Atos em Israel pedem saída de Netanyahu e libertação de reféns em Gaza

Manifestações antigovernamentais ocorreram nas ruas de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya no sábado (30); 16 pessoas foram presas

 

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iG Último Segundo

|31/03/2024 13:58

Protesto em Tel Aviv; a polícia diz ter havido na cidade “uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”; 16 foram presos
Reprodução/X

Protesto em Tel Aviv; a polícia diz ter havido na cidade “uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”; 16 foram presos

Neste sábado (30), milhares de manifestantes foram às ruas nas cidades israelenses de Tel Aviv, Jerusalém, Cesareia, Raanana e Herzliya para protestar pela libertação de todos os reféns detidos na Faixa de Gaza e pela destituição do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

De acodo com o jornal britânico The Guardian, foram registrados protestos em Tel Aviv, Jerusalém, Haifa, Cesareia, Be’er Sheva, entre outros locais.

Para os manifestantes, Netanyahu é um “obstáculo ao acordo” de cessar-fogo com o Hamas, que inclui libertação dos reféns que ainda estão sob o poder do grupo extremista.

De acordo com a política, em Tel Aviv, “houve uma grande quantidade de manifestantes que perturbaram a ordem pública”. Foram usados canhões de água para dispersar os presentes e 16 pessoas foram presas.

Os protestos na Rua Kaplan, em Tel Aviv, também pediram eleições gerais. Já em uma manifestação separada na Praça dos Reféns, em Tel Aviv, os reféns que foram libertados pelo Hamas pediram às autoridades israelenses a volta imediata de todos ainda detidos em Gaza.

Além disso, centenas de pessoas se reuniram em frente à casa de Netanyahu em Jerusalém. A expectativa é que seja realizado outro grande ato na cidade. Ainda de acordo com o The Guardian, alguns manifestantes planejam acampar em tendas perto do Knesset, a sede do Legislativo israelense.

Em 26 de março, o governo de Israel abriu mão das negociações por um acordo de cessar-fogo e chamou de volta os negociadores israelenses que foram ao Qatar para fechar um acordo com o Hamas. Na época, Netanyahu declarou que não aceitará o fim da guerra sem que seus objetivos sejam alcançados.

De acordo com o gabinete do premiê, esses objetivos são: “destruir as capacidades militares e governamentais do Hamas, libertar todos os reféns e garantir que a Faixa de Gaza não represente uma ameaça para o povo de Israel no futuro”.




Ponte atingida por navio nos EUA: seis pessoas são consideradas mortas

Acredita-se que os desaparecidos trabalhavam na equipe de construção de estradas

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iG Último Segundo

|27/03/2024 08:05

O que restou da ponte Francis Scott Key após a colisão de um navio cargueiro
Reprodução: Redes Sociais

O que restou da ponte Francis Scott Key após a colisão de um navio cargueiro

A busca pelas seis pessoas desaparecidas por conta da colisão de um navio cargueiro com o pilar da ponte Francis Scott Key, em Baltimore , está suspensa, segundo a Guarda Costeira dos Estados Unidos. As autoridades consideram que as pessoas estão mortas.

Acredita-se que os desaparecidos trabalhavam na equipe de construção de estradas. Dois desses funcionários eram da Guatemala, conforme o Ministério das Relações Exteriores do país. Entre eles estavam um jovem de 26 anos, natural de San Luis, Petén, e um homem de 35 anos de Camotán, Chiquimula.

O ministério afirmou que ambos estavam trabalhando no “reparo do asfalto da ponte no momento do acidente”.

As demais vítimas são do México, Guatemala, Honduras e El Salvador, segundo Rafael Laveaga, chefe da Seção Consular da Embaixada do México em Washington.

“Era uma equipe que estava consertando partes, acho que buracos na ponte. São eles que vão construir a ponte novamente – os latinos”, afirmou Laveaga a jornalistas, ressaltando que é muito cedo para citar todas as nacionalidades das vítimas. “Acidentes acontecem e foi uma tragédia muito infeliz”, acrescentou ele.

Reconstrução do local

Segundo o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA (USACE), mais de mil pessoas ajudarão na limpeza do local e na reconstrução da ponte de Baltimore. A equipe deve contar com “especialistas em engenharia, construção, contratação e operações”.

“Nossos pensamentos estão com aqueles que foram afetados pelo trágico colapso da ponte Francis Scott Key”, declarou o comandante do distrito de Baltimore, coronel Estee Pinchasin.

“Nossos gerentes de emergência estão monitorando de perto o incidente e coordenando com agências parceiras quaisquer possíveis solicitações de apoio”, completou.

O acidente

Na madrugada de terça-feira (26), o navio cargueiro batizado de DALI, de 300 metros de comprimento e 48 de largura, colidiu com o pilar da ponte Francis. Segundo os bombeiros, várias pessoas teriam caído na água. As autoridades confirmaram ainda que veículos também caíram no rio Patapsco.

De acordo com o chefe do corpo de bombeiros local, James Wallace, duas pessoas foram retiradas da água com vida, sendo que uma delas ficou em estado grave.

Ponte Francis Scott Key derrubada por navio cargueiro. Foto: Reprodução: Redes Sociais
O que restou da ponte Francis Scott Key após a colisão de um navio cargueiro. Foto: Reprodução: Redes Sociais
Ponte dos EUA desabando nesta madrugada. Foto: Reprodução: Redes Sociais
Ponte Francis Scott Key derrubada por navio cargueiro. Foto: Reprodução: Redes Sociais
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Segundo o governador de Maryland, a tripulação do Dali avisou as autoridades portuárias que perdeu o controle do cargueiro, e que os propulsores não estavam funcionando.

Moore informou que a tripulação emitiu um alerta de “Mayday”, antes do acidente, o que proporcionou tempo para as autoridades de bloquearem parcialmente o tráfego na ponte.

“Somos gratos porque, entre o ‘mayday’ e o colapso da ponte, agentes puderam interromper o fluxo de tráfego. Dessa forma, havia menos carros na ponte”, declarou o governador.

Na Casa Branca, o atual presidente Joe Biden afirmou que o governo vai trabalhar com os parlamentares no Congresso para garantir que Maryland receba o apoio necessário. “Minha intenção é que o governo federal pague todo o custo da reconstrução daquela ponte e espero que o Congresso apoie meu esforço”, disse mandatário norte-americano.

A ponte Francis Scott Key foi fundada em 1977 e tinha quase 3 quilômetros de extensão. A estrutura também fica perto do porto de Baltimore.

 




Estado Islâmico diz ser autor de ataque que deixou 40 mortos em Moscou

Homens armados atiraram contra pessoas que estavam prestes a ver um show da banda de rock Picnic nesta sexta-feira (22)

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iG Último Segundo

|22/03/2024 20:03

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Reprodução

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O grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou o ataque que deixou ao menos 40 pessoas mortas em uma casa de shows perto de Moscou, na Rússia, nesta sexta-feira (22) . O grupo assumiu a autoria em um canal do Telegram. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

Como foi o ataque

O atentado começou por volta das 20h (14h em Brasília), quando a banda Picnic estava se preparando para tocar na casa de shows Crocus City Hall, em Krasnogorsk, cidade próxima a Moscou. Ao menos cinco homens começaram o ataque no saguão e, depois, invadiram o local, de acordo com a Tass.

Neste momento, foram ouvidas duas explosões e o local pegou fogo. Os bombeiros conseguiram controlar as chamas, mas, segundo a agência de notícias Tass, o teto do Crocus City Hall pode cair a qualquer momento por causa das explosões e dos tiros.

Informações confirmadas

  • Houve 40 mortos e mais de 145 feridos oficialmente;
  • O local se chama Crocus City Hall, um espaço com shopping, restaurantes e casa de shows em um mesmo espaço;
  • Segundo a Tass, o teto do Crocus City Hall pode cair a qualquer momento por causa das explosões e dos tiros;
  • O governo da Ucrânia afirmou que não tem nenhuma relação com o atentado;
  •  O grupo Estado Islâmico assumiu a autoria do atentado;
  • Vídeos nas redes sociais mostram pessoas correndo pelos corredores da casa de show em meio aos corpos das vítimas;
  • Foi o pior atentado na Rússia desde a invasão de uma escola em 2004 em Beslan.
  • O show da banda de rock Picnic estava para começar.




Rússia lança mais de 30 mísseis contra a capital da Ucrânia

Ataque chega horas antes de cúpula da UE sobre guerra na Ucrânia

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Ansa

|21/03/2024 08:17

Ataque ocorre horas antes da reunião da UE sobre guerra na Ucrânia
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Ataque ocorre horas antes da reunião da UE sobre guerra na Ucrânia

As forças russas dispararam mais de 30 mísseis contra Kiev na madrugada desta quinta-feira (21), horas antes da reunião de líderes da União Europeia para discutir maneiras de auxiliar a Ucrânia na guerra contra a Rússia .

Segundo a Aeronáutica Militar ucraniana, 31 projéteis foram abatidos pelas defesas antiaéreas do país, incluindo um míssil hipersônico KH-47M2 Kinzhal.

Pelo menos 13 pessoas ficaram feridas em Kiev por causa de fragmentos dos projéteis russos.

“Os terroristas não têm mísseis para escapar da defesa dos Patriots [sistema antiaéreo americano] e outros importantes sistemas mundiais.

Agora essa proteção é necessária aqui na Ucrânia. Tudo é possível se os parceiros tiverem suficiente vontade política”, disse o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em mensagem no Telegram.

Enquanto isso, os líderes dos 27 países da União Europeia se reúnem entre hoje (21) e amanhã (22) em Bruxelas para discutir questões de segurança e defesa, sobretudo ligadas às ameaças da Rússia.

overlay-cleverUm dos objetivos da cúpula é tentar acelerar o ritmo de envio de ajuda militar a Kiev, porém também está na pauta o endurecimento das políticas de defesa do bloco. “Se quisermos a paz, devemos nos preparar para a guerra”, alertou o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.




Brasil firma acordo de cooperação energética com Guiana e Suriname

Países também manifestaram compromisso pela paz durante a 46ª Cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom)

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Ansa

|29/02/2024 15:40

Presidente Lula
PR/Ricardo Stuckert

Presidente Lula

 Os governos do Brasil, Guiana e Suriname divulgaram nesta quinta-feira (29), em Georgetown, capital da Guiana,  uma declaração conjunta na qual expressaram seu compromisso com a paz e propuseram aprofundar seus acordos sobre energia e infraestrutura.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus homólogos Irfaan Ali (Guiana) e Chandrikapersad Santokhi (Suriname) tiveram uma reunião trilateral nesta quarta-feira (28) à margem da 46ª Cúpula da Comunidade do Caribe (Caricom), realizada em Georgetown.

Os mandatários reafirmaram o compromisso de “trabalhar para a manutenção da América Latina e do Caribe como zona de paz e cooperação”, conforme o documento divulgado no contexto da tensão entre Guiana e Venezuela pelo controle do Essequibo, território com grandes reservas de petróleo.

No tema energético, os governantes concordaram em “aprofundar discussões em matéria de cooperação no setor de petróleo e gás, incluindo exploração e produção, regulação e planos de contingência e resposta a emergências”.

Por fim, os mandatários destacaram a “oportunidade de avançar em projetos que reforcem a conectividade física e digital”.

Nesse sentido, os líderes das três nações sul-americanas concordaram em modernizar a “ligação viária entre o estado brasileiro do Amapá (na região nordeste da Amazônia brasileira) e as capitais de Guiana e Suriname, passando pela Guiana Francesa, a ser incluída em discussões futuras sobre essa rota”.




Biden culpa Putin por morte de Navalny e vai impor sanções à Rússia

Porta-voz da Casa Branca diz que as medidas também serão aplicadas por causa da guerra na Ucrânia

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iG Último Segundo

|20/02/2024 14:52

Joe Biden vai punir a Rússia pela morte de Navalny
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Joe Biden vai punir a Rússia pela morte de Navalny

Presidente dos Estados Unidos , Joe Biden vai impor um “severo” pacote de sanções à Rússia por causa da morte de Alexei Navalny , principal opositor do presidente Vladimir Putin . Porta-voz de segurança nacional da Casa Branca , John Kirby declarou que as medidas também têm relação com a invasão e os ataques do país europeu na Ucrânia . O pacote de punições será oficializado pelo líder norte-americano nesta sexta-feira (23).

“O pacote irá responsabilizar a Rússia pelo que aconteceu com Navalny e pelas ações do governo russo ao longo da guerra na Ucrânia, disse Kirby, nesta terça-feira (20), sem especificar quais medidas serão anunciadas. Vale lembrar que, no próximo sábado (24), a guerra entre Rússia e Ucrânia completa dois anos.

Navalny morreu na última sexta-feira (16), numa prisão isolada na Rússia – ele cumpria pena por “extremismo”. O Serviço Penitenciário Federal do país alegou que, na semana passada, ele perdeu a consciência durante uma caminhada e não conseguiu se recuperar. No entanto, a causa exata da morte não foi esclarecida, e o governo russo afirmou não ter informações a respeito.

Para os Estados Unidos, entretanto, não resta dúvidas de que a morte de Navalny foi encomendada pelo líder russo. “Independentemente da resposta científica, Putin é responsável por isso,” disse o porta-voz norte-americano.

“Putin matou o meu marido”

Esposa do opositor russo, Yulia Navalny disparou sérias acusações contra Putin, em um vídeo divulgado nesta segunda-feira (19). A mulher declarou que o presidente ordenou o assassinato de seu marido porque “não poderia pará-lo”, dando continuidade às suspeitas de que o governo russo esteve envolvido na morte.

Yulia afirmou ainda que continuará a lutar contra o governo Putin e prometeu revelar os responsáveis pelo assassinato de seu marido. “Vou intensificar minha batalha contra o Kremlin com mais vigor do que nunca. Peço que se unam a mim, compartilhando minha raiva. Raiva, indignação, ódio contra aqueles que ousaram tirar nosso futuro”, declarou

Além dos familiares, Estados Unidos, União Europeia e o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, cobraram explicações do governo da Rússia sobre a morte repentina de Navalny.

Posicionamento do Brasil

Questionado sobre o tema no início desta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adotou cautela e pediu mais informações para dar uma opinião sobre o caso. No entendimento do chefe do Executivo, nenhuma acusação pode ser feita antes de toda investigação.

Por Ig




EUA vetam, pela terceira vez, resolução para cessar-fogo em Gaza

Não podemos apoiar uma resolução que comprometa ‘negociações delicadas’ para alcançar uma trégua, declarou a embaixadora de Washington nas Nações Unidas


Conselho de Segurança da ONU: EUA vetam resolução para cessar-fogo em Gaza
Nesta terça-feira (20), os Estados Unidos vetaram uma resolução apresentada no Conselho de Segurança das Nações Unidas pela Argélia, que exigia “um cessar-fogo humanitário imediato” na Faixa de Gaza, palco do conflito entre Israel e Hamas. Esta é a terceira vez que o país norte-americano rejeita publicamente as exigências de um cessar-fogo total, em apoio ao governo de Israel, seu aliado.

Washington já havia sinalizado que vetaria o projeto da Argélia, cujo texto exigia a libertação dos reféns feitos pelo Hamas no ataque de 7 de outubro e se opunha ao “deslocamento forçado da população civil palestina” — mas não condenava o ataque do grupo que comanda o enclave.

“Não podemos apoiar uma resolução que colocaria em risco negociações sensíveis”, disse ela. “Não se trata, como afirmaram alguns membros, de um esforço americano para encobrir uma iminente incursão terrestre, mas sim de uma declaração sincera de nossa preocupação com os 1,5 milhão de civis que buscaram refúgio em Rafah”, acrescentou.

A cidade de Rafah, no sul de Gaza, abriga cerca de 1,5 milhão de refugiados, mas está sob a ameaça de uma invasão pelas forças israelenses.

Estados Unidos pode exigir cessar-fogo temporário
Vale lembrar, no entanto, que os Estados Unidos têm elaborado projeto alternativo que propõe o cessar-fogo temporário “assim que possível”, além de um alerta a Israel contra a invasão da cidade de Rafah.

O documento foi apresentado nesta segunda (19), um dia após o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, sinalizar que suas forças invadirão Rafah se Hamas não libertar os reféns que mantém desde o início do conflito. O grupo palestino tem até 10 de março, data que coincide com o início do Ramadã (mês sagrado para os muçulmanos), para realizar a libertação.

De acordo com a proposta, o Conselho de Segurança deveria destacar “seu apoio por um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rápido possível, com base na fórmula de que todos os reféns sejam libertados”, enquanto, ao mesmo tempo, “suspende todas as barreiras à entrega de assistência humanitária” em Gaza.

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De acordo com autoridades palestinas, 28.985 pessoas morreram e 69.028 ficaram feridas na Faixa de Gaza desde o início do conflito contra Israel. Entre israelenses, ao menos 1.139 pessoas foram mortas nos ataques liderados pelo grupo militante palestino.

Por Ig




Navalny e Prigozhin: relembre destinos trágicos de opositores de Putin

Queda de avião, envenenamento e acidentes misteriosos ocorreram com opositores de Putin na Rússia ao longo dos últimos anos

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iG Último Segundo

|16/02/2024 15:30

Melhor documentário - “Navalny”: O filme conta a história do líder da oposição ao governo Putin, Alexey Navalny. O político e ativista, que chegou a sofrer uma tentativa de envenenamento em 2020, foi condenado a nove anos de prisão na Rússia.
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Melhor documentário – “Navalny”: O filme conta a história do líder da oposição ao governo Putin, Alexey Navalny. O político e ativista, que chegou a sofrer uma tentativa de envenenamento em 2020, foi condenado a nove anos de prisão na Rússia.

Na manhã desta sexta-feira (16), foi confirmada a morte de Alexei Navalny, opositor do presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo as informações da agência de notícias Reuters, o ex-advogado estava preso na prisão de Yamalo-Nenets há cerca de três anos.

Navalny ganhou fama há dez anos quando satirizou a elite do presidente Putin. Ele ainda fez acusações de corrupção do governo russo. Até o momento, não há informações da causa da morte do ex-advogado.

Entretanto, essa não é a primeira morte suspeita de um opositor do chefe do governo russo. Em agosto de 2023, um jato executivo do grupo mercenário Wagner caiu em Tver, matando o chefe do grupo, Yevgeny Prigozhin , e o comandante do grupo paramilitar, Dmitry Utkin . O grupo se manifestou fortemente contra Putin sobre o desenrolar da guerra na Ucrânia. Ao todo, 10 pessoas estavam na aeronave.

Em 2013, o magnata russo e ex-autoridade do Kremlin,  Boris Berezovsky , foi morto em Londres. O magnata era um dos críticos mais ferozes da Putin. Ele chegou a ser exilado em 2000 assim que Putin chegou ao poder. Ele foi encontrado morto no banheiro de sua residência, com sinais de enforcamento. Na época, o Kremlin informou que Berezovsky teria escrito ao presidente russo pedindo perdão.

Também no Reino Unido, o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha, Yulia, foram inicialmente contaminados com um agente tóxico em 2018. Ambos foram encontrados inconscientes no banco de um parque na cidade. Segundo as autoridades britânicas, a Rússia teria sido a culpada do ataque. A toxina utilizada foi a Novichok, foi concebido pelo setor militar soviético há décadas.

Vladimir Kara-Murza , um jornalista e ativista que é formado no Reino Unido, foi vítima de dois envenenamentos misteriosos. O primeiro em 2014 e o segundo em 2017. Ele ficou em coma por conta dos ataques. Kara-Murza liderou, em 2011, os esforços da oposição para garantir sanções internacionais contra pessoas que violem os direitos humanos no país.




Europa não consegue se defender sozinha, diz chefe da Otan

Secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg — Foto: Yves Herman/REUTERS

por Igor Gielow

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, afirmou na quarta (14) que a União Europeia não tem condições de defender o continente em que ficam seus 27 integrantes. “Oitenta por cento do gasto militar da Otan vêm de seus membros que não pertencem à União Europeia”, afirmou.

O norueguês teve de recorrer a essa obviedade numérica para qualificar o debate iniciado pela ameaça feita por Donald Trump à aliança militar comandada na prática pelos Estados Unidos desde sua criação, em 1949.

No sábado (10), Trump relembrou uma suposta conversa que teria tido com um líder europeu enquanto presidia os EUA (2017-2021). Sugeriu que os EUA não iriam defender o país se ele estivesse “inadimplente” com a Otan e, adicionando infâmia à injúria, disse que estimularia a Rússia a atacá-lo.

A frase causou forte reação na Europa, onde chefes de Estado e de governo passaram a semana alertando para os riscos da eventual volta do republicano ao poder —ele disputa com grandes chances a eleição presidencial com Joe Biden em novembro.

Em todas as críticas europeias aparecia o componente da necessidade de aumentar o gasto militar do continente e a lembrança de que isso vem ocorrendo desde que Vladimir Putin invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022.

Aí entra o truísmo de Stoltenberg. Os EUA, maior potência da história do planeta em termos de capacidade militar, respondem sozinhos por 70% do dispêndio em defesa entre os 31 membros da aliança. Os 10% restantes citados pelo secretário-geral vêm do Canadá e dos sete outros países europeus do grupo que não integram a UE, incluindo os importantes Reino Unido, Turquia e Noruega.

Em sua fala, Trump simplificou as coisas de forma malandra. Não há como um país ficar inadimplente junto à Otan, que não é um banco ou loja de crediário. O que existe é uma meta estipulada em 2006 pelos seus integrantes, que prometeram chegar a 2% de seu PIB gastos em defesa.

E isso, de fato, é um problema. Em 2014, quando Putin anexou a Crimeia numa antecipação do que aconteceria oito anos depois, apenas três países da Otan cumpriam o acordado. Quando foi presidente, Trump denunciou isso repetidamente, tanto que seu descaso com a aliança fez o já líder francês Emmanuel Macron dizer que o grupo estava em “morte cerebral”.

Aos poucos a situação evoluiu, com uma aceleração nos gastos quando a Rússia foi às vias de fato contra Kiev. Em 2023, 11 países já ultrapassavam a barreira dos 2%, alguns prometendo gastar até 4%, como a belicosa Polônia.

Nesta quarta, Stoltenberg reafirmou que neste ano 18 membros chegarão à meta e, mais importante, que a Otan como um todo a alcançará na média de seus orçamentos de defesa nacionais. Em 2023, estava em 1,85% do PIB combinado dos 31 países.

Mais importante, pela primeira vez a Alemanha, país mais rico da Europa, deverá chegar aos 2%. Berlim sempre foi um alvo preferencial de Trump, que também apontava para a dependência energética que o país tinha da Rússia, mitigada após as sanções decorrentes da guerra.

Os EUA puxaram o movimento e aprovaram no ano passado seu maior orçamento militar da história, de US$ 905 bilhões, ou 41% de tudo o que mundo aplicou no setor em 2023, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (Londres).

Em seu balanço anual, divulgado na terça (13), a organização apontou um dispêndio de 3,36% do PIB em defesa pelos americanos. O número difere um pouco do que disse a Otan, de 3,49%, por questões metodológicas e pelo fato de que os dados da aliança são estimativas. Seja como for, o cenário desenhado é o mesmo.

Stoltenberg também buscou rebater a ameaça de Trump de não cumprir o artigo 5 da carta de fundação da Otan, que prevê assistência mútua em caso de agressão a um de seus membros. “Os EUA nunca lutaram uma guerra sozinhos. A crítica que ouvimos não é sobre a Otan, é sobre aliados não gastando o suficiente com a Otan”, afirmou.

Nisso, ele e o ex-presidente concordam. O chefe da Otan pediu também que a Câmara dos Representantes dos EUA aprove a ajuda militar de R$ 300 bilhões à Ucrânia, que passou no Senado nesta semana. Mas lá os republicanos de Trump são maioria e prometem dificultar as coisas para Biden.

De seu lado, o presidente americano está em campanha aberta pela aprovação, emulando o mantra de que, se a Ucrânia cair, Putin não irá parar nela. A tese ganhou reforço com as colocações ambíguas do russo dadas em entrevista ao aliado de Trump Tucker Carlson na semana passada. Putin nega interesse em territórios da Otan, acerca das áreas ocupadas por poloneses e lituanos.

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Rei Charles III está com câncer, anuncia Palácio de Buckingham

Quadro foi descoberto após procedimento cirúrgico recente

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iG Último Segundo

|05/02/2024 15:25

Atualizada às 05/02/2024 16:16

 

Rei Charles III está com câncer, anuncia Palácio de Buckingham
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Rei Charles III está com câncer, anuncia Palácio de Buckingham

O Palácio de Buckingham anunciou, nesta segunda-feira (5), que o rei Charles III foi diagnosticado com câncer. Não foi divulgado o laudo específico da doença.

“O rei foi diagnosticado com uma forma de câncer e iniciou um cronograma de tratamentos regulares e, embora tenha adiado funções públicas, “permanece totalmente positivo sobre seu tratamento”, publicou a PA Media citando o Palácio de Buckingham.

O Palácio de Buckingham afirmou que o rei “permanece totalmente otimista sobre o tratamento que recebeu e espera retornar ao serviço público o mais rápido possível”.

Recentemente, o monarca passou por um procedimento cirúrgico na próstata. Durante a internação, foi identificado um “outro ponto de preocupação”, de acordo com a nota da família real britânica. Não foi divulgado se o câncer é na próstata ou não.

De acordo com a nota, o rei iniciou ainda nesta segunda os tratamentos, e foi aconselhado pelos médicos a adiar compromissos públicos. Ainda assim, ele continuará seus trabalhos internos normalmente, de acordo com os anúncios.