Otan anuncia acordo para enviar mais equipamentos de defesa à Ucrânia
Secretário-geral da organização afirmou que os países da aliança decidiram enviar mais equipamentos de defesa antiaérea para a Ucrânia
Por
AFP
|19/04/2024 11:55
Os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) decidiram enviar mais equipamentos de defesa antiaérea para a Ucrânia, em guerra com a Rússia, anunciou nesta sexta-feira (19) o secretário-geral da aliança militar transatlântica, Jens Stoltenberg.
“A Otan fez um inventário das capacidades existentes (…) e há sistemas que podem ser disponibilizados à Ucrânia. Portanto, espero anúncios de mais remessas em breve”, disse Stoltenberg.
O alto responsável norueguês fez estas declarações no final de uma reunião por videoconferência do Conselho Otan-Ucrânia, da qual participou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Nessa reunião virtual, os ministros da Defesa dos países da aliança “concordaram em fornecer mais apoio militar, incluindo defesa antiaérea”, que a Ucrânia exige insistentemente para neutralizar os bombardeios russos que se intensificaram novamente nas últimas semanas.
O chefe do governo alemão, Olaf Scholz, pediu recentemente aos países ocidentais para que transferissem sistemas de defesa antiaérea Patriot de fabricação americana para a Ucrânia.
“Saúdo os esforços da Alemanha, incluindo a recente decisão de entregar um sistema Patriot adicional à Ucrânia. Além do Patriot, há outras armas que os aliados [da Otan] podem fornecer, incluindo o SAM-T”, disse Stoltenberg, em referência a sistemas de mísseis terra-ar.
Acrescentou que os países da Otan que não têm “sistemas disponíveis comprometeram-se a fornecer apoio financeiro para os comprá-los para a Ucrânia”.
Segundo o chefe da aliança, cada país membro da Otan “decidirá com que o que contribuirá. Mas os ministros reconheceram a urgência e prometeram apoio adicional em um futuro próximo”.
“O que posso dizer é que a ajuda está a caminho”, reforçou. Zelensky disse na videoconferência que a Ucrânia “não pode esperar” e que precisa de “sete sistemas Patriot adicionais” ou equipamento equivalente, informou a Presidência ucraniana.
“É evidente que, embora a Rússia tenha uma vantagem aérea e possa contar com os seus drones e foguetes, as nossas capacidades no terreno são infelizmente limitadas”, acrescentou.
A Ucrânia pede desesperadamente um aumento da ajuda em equipamento militar desde o segundo semestre do ano passado e admite que está ficando sem capacidade operacional em termos de defesa antiaérea, depois de mais de dois anos de resistência à invasão russa, que começou em fevereiro de 2022.
O alerta da Ucrânia sobre ‘3ª Guerra Mundial’ se perder conflito com a Rússia se perder conflito com a Rússia
Volodymyr Zelensky. Foto: Divulgação/CNN
por BBC
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, disse à BBC que haverá uma “Terceira Guerra Mundial” se a Ucrânia perder o conflito com a Rússia e fez um apelo ao Congresso dos EUA para que aprove um projeto de lei de ajuda externa paralisado.
Shmyhal disse estar com um “otimismo cauteloso” sobre a perspectiva de parlamentares dos EUA aprovarem a medida fortemente contestada, que destinaria US$ 61 bilhões a Kiev.
A Câmara dos Deputados dos EUA deve votar o pacote no sábado (20/4). A proposta inclui financiamento para Israel e também para a região do Indo-Pacífico.
Falando à BBC em Washington na quarta-feira (17/4), Shmyhal disse sobre o pacote de ajuda dos EUA: “Precisamos deste dinheiro ontem, não amanhã, não hoje.”
“Se não oferecermos proteção, a Ucrânia cairá. E assim, o sistema global de segurança será destruído e todo o mundo precisará encontrar um novo sistema de segurança.”
“Ou haverá muitos conflitos, muitos tipos de guerras e, no final das contas, isso poderá levar à Terceira Guerra Mundial.”
Esta não é a primeira vez que a Ucrânia faz um alerta catastrófico sobre as consequências da sua potencial derrota.
No ano passado, o presidente Volodymyr Zelensky disse que se a Rússia ganhasse o conflito, poderia invadir a Polônia, desencadeando a Terceira Guerra Mundial.
Mas autoridades de Moscou ridicularizaram essas afirmações, que disseram ser alarmismo do Ocidente. No mês passado, o presidente Vladimir Putin rejeitou as sugestões de que a Rússia poderia um dia atacar o Leste da Europa, dizendo serem “completamente sem sentido”.
A Rússia nunca atacou um país da Otan, o que inclui a Polônia. O pacto de defesa coletiva da Otan significa que um ataque a um membro constitui um ataque a todos.
Na entrevista de quarta-feira, Shmyhal foi questionado sobre uma afirmação recente do presidente republicano do Comitê dos Negócios Estrangeiros, Michael McCaul, de que membros do seu próprio partido estavam “infectados” pela propaganda russa.
“Devemos compreender que a desinformação e a propaganda estão influenciando muitas pessoas aqui nos Estados Unidos, e na União Europeia, muitas pessoas, como na Ucrânia”, disse Shmyhal.
A oposição da ala mais de direita do Partido Republicano bloqueou durante meses um pacote de assistência à Ucrânia.
Alguns desses parlamentares se opuseram ao envio de bilhões de dólares em ajuda para o exterior, sem que primeiro houvesse repasses para a segurança da fronteira entre os EUA e o México.
Estes conservadores também rejeitaram qualquer sugestão de que pudessem estar sendo enganados por Moscou.
O presidente Joe Biden disse em um comunicado na quarta-feira que sancionaria o pacote imediatamente assim que fosse aprovado pelo Congresso “para enviar uma mensagem ao mundo: estamos com nossos amigos”.
A Ucrânia depende muito do fornecimento de armas dos EUA e do Ocidente para continuar fazendo frente à Rússia, que tem números superiores e uma abundância de artilharia.
Meses de impasse no Congresso já tiveram efeitos profundos no campo de batalha.
A Ucrânia está em menor número, desarmada e forçada a recuar devido ao racionamento de munições e à queda do moral.
Em fevereiro, tropas ucranianas se retiraram de Avdiivka, uma cidade perto de Donetsk ocupada pelos russos. Os ucranianos estavam lá desde 2014.
Oleksandr Tarnavskyi, um general que supervisionou a retirada, citou uma vantagem dos russos de 10 para 1 na munição de artilharia, e disse que recuar após meses de combates era “a única solução correta”.
Zelensky culpou um “déficit artificial de armas” ao fazer apelos urgentes por mais ajuda militar para evitar uma situação “catastrófica”.
Biden atribuiu a retirada de tropas ucranianas à “diminuição da oferta [de ajuda americana] como resultado da falta de ação do Congresso”.
A perda de Avdiivka foi a mais pesada para a Ucrânia desde que as suas tropas se retiraram de Bakhmut em maio de 2023.
Ambas retiradas ocorreram após meses de guerra de desgaste, em que as forças russas destruíram edifícios com artilharia maciça e enviaram milhares de tropas para a linha de frente.
O general Richard Barrons, antigo comandante do Comando das Forças do Reino Unido, declarou recentemente que temia que a Ucrânia pudesse ser derrotada este ano, a menos que recebesse armas e munições.
“Estamos vendo a Rússia atacando na linha de frente, empregando uma vantagem de cinco para um em artilharia, munições e um excedente de pessoas”, disse ele.
“A Ucrânia pode sentir que não pode vencer. E quando chegar a esse ponto, por que as pessoas vão querer lutar e morrer?”
Ambos os lados sofreram pesadas perdas nas batalhas, mas o aumento das baixas deixou a Ucrânia com escassez de pessoas.
No início deste mês, o governo reduziu a idade de recrutamento de 27 para 25 anos, em um esforço para recrutar centenas de milhares de novos soldados.
Zelensky disse que 31 mil soldados ucranianos foram mortos desde 2022. As autoridades americanas, no entanto, acreditam que pelo menos 70 mil morreram e muitos mais estão feridos.
Uma investigação da BBC calcula que pelo menos 50 mil soldados russos foram mortos. Acredita-se que dezenas de milhares de pessoas tenham ficado feridas.
A Rússia transformou a sua base industrial em uma economia de guerra — gastando 40% do seu orçamento nacional em armamentos, ao mesmo tempo que fecha acordos com o Irã e a Coreia do Norte para adquirir munições, mísseis e drones.
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Irã “cometeu um grande erro”, diz ex-primeiro-ministro de Israel no X
Em longa declaração, ex-primeiro-ministro discutiu seis tópicos sobre o ataque inédito do Irã a Israel, neste sábado (13)
Após o ataque inédito do Irã contra Israel neste sábado (13), o ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett fez uma longa declaração, na qual disse, dentre outras coisas, que durante 30 anos o Estado judaico cometeu o erro de se dedicar ao ataque dos ‘tentáculos’ de um ‘polvo’ terrorista, e não à sua ‘cabeça’.
A metáfora de Bennett diz respeito ao fato de Israel ter travado conflitos diretos com os grupos militantes originados no Irã e espalhados pelo Oriente Médio — e não com o próprio Irã, que seria a ‘cabeça’ do polvo
Os tentáculos seriam os grupos militantes como o Hezbollah, no Líbano, Hamas e Jihad Islâmica na Faixa de Gaza, Houthis no Iêmen, e dezenas de pequenos grupos na Síria e Iraque.
“A República Islâmica do Irã cometeu um grande erro. Nos últimos 30 anos, tem causado estragos na região – por meio de seus representantes. Um polvo terrorista cuja cabeça é Teerã e os seus tentáculos estão no Líbano, no Iêmen, no Iraque, na Síria e em Gaza. Muito conveniente. Os Mullahs enviam outros para realizar ataques terroristas horríveis e morrem por eles. Sangue de outras pessoas”, postou o ex-primeiro-ministro no X (antigo Twitter).
“O erro estratégico de Israel nos últimos 30 anos foi seguir esta estratégia. Sempre lutamos contra as armas do Polvo, mas dificilmente exigimos um preço da sua cabeça iraniana.”
De acordo com Bennett, essa estratégia vai mudar e Israel passará a dedicar cada vez mais esforços no ataque ao Irã.
“Isso deve mudar agora: Hezbollah ou Hamas disparam foguetes contra Israel? Teerã paga um preço”, escreveu.
Além da metáfora, Bennett falou sobre mais cinco tópicos relacionados à escalada do conflito no Oriente Médio.
Ataque do Irã “não foi concebido para ser apenas um aviso, diz Bennett
O primeiro deles contrapõe a visão de especialistas que consideraram o ataque “indiferente”. Bennett argumenta que o ataque não pode ser interpretado apenas como uma demonstração de poder sem consequências negativas.
Ele adicionou que, ao lançar 350 drones programados para atingir Israel simultaneamente, usando três tipos diferentes de armas (mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e UAVs), o objetivo do Irã era destruir as defesas de Israel e causar danos e mortes a israelenses.
“Não é uma vitória”, rebate Bennett sobre alegação dos EUA
O ex-primeiro-ministro israelense também contestou a afirmação do governo dos EUA de que o evento foi uma “vitória” de Israel. De acordo com Bennett, apesar do notável sucesso dos sistemas de defesa aérea de Israel, ele ressalta que o episódio não pode ser considerado uma vitória.
Ele argumentou que apenas interceptar os ataques não é suficiente para vencer uma guerra ou impedir bombardeios futuros. De acordo com o ex-ministro, a única maneira de impossibilitar que esses ataques aconteçam novamente é garantindo que o agressor pague um preço alto — ou seja, por meio de uma resposta mais agressiva e punitiva.
As declarações de Bennett vieram de encontro as feitas pelo presidente norte-americano, Joe Biden, que chegou a alertar o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu que os Estados Unidos não devem participar de uma possível contra-ofensiva contra o Irã.
O principal porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os EUA vão continuar a ajudar Israel em sua defesa, mas não querem a guerra.
“É incorreto dizer que ninguém se machucou”
O ex-primeiro-ministro ainda negou uma afirmação das autoridades iranianas, que disseram que ninguém se machucou nos ataques de sábado.
Ele mencionou o caso de uma menina árabe-israelense de 7 anos chamada Amina Elhasuny que, segundo Bennett, está lutando pela vida. Bennett atribuiu a responsabilidade do ataque ao líder iraniano Khamenei.
O jornal New York Times fez uma reportagem com detalhes sobre o caso de Amina. De acordo com a publicação, mesmo que o dia tenha parecido tranquilo na unidade de cuidados intensivos pediátricos do Soroka Medical Center, na cidade de Beersheba, no sul de Israel, devido ao baixo número de atendimentos, a unidade passou por um dia tenso — em decorrência do estado grave de saúde de Amina, a única vítima do ataque iraniano.
Segundo o NYT , Amina e sua família moram em uma comunidade que não é reconhecida pelas autoridades israelenses. Com isso, não têm acesso a abrigos anti-bombas.
A guerra é contra “o regime iraniano”
Outra declaração importante de Bennett é que Israel luta contra o regime iraniano — e não contra o povo do Irã. Ele fez uma comparação com o regime soviético em 1985:
“O inimigo é o regime iraniano, não o maravilhoso povo iraniano. O regime iraniano me faz lembrar o regime soviético de 1985: corrupto até a medula, velho, incompetente, desprezado pelo seu próprio povo e destinado ao colapso”, publicou.
“Israel está travando a guerra de todos”, concluiu Bennett
A grande declaração de Bennett no X terminou com a seguinte afirmação:
“Israel está travando a guerra de todos. Em Gaza, no Líbano e no Teerã”, disse.
De acordo com o ex-premiê, “Não estamos pedindo a ninguém que lute por nós. Nós faremos o trabalho. Mas esperamos que os nossos aliados nos apoiem, especialmente quando for difícil – e agora é difícil.”
Brasil declara ‘grave preocupação’ com ataque do Irã a Israel
Itamaraty cobrou ‘esforços’ para evitar ‘escalada’ na região
Por
Ansa
|14/04/2024 07:34
O governo do Brasil expressou “grave preocupação” com o ataque de mísseis e drones do Irã contra Israel , em retaliação ao bombardeio à embaixada de Teerã em Damasco, na Síria.
“Desde o início do conflito em curso na Faixa de Gaza, o governo brasileiro vem alertando sobre o potencial destrutivo do alastramento das hostilidades à Cisjordânia e para outros países, como Líbano, Síria, Iêmen e, agora, o Irã”, diz um comunicado do Ministério das Relações Exteriores.
“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, acrescenta a nota
No comunicado, o Itamaraty também desaconselha “viagens não essenciais à região” e afirma que “monitora a situação dos brasileiros” na zona, “em particular em Israel, Palestina e Líbano, desde outubro passado”.
Irã promete ‘medidas mais duras’ caso Israel responda a ataques
Segundo o Exército de Israel, eles já planejam como irão reagir
Irã promete ‘medidas mais duras’ caso Israel responda a ataques
Por
iG Último Segundo
|14/04/2024 11:14–
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou neste domingo (14) que qualquer “nova aventura” de Israel, a resposta será “ainda mais dura”. O mandatário acrescentou que o ataque no sábado (13) em território israelense foi “uma lição contra o inimigo sionista”.
O presidente iraniano classificou o ataque como uma “medida defensiva” e de “legítima defesa”, que ocorreu em respostas “às ações agressivas do regime sionista [de Israel] contra os objetivos e interesses do Irã”. Ele refere-se ao bombardeio israelense à embaixada iraniana em Damasco, na Síria, no dia 1º de abril, quando oito pessoas foram mortas, inclusive três integrantes da Guarda Revolucionária do Irã.
Em comunicado, Ebrahim Raisi afirmou que o ataque foi “uma ação militar decisiva”. Apesar do bombardeio, Israel disse que o Domo de Ferro, seu sistema de defesa aéreo, interceptou 99% dos drones no ataque feito pelo Irã .
O presidente do Irã deixou ainda um recado a Israel e apoiadores, dizendo que caso “mostrem um comportamento imprudente, receberão uma resposta muito mais decisiva e violenta”.
Raisi diz ainda que o ataque foi uma forma de “castigar o agressor [Israel] e gerar estabilidade na região”.
O Irã “considera a paz e a estabilidade na região como algo necessário para a sua segurança nacional” e “não poupa esforços para restaurá-la”, afirmou o presidente iraniano
“Está totalmente claro para qualquer observador justo que as ações do regime sionista são de uma entidade ocupante, terrorista e racista, que considera que não está vinculada a deveres ou normas legais ou morais”, disse Raisi.
Resposta de Israel
À Iran International, uma emissora iraniana, um porta-voz das Forças Armadas de Israel declarou que o país responderá “com ação, não com palavras”. Mais cedo, o contra-almirante e porta-voz do Exército, Daniel Hagari, disse ao The Guardian que estão “prontos para fazer o que for necessário pela defesa de Israel”.
“Temos planos, a situação está em curso”, disse Hagari.
De acordo com um funcionário de alto escalão da administração do premiê Benjamin Netanyahu, Israel decidiu reagir, só não definiu a forma, segundo a CNN.
A fonte acrescentou que ainda não sabe se a reação de Israel será muito violenta ou algo mais moderado. As opções serão avaliadas durante a reunião do gabinete de guerra convocada para a tarde deste domingo.
Irã planeja atacar Israel entre hoje e amanhã, diz jornal
Teerã teria retaliação a ataque aéreo em mente
Por
iG Último Segundo
|12/04/2024 10:09–
Atualizada às 12/04/2024 11:08
O Irã está considerando um ataque contra Israel na sexta-feira (12) ou sábado (13), conforme relatado pelo jornal Wall Street Journal na quinta-feira (11). A decisão ainda não foi confirmada, apesar de estar nos planos de Teerã.
A possível ofensiva seria uma retaliação ao ataque aéreo realizado em 1º de abril contra um prédio adjacente à embaixada iraniana em Damasco, capital da Síria, que resultou na morte de oito pessoas, incluindo o general da Guarda Revolucionária do Irã, Mohammad Reza Zahedi. Irã e Síria atribuíram a responsabilidade do atentado a Israel.
Na quarta-feira (10), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel “deve e será punido” pela ação. Relatórios de inteligência dos EUA já haviam alertado para um possível ataque a ativos israelenses pelo Irã.
Segundo uma fonte citada pelo Wall Street Journal, a ofensiva retaliatória pode ocorrer “possivelmente em solo israelense”. A Guarda Revolucionária do Irã apresentou várias opções a Khamenei, incluindo um ataque direto com mísseis de médio alcance.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, afirmou em um discurso na quinta-feira em uma base aérea no sul de Israel, que seu país responderá a qualquer ataque. Ele declarou que Israel está preparado para atender todas as necessidades de segurança defensiva e ofensiva do país.
“Quem quer que nos prejudique, nós iremos prejudicá-los. Estamos preparados para atender a todas as necessidades de segurança do Estado de Israel, tanto defensivamente quanto ofensivamente”, declarou.
‘Não foi apenas um erro’, diz líder de ONG bombardeada por Israel
Chef espanhol José Andrés lamentou as mortes de voluntários
Ansa
|03/04/2024 13:53–
O chef espanhol José Andrés, fundador da ONG que foi alvo de um ataque aéreo de Israel na Faixa de Gaza , rebateu o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ao dizer que a ofensiva “não foi apenas um erro infeliz”.
Sete funcionários da World Central Kitchen (WCK) foram assassinados em um bombardeio promovido pelas forças israelenses na última terça-feira (2).
As vítimas foram três cidadãos britânicos, um palestino, uma australiana, um polonês e um canadense-americano.
O premiê do país prometeu uma investigação sobre a ofensiva, mas minimizou o assunto ao dizer que “isso acontece na guerra”. O político ainda defendeu que as forças do país “atingiram sem intenção pessoas inocentes”.
“Os ataques aéreos ao nosso comboio não foram apenas um erro infeliz que aconteceu no nevoeiro do conflito: é um ataque direto a veículos claramente marcados, cujos movimentos eram conhecidos pelas forças israelenses. A comida não é uma arma de guerra, eles devem parar de matar civis e trabalhadores humanitários e iniciarem a longa jornada rumo a paz”, afirmou Andrés em entrevista à mídia de Israel.
De acordo com estimativas, até o fim de março, a WCK forneceu mais de 40 milhões de refeições na Faixa de Gaza, além de ter distribuído alimentos lançados de paraquedas por países estrangeiros ou transportados por mar pela ONG Open Arms. Em contrapartida, a entidade foi forçada a suspender suas atividades no enclave depois do mortal ataque.
“Nas piores condições, depois do pior ataque terrorista da sua história, chegou a hora de aparecer o melhor de Israel: deveria abrir rotas terrestres para a introdução de alimentos e medicamentos. Conhecemos os israelenses, no fundo eles sabem que a comida não é uma arma de guerra. Israel é melhor do que a forma como esta guerra vem sendo travada. É melhor do que negar comida e medicamentos aos civis”, acrescentou.
Terremoto em Taiwan: imagens e vídeos mostram destruição; veja
Tremor de magnitude de 7,7 é o mais forte registrado no país em 25 anos; nove pessoas morreram e mais de 930 ficaram feridas
Por
iG Último Segundo|
Bruno Andrade
|03/04/2024 11:40–
Um forte terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter deixou nove pessoas mortas e ao menos 946 feridos em Taiwan, na manhã desta quarta-feira (3). Fotos e vídeos divulgados pela imprensa estatal mostram os danos causados pelo fenômeno.
Autoridades afirmam que os mortos estavam no condado montanhoso e pouco povoado de Hualien, que fica próximo ao epicentro do tremor, na costa leste da ilha, a cerca de 150 km da capital, Taipei.
Os desabamentos ocorreram nas cidades de Yilan (1), Keelung (2), Nova Taipei (8) e Hualien (17).
Um forte terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter deixou nove pessoas mortas e ao menos 946 feridos em Taiwan, na manhã desta quarta-feira (3). Fotos e vídeos divulgados pela imprensa estatal mostram os danos causados pelo fenômeno.
Autoridades afirmam que os mortos estavam no condado montanhoso e pouco povoado de Hualien, que fica próximo ao epicentro do tremor, na costa leste da ilha, a cerca de 150 km da capital, Taipei.
Os desabamentos ocorreram nas cidades de Yilan (1), Keelung (2), Nova Taipei (8) e Hualien (17).
Terremoto em Taiwan deixa mortos e feridos Reprodução / BBC News – 03/04/2024
Segundo a agência estatal Central News, o terremoto apresentou uma energia equivalente a cerca de 32 bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima, no Japão, durante a Segunda Guerra Mundial.
O presidente eleito Lai Ching, que venceu a corrida eleitoral em janeiro deste ano, visitou Hualien nesta manhã. “Meus pensamentos estão com todos os afetados enquanto trabalhamos para recuperar e reconstruir”, disse.
A presidente em exercício, Tsai Ing-wen, que fica no cargo até maio, e o primeiro-ministro Chen Chien-jen visitaram o Centro de Operações de Emergência na cidade de Nova Taipei após o desastre.
Prédio tomba em Taiwan após terremoto. Foto: Agência Estatal Central News – 03.04.2024
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Diversos imóveis ficaram danificados na região, incluindo dois prédios, que se inclinaram com a força do tremor.
Em todo o país, ao menos 26 edifícios desabaram. O terremoto também foi sentido em cidades da costa da China, incluindo Xangai.
Presidente do Irã diz que ataque de Israel a consulado terá resposta
País solicitou reunião no Conselho de Segurança da ONU e afirmou ter direito de revidar; ataque israelense no consulado do Irã na Síria matou 7 pessoas
Por
iG Último Segundo
|02/04/2024 09:49–
O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, afirmou nesta terça-feira (2) que o ataque de Israel ao consulado iraniano na Síria “não ficará sem resposta”, no que classificou como “ação agressiva e desesperada” de Tel Aviv.
O ataque ao consulado destruiu um prédio do Irã em Damasco, nessa segunda-feira (1º). O bombardeio feito com aviões militares israelenses matou Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, e outras seis pessoas, de acordo com a imprensa local.
Raisi argumentou que o ataque “desumano” de Israel é uma “violação descarada das regulamentações internacionais”, e que o governo israelense precisa enfrentar o ódio e a aversão das nações livres à sua “natureza ilegítima”, segundo informou a agência de notícias iraniana Tasnim .
O Irã argumentou ao Conselho de Segurança da ONU que tem o direito de revidar o ataque de Israel e pediu que o órgão faça uma reunião de emergência para discutir a ação, sob o entendimento de que Israel viola regras internacionais.
Ataque ao consulado
O consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, foi alvo de um ataque aéreo conduzido por aviões militares de Israel nessa segunda (1º). A ação resultou na morte de Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã.
As acusações e a tensão aumentaram após o governo iraniano culpar diretamente Israel pelo ataque ao consulado em Damasco, apontando que o principal alvo do ataque era Reza Zahedi. Um porta-voz militar de Israel foi contatado pela imprensa, mas optou por não se pronunciar sobre as acusações.
Atos em Israel pedem saída de Netanyahu e libertação de reféns em Gaza
Manifestações antigovernamentais ocorreram nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya no sábado (30); 16 pessoas foram presas
Por
iG Último Segundo
|31/03/2024 13:58–
Neste sábado (30), milhares de manifestantes foram às ruas nas cidades israelenses de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya para protestar pela libertação de todos os reféns detidos na Faixa de Gaza e pela destituição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
De acodo com o jornal britânico The Guardian, foram registrados protestos em Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, Cesareia, Be’er Sheva, entre outros locais.
Para os manifestantes, Netanyahu é um “obstáculo ao acordo” de cessar-fogo com o Hamas, que inclui libertação dos reféns que ainda estão sob o poder do grupo extremista.
De acordo com a política, em Tel Aviv, “houve uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”. Foram usados canhões de água para dispersar os presentes e 16 pessoas foram presas.
Os protestos na Rua Kaplan, em Tel Aviv, também pediram eleições gerais. Já em uma manifestação separada na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, os reféns que foram libertados pelo Hamas pediram às autoridades israelenses a volta imediata de todos ainda detidos em Gaza.
Além disso, centenas de pessoas se reuniram em frente à casa de Netanyahu em Jerusalém. A expectativa é que seja realizado outro grande ato na cidade. Ainda de acordo com o The Guardian, alguns manifestantes planejam acampar em tendas perto do Knesset, a sede do Legislativo israelense.
Em 26 de março, o governo de Israel abriu mão das negociações por um acordo de cessar-fogo e chamou de volta os negociadores israelenses que foram ao Qatar para fechar um acordo com o Hamas. Na época, Netanyahu declarou que não aceitará o fim da guerra sem que seus objetivos sejam alcançados.
De acordo com o gabinete do premiê, esses objetivos são: “destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, libertar todos os reféns e garantir que a Faixa de Gaza não represente uma ameaça para o povo de Israel no futuro”.