automobilístico, em uma madrugada do mês de fevereiro de l987, ocorrido na ladeira do Conjunto residencial do Castelo Branco, morria o radialista e jornalista Enock Pelágio do Carmo ” O Homem da Verdade “, quando retornava de uma festa de aniversário ocorrido  na residência do então Prefeito de João Pessoa, Carneiro Arnor.
Está exarado em nossa Constituição, que toda morte violenta tem que ser apurada rigorosamente pela polícia, através de investigações e consequentemente instauração de inquérito policial, não foi o caso da morte de Enock Pelágio do Carmo.
O exame cadavérico procedido no corpo do radialista foi realizado no Departamento de Medicina legal ( DML ) e remetido a 4ª Delegacia Distrital , área circunscricional do local do acidente o que  misteriosamente não aconteceu.
Em sendo assim, se passaram 38 anos que o radialista Enock Pelágio do Carmo, tragicamente e misteriosamente morreu.

Enoque Pelágio do Carmo

Ele foi a maior audiência no que fez na antiga rádio Arapuan AM, Eu Sou Eu programa que ia ao ar às l7 horas diariamente e comédias da cidade.  Ele foi o fenômeno da comunicação Paraibana, fazia o programa com o parceiro (Cardivando de Oliveira) foi época auria do radio paraibano e pessoense. Radio Arapuan  Am a emissora do bom gosto… 1340 kts. E ficava no centro da cidade de João Pessoa,mas precisamente na  rua Duque de Caxias, segundo andar.   Enoque Pelágio Do Carmo, morador do Bairro de cruz das armas mais precisamente na Rua Abel da Silva.

Enoque Pelágio faleceu em 1987, aos 53 anos, em um acidente automobilístico envolto em mistérios, ocorrido no Conjunto residencial Castelo Branco, quando retornava da festa de aniversário do Prefeito Arnoul Carneiro.  O carro que dirigia perdeu o freio em uma descida e colidiu com um poste de iluminação pública. Sua morte interrompeu uma carreira brilhante na Rádio Arapuan, onde trabalhou sob a direção de Orlando Vasconcelos, Otinaldo Lourenço e Aluízio Moura.

O funeral de Pelágio foi um marco na história de João Pessoa, atraindo multidões em uma despedida comparável apenas aos sepultamentos do médico Napoleão Laureano e do padre Zé Coutinho.

Enoque Pelágio deixou um legado de coragem e dedicação ao jornalismo policial e à comunicação popular, sendo lembrado como uma das vozes mais influentes da radiodifusão paraibana.

 

Seu programa Dramas e Comédias da Cidade, transmitido às 21 horas, alcançou grande popularidade ao abordar temas policiais e questões relacionadas à moral e aos bons costumes. Muitas vezes polêmico, Enoque usava o microfone para denunciar crimes e irregularidades, enfrentando ameaças e até atentados à sua vida. Como jornalista policial, foi detido uma vez e sofreu duas tentativas de assassinato em razão de suas denúncias contundentes.

Enoque também teve uma breve incursão na política. Em 1972, foi eleito vereador em João Pessoa pelo partido Aliança Renovadora Nacional ( Arena ) , sendo o mais votado naquela eleição. Em 1974, tentou se eleger deputado estadual, mas não obteve sucesso. Em l972, Enock Pelágio, era o repórter policial da Rádio Arapuan Am e do Jornal O Norte ( na Duque de Caxias ), tendo substituido pelo repórte iêdo ferreira, por indicação de Otinaldo Lourenço, junto a Teoclito Leal à época Editor Geral do Jornal O Norte.

Enoque Pelágio do Carmo, foi um jornalista e radialista brasileiro, radicado em João Pessoa, Paraíba. Reconhecido por seu estilo polêmico e combativo, construiu uma trajetória marcante na comunicação paraibana, dedicando mais de três décadas de sua vida à Rádio Arapuan AM, onde comandou o célebre programa Dramas e Comédias da Cidade. Com a participação dos radialistas iêdo Ferreira, Cardivando de Oliveira, em idos de 1967.

Enoque iniciou sua trajetória no jornalismo em 1963, aos 19 anos, como coletor de notícias na Rádio Arapuan. Antes disso, teve uma breve passagem pela Rádio Tabajara, de onde foi demitido por não falar inglês. Sem formação acadêmica em jornalismo, Pelágio destacou-se por sua atuação prática e pelo exercício garantido por décadas de trabalho na área. Sua contribuição ao jornalismo paraibano foi reconhecida com homenagens, como o troféu da Associação Paraibana de Imprensa.

Antes de adentrar o radialismo, trabalhou como leiturista de medidor no Departamento de Serviços Elétricos da Capital (DESEC) e locutor de carro de som, além de possuir formação técnica em marcenaria, que nunca exerceu profissionalmente.

 ENOCK PELÁGIO DO CARMO

Naturalidade: Timbaúba-PE / radicado em João Pessoa – PB

Nascimento: 24 de fevereiro de 1934 / Falecimento: 1987

Atividade profissional: Radialista/Jornalista

www.reporteriedoferreira.com.br / informações Maria Clara Marques