Foragido, Edmundo González manda carta ao Ministério Público venezuelano e diz que não se apresenta porque processo não tem fundamento legal

Diplomata venezuelano Edmundo González Urrutia, candidato de oposição à Presidência do país — Foto: Ronald PEÑA / AFP

O candidato da oposição venezuelana, Edmundo González, disse ter enviado uma carta na quinta-feira (5) ao Ministério Público do país, que pediu sua prisão na semana passada, acusando o processo contra ele de não ter bases legais.

Na semana passada, o MP pediu a prisão de González, que diz ter vencido as eleições de julho conta o presidente Nicolás Maduro, após ele faltar à terceira audiência convocada pelo MP. A Justiça acatou o pedido de prisão, mas o oposicionista está foragido.

No documento, a primeira declaração de Edmundo González desde seu pedido de prisão, ele alega não ter comparecido à audiência por o processo contra ele “não tem fundamento”. González é investigado por conta do site aberto pela oposição no qual foram disponibilizadas as atas eleitorais (espécies de boletins de urna), que a Justiça eleitoral não quis tornar públicas.

O oposicionista afirma na carta já ter provado que não tem envolvimento com a criação do site e que a oposição sempre agiu dentro da lei.

“A Plataforma Unitária Democrática (bloco da oposição) …esclareceu que não foi minha responsabilidade a digitalização, a tutela e a publicação dos exemplares das atas eleitorais que nossos representantes receberam nas mesas de votação. De qualquer maneira, considero que isso não usurpou as funções do Conselho Nacional Eleitoral (a Justiça eleitoral do país), já que o sistema e a normativa da Venezuela contemplam como uma de suas garantias de confiabilidade a entrega de exemplares das atas eleitorais a representantes credenciados nas mesas de votação”, escreveu González.

Temendo ser preso pelo regime Maduro, González está escondido há mais de um mês. O mandado de prisão emitido por um tribunal especializado em casos de terrorismo ocorreu a pedido do MP. Opositores e juristas afirmam que a justiça venezuelana opera a serviço do chavismo.

Carta que o opositor venezuelano Edmundo González enviou ao Ministério Público explicando por que não compareceu às audiências convocadas pelo MP, em 5 de setembro de 2024. — Foto: Reprodução/ Redes sociais
Carta que o opositor venezuelano Edmundo González enviou ao Ministério Público explicando por que não compareceu às audiências convocadas pelo MP, em 5 de setembro de 2024. — Foto: Reprodução/ Redes sociais

O pronunciamento de González acontece um dia depois de seu advogado ir ao Ministério Público para “responder a questionamentos”. O advogado, José Vicente Haro, se reuniu com o procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, no Ministério Público na noite de quarta-feira (4) para responder a questionamentos.

Na entrada, Haro disse à imprensa que o órgão do governo, alinhado a Maduro, recusou um documento legal entregue na manhã desta quarta em que González pede para o MP “não criminalizar” a política e evitar uma “perseguição”.

O documento que Haro levou ao Ministério Público e que motivou a reunião com o procurador-geral justifica as ausências de seu cliente nas três convocações emitidas pelo órgão, as quais resultaram no pedido de prisão. O advogado afirmou também que na reunião ele “atenderá às preocupações que Saab julgar pertinentes”.

“Em termos gerais, [o documento] contém as razões do ponto de vista constitucional, jurídico e legal, pelas quais ele não compareceu ao Ministério Público, à representação que foi indicada”, afirmou Haro mais cedo. “Há uma situação de indefensibilidade, de impossibilidade de garantir seu direito à defesa, ao devido processo.”

Maduro trava uma batalha contra a oposição e a comunidade internacional, que questionam o resultado da eleição de 28 de julho, porque não houve a divulgação das atas eleitorais para comprovar o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral, e referendado pelo Tribunal Supremo de Justiça, que decretou sua reeleição. Tanto a autoridade eleitoral quanto a Corte são alinhadas ao governo.

O advogado de Gonzalez disse também que quando compareceu ao escritório do procurador-geral para apresentar a carta do opositor, ele esperou quase duas horas, foi informado de que seu documento não poderia ser recebido porque não tinha a autorização correta e, em seguida, foi informado de que o sistema estava fora do ar. Haro disse que viu outros documentos sendo aceitos.

Ele então foi solicitado a retornar à tarde, disse Haro, e não recebeu de volta a cópia do depoimento que havia tentado entregar.

“É por causa desses tipos de situações que Edmundo Gonzalez Urrutia não cumpriu com as intimações que lhe foram dadas”, disse Haro. “Estamos tentando exercer nossa defesa, mas agora vocês viram as dificuldades que tivemos.”

Mandado de prisão

A Justiça da Venezuela acatou um pedido do Ministério Público para emitir um mandado de prisão contra o opositor Edmundo González, que concorreu à eleição presidencial de julho.

Edmundo González é investigado por crimes como usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais, incitação de atividades ilegais, sabotagem de sistemas e associação criminosa. O mandado de prisão formaliza a acusação contra González por esses delitos. (Veja na foto abaixo)

A prisão de González não ocorreu até a última atualização desta reportagem.

A lei venezuelana não permite que pessoas com mais de 70 anos cumpram penas em prisões, exigindo em vez disso prisão domiciliar. Gonzalez completou 75 anos na semana passada.

Segundo o MP, o pedido de prisão foi apresentado após González ignorar três intimações para prestar depoimento. O órgão é aliado do presidente Nicolás Maduro e controlado por chavistas.

Ordem de prisão contra candidato opositor Edmundo González, expedida em 2 de setembro de 2024. — Foto: Reprodução/Instagram do Ministério Público
Ordem de prisão contra candidato opositor Edmundo González, expedida em 2 de setembro de 2024. — Foto: Reprodução/Instagram do Ministério Público

O procurador-geral Tarek Saab afirmou que as intimações tinham como objetivo colher o depoimento de González sobre a publicação de atas impressas das urnas eleitorais em um site.

O mandado de prisão diz que González deve ser colocado à disposição do MP imediatamente após sua detenção.

A oposição usa os dados das atas para argumentar que Edmundo González venceu a eleição presidencial de 28 de julho. Mais de 80% de todos os documentos emitidos pelas urnas foram publicados pelo grupo opositor em um site. A líder oposicionista, María Corina Machado, que havia criticado o pedido do MP para a prisão de González, voltou a se manifestar com o mandado de prisão da Justiça:

“Maduro perdeu completamente o contato com a realidade. O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo González ultrapassa uma nova linha que apenas fortalece a determinação do nosso movimento. Os venezuelanos e as democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca pela liberdade”, afirmou Corina Machado.

Saab afirma que os documentos apresentados pela oposição são falsos. Entretanto, até agora, as autoridades venezuelanas não tornaram públicas as atas eleitorais que seriam verdadeiras, mesmo diante do pedido de países como Brasil e Estados Unidos. A ONU apontou segurança nas atas divulgadas pela oposição.

O pedido de prisão contra González acontece no mesmo dia em que os Estados Unidos apreenderam um avião do governo Maduro na República Dominicana.

A Argentina rejeitou o mandado de prisão emitido pela Justiça contra Edmundo González, que chamou de “vencedor das eleições presidenciais” e emitiu um “alerta à comunidade internacional sobre uma onda de radicalização do regime que pretende criminalizar as forças democráticas venezuelanas”.

Faltas

Com o temor de prisão, González faltou às convocações do MP, assim como o fez quando o Tribunal Supremo de Justiça chamou todos os candidatos da eleição para assinar um documento reconhecendo o resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

O CNE deu a vitória a Maduro sem apresentar as atas eleitorais. Tanto a Suprema Corte quanto o Conselho Eleitoral são alinhados ao governo Maduro.

O opositor já havia sido advertido pelo Ministério Público sobre a possibilidade de um mandado de prisão contra ele caso não comparecesse ao depoimento. A lei venezuelana prevê detenção quando há três faltas consecutivas em intimações para depoimento.

A comunidade internacional vem denunciando repressão contra opositores na Venezuela, além de afirmar que houve falta de transparência nas eleições presidenciais.

O presidente Nicolás Maduro, por exemplo, ameaça González e María Corina Machado de prisão desde a eleição, dizendo que os opositores “têm que estar atrás das grades”.

“Um cidadão que respeita a democracia, a República, a Constituição e as leis jamais pode se recusar a uma convocação judicial”, disse.

Pedido de prisão de Edmundo González — Foto: Reprodução
Pedido de prisão de Edmundo González — Foto: Reprodução

María Corina Machado na mira do MP

O Conselho Nacional Eleitoral afirmou que González ficou em 2º lugar nas eleições presidenciais, sendo derrotado por Nicolás Maduro. Entretanto, a oposição garante que González venceu por ampla vantagem com base nos dados das atas eleitorais.

Após o resultado das eleições, milhares de pessoas foram às ruas para protestar contra o resultado.

Em agosto, o procurador-geral Tarek Saab acusou a opositora María Corina Machado de ser responsável por arquitetar protestos que terminaram em mais de 20 mortes no país após as eleições presidenciais.

O procurador-geral afirmou que abriu uma investigação contra Corina Machado e outras pessoas da oposição, classificados por ele como membros da “extrema direita”.

Segundo Saab, as manifestações que aconteceram após o dia 28 de julho foram ações planejadas. Milhares de pessoas foram às ruas protestar contra Nicolás Maduro, que foi proclamado reeleito para um terceiro mandato presidencial pelas autoridades eleitorais.

Para o procurador-geral da Venezuela, o país vive uma “guerra híbrida” com uma tentativa de golpe de Estado. Saab afirmou que existe uma escalada de pressões patrocinada pelos Estados Unidos desde 2017 para derrubar Maduro do poder.

“Hoje, os venezuelanos a responsabilizam [María Corina Machado] por todas essas mortes, que foram assassinados em situações que não podem ser classificadas como protestos.”

Ao ser questionado se Corina Machado poderia ser acusada por homicídio, Saab afirmou que “a qualquer momento, qualquer um deles poderá ser responsabilizado como autor intelectual de todos esses acontecimentos”.

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Rússia bombardeia Kiev, capital da Ucrânia, com mais de 20 mísseis

Os ataques ocorreram na madrugada desta segunda-feira (2)

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|02/09/2024 02:45

Ataques russos na capital da Ucrânia
Reprodução

Ataques russos na capital da Ucrânia

A capital ucraniana, Kiev , foi alvo de um novo ataque russo  nas primeiras horas desta segunda-feira (2), apenas uma semana após o último bombardeio. Desta vez, mais de 20 mísseis balísticos foram lançados contra a cidade, embora a maioria tenha sido interceptada pelo sistema de defesa ucraniano. A ofensiva deixou ao menos duas pessoas feridas por destroços

O ataque começou com o acionamento das sirenes de emergência cerca de duas horas antes da chegada dos mísseis. Apesar do sucesso da defesa aérea em impedir que a maioria dos projéteis atingisse alvos críticos, alguns danos foram registrados. Uma casa de caldeiras na estação de tratamento de água e a entrada de uma estação de metrô, que também serve como abrigo antibombas, foram atingidos.

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko , confirmou que os ataques afetaram principalmente o bairro Svyatoshynksyi , conhecido por abrigar diversas instituições educacionais. Além disso, o ataque causou incêndios em veículos e danificou um edifício não residencial no bairro de Shevchenkivskyi . Destroços dos mísseis também atingiram o distrito de Solomyanskyi , onde se localizam a grande estação de trem e o aeroporto internacional da capital.

Este novo ataque ocorre um dia após a Rússia interceptar mais de 150 drones ucranianos, conforme relatado pelo Ministério da Defesa russo. Dois drones foram abatidos sobre Moscou e nove sobre áreas adjacentes, enquanto outros foram derrubados nas regiões de Kursk, Bryansk, Voronezh e Belgorod — todas na fronteira com a Ucrânia . A maior incursão em solo russo desde a Segunda Guerra Mundial tem levado a uma intensificação dos conflitos na região.




Vídeo mostra reação de passageiros da Blue Origin ao chegarem ao espaço; assista

Além dos civis, estava um pesquisador que pode ser visto conduzindo experimentos

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iG Tecnologia

|30/08/2024 13:30

Astronautas se divertem no espaço
Reprodução/X

Astronautas se divertem no espaço

Um vídeo divulgado pela Blue Origin, empresa de foguetes do empresário e bilionário Jeff Bezos, mostra os tripulantes do  foguete lançado nesta quinta-feira (29) ao chegarem ao espaço. Os seis civis ficaram cerca de dez minutos no espaço, onde podem ser vistos brincando na gravidade zero e aparentemente chocados com a vista da Terra.

Entre os tripulantes estava um que foi levado pela Nasa (Nacional Space Agency), e pode ser visto conduzindo experimentos. Um dos poucos a ultrapassar a barreira dos 100km de altitude foi Rob Ferl, professor e diretor do Instituto Espacial Astraeus da Universidade da Flórida (EUA).

“A escuridão do espaço…não há como descrever. É algo impressionante. Tudo foi muito bom, não poderia ter tido uma experiencia melhor” disse Ferl.

O pesquisador estuda como os genes das plantas reagem à transição de e para a microgravidade.

No vídeo divulgado pela empresa, ele ativa o “Kennedy Space Center Fixation Tube”, ou KFT, que avalia a atividade genética de uma planta Arabidopsis thaliana. No solo, a pesquisadora Anna-Lisa Paul monitora a atividade.

Assista:

Além dele, estava na espaçonave Karsen Kitchen, aluna da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, de 21 anos, agora a mulher mais jovem a realizar tal feito. Ela é ativista do movimento por mulheres no espaço e está se formando em comunicações e astronomia.

“Tenho tantas lembranças de sair quando era mais jovem, olhando para o céu noturno. Eu entrava e pensava: ‘Gente, eu quero ser astronauta’. Me sinto tão grata e parece irreal. Ainda sinto que realmente não processei tudo”, disse Kitchen à ABC News.

Esta foi a última viagem da Blue Origin desde maio deste ano, batizada de NS-25, que também foi considerada um sucesso.

Os passageiros

Além de Kitchen e Ferl, estavam presentes na espaçonave:

  • Nicolina Elrick, filantropa e empresária;
  • Eugene Grin, ucraniano que se mudou para os EUA em 1979. Atua no setor imobiliário e financeiro;
  • Dr. Eiman Jahangir, cardiologista e professor de medicina e radiologia no Vanderbilt University Medical Center (EUA);
  • e Ephraim Rabin, filantropo e presidente da empresa de tecnologia Parchem Fine & Specialty Chemicals.

A espaçonave

New Shepard é um veículo suborbital reutilizável que leva pessoas e experimentos ao espaço por cerca de 10 a 12 minutos. Durante esse tempo, os passageiros experimentam a gravidade zero a mais de 100 quilômetros de altitude. O foguete retorna à Terra para ser reutilizado, enquanto a cápsula faz a descida com um paraquedas.

Entre seus passageiros, a Blue Origin enviou o  brasileiro Victor Correa Hespanha em junho de 2022, que foi selecionado através da compra de um NFT e é o segundo brasileiro a ir ao espaço.




Kamala Harris supera Trump em intenções de votos e lidera com 45%

Donald Trump tem 41% de intenção de votos, e perde terreno diante dos 45% de Kamala Harris

Por

iG Último Segundo

|29/08/2024 14:27

Pesquisa anterior, de julho, mostrava candidatos em empate técnico e apenas 1% de diferença de votos
AFP

Pesquisa anterior, de julho, mostrava candidatos em empate técnico e apenas 1% de diferença de votos

Kamala Harris superou intenções de votos de Donald Trump para as eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2024. As informações são da pesquisa da Reuters e Instituto Ipsos.

Harris apareceu com 45% da intenção de votos, e Trump com 41%. Foram ouvido apenas eleitores registrados. Na pesquisa anterior, a diferença entre eles era 1% e estava dentro da margem de erro.

Perfil de eleitores

A candidata democrata conseguiu vantagem no eleitorado geral – mas, principalmente, entre mulheres e eleitores latino-americanos.

O grupo étnico representa grande diferença: 49% vota em Harris, contra 36% de votos no Trump. É uma vantagem que mais que dobrou a diferença anterior, de seis pontos.

Trump lidera entre homens e eleitores brancos. As margens dele não tiveram grandes alterações desde a pesquisa anterior.

Quanto aos motivos de voto, 64% dos eleitores de Trump escolhem o candidato para apoiá-lo, e não para se opor a Harris.

É visível o apoio a Harris, também. Aimee Allison, fundadora do See The People (grupo político que trabalha para aumentar presença de mulheres pretas na política dos EUA), disse:

“Vemos nesta pesquisa que as pessoas estão mais motivadas sobre o futuro do que sobre o passado. Eles veem Kamala Harris como o futuro, e os republicanos veem esta eleição como apenas sobre Trump”.




Zelensky desafia a Rússia no Dia da Independência da Ucrânia

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu neste sábado (24) que a Rússia sofrerá “retaliações” por ter invadido o seu país e promulgou uma lei que proíbe a Igreja Ortodoxa ligada a Moscou, em atos que marcaram o 33…

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AFP

|26/08/2024 07:46

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O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e sua esposa, Olena, em 24 de agosto de 2024 em Kiev
HANDOUT

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e sua esposa, Olena, em 24 de agosto de 2024 em Kiev

HandoutO presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, prometeu neste sábado (24) que a Rússia sofrerá “retaliações” por ter invadido o seu país e promulgou uma lei que proíbe a Igreja Ortodoxa ligada a Moscou, em atos que marcaram o 33.º aniversário da independência da ex-república soviética.

Zelensky participou das celebrações do aniversário da independência na praça Santa Sofia, em Kiev, ao lado do presidente polonês, Andrzej Duda, e da primeira-ministra lituana, Ingrida Simonyte, dois importantes aliados da Ucrânia contra a Rússia.

O presidente revelou que as forças ucranianas testaram com sucesso uma nova arma, o míssil drone “Palianytsia”, “muito mais rápido e poderoso” do que os atualmente disponíveis.

– Troca de prisioneiros de guerra –

Rússia e Ucrânia anunciaram neste sábado a troca de 230 prisioneiros de guerra, 115 de cada lado, entre eles, soldados capturados pelas forças ucranianas na região de Kursk.

Segundo o comissário ucraniano para os direitos humanos, Dmytro Lubinets, 82 dos 115 prisioneiros recuperados por Kiev participaram da defesa da fábrica Azovstal durante o cerco russo a Mariupol em 2022, um marco na guerra que começou com a invasão russa em fevereiro daquele ano.

Os Emirados Árabes Unidos, que atuaram como mediadores da troca, apelaram a uma “desescalada” como “única forma de resolver o conflito”.

– Igreja ortodoxa russa proibida –

Zelensky também promulgou uma lei que proíbe as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana do Patriarcado de Moscou, que durante muito tempo foi a principal do país.

Esta denominação cristã cortou os laços com Moscou em 2022, mas as autoridades ucranianas continuaram a considerá-la sob influência russa e multiplicaram as ações legais que levaram à prisão de dezenas de padres.

“Os ortodoxos ucranianos hoje dão um passo para se libertarem dos demônios de Moscou”, declarou Zelensky.

O patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Cyril, acusou as autoridades ucranianas de “perseguir” os fiéis e pediu aos líderes de outras confissões cristãs e organizações internacionais que “levantem suas vozes em defesa dos fiéis perseguidos”.

– Avanço russo no Donbass –

A ofensiva ucraniana na região russa de Kursk levou as hostilidades ao território do agressor, mas o epicentro dos combates continua sendo a bacia do Donbass, leste da Ucrânia, onde as tropas russas são mais equipadas e numerosas.

As forças de Moscou se aproximam de Pokrovsk, um importante centro logístico com cerca de 53.000 habitantes, cujas autoridades apelaram à evacuação urgente.

Um bombardeio russo matou 5 pessoas e feriu outras 5 neste sábado em Kostiantinivka, outra grande cidade da região, informou o Ministério Público ucraniano.

A Ucrânia também indicou que bombardeou um depósito de munições na região de Voronezh, no oeste da Rússia. Autoridades locais russas relataram ataques de drones e a evacuação de uma cidade.

A Ucrânia afirma que sua incursão busca criar uma “zona de segurança”, forçar Moscou a redistribuir forças de outras frentes, além de usar essas regiões como moeda de troca em possíveis negociações de paz.

A ofensiva em Kursk, contudo, não parece até agora ter aliviado a pressão russa no leste da Ucrânia.




Conselho de medicina americano revoga licença de médicos que defendiam ivermectina contra Covid

Pierre Kory e Paul Ellis Marik foram acusados de desinformação pela Abim, entidade semelhante ao Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil

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Dois médicos norte-americanos tiveram a certificação revogada pelo American Board of Internal Medicine (Abim), uma entidade semelhante ao Conselho Federal de Medicina (CFM) no Brasil, por serem apontados como lideranças de uma organização que promove a ivermectina como tratamento contra a COVID-19.

Pierre Kory, MD, não é mais certificado em medicina intensiva, doenças pulmonares e medicina interna, segundo o site da ABIM. Paul Ellis Marik, MD, também não é mais certificado em medicina intensiva ou medicina interna. Marik é o diretor científico e Kory  presidente emérito da Front Line COVID-19 Critical Care Alliance (FLCCC), um grupo fundado pela dupla em março de 2020.

A entidade ganhou notoriedade durante o auge da pandemia por defender a ivermectina como tratamento para a COVID-19. Atualmente, a FLCCC defende regimes de suplementos para tratar “lesões causadas por vacinas” e oferece tratamentos para a doença de Lyme –  infecção bacteriana transmitida por carrapatos de diversas espécies, capaz de provocar lesões na pele, nas articulações, no coração e no sistema nervoso central.

Estudos que pretendiam mostrar benefício do ivermectina foram posteriormente associados a erros, e descobriu-se que alguns se baseavam em pesquisas potencialmente fraudulentas. A ABIM não quis comentar quando questionada pelo Medscape Medical News, entidade global que divulga notícias médicas, sobre sua ação.

No site, o termo “revogado” indica a “perda de certificação devido a ação disciplinar para a qual a ABIM determinou que a conduta subjacente à sanção não garante um caminho definido para restauração da certificação no momento da sanção disciplinar”.

Em um comunicado enviado ao site Medscape Medical News, Kory e Marik disseram “que esta decisão representa uma mudança perigosa nos princípios fundamentais do discurso médico e do debate científico que historicamente têm sido a base das associações de educação médica”.

A FLCCC afirmou no comunicado que, juntamente com Kory e Marik, estão “avaliando opções para contestar essas decisões”.

AÇÃO DISCIPLINAR

Kory e Marik explicaram que foram notificados em maio de 2022 de que enfrentavam uma possível ação disciplinar da Abim. Um comitê da Abim recomendou a revogação em julho de 2023, dizendo que os dois homens estavam divulgando “informações médicas falsas ou imprecisas”, segundo a FLCCC. Kory e Marik perderam um recurso.

Em declaração de 2023, Kory e Marik chamaram a ação da Abim de “ataque à liberdade de expressão”.

“Esta não é uma questão de liberdade de expressão”, disseram Arthur Caplan, PhD, os doutores William F. e Virginia Connolly Mitty – professores de bioética no Departamento de Saúde Populacional da NYU Grossman School of Medicine, Nova York. “Você tem direito à liberdade de expressão, mas não tem o direito de exercer a profissão fora dos limites do padrão de atendimento”, comentaram. “Isso significa que a profissão está rejeitando aqueles “que estão envolvidos em coisas que prejudicam os pacientes ou que atrasam a obtenção de tratamentos aceitos”, disse Caplan.

Wendy Parmet, JD, distinguished University Professor of Law da Northeastern University School of Public Policy and Urban Affairs, Boston, disse que a desinformação espalhada pelos médicos é especialmente prejudicial porque vem com um ar de credibilidade.

“Você quer deixar espaço suficiente para discurso e discussão dentro da profissão e não quer que o conselho imponha uma ortodoxia estreita e rígida”, disse Wendy. Mas nos casos em que as pessoas estão “vendendo informações que estão muito fora do consenso” ou estão “lucrando com isso, a profissão não tomar nenhuma ação, isso é, penso eu, prejudicial também para a confiança na profissão”, acrescentou.

Ela não ficou surpresa que Kory e Marik lutassem para manter a certificação. “A certificação do conselho é algo importante e que vale muito a pena ter”, disse ela. “Perdê-lo não é trivial.”

Kory, que é licenciado na Califórnia, Nova York e Wisconsin, “não exige a certificação para sua prática independente, mas está avaliando os próximos passos com advogados”, de acordo com o comunicado da FLCCC. Marik, cuja licença médica na Virgínia expirou em 2022, “não está mais tratando pacientes e dedicou seu tempo e esforços à Aliança FLCCC”, disse o comunicado.

Com informações do Estado de Minas 




Biden se despede em discurso emotivo e passa o bastão eleitoral para Kamala Harris

Kamala Harris disputará a Casa Branca com o republicano Donald Trump

Por

AFP

|20/08/2024 06:01

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, na Convenção Democrata de Chicago, em 19 de agosto de 2024
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris, na Convenção Democrata de Chicago, em 19 de agosto de 2024

O presidente dos Estados Unido, Joe Biden , se despediu na segunda-feira (19) à noite com um discurso emocionado e após uma grande ovação na Convenção Nacional Democrata, em Chicago, onde passou o bastão eleitoral para a vice-presidente Kamala Harris, que disputará a Casa Branca com o republicano Donald Trump.

“América, eu dei o meu melhor a você”, disse Biden, de 81 anos, citando o trecho da canção “American Anthem”, de Gene Scheer, que foi gravada por Norah Jones e que ele também mencionou em seu discurso de posse em 2021.

“Eu cometi muitos erros na minha carreira, mas dei meu melhor a vocês”, insistiu.

Biden, que desistiu de disputar a reeleição em julho, depois das críticas por sua idade avançada, não desperdiçou a oportunidade de falar sobre o tema. “Disseram que era muito jovem para ser senador por não ter 30 anos e muito velho para seguir como presidente”, disse, arrancando risadas da plateia.

“Mas espero que saibam o quanto sou grato a todos vocês”, completou.

O presidente foi recebido com gritos de “Nós amamos Joe!” e “Obrigado, Joe!” por milhares de democratas, que o aplaudiram de pé.

Apesar dos momentos nostálgicos em que resumiu meio século de vida política, o discurso de uma hora de Biden foi veemente, concentrado na luta que Harris e o partido têm pela frente contra o ex-presidente republicano Donald Trump nas eleições de novembro.

O presidente criticou diretamente Trump e pediu aos eleitores que escolham para comandar Casa Branca “uma promotora, ao invés de um criminoso condenado”, uma referência ao antigo cargo de Harris e ao veredicto emitido contra o magnata em Nova York em um dos processos judiciais contra ele.

“A democracia prevaleceu e agora a democracia precisa ser preservada”, disse Biden, depois de acusar Trump de promover o ódio.

“Não há espaço nos Estados Unidos para a violência política”, disse o presidente, que pediu aos democratas que continuem “avançando, e não retrocedendo”.

Emoção

Apresentado por sua filha Ashley, Biden enxugou as lágrimas por alguns segundos, assim como Harris, que alguns minutos antes subiu ao palco para iniciar o evento e agradecer ao presidente, a quem descreveu como “incrível”.

Muitas pessoas choraram durante a noite agridoce de Biden.

“O discurso foi incrível”, disse Alexis Rossum, da Louisiana. “Acho que ele fez um grande trabalho emocionando a todos, repassando as suas conquistas e as de Kamala, nos encorajou a votar e garantiu que estamos no caminho correto”, acrescentou.

“Ele passou o controle para uma promotora jovem e vibrante que está pronta para agir”, afirmou Azziem Underwood, de Seattle. “Ele parecia bem, pensei ‘por que ele se aposentou? Estava excelente hoje'”, completou.

Algumas horas antes, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton emocionou os participantes da convenção com um discurso otimista. “Algo está acontecendo nos Estados Unidos (…) Algo pelo qual trabalhamos e sonhamos há muito tempo”, disse.

Mas a política, que perdeu as eleições presidenciais para Trump em 2016, alertou para o desafio das próximas semanas e pediu que todos “trabalhem mais duro do que nunca”.

Hillary afirmou que é necessário impedir “os perigos que Trump e seus aliados representam” e disse que o republicano fez “seu próprio tipo de história: o primeiro candidato à presidência condenado por 34 acusações”.

A plateia respondeu ao discurso aos gritos de “prendam ele”.

Além dos elogios políticos, a convenção democrata abriu espaço para vozes a favor do acesso ao aborto, principal questão da plataforma de Kamala Harris, e uma pedra no sapato dos republicanos.

Gaza

Apesar da imagem de unidade e emoção que os democratas querem apresentar na convenção, o sentimento não é unânime.

Quase 30 delegados que integram o movimento “Não Comprometidos” chegaram ao evento incomodados com a posição do governo Biden-Harris a respeito da guerra em Gaza.

Asma Mohammed, delegada de Minnesota, disse que está decepcionada com a ausência de uma voz pró-palestina na convenção e teve uma opinião dissonante na despedida simbólica de Biden.

“Acho que o partido precisava de uma mudança. Não fico triste com a saída de alguém que apoiou descaradamente um regime genocida em Israel”, disse.

O grupo é uma pequena minoria, considerando que o evento conta com quase 5.000 delegados, mas a causa faz barulho: quase mil pessoas protestaram na segunda-feira no centro de Chicago contra a represália de Israel contra o Hamas em Gaza, que deixou mais de 40.000 mortos.

Biden, surpreendentemente, reconheceu o descontentamento em seu discurso.

“Os manifestantes nas ruas têm um ponto. Muitas pessoas inocentes estão morrendo nos dois lados”, disse.

“Vamos continuar trabalhando para trazer os reféns para casa e acabar com a guerra em Gaza” entre Israel e o




Kamala aparece à frente de Trump em nova pesquisa eleitoral dos EUA; veja

Eleições nos EUA ocorrem dia 5 de novembro

Por

iG Último Segundo

|18/08/2024 14:36

Kamala Harris e Donald Trump são candidatos à Casa Branca
Brendan Smialowski/ AFP

Kamala Harris e Donald Trump são candidatos à Casa Branca

Na pesquisa eleitoral divulgada neste domingo (18) pelo The Washington Post-ABC News-Ipsos , a democrata  Kamala Harris aparece à frente do republicano  Donald Trump na corrida pela presidência norte-americana. A margem de erro é de 2,5%.

As  eleições dos Estados Unidos ocorrem dia 5 de novembro deste ano. A atual vice-presidente, que assumiu o posto de candidata do Partido Democrata após a desistência de Biden , aparece com 49% das intenções de voto no cenário de disputa direta. Enquanto isso, Trump tem 45%.

Cenário com três candidatos

Segundo o levantamento, em um cenário simulado com um terceiro candidato mostra que Kamala apareceria 3 pontos percentuais a frente de Trump.

No cenário em que Robert F. Kennedy Jr. é o terceiro candidato, Kamala Harris lidera com 47%, enquanto Donald Trump tem 44% e Kennedy Jr., 5%. No início de julho, com Joe Biden no lugar de Harris, a situação era diferente: Trump tinha 43%, Biden 42% e Kennedy 9%.

A vantagem de três pontos percentuais de Harris, em uma disputa que conta com outros candidatos, é um pouco menor do que a margem de 4,5 pontos percentuais de Biden nas eleições de 2020, que garantiu a ele a vitória na corrida eleitoral.

De acordo com a pesquisa mais recente do The New York Times, Harris continua à frente, com uma vantagem de 3 pontos percentuais sobre Trump, obtendo 49% contra 47% para o ex-presidente.

Segundo os jornais norte-americanos, a eleição será acirrada, e a decisão pode ficar com os estados de Michigan, Pensilvânia, Wisconsin, Carolina do Norte, Geórgia, Arizona e Nevada.




EUA, União Europeia e outros países questionam vitória de Maduro na Venezuela; veja lista

No país, a oposição contesta a vitória de Maduro

Por

iG Último Segundo

|29/07/2024 08:21

Atualizada às 29/07/2024 10:45

CNE diz que Maduro venceu com 51,2%
Wendys OLIVO

CNE diz que Maduro venceu com 51,2%

Após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado ao governo venezuelano, afirmar que o presidente Nicolás Maduro foi reeleito na Venezuela com 51,2% dos votos , com 80% das urnas apuradas, autoridades internacionais questionaram o resultado nas redes sociais.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, pediu uma “recontagem detalhada dos votos”, expressando “grave preocupação” com as eleições venezuelanas.

“Agora que a votação terminou, é de vital importância que cada voto seja contado de forma justa e transparente. Convocamos as autoridades eleitorais a publicar a recontagem detalhada dos votos para assegurar a transparência e a prestação de contas”, disse Blinken em comunicado.

Já o Ministério das Relações Exteriores do Reino Unido pediu, em nota, a “publicação rápida e transparente dos resultados completos e detalhados para garantir que o resultado reflita os votos do povo venezuelano”.

Por outro lado, a vitória de Maduro foi celebrada por líderes da Rússia, China, Bolívia, Cuba e mais países.

Resultados

Segundo a última pesquisa eleitoral, da ORC Consultores, realizada em julho, Maduro não iria se reeleger. Edmundo González aparecia com 59,68% das intenções de voto, enquanto o atual líder venezuelano ocupava o segundo lugar, com 14,64%.

No entanto, após 80% das urnas verificadas, o CNE disse que Maduro saiu vitorioso com 51,2% dos votos, somando 5.150.092 votos. O principal adversário, González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos.

Nicolás Maduro e Edmundo González Reprodução: Redes Sociais

1/4 Nicolás Maduro e Edmundo González Reprodução: Redes Sociais
Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais Redação GPS

2/4 Com 12 horas de votação, urnas são fechadas na Venezuela para eleições presidenciais Redação GPS
Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução

3/4 Maduro e Urrutia votam em Caracas Montagem/Reprodução
Edmundo González Urrutia pode derrotar Maduro Reprodução

4/4 Edmundo González Urrutia pode derrotar Maduro Reprodução

Após o resultado, a oposição contestou a vitória de Maduro, alegando que González obteve 70% dos votos.

“Neste momento, temos mais de 40% das atas. Vou dizer algo a vocês: 100% das atas que transmitiu o CNE, nós as temos. Não sei de onde saíram as outras”, disse a líder opositora María Corina Machado. “Todas as que transmitiram, a gente as tem. E toda essa informação coincide. Sabe no quê? Em que Edmundo González Urrutia obteve 70% dos votos desta eleição, e Nicolás Maduro, 30% dos votos”.

Veja a lista de países e autoridades que questionaram

  • Argentina – Javier Milei, presidente;
  • Chile – Gabriel Boric, presidente;
  • Colômbia – Luis Gilberto Murillo, ministro das Relações Exteriores;
  • Espanha – José Manuel Albares, ministro das Relações Exteriores;
  • Estados Unidos – Antony Blinken, secretário de Estado;
  • Peru – Javier Gonzalez-Olaecha, ministro das Relações Exteriores;
  • União Europeia – Josep Borrell Fontelles, vice-presidente.

Veja lista das autoridades que parabenizaram Maduro

  • Bolívia – presidente Luis Arce;
  • China – Ministério das Relações Exteriores;
  • Cuba – presidente Miguel Díaz-Canel Bermúdez;
  • Honduras – presidente Xiomara Castro;
  • Nicarágua – presidente Daniel Ortega;
  • Rússia – presidente Vladimir Putin.

O Brasil ainda não reconheceu a vitória de Maduro. O governo brasileiro solicitou à missão da ONU e ao Carter Center, recebidos na condição de observadores na Venezuela, que  verifiquem a contestação do resultado.




Rei Charles III e Rainha Camilla passam por constrangimento durante discurso em cerimônia

No discurso de abertura do Parlamento, o rei apresentou o plano do novo governo do Partido Trabalhista

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|18/07/2024 03:07

Rei Charles III e Rainha Camilla
Reprodução

Rei Charles III e Rainha Camilla

Após chegar ao Palácio de Westminster em uma carruagem real com a Cavalaria da Guarda, o Rei Charles III, que estava prestes a apresentar o novo plano do governo do Partido Trabalhista, apareceu em regalia real completa, incluindo o Manto de Estado e a Coroa Imperial do Estado, repleta de diamantes.

A sala estava completamente silenciosa quando o monarca chegou ao lado da Rainha Camilla. Quando o rei e a rainha se dirigiram aos tronos, a Câmara dos Lordes estava ‘ensurdecedora’, até que um celular começou a tocar logo após o rei se sentar. O toque atraiu as atenções e não passou despercebido pelos fãs da realeza, que acharam extremamente inapropriada a cena constrangedora.

Veja galeria de fotos

Rei Charles III e Camila, rainha consorte do Reino Unido Reprodução/X/@RoyalFamily

1/5 Rei Charles III e Camila, rainha consorte do Reino Unido Reprodução/X/@RoyalFamily
Rei Charles III Reprodução/X/@RoyalFamily

2/5 Rei Charles III Reprodução/X/@RoyalFamily
Rei Charles III REPRODUÇÃO INSTAGRAM/@THEROYALFAMILY

3/5 Rei Charles III REPRODUÇÃO INSTAGRAM/@THEROYALFAMILY
Rei Charles III Reprodução: Flipar

4/5 Rei Charles III Reprodução: Flipar
Rei Charles III Reprodução/X/@RoyalFamily

5/5 Rei Charles III Reprodução/X/@RoyalFamily

O celular foi rapidamente silenciado e a cerimônia continuou. Em parte do seu discurso, escrito pelo primeiro-ministro Keir Starmer, o Rei Charles leu: “Será apresentada uma legislação para ajudar o país a alcançar a independência energética e desbloquear investimentos em infraestrutura de energia. Será introduzido um projeto de lei para apoiar a produção de combustível de aviação sustentável [Projeto de Lei do Mecanismo de Suporte à Receita de Combustível de Aviação Sustentável]”.

Esta não é a primeira vez que um telefone toca na Câmara dos Lordes, causando constrangimento. Em 2023, o colega trabalhista Lord Woodley pediu desculpas depois que seu telefone começou a tocar o tema do filme ‘Missão Impossível’ justamente quando o então ministro do meio ambiente, Lord Douglas Miller, estava prestes a discursar.