Nelson Teich é o novo Ministro da Saúde no lugar de Mandetta

Teich é o substituto de Mandetta no comando da Saúde (Reprodução)

com R7

 

O médico oncologista Nelson Luiz Sperle Teich foi escolhido por Jair Bolsonaro como o novo ministro da Saúde. Ele vai substituir Luiz Henrique Mandetta no cargo.

Teich é carioca e formado em medicina pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Teich chegou a ser cotado para a pasta da Saúde antes da posse de Bolsonaro na Presidência. Ele foi consultor de saúde durante a campanha eleitoral de Bolsonaro e assessorou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, de setembro de 2019 a janeiro de 2020.

Teich coordena a parceria com o programa de consultoria MD Anderson, criada com o objeito de criar um centro integral de câncer no Rio.

Teich tem mestrado em economia da saúde pela Universidade de York, MBA em saúde pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPEAD) e em gestão e empreendedorismo pela Harvard Business School.

Em um artigo publicado na rede social Linkedin em 3 de abril com o título “COVID-19: Como conduzir o Sistema de Saúde e o Brasil”, Teich destacou que “estamos vivendo um tempo de guerra e tempos de guerra, apesar de todas as dificuldades e perdas, são períodos onde grandes inovações acontecem, inclusive na saúde”.

Ele ponderou sobre isolamento horizontal (para todos) e vertical (apenas para grupos de risco). Disse que “diante da falta de informações detalhadas e completas do comportamento, da morbidade e da letalidade da Covid-19, e com a possibilidade do Sistema de Saúde não ser capaz de absorver a demanda crescente de pacientes, a opção pelo isolamento horizontal, onde toda a população que não executa atividades essenciais precisa seguir medidas de distanciamento social, é a melhor estratégia no momento. Além do impacto no cuidado dos pacientes, o isolamento horizontal é uma estratégia que permite ganhar tempo para entender melhor a doença e para implantar medidas que permitam a retomada econômica do país.”

“Outro tipo de isolamento sugerido é o isolamento vertical”, escreveu. “Essa estratégia também tem fragilidades e não representaria uma solução definitiva para o problema. Como exemplo, sendo real a informação que a maioria das transmissões acontecem à partir de pessoas sem sintomas, se deixarmos as pessoas com maior risco de morte pela Covid-19 em casa e liberarmos aqueles com menor risco para o trabalho, com o passar do tempo teríamos pessoas assintomáticas transmitindo a doença para as famílias, para as pessoas de alto risco que foram isoladas e ficaram em casa. O ideal seria um isolamento estratégico ou inteligente.”

Teich defendeu em seu artigo que o isolamento social “deveria ser personalizado”. “Um modelo semelhante ao da Coreia do Sul. Essa estratégia demanda um conhecimento maior da extensão da doença na população e uma capacidade de rastrear pessoas infectadas e seus contatos. Estamos falando aqui do uso de testes em massa para covid-19 e de estratégias de rastreamento e monitorização, algo que poderia ser rapidamente feito com o auxilio das operadoras de telefonia celular. Esse monitoramento provavelmente teria uma grande resistência da sociedade e demandaria definição e aceitação de regras claras de proteção de dados pessoais.”

www.reporteriedoferreira.com.br  Por  R7




Mandetta anuncia em rede social que foi demitido do Ministério da Saúde

Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília


O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, durante entrevista na última sexta-feira (3) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, durante entrevista na última sexta-feira (3) — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro demitiu nesta quinta-feira (16) o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. A informação foi divulgada pelo próprio ministro em uma rede social.

“Acabo de ouvir do presidente Jair Bolsonaro o aviso da minha demissão do Ministério da Saúde. Quero agradecer a oportunidade que me foi dada, de ser gerente do nosso SUS, de pôr de pé o projeto de melhoria da saúde dos brasileiros e de planejar o enfrentamento da pandemia do coronavírus, o grande desafio que o nosso sistema de saúde está por enfrentar”, escreveu Mandetta.

“Agradeço a toda a equipe que esteve comigo no MS e desejo êxito ao meu sucessor no cargo de ministro da Saúde. Rogo a Deus e a Nossa Senhora Aparecida que abençoem muito o nosso país”, prosseguiu.

Ex-deputado federal, Mandetta estava à frente da pasta desde o início do governo, em janeiro de 2019, e ganhou maior visibilidade com a crise provocada pelo novo coronavírus. Na tarde desta quinta, Mandetta foi chamado ao Planalto para uma última reunião com Jair Bolsonaro.

Nas últimas semanas, contudo, Bolsonaro e Mandetta tiveram divergências públicas em razão das estratégias para conter a velocidade do contágio da Covid-19, doença provocada pelo vírus.

Em entrevista ao Fantástico, no domingo (12), Mandetta disse que a população não sabe “se escuta o presidente ou o ministro” da Saúde em relação a medidas.

Em coletiva nesta quarta (15), no Palácio do Planalto, o então ministro da Saúde disse que era claro o “descompasso” entre a pasta e as orientações do presidente Jair Bolsonaro. Segundo Mandetta, pessoas cotadas para a sucessão no cargo chegaram a ligar para ele em busca de aconselhamento.

Na entrevista, o ministro também disse que a equipe montada por ele e empossada em 2019 trabalharia em conjunto, e ajudaria na transição para evitar uma ruptura na política contra a Covid-19.

O último dia

Na manhã desta quinta, Mandetta participou de um seminário virtual sobre o enfrentamento ao coronavírus. Durante o papo, afirmou que a perspectiva era de que a mudança no comando do ministério acontecesse “hoje, no mais tardar amanhã”.

No mesmo horário, o presidente Jair Bolsonaro recebeu no Palácio do Planalto o oncologista Nelson Teich. O médico, que atua em São Paulo, desembarcou em Brasília como o principal cotado para assumir o Ministério da Saúde.

  • Quem é Nelson Teich, o mais cotado para substituir Mandetta no Ministério da Saúde

Em artigo recente sobre a pandemia, Teich se mostrou a favor do isolamento horizontal, como Mandetta. Ele também afirmou, também em texto nas redes sociais que o enfrentamento da crise não pode levar em conta apenas fatores econômicos ou apenas fatores sanitários.

Até a publicação desta reportagem, nem a reunião com Bolsonaro nem a nomeação de Teich para o cargo tinham sido oficializadas pelo Palácio do Planalto.

Discordâncias

O presidente defende o que chama de “isolamento vertical”, ou seja, isolar somente idosos e pessoas com doenças graves, que estão no grupo de risco. Bolsonaro repete que o isolamento amplo, com suspensão de atividades, traz prejuízos à economia que ele considera até mais graves do que as mortes provocadas pelo coronavírus.

Mandetta reforçou nas últimas semanas a necessidade de isolamento para toda a população e reafirmou que as recomendações e determinações do Ministério da Saúde seguem parâmetros científicos e da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Em três ocasiões diferentes, Bolsonaro saiu por ruas de Brasília e cumprimentou apoiadores, mantendo contato físico e descumprindo as orientações dadas por Mandetta e pelas autoridades internacionais de saúde.

A discussão sobre as medidas de restrição, com suspensão de atividades comerciais e aulas, por exemplo, gerou embate do presidente não só com Mandetta, mas também com governadores – em especial com o de São Paulo, João Doria (PSDB), e o do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC).

Bolsonaro e Mandetta também discordaram sobre um remédio usado para tratamento de malária como alternativa para o coronavírus, a cloroquina (escute o podcast O assunto sobre o tema ao final da reportagem). Bolsonaro é entusiasta do remédio para tratar a Covid-19. Mandetta alerta para a falta de estudos científicos sobre o tema.Exclusivo: 'brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente', diz Mandetta

Exclusivo: ‘brasileiro não sabe se escuta o ministro ou o presidente’, diz Mandetta

Mandetta no governo

Bolsonaro anunciou Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) como ministro da Saúde em novembro de 2018, após vencer a eleição presidencial e iniciar a transição de governo. Então deputado federal, Mandetta havia apoiado Bolsonaro na eleição.

O anúncio de Bolsonaro da escolha do então futuro ministro foi feito por uma rede social, após encontro do presidente eleito com representantes das santas casas e de deputados da Frente Parlamentar da Saúde.

Ex-deputado e médico de formação

Médico de formação, Mandetta era deputado em final de mandato. Ele não tentou a reeleição em 2018. Foi o terceiro ministro filiado ao DEM anunciado por Bolsonaro – Tereza Cristina (Agricultura) e Onyx Lorenzoni (Casa Civil à época) eram os outros.

Natural de Campo Grande, o agora ex-ministro seguiu a profissão do pai, o médico Hélio Mandetta. Cursou medicina na Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, fez residência em ortopedia na Universidade Federal do Mato Grosso do Sul e uma especialização em ortopedia em Atlanta (EUA).

Em seu estado, Mandetta foi dirigente de plano de saúde e secretário municipal. Ele presidiu a Unimed de Campo Grande entre 2001 e 2004 e, ao encerrar sua gestão, assumiu a secretaria de Saúde de Campo Grande.

Coronavírus

Durante um ano e quatro meses como ministro da Saúde, Mandetta tentou cultivar uma imagem de gestor técnico e distante das pregações ideológicas que marcam a conduta de parte dos ministros de Bolsonaro.

Mandetta recebia críticas de auxiliares do presidente. No entanto, com a pandemia do novo coronavírus, passou a conceder entrevistas coletivas quase diariamente, nas quais recomendava o distanciamento social como forma de tentar reduzir a velocidade do contágio, e foi ganhando projeção.

O Brasil teve o primeiro caso de Covid-19 confirmado em 26 de fevereiro. O ex-ministro e sua equipe alertavam que haveria uma elevação do número de casos. O Ministério da Saúde orientou medidas de proteção e trabalhou na tentativa de ampliar equipamentos e aparelhos nas unidades hospitalares.

Crítico do programa Mais Médicos, criado no governo Dilma Rousseff, Mandetta também liderou a criação do Médicos Pelo Brasil. O novo programa foi concebido para substituir de forma gradativa o Mais Médicos e ainda não está em pleno funcionamento.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por G1




Justiça não acata pedido de adiamento das eleições municipais de 2020

O pedido foi do senador Major Olímpio (PSL-SP) em razão da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

TSE negou adiamento das eleições 2020 (Foto: Reprodução)

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o pedido de adiamento das eleições municipais de 2020. O pedido foi do senador Major Olímpio (PSL-SP) em razão da pandemia do novo coronavírus no Brasil.

A presidente da Corte, ministra Rose Weber relatou que o prazo é estabelecido por lei e qualquer alteração feita judicialmente extrapola os limites de atuação da Justiça Eleitoral. Ainda de acordo com ela, o Tribunal entende ser possível ainda a realização das eleições no prazo estabelecido.

Apesar da pandemia, o TSE vem cumprindo o calendário eleitoral. No dia 4 de abril, data que marca seis meses antes do pleito, foi concluído o período para que novas legendas, que participarão das eleições, registrassem seus estatutos no TSE. Nesta data, se encerrou também o prazo de filiação de candidatos, que devem ter o domicílio eleitoral na circunscrição em que desejam disputar o pleito em outubro.

Veja a decisão

TSE não pode alterar calendário eleitoral

TSE tem se manifestado sobre a questão desde o mês passado, afirmando que a Justiça Eleitoral não tem o poder de alterar o calendário eleitoral.

“Esses prazos não estão à disposição do TSE, eles constam da legislação federal”, disse o ministro Luís Roberto Barroso, que assume o comando do TSE em 19 de maio e deve estar à frente da Justiça Eleitoral durante a realização do pleito nos municípios.

No último dia 6 de abril, foi criado um grupo de trabalho para projetar impactos da pandemia do novo coronavírus na realização das eleições de 2020.

Para que as eleições sejam adiadas, é necessária uma emenda na Constituição. Uma proposta com esse teor foi apresentada pelo senador José Maranhão (MDB-PB). Porém, alterações no calendário eleitoral devem respeitar o princípio de anualidade, segundo o qual mudanças na legislação eleitoral somente entrem em vigor se aprovadas até um ano antes do pleito. A regra visa dar segurança jurídica e impedir alterações casuísticas nas regras legais.




2ª etapa da campanha de vacinação em João Pessoa, começa nesta quinta ( 16 )

 

A Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) inicia, nesta quinta-feira (16), a segunda etapa da Campanha de Vacinação contra a influenza. Na primeira etapa, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) bateu recordes de vacinação. Agora, seguindo a mesma estratégia de oferecer a vacina em 68 ginásios e três pontos de ‘drive thru’, além de um ponto extra criado exclusivamente para esta fase, na Gauchinha, a campanha vai atender o público de profissionais das forças de segurança  e salvamento, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo, pessoas com doenças crônicas, pessoas privadas de liberdade, profissionais do sistema prisional e adolescentes e jovens de 12 a 21 anos que cumprem medidas socioeducativas.

Além de atender ao público-alvo da segunda etapa, esta fase da campanha também dará oportunidade aos idosos e trabalhadores da saúde que ainda não conseguiram se vacinar. Já foram imunizados, durante a primeira etapa, 92,39% dos idosos, enquanto que 89,24% das pessoas que trabalham na área da saúde. Este segundo grupo também pode se vacinar no Centro Municipal de Imunização (antigo Lactário da Torre).

Para esta nova fase, a SMS já recebeu 18.330 doses da vacina para iniciar a campanha na quinta-feira. O atendimento nos ginásios será de 12h às 16h. No ‘drive thru’, que acontece no Parque da Bica e nos estacionamentos dos Shoppings Manaíra e Mangabeira, a vacinação acontece de 8h às 16h.

“Vamos dar continuidade à estratégia de vacinar a população em espaços mais amplos como os 68 ginásios e três pontos de drive thru como forma de não gerar aglomerações, tendo em vista a importância dos cuidados preventivos frente à pandemia do novo coronavírus. E como nesta etapa, os motoristas de caminhão fazem parte do público-alvo, também montamos um ponto extra de vacinação na Gauchinha, para servir de referência para o atendimento destes profissionais”, afirmou o chefe da seção de Imunização de João Pessoa, Fernando Virgolino.

Para se vacinar, os caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários, devem apresentar o contra-cheque da empresa em que trabalham, ou a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nas categorias C, D ou E. Os profissionais da segurança e salvamento também devem comprovar o vínculo para serem imunizados. Os funcionários do sistema prisional, a população privada de liberdade e adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas, já possuem estratégia de vacinação nos locais de referência para estes públicos.

No caso das pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, para ter direito à vacina, elas devem apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina, ou outro documento que comprove a doença crônica que o usuário possui.




Câmara aprova ajuda de R$ 89,6 bi a estados e municípios para combate à Covid-19

Texto prevê seguro contra perdas na arrecadação de ICMS, ponto criticado por ministro da Economia. Só líder do governo orientou voto contrário

Câmara dos Deputados

Agência Brasil

Projeto estabelece auxílio financeiro durante seis meses pela perda das receitas com impostos

Em derrota para o governo, a Câmara dos Deputados aprovou nesta segunda-feira o texto-base do projeto de lei para ajudar estados e municípios a combaterem a crise do coronavírus . O texto tem impacto estimado de R$ 89,6 bilhões, mais que o dobro do oferecido pelo Tesouro Nacional, e não prevê congelamento de salários como contrapartida, como queria a equipe econômica.

A proposta foi aprovada por 431 votos a 70 e agora precisa ser analisada no Senado. O líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO) — único a orientar contra a proposta — disse que vai sugerir que o presidente Jair Bolsonaro vete trechos do texto, por recomendação do ministro da Economia, Paulo Guedes.

“O governo vai atuar no Senado para modificar (a proposta). Existe a possibilidade concreta de o presidente avaliar a possibilidade de veto. Essa discussão ainda vai continuar.”

O principal ponto da proposta é a previsão de repasses federais para compensar governos locais por perdas na arrecadação, medida criticada pelo governo. Só esse trecho tem impacto estimado de R$ 80 bilhões, segundo cálculos do relator da proposta, deputado Pedro Paulo (DEM-RJ).

O valor é mais que o dobro que o previsto pelo governo, que admitia repassar algo entre R$ 32 bilhões e R$ 40 bilhões. Os outros R$ 9,6 bilhões seriam da suspensão da dívida com bancos públicos, trecho com o qual a equipe econômica concorda.

Guedes é contra compensar arrecadação

Mais do que criticar o valor do programa propriamente dito, o ministro da Economia, Paulo Guedes é contra o mecanismo elaborado pelos deputados para auxiliar os entes federados. A maior crítica é atrelar os repasses à queda na arrecadação de impostos. Guedes disse ao GLOBO que a ideia é uma “irresponsabilidade fiscal e incentivo perverso”, por permitir que gestores locais sejam menos cuidadosos com suas finanças.

O texto prevê que o Tesouro compensará governos locais pelas perdas na arrecadação de ICMS (dos estados) e do ISS (dos municípios). Caso seja aprovada no Senado, a garantia será concedida por seis meses, entre abril e setembro, com repasses mensais feitos pela União.

O custo do programa aprovado nesta segunda é menor do que a versão que chegou a ser analisada semana passada. Segundo o Tesouro, o impacto daquela versão chegaria a R$ 222 bilhões.

O impacto reduzido é resultado de um acordo parcial, em que o relator atendeu a alguns pedidos do Executivo, como a retirada do aval para empréstimos com garantia da União, que teria impacto de R$ 55 bilhões. Também ficou de fora a suspensão das dívidas com a União, já concedida pelo Supremo Tribunal Federal.

Só líder do governo orienta contra

A proposta, relatada pelo deputado Pedro Paulo (DEM-RJ), foi a terceira adaptação de um plano de socorro aos governos locais, após quase duas semanas de impasse entre o Executivo e o Legislativo. Ao avançar com o texto, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), aumenta o desgaste com o ministro da Economia, Paulo Guedes.

A versão, no entanto, obteve amplo apoio das lideranças da Câmara. Todos os partidos orientaram a favor da proposta. Antes da votação, o líder do governo, Vitor Hugo (PSL-GO) criticou a medida e pediu voto contra.

“Não há qualquer intenção do governo de não ajudar estados e municípios, pelo contrário. Havia até uma possibilidade sinalizada pelo Ministério da Economia de aumentar o valor que o governo falou inicialmente. Mas, infelizmente a forma como vai ser distribuída, como foi colocada no substitutivo , recompondo ICMS e ISS, vai nos impedir neste momento de votar junto no mérito. Vamos orientar não”, disse o deputado, antes da votação.

Durante a votação, Maia enviou mensagem em uma lista de transmissão em que justificava a urgência da decisão. “Ninguém quer que o governo dê mais do que foi a arrecadação nominal. O que estamos propondo é que a União reponha o que estados e municípios perderam durante esta crise. A arrecadação caiu e as medidas têm de ser urgentes”, escreveu o presidente da Câmara.

Sem benefícios fiscais

Apesar de não ter incluído a previsão de suspensão de reajustes salariais, o relator incluiu um trecho que proíbe a concessão ou ampliação de benefícios fiscais. Ou seja, governadores e prefeitos não poderão usar o dinheiro extra para dar incentivos. As exceções são medidas emergenciais para pequenas empresas, como a que já foi aprovada para as companhias do Simples Nacional.

A proposta também proíbe que a receita extra seja usada para aumentar despesas “não diretamente relacionadas ao combate dos efeitos da calamidade” da Covid-19. Os gastos dos governos locais nesse período serão acompanhados por uma subcomissão formada por deputados e senadores, de acordo com o texto.

www.reporteriedoferreira.com.vr  Por Agência O Globo



Arcebispo Emérito da Paraíba Dom Aldo morreu por coronavírus,diz exame

Arquidiocese de Fortaleza confirmou, nesta quarta-feira (15), que o  sepultamento de dom Aldo de Cillo Pagotto, Arcebispo Emérito da Paraíba, ocorreu na tarde de hoje (15), na Cripta Sacramentina, no Santuário São Benedito, em Fortaleza. O resultado do exame para Covid-19 de dom Aldo deu positivo, segundo divulgado pela Arquidiocese.

A celebração não foi aberta ao público, ficando restrita à comunidade religiosa local dos sacramentinos, disse a Arquidiocese em nota.

Os retos mortais de Dom Aldo serão transladados para a Catedral Basílica Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, no tempo oportuno, disse Dom Delson, Arcebispo da Paraíba.

Dom Aldo morreu ontem após ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital da Capital cearense. Ele estava com câncer e também apresentada sintomas de infecção pelo novo Coronavírus.




Casos de coronavírus no mundo superam os 2 milhões

Desde as primeiras notificações, no final de dezembro, a Covid-19 foi registrada em 193 países e territórios; Brasil tem 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes

Ambulâncias estacionadas do lado de fora de um hospital em Nova York nesta segunda-feira. A cidade é uma das regiões com o maior número de casos confirmados no planeta Foto: (Foto: Scott Heins / AFP)

RIO — Pouco mais de quatro meses depois das primeiras notificações da doença respiratória que, mais tarde, seria chamada de Covid-19, o número de infecções pelo novo coronavírus chegou nesta segunda-feira a dois milhões em todo o mundo. No Brasil, o Ministério da Saúde tem 23.430 casos confirmados e 1.328 mortes, mas pesquisadores de um projeto que reúne várias universidades do país dizem que o número real pode superar os 225 mil.

Segundo dados compilados pela Universidade Johns Hopkins , mais de um quarto das notificações vem dos EUA, 682 mil , sendo que a maior parte dos estados de Nova York (195 mil) e Nova Jersey (68 mil), locais onde há sinais de que as medidas de distanciamento social estão funcionando , apesar do grande número de novos casos e, tragicamente, de mortos.

Os números da Johns Hopkins mostram 119 mil óbitos relacionados à Covid-19 em todo o mundo, com destaque para os EUA (23 mil), Itália (20 mil), Espanha (17 mil), França (14 mil) e Reino Unido (11 mil) . Vale destacar que os países europeus se encontram, pelo menos em tese, mais próximos do chamado “pico de infecções”, com alguns deles registrando quedas no número de novos casos, internações e mortes, o que não significa que a vida esteja perto de voltar ao normal. Nesta segunda-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, estendeu a quarentena até o dia 11 de maio , reconhecendo que houve erros no enfrentamento da crise.

— O momento, sejamos honestos, revelou falhas. Mas desde o momento em que estes problemas foram identificados, nos mobilizamos. Uma produção de guerra foi estabelecida — disse em pronunciamento.

Longe da normalidade

Por outro lado, a Espanha, que foi criticada pela demora em adotar ações de distanciamento social e tem hoje o segundo maior número de infectados do mundo, começou a aliviar algumas das restrições. Retornam ao trabalho aqueles que não podem fazê-lo remotamente: o setor industrial, de construção, escritórios como os de advocacia, trabalhadores domésticos, entre outros, mas seguindo recomendações sanitárias.

Em locais onde o número de casos ainda está em ascensão, como na América Latina, sistemas de saúde já precários são colocados em situações extremas, como no Equador,  onde os mortos são abandonados nas ruas e o Exército precisou buscar quase 700 corpos de pessoas que faleceram em casa . Na Argentina , onde o governo adotou uma postura incisiva, cidades como Buenos Aires impuseram, além das medidas de quarentena, a obrigatoriedade do uso de máscaras: na capital, quem descumprir a regra pode receber multa equivalente a R$ 6,2 mil.

Além da dificuldade de manter o distanciamento social, uma medida que mostra resultados mas que enfrenta questionamentos de alguns setores econômicos e, em casos isolados, políticos, a China é um exemplo de como deixar o confinamento e retomar a vida normal não é exatamente uma tarefa das mais simples . As autoridades seguem controlando as viagens internas e, especialmente, externas. O temor, no caso, é de uma segunda onda de infecções. Nesta segunda-feira, o país registrou o maior número de casos em quase seis semanas , 108, quase todos “importados” de outros países, especialmente a Rússia.

www.reporteriedoferreira.com.br   Por O Globo




NOVO CORONAVÍRUS; Mortes por Covid-19 no Brasil sobem para 1.328; casos confirmados são 23,4 mil

De acordo com os novos dados, número de contágios e mortes voltou a crescer. Atualização foi feita nesta segunda (13) pelo Ministério da Saúde

Jovem com máscara contra a Covid-19
Pixabay/Orna Wachman

Pico da Covid-19 deve ser no final de abril e início de maio

O Brasil registrou mais 105 mortes causadas pelo novo  coronavírus  (Sars-CoV-2) nas últimas 24 horas, fazendo o total subir para 1.328, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Ministério da Saúde. A alta corresponde a um crescimento de 8,6%.

De acordo com a pasta, os novos casos confirmados de  Covid-19  são 1.261, totalizando 23.430. O aumento foi de 5,7%. Já a taxa de letalidade passou de 5,5% para 5,7%.

Covid-19 número de casos e óbitos
Infogram

No levantamento do Ministério da Saúde de domingo, o número de óbitos era de 1.223, enquanto o de pessoas com a doença era de 22.169.

São Paulo continua sendo o estado que tem mais mortes, com 608 das 1.328 ocorrências. A letalidade é de 6,8% no estado. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro, com 188 mortes e letalidade de 5,8%.

No quadro de casos confirmados, São Paulo também lidera a lista. O estado tem 8.895 pessoas infectadas pelo coronavírus. Em segundo lugar vem o Rio de Janeiro, com 3.231 vítimas de contaminação, sendo seguido por Ceará (1.800), Amazonas (1.275) e Permambuco (1.154).

www.reporteriedoferreira.com.br   / Ig




Coronavírus; PB tem 136 casos confirmados e mais 3 mortes totalizando 16 óbitos

Além dos casos confirmados e mortes, foram divulgados os números de casos descartados e pessoas recuperadas. (Foto: Reprodução)

A Secretaria de Estado da Saúde confirmou, em transmissão ao vivo divulgada nas redes sociais no fim da tarde desta segunda-feira (13), três novos óbitos, atingindo um total de 16 mortes por covid-19 na Paraíba.

Agora já são 136 casos de infectados pelo novo coronavírus em todo o estado.

Além dos casos confirmados e mortes, serão divulgados os números de casos descartados e pessoas recuperadas.

Dos 136 casos confirmados até esta segunda, 52 já se recuperaram, 16 foram a óbito e 12 estão hospitalizados, 4 deles em leitos de UTI.

Os demais se recuperam em isolamento domiciliar acompanhado pelas secretarias municipais de saúde. Os casos estão distribuídos em 11 municípios: João Pessoa 103, Santa Rita 10, Campina Grande 03, Junco do Seridó 03, Igaracy 1, Bayeux 4, Sousa 1, Cabedelo 5, Serra Branca 1, Sape 1 e Patos 4.

Dos óbitos divulgados nesta segunda, trata-se:

Mulher, 83 anos, moradora de João Pessoa, diabética, inicio sintomas 05/04, interna em estabelecimento público, óbito 12/04.

Mulher, 60 anos, residente de João Pessoa internada em hospital particular desde o dia 03 de abril, evoluiu a óbito nesta segunda, 13. Confirmado pelo teste rápido, aguardando exame do Lacen.

Homem, 68 anos, residente de João Pessoa internado em hospital particular, evoluiu a  óbito nesta segunda. Confirmado por exame de testagem rápida, avaliação de exames e investigação epidemiológica em fase conclusão.

A secretaria de Estado da Saúde publicará Boletim Epidemiológico nesta terça, 14 de abril, onde trará o perfil dos casos confirmados na Paraíba.

No momento, 100 pessoas estão internadas com notificação de suspeita para Covid-19, sendo 84 em enfermaria (60 público/ 24 privado) e 16 na UTI (11 público/ 5 privado). Os demais casos hospitalizados e com resultado não detectável seguem em investigação para demais vírus.




STF nega recurso e mantém necessidade de aval do sindicato para redução salarial

Ricardo Lewandowski, ministro do supremo, diz que decisão obriga a União a dar “interpretação conforme à Constituição”ricardo lewandowski stf

Nelson Jr./SCO/STF – 11.6.19

Ricardo Lewandowski, ministro do STF, negou recurso do governo e manteve necessidade de aval do sindicato para corte de salário

O ministro Ricardo Lewandowski , do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (13) um recurso do governo contra a decisão que ele mesmo tomou na semana passada sobre a medida provisória que flexibiliza normas trabalhistas. O ministro reiterou que está mantida a necessidade do sindicato correspondente avalizar acordo entre empregado e patrão sobre redução de salário ou suspensão temporária de contrato.

“A decisão cautelar ora embargada buscou colmatar a lacuna identificada no texto da MP, esclarecendo que a comunicação ao sindicato permitirá que este, querendo, questione eventual abuso ou excesso praticado pelo empregador, como, por exemplo, no caso de determinada atividade econômica não ter sido afetada pela pandemia”, escreveu o ministro.

Lewandowski ressaltou que a redução de salários está prevista na Constituição para momentos de crises, com a previsão da “participação dos sindicatos nas negociações para a proteção daqueles – invariavelmente os mais débeis na relação de trabalho – que sofrerão uma diminuição de rendimentos”. Segundo o ministro, a comunicação ao sindicato permite “que os acordos individuais sejam supervisionados”. Dessa forma, se houver algum prejuízo aos empregados, as associações promoveriam negociação coletiva.

Na nova decisão, Lewandowski esclareceu que a medida provisória “continua integralmente em vigor, eis que nenhum de seus dispositivos foi suspenso pela liminar concedida nestes autos”. Ele ponderou, no entanto, que sua decisão obriga a União a dar uma “interpretação conforme à Constituição” na parte que flexibiliza regras trabalhistas, no sentido de dar voz aos sindicatos no prazo de dez dias.

O ministro explicou que “os eventuais acordos individuais já celebrados – e ainda por firmar – entre empregadores e empregados produzem efeitos imediatos, a partir de sua assinatura pelas partes, inclusive e especialmente para os fins de pagamento do benefício emergencial no prazo estipulado, ressalvada a superveniência de negociação coletiva que venha a modificá-los, no todo ou em parte”.

Ainda segundo a decisão, “embora se compreenda a insistência governamental e de certos setores econômicos em acelerar os acordos individuais, superestimando supostas consequências deletérias decorrentes da liminar concedida, em especial o “engessamento” das negociações, o fato é que constituiria precedente perigosíssimo afastar a vigência de normas constitucionais asseguradoras de direitos e garantias fundamentais, diante do momento de calamidade pública pelo qual passamos”.

www.reporteriedoferreira.com.br  Por Agência O Globo