Lula elogia acordo Mercosul-UE: “Preservamos nossos interesses”

Lula acredita que novo texto de acordo Mercosul-UE é “um texto moderno e equilibrado que reconhece as credenciais ambientais do Mercosul”

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iG Último Segundo

|06/12/2024 13:59

Atualizada às 06/12/2024 14:42

Lula ao lado de outros presidentes na Cúpula da Mercosul
Ricardo Stuckert/Presidência da República

Lula ao lado de outros presidentes na Cúpula da Mercosul

Lula (PT) elogiou nesta sexa-feira a celebração do novo acordo comercial entre Mercosul e União Europeia . O presidente está em Montevidéu, Uruguai, para a reunião de Cúpula do Mercosul .

Além dos líderes do bloco econômico da América do Sul (Lula e os presidentes Javier Milei da Argentina, Santiago Peña do Paraguai, Luis Alberto Lacalle Pou do Uruguai e Luis Arce da Bolívia), participou da convenção Ursula von der Leyen , presidente do Conselho Europeu e representante de UE.

Lula elogia acordo

Durante seu discurso, Lula disse: “Estamos criando uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, reunindo mais de 700 milhões de pessoas. Nossas economias juntas representam um PIB de 22 trilhões de dólares.”

“Após dois anos de intensas tratativas, temos hoje um texto moderno e equilibrado que reconhece as credenciais ambientais do Mercosul e reforça nosso compromisso com o Acordo de Paris. A realidade geopolítica e econômica global mostra que a integração fortalece nossas sociedades, moderniza nossas estruturas produtivas e promove nossa inserção mais competitiva no mundo”, continuou o presidente.

Os acordos econômicos entre Mercosul e UE são um trâmite antigo, de cerca de 30 anos. Em 2019, um primeiro acordo chegou a ser assinado, mas diversos pontos com ressalva foram revisitados para gerar consenso. Sobre isso, o presidente do Brasil disse:

“O acordo que finalizamos hoje é bem diferente daquele anunciado em 2019. As condições que herdamos eram inaceitáveis. Foi preciso incorporar ao acordo temas de relevância para o Mercosul. Conseguimos preservar nossos interesses em compras governamentais, o que nos permitirá implementar políticas públicas em áreas como saúde, agricultura familiar, ciência e tecnologia.”

Lula “cutuca” Macron

Durante o discurso, Lula também tratou indiretamente de recentes problemas com Emmanuel Macron , presidente da França . O país é contra a assinatura do acordo com o Mercosul , e falou abertamente sobre isso. A principal questão francesa é a carne brasileira.

“Nossa pujança agrícola e pecuária nos torna garantes da segurança alimentar de vários países do mundo, atendendo a rigorosos padrões sanitários e ambientais. Não aceitaremos que tentem difamar a reconhecida qualidade e segurança de nossos produtos. O Mercosul é um exemplo de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental”, disse o presidente brasileiro.




Militares deixam parlamento após rejeição de decreto de lei marcial na Coreia do Sul

A Constituição sul-coreana prevê que a declaração de lei marcial pode ser revogada por maioria parlamentar

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|03/12/2024 17:01

O decreto foi derrubado por unanimidade
Chung Sung-Jun/Getty Images

O decreto foi derrubado por unanimidade

Os militares e autoridades policiais que ocupavam o prédio da Assembleia Nacional da Coreia do Sul deixaram o local após os parlamentares rejeitarem o decreto de lei marcial proposto pelo presidente Yoon Suk Yeol. A saída ocorreu de forma pacífica, encerrando uma das tensões mais marcantes no parlamento do país em décadas.

O decreto foi derrubado por unanimidade, com 190 parlamentares presentes, de um total de 300 membros do parlamento. A Constituição sul-coreana prevê que a declaração de lei marcial pode ser revogada por maioria parlamentar.

Após a votação, Woo Won-sik, presidente da Assembleia Nacional, declarou:  “O presidente deve suspender imediatamente a lei marcial de emergência após a votação pela Assembleia Nacional. Agora, a declaração de lei marcial de emergência é inválida”.

A declaração de lei marcial pelo presidente Yoon Suk Yeol transferia os poderes civis para o comando militar, fechava o Parlamento, restringia atividades políticas e limitava a disseminação de informações na imprensa.

Segundo o presidente, a medida era necessária para “limpar elementos pró-Coreia do Norte” do país.

“Declaro lei marcial para proteger a livre República da Coreia da ameaça das forças comunistas norte-coreanas, para erradicar as desprezíveis forças anti-estado e pró-norte-coreanas que estão saqueando a liberdade e a felicidade do nosso povo, e para proteger a ordem constitucional livre”.

A oposição, no entanto, acusou o presidente de usar o decreto como represália contra o Parlamento, após rejeição de sua proposta orçamentária e a aprovação do impeachment de membros de seu gabinete.

A votação ocorreu sob forte tensão. Tropas militares tentaram barrar o acesso de parlamentares ao prédio, o que levou alguns congressistas a entrar pelas janelas para garantir a realização da sessão.

Após o resultado, as forças militares se retiraram do local, mas alguns permanecem na área externa para conter manifestações populares.

Reação da população

A declaração de lei marcial provocou protestos em frente ao Parlamento. Manifestantes entoavam gritos como “Abram a porta”, em oposição à medida presidencial, sendo dispersados pelas forças policiais.

Este foi o primeiro decreto de lei marcial na Coreia do Sul desde o fim da ditadura militar, no final da década de 1980.




Reino Unido deporta mais de 600 brasileiros em voos secretos, revela jornal

As deportações incluem 109 crianças, todas integrantes de unidades familiares

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|01/12/2024 12:16

Atualizada às 01/12/2024 12:38

As deportações foram classificadas como
Reprodução

As deportações foram classificadas como “voluntárias”

Nos meses de agosto e setembro deste ano, o Reino Unido registrou um número recorde de deportações de brasileiros, com 603 pessoas sendo enviadas de volta ao Brasil em três voos secretos . As deportações incluem 109 crianças, todas integrantes de unidades familiares.

Este movimento marca o maior número de deportações de cidadãos de uma mesma nacionalidade registrado em um curto período.

Os voos ocorreram nas seguintes datas: o primeiro, em 9 de agosto, com 205 pessoas a bordo, incluindo 43 crianças; o segundo, em 23 de agosto, com 206 pessoas, sendo 30 crianças; e o último, em 27 de setembro, com 218 pessoas, das quais 36 eram crianças.

As deportações foram classificadas como “voluntárias”, o que implica que os deportados aceitaram a medida com base em incentivos financeiros de até £3.000 (aproximadamente R$ 22.000), oferecidos pelo governo britânico para quem optasse por retornar ao Brasil em vez de enfrentar processos legais mais longos.

A principal razão para as deportações envolve o fato de muitas dessas pessoas estarem no Reino Unido com vistos vencidos ou em situação de migração ilegal.

No entanto, o processo gerou grande preocupação entre organizações de direitos dos imigrantes, que destacam o impacto negativo nas crianças, muitas das quais estavam matriculadas em escolas no país e integradas à sociedade britânica.

A Coalition of Latin Americans in the UK (Coalizão de Latino-Americanos no Reino Unido) expressou suas preocupações em um comunicado, pontuando as dificuldades que os brasileiros enfrentam para acessar informações de qualidade e aconselhamento jurídico adequado, especialmente em seu próprio idioma.

Pós-Brexit

A situação é resultado, em parte, das mudanças nas regras de imigração pós-Brexit. A saída do Reino Unido da União Europeia, oficializada em 2016, eliminou a permissão automática de residência para cidadãos de países da UE, afetando muitos brasileiros que haviam migrado para o país por meio de outros estados membros.

A implementação do acordo de Brexit, em 2021, intensificou esses desafios, deixando centenas de brasileiros e seus familiares em risco de perder seus direitos devido à desinformação sobre os novos requisitos de elegibilidade.

O governo britânico, por sua vez, tem adotado uma postura rigorosa em relação à migração ilegal, com o objetivo de reduzir a dependência de hotéis e a custos de acomodação para imigrantes ilegais, projetando uma economia de aproximadamente 4 bilhões de libras nos próximos dois anos.

Além disso, o Parlamento do Reino Unido aprovou uma lei para deportar requerentes de asilo para Ruanda, medida que foi suspensa em junho após uma decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Essa medida foi uma das principais bandeiras do governo do ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, embora sua implementação ainda dependa de desdobramentos legais.




Argentina prende 61 brasileiros foragidos por atos golpistas

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Marcelo Camargo/Agência Brasil

Atos golpistas do 8 de janeiro

A Justiça argentina, atendendo a um pedido do Brasil, emitiu nesta sexta-feira (15) mandados de prisão contra 61 brasileiros envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Os foragidos, que haviam violado medidas cautelares no Brasil, foram localizados em território argentino.

Segundo o jornal Clarín, o juiz Daniel Refecas foi responsável pela decisão. Com os mandados expedidos, qualquer autoridade argentina pode prender os golpistas.

Entre os presos estão Rodrigo de Freitas Moro Ramalho, considerado foragido desde abril de 2024, e Joelton Gusmão de Oliveira, condenado a 17 anos de prisão pela tentativa de golpe.

A operação conjunta entre a Polícia Federal brasileira e as autoridades argentinas visa localizar e extraditar os demais foragidos. Em junho, o Brasil enviou uma lista com mais de 180 nomes de brasileiros procurados nos três países.

O governo argentino, por meio de seu porta-voz, Manuel Adorni, já havia garantido que não haveria “pactos de impunidade” e que o país respeitaria as decisões da Justiça brasileira.

Após a prisão, os golpistas passarão por um processo de extradição na Argentina antes de serem enviados ao Brasil para responder pelos crimes cometidos.




Argentina prende 2 brasileiros e emite 59 mandados para foragidos do 8 de janeiro

Esses condenados são alvo de pedidos de extradição feitos pelo Brasil

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|15/11/2024 18:49

Atualizada às 15/11/2024 21:43

STF torna réu acusado de convocar pessoas para atos golpistas de 8/1
Agência Brasil

STF torna réu acusado de convocar pessoas para atos golpistas de 8/1

Justiça da Argentina  emitiu mandados de prisão contra 61 brasileiros que participaram dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023 . Esses condenados são alvo de pedidos de extradição feitos pelo Brasil. Até agora, dois deles já foram presos no país governado por Javier Milei .

As ordens de prisão foram emitidas pelo juiz Daniel Rafecas, responsável pela 3ª Vara Federal. Os brasileiros presos terão audiências com o próprio Rafecas, que decidirá sobre a extradição, mas eles podem apelar para a Suprema Corte da Argentina. As informações são da Folha de S. Paulo.

Brasileiros detidos e extradição

Um dos detidos é Joelton Gusmão de Oliveira, capturado na quinta-feira (14) em La Plata, na Argentina. Ele foi condenado a 17 anos de prisão no Brasil. Sua esposa, Alessandra Faria Rondon, também tinha uma ordem de prisão, mas conseguiu evitar a captura. A segunda prisão ocorreu na sexta-feira (15).

Os condenados permanecerão presos até a decisão final sobre a extradição. O governo de Javier Milei informou que seguirá as decisões judiciais sobre o caso.

Até outubro de 2024, 185 brasileiros solicitaram refúgio na Argentina, número muito superior ao registrado em 2023, quando apenas três pedidos foram feitos. A maior parte dos solicitantes são homens, com destaque para o mês de maio, que teve 47 novos pedidos.

Os dois brasileiros detidos aguardam audiência para definir a extradição, enquanto outros 59 seguem foragidos. A Justiça argentina, liderada pelo juiz Rafecas, está empenhada em cumprir os mandados de prisão.

A extradição segue sendo tema central, com novos desdobramentos esperados nos próximos dias.

Duas prisões

Segundo a agência AFP, os dois detidos até agora são Joelton Gusmão de Oliveira, de 47 anos, e Rodrigo De Freitas Moro, de 34.

Gusmão, condenado a 17 anos de prisão, foi preso na quinta-feira na cidade de La Plata, 60 quilômetros a leste de Buenos Aires, quando policiais, durante patrulhamento, viram “um homem em atitude suspeita”, informou um comunicado policial, sem fornecer mais detalhes do episódio.

O portal UOL informou que ele foi capturado enquanto tentava renovar seu status de refugiado no escritório de Migração.

De Freitas, condenado a 14 anos de prisão, foi detido nesta sexta-feira, também em La Plata, quando “foi realizar trâmites migratórios”, detalhou a polícia da província de Buenos Aires.

Ambos foram condenados por tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de ativos, associação criminosa armada e abolição violenta do Estado democrático de direito, acrescentou o relatório policial.

Em 8 de janeiro do ano passado, milhares de seguidores de Bolsonaro invadiram o Palácio do Planalto e as sedes do Congresso e do STF, exigindo a intervenção das Forças Armadas para depor Lula e alegando uma suposta fraude nas eleições.




Trump continuará com plano de deportação em massa para novo mandato

Presidente eleito disse que seu governo não teria “nenhuma escolha” a não ser realizar plano sobre imigrantes ilegais

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GPS Brasília

|08/11/2024 14:49

Trump continuará com plano de deportação em massa para novo mandato
ESTADÃO CONTEÚDO

Trump continuará com plano de deportação em massa para novo mandato

O presidente eleito dos Estados Unidos , Donald Trump , disse à NBC News nesta quinta-feira (7), que uma de suas primeiras prioridades ao assumir o cargo em janeiro seria tornar a fronteira “forte e poderosa”. Quando questionado sobre sua promessa de campanha de deportações em massa, Trump disse que seu governo não teria “nenhuma escolha” a não ser realizá-las.

Trump disse que considera sua ampla vitória sobre a vice-presidente Kamala Harris um mandato “para trazer bom senso” ao país. “Obviamente, temos que tornar a fronteira forte e poderosa e, ao mesmo tempo, queremos que as pessoas entrem em nosso país”, disse ele à NBC.

“E você sabe, eu não sou alguém que diz: Não, você não pode entrar. Queremos que as pessoas entrem”, completou.

Sobre o investimento que precisará fazer para concretizar a política, o republicano respondeu que não é “uma questão de preço”. “Não temos escolha quando as pessoas têm matado e assassinado, quando traficantes poderosos têm destruído o país. Eles agora vão voltar para os seus países, não vão ficar aqui. Não é algo em que você coloque um preço”, afirmou.

Como candidato, Trump prometeu várias vezes realizar o “maior esforço de deportação da história americana”. Perguntado sobre o custo de seu plano, ele disse: “Não se trata de uma questão de custo. Não é – de fato, não temos escolha”.

Não se sabe ao certo quantos imigrantes sem documentos existem nos EUA, mas o diretor interino do ICE, Patrick J. Lechleitner, disse à NBC News em julho que um esforço de deportação em massa seria um enorme desafio logístico e financeiro.

Dois ex-funcionários do governo Trump envolvidos com a imigração durante seu primeiro mandato disseram à NBC News que o esforço exigiria a cooperação entre várias agências federais, incluindo o Departamento de Justiça e o Pentágono.

Na entrevista telefônica de quinta-feira, Trump creditou parcialmente sua mensagem sobre imigração como a razão de ter vencido a corrida, dizendo: “Eles querem ter fronteiras e gostam que as pessoas entrem, mas elas têm que entrar com amor pelo país. Elas têm que entrar legalmente”.

Trump também destacou a coalizão diversificada de eleitores que atraiu, apontando os ganhos que obteve entre os eleitores latinos, jovens, mulheres e asiático-americanos em 2020.

“Comecei a ver que o realinhamento poderia acontecer porque os democratas não estão alinhados com o pensamento do país”, disse Trump à NBC. “Não se pode tirar o dinheiro da polícia, esse tipo de coisa. Eles não querem desistir e não funcionam, e as pessoas entendem isso.”




Bombardeio israelense na Faixa de Gaza deixa quase 100 mortos

“A maioria das vítimas eram mulheres e crianças. As pessoas tentaram salvar os feridos, mas não há hospitais ou cuidados médicos adequados”, disse testemunha

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AFP

|29/10/2024 13:17

Socorristas removem um corpo dos escombros após um ataque israelense em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, em 29 de outubro de 2024

Socorristas removem um corpo dos escombros após um ataque israelense em Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, em 29 de outubro de 2024

Um bombardeio israelense matou, na madrugada desta terça-feira (29), quase cem pessoas no norte da Faixa de Gaza , onde o Exército israelense intensificou desde setembro as suas operações aéreas e terrestres contra o movimento islamista palestino Hamas.

O ataque contra um prédio residencial em Beit Lahia deixou 93 mortos e 40 desaparecidos, disse o porta-voz da agência de Defesa Civil de Gaza, Mahmud Basal.

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“A maioria das vítimas eram mulheres e crianças. As pessoas tentaram salvar os feridos, mas não há hospitais ou cuidados médicos adequados”, disse Rabi al-Shandagog, uma testemunha de 30 anos que se refugiou em uma escola próxima.

Questionado pela AFP, o Exército israelense afirmou que estava examinando as informações sobre o ataque. Por outro lado, reivindicou ações no setor próximo de Jabaliya que mataram “cerca de 40 terroristas”.

Desde 6 de outubro, as tropas israelenses implementam uma nova ofensiva no norte de Gaza , onde garantem que os combatentes do Hamas estão se reagrupando. Sua operação causou o deslocamento de dezenas de milhares de pessoas e, de acordo com a Defesa Civil, centenas de mortos.

A guerra, iniciada há mais de um ano em Gaza pelo ataque do Hamas contra Israel, foi ampliada em setembro para o Líbano , onde o Exército israelense luta contra o Hezbollah, um aliado do movimento palestino e também apoiado pelo Irã.

Israel enfrenta uma onda de rejeição internacional por sua decisão de proibir as atividades da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA). Também enfrenta pressões crescentes por suas ofensivas no Líbano e em Gaza.

– “Momento mais perigoso em décadas” –

A região do Oriente Médio vive o “momento mais perigoso” em “décadas”, alertou o enviado da ONU para a região, Tor Wennesland , para o Conselho de Segurança da ONU.

Em Gaza, a guerra eclodiu em 7 de outubro de 2023 com o ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que matou 1.206 pessoas, principalmente civis. Os milicianos islamistas também capturaram 251 pessoas naquele dia, das quais 97 ainda estão em cativeiro em Gaza. O Exército israelense indicou que 34 delas morreram.

A ofensiva israelense, lançada em retaliação para acabar com o movimento palestino, já matou mais de 43.000 pessoas em Gaza, de acordo com dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

Tropas israelenses e combatentes libaneses do Hezbollah começaram a trocar disparos na fronteira entre os dois países em 8 de outubro de 2023, o que forçou milhares de moradores dos dois lados a fugir.

Com o objetivo de permitir o retorno dos 60.000 habitantes deslocados do norte do seu território, Israel lançou bombardeios diários sobre o Líbano desde 23 de setembro, acompanhados uma semana depois por uma ofensiva terrestre no sul do país.

Esta ação enfraqueceu a poderosa formação político-militar xiita, que perdeu o seu influente líder, Hassan Nasrallah, em 27 de setembro em um bombardeio na periferia sul de Beirute, e o seu provável sucessor, Hashem Safieddine , dias depois.

– Novo líder do Hezbollah –

Nesta terça-feira, o Hezbollah anunciou a nomeação como novo líder do seu número dois desde 1991, Naim Qassem , cofundador do movimento e o seu líder mais visível publicamente nas últimas décadas.

A nomeação de Qasem será “temporária” e não vai “durar muito”, disse Yoav Gallant , ministro da Defesa de Israel, nesta terça -feira.

Segundo dados oficiais, a ofensiva do último mês deixou mais de 1.700 mortos no Líbano.

Nesta terça-feira, Israel continuou com seus bombardeios no sul do Líbano e, de acordo com a agência de notícias estatal, realizou um ataque de tanques em direção à cidade de Khiam, a 6 quilômetros da fronteira, incomum por sua profundidade.

A força de paz da ONU no Líbano, Unifil, afirmou que um foguete, provavelmente lançado pelo Hezbollah ou por um grupo aliado, atingiu seu quartel-general em Naqura, no sul, ferindo levemente alguns capacetes azuis.

O território israelense também foi atingido por mísseis lançados a partir do Líbano.

A nível diplomático, Israel enfrenta uma onda de críticas pela aprovação no seu Parlamento de uma lei que proíbe as atividades da UNRWA em seu território e a colaboração com a agência e os seus funcionários.

Várias capitais europeias, a própria ONU e a Organização Mundial da Saúde (OMS) denunciaram a proibição, à qual os Estados Unidos também expressaram oposição.




Juíza publica quase 2 mil páginas de provas contra Trump por eleições de 2020

A magistrada Tanya Chutkan rejeitou um pedido dos advogados de Trump para manter os documentos sob sigilo até as eleições presidenciais

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AFP

|18/10/2024 16:04

Trump deveria ser julgado em março, mas o caso foi suspenso enquanto se aguarda a resolução da demanda de seus advogados sobre a imunidade presidencial
AFP

Trump deveria ser julgado em março, mas o caso foi suspenso enquanto se aguarda a resolução da demanda de seus advogados sobre a imunidade presidencial

A juíza federal que preside o caso contra Donald Trump pela suposta tentativa de alteração dos resultados das eleições de 2020 publicou, nesta sexta-feira (18), quase 2.000 páginas com provas contra o ex-presidente, a menos de três semanas das  eleições nos Estados Unidos.

A magistrada Tanya Chutkan rejeitou um pedido dos advogados de Trump para manter os documentos sob sigilo até 14 de novembro, nove dias após as eleições presidenciais nas quais Trump se apresenta novamente como candidato republicano.

Os advogados do magnata avaliam que a publicação dos documentos poderia ter uma “aparência preocupante de interferência” em uma eleição na qual seu cliente aparece empatado nas pesquisas de intenção de voto com sua adversária democrata, a vice-presidente Kamala Harris.

Chutkan considerou que, embora “sem dúvida haja um interesse público que os tribunais não se envolvam nas eleições”, reter os documentos também poderia ser interpretado como um ato de interferência na votação.

“Se o tribunal reteve informações às quais o público de outra forma teria direito de acesso apenas pelas possíveis consequências políticas de sua divulgação, essa retenção poderia constituir — ou parecer — uma interferência eleitoral”, argumentou.

“Portanto, o tribunal continuará mantendo as considerações políticas fora de sua tomada de decisões, em vez de incorporá-las como solicita o demandado”, conclui a magistrada.

Os documentos são um apêndice de uma apresentação judicial do procurador especial Jack Smith, em resposta à decisão da Suprema Corte de que um ex-presidente tem ampla imunidade por atos oficiais realizados no exercício do cargo.

Na apresentação, Smith disse que Trump fez um “esforço criminoso privado” para alterar as eleições de 2020 e não deveria estar protegido pela imunidade presidencial.

Trump, de 78 anos, deveria ser julgado em março, mas o caso foi suspenso enquanto se aguarda a resolução da demanda de seus advogados sobre a imunidade presidencial.

Chutkan não definiu uma nova data para o julgamento, mas este não ocorrerá antes das eleições de 5 de novembro.

Se Trump vencer, é muito provável que as acusações das quais é alvo sejam arquivadas.

Acusações contra Trump

O ex-presidente é acusado de conspiração para fraudar os Estados Unidos e para obstruir um procedimento oficial, a sessão do Congresso destinada a confirmar os resultados das eleições de 2020, que foi atacada por uma multidão de seus apoiadores em 6 de janeiro de 2021.

O republicano também é responsabilizado por tentar privar os americanos de seu direito ao voto com suas falsas alegações de que teria vencido as eleições.

Este é apenas um dos vários problemas legais de Trump, que em maio foi  condenado em Nova York por 34 acusações de falsificação de documentos comerciais para encobrir pagamentos feitos à atriz pornô Stormy Daniels para silenciá-la sobre um caso extraconjugal que ela afirma ter tido com o empresário.

O republicano também enfrenta acusações no estado da Geórgia por ter supostamente tentado alterar os resultados das eleições de 2020, que foram vencidas pelo democrata Joe Biden.




Biden afirma que Israel não vai tomar decisão sobre os ataques do Irã “imediatamente”

Presidente norte-americano também fez apelo para israelenses não atacarem instalações de petróleo iranianas

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AFP|iG Último Segundo

|04/10/2024 16:27Joe Biden também falou que não sabe se as eleições dos Estados Unidos serão pacíficas

AFP

Joe Biden também falou que não sabe se as eleições dos Estados Unidos serão pacíficas

O presidente dos Estados Unidos , Joe Biden , afirmou nesta sexta-feira (4) que  Israel  “não tomará uma decisão imediatamente” a respeito de uma possível retaliação ao ataque realizado pelo Irã na última terça-feira (1º).

Biden ainda fez um apelo a Israel , para que não ataque instalações petroleiras do Irã, após ter reconhecido na véspera que esta possibilidade está sendo considerada.

“Se eu estivesse em seu lugar, estaria pensando em outras alternativas além de atacar campos petrolíferos”, declarou Biden à imprensa.

Eleições nos Estados Unidos

O presidente Joe Biden também falou sobre as eleições presidenciais. Ele destacou que não sabe se as eleições dos Estados Unidos, marcadas para o dia 5 de novembro, serão pacíficas, devido aos comentários do candidato republicano Donald Trump.

“Confio em que serão livres e justas”, mas “não sei se serão pacíficas”, declarou.

“As coisas que Trump disse e o que ele falou da última vez, quando não gostou do resultado das eleições, foram muito perigosas”, acrescentou.




Chefe do Hezbollah desaparece após bombardeio de Israel no Líbano, diz agência

O paradeiro de Nasrallah é incerto, mas fontes indicam que ele não foi atingido pelo

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|27/09/2024 20:30

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Hasan Nasrallah, líder do Hezbollah, em foto tirada em 2019
Divulgação/Governo do Irã

Hasan Nasrallah, líder do Hezbollah, em foto tirada em 2019

Hezbollah , um grupo extremista com sede no Líbano , sofreu um ataque aéreo israelense em seu quartel-general em Beirute, na tentativa de eliminar seu líder, Hassan Nasrallah . Israel acredita que a morte de Nasrallah enfraqueceria o grupo terrorista, considerado uma ameaça à segurança da região.

O paradeiro de Nasrallah é incerto, mas fontes indicam que ele não foi atingido pelo ataque. Até o momento, o Hezbollah não se pronunciou sobre o estado de seu líder.

O governo do Irã, principal apoiador do Hezbollah, está investigando a situação após a perda de contato do grupo com Nasrallah.

Além disso, o ataque israelense em Beirute resultou em seis mortes e deixou 91 pessoas feridas. A situação entre Líbano e Israel continua a se agravar, com mais de 700 mortos em ataques durante a última semana.

No Líbano, 25 pessoas, incluindo quatro crianças, morreram em ataques no sul do país. Em resposta, o Hezbollah lançou mísseis contra a cidade israelense de Haifa, intensificando ainda mais o conflito.

No norte de Israel, milhares de pessoas foram obrigadas a evacuar suas casas devido aos ataques do grupo terrorista.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que o conflito continuará até que os moradores dessas áreas possam retornar com segurança.

Netanyahu também rejeitou uma proposta de cessar-fogo de 21 dias, sugerida por diversos países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos, mantendo a escalada da tensão na região.