Na Pararaíba agências da Caixa fecham após funcionários testarem positivo para Covid-19
Oito agências da Caixa Econômica Federal (CEF) na Paraíba, sendo seis em João Pessoa, uma em Santa Rita e outra em Sapé foram fechadas após funcionários apresentarem sintomas da Covid-19. O caso foi registrado na última sexta-feira (15). Os bancos passarão por sanitização para poder retomar o atendimento ao público, mas conforme o sindicato dos Bancários, ainda não foi confirmado o retorno das atividades nesta segunda-feira (18).Ao menos dez pessoas, entre funcionários e terceirizados, já testaram positivo para a doença, um deles está internado, com estado de saúde delicado, informou o sindicato da categoria.Empregados relataram a ausência de medidas de proteção, que pode ter provocado o aumento de casos repentinamente. Um dos protocolos da Caixa diz que nos casos suspeitos (com apresentação de atestado médico) ou confirmados por exame, o procedimento é afastar imediatamente o empregado e os colegas que tiveram contato com ele, providenciar a sanitização da agência e designar outra equipe para realizar o atendimento.
A diretoria do Sindicato dos Bancários da Paraíba tem cobrado medidas de segurança para manter a integridade dos funcionários, tais como a agilidade na sanitização das agências que entrarem no protocolo, bem como a divulgação para o sindicato da quantidade de casos suspeitos e confirmados.
As Agências da Caixa fechadas são:
Parahyba (no bairro Ernesto Geisel, em João Pessoa)
Trincheiras (no centro de João Pessoa)
Cidade Antiga (no Varadouro, em João Pessoa)
Agência TibirCruz das Armas (em João Pessoa)
Ministro José Américo (em João Pessoa)
Mag Shopping (em João Pessoa)
Sapé
Home Office
A Caixa anunciou a prorrogação do projeto remoto até o dia 31 de maio. A prorrogação poderá ocorrer por mais tempo, a critério e necessidade da instituição. Dos mais de 85 mil empregados em todo o país, 70% estão em home office, além dos que pertencem ao grupo de risco. O restante está na linha de frente do atendimento. Apesar das cobranças das entidades sindicais, o governo se recusou a distribuir o pagamento do auxílio para outros bancos, sobrecarregando os empregados da Caixa, que vêm enfrentando uma jornada de trabalho exaustiva.
A secretária-geral do Sindicato dos Bancários e empregada da Caixa Econômica, Silvana Ramalho, disse que o cuidado e a proteção à saúde dos colegas é prioridade.
Governador da PB assina novo decreto ampliando isolamento com validade para todos os municípios
O governador João Azevêdo assinou o decreto 40.242, neste sábado (16), prorrogando o isolamento social até o dia 31 de maio e ampliando as medidas restritivas, que agora passam a vigorar em todos municípios paraibanos, independente do registro de casos confirmados da Covid-19. O objetivo é conter o avanço do coronavírus no Estado, tendo em vista o aumento diário de casos diagnosticados, principalmente nesta semana. O decreto será publicado em edição eletrônica especial do Diário Oficial do Estado ainda hoje.
Além da continuidade da suspensão das atividades consideradas não essenciais para este momento, com o novo decreto os estabelecimentos comerciais ou empresas de transportes públicos serão multados em R$ 100,00 por cada pessoa que estiver no seu interior sem máscara. Esse acessório é obrigatório também em todos os espaços públicos do estado. Os recursos provenientes das multas aplicadas serão destinados às medidas de combate ao novo coronavírus.
O decreto ainda determina a interrupção do transporte intermunicipal em todo território paraibano. Assim, todos os terminais rodoviários pertencentes ao estado ficarão fechados a partir do próximo dia 20 até o dia 31 de maio, período em que também deverá ser paralisada a travessia Costinha/Cabedelo/Costinha por meio da balsa.
O documento também prevê a instalação de barreiras sanitárias nas rodovias PB-008 e PB-018 (Conde), PB-025 (Lucena), PB-034 (Alhandra/Caaporã), PB-044 (Caaporã/Pitimbu) e no terminal hidroviário de Cabedelo. O acesso a esses municípios ficará restrito aos moradores e às pessoas que trabalhem nas atividades consideradas essenciais, ou para tratamento de saúde, devidamente comprovados.
Também serão suspensas no período de vigor do decreto as atividades da construção civil – com exceção das obras relacionadas às necessidades da pandemia da Covid-19 e emergenciais – na Região da Grande João Pessoa, abrangendo os municípios de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Conde, Santa Rita, Alhandra, Caaporã e Pitimbu, bem como em Campina Grande, Queimadas, Lagoa Seca e Puxinanã.
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O fim da obsessão de Trump pela cloroquina
Defensor entusiasmado do medicamento como solução no tratamento do novo coronavírus, presidente americano silenciou com estudos que não encontraram benefícios.
O presidente dos EUA, Donald Trump, se dirige ao jardim da Casa Branca, em Washington, na segunda-feira (11) — Foto: Drew Angerer/Getty Images/AFP
Tal como o brasileiro Jair Bolsonaro, e mais recentemente o venezuelano Nicolás Maduro, o presidente americano insistiu o quanto pôde no uso de medicamentos indicados para malária e lúpus — hidroxicloroquina e cloroquina — para tratar o novo coronavírus. Mas com uma diferença: a obsessão de Donald Trump em recomendar o remédio pelo menos 50 vezes cessou em meados de abril, quando a FDA, a agência que regula alimentos e medicamentos, alertou para a falta de comprovação de sua eficácia e segurança na prescrição para a Covid-19.
O entusiasmo de Trump pela hidroxicloroquina também custou o cargo de um alto funcionário. Rick Bright, o ex-diretor da Autoridade de Pesquisa e Desenvolvimento Biomédico Avançado, revelou ter sido demitido por resistir à pressão do presidente para que a droga fosse aplicada no tratamento de infectados pelo novo coronavírus antes da comprovação em estudos clínicos.
Nicolás Maduro é entusiasta da hidroxicloroquina, assim como Bolsonaro — Foto: Miraflores Palace/Handout via Reuters
“HIDROXICLOROQUINA E AZITROMICINA, juntos, têm uma chance real de ser uma das maiores mudanças na história da medicina”, twittou o presidente, em letras maiúsculas, no dia 21 de março.
Durante a quarentena, que confinou mais de 95% da população em suas casas, o medicamento era prescrito diariamente por ele, em rede nacional, como uma “tremenda promessa” de solução para a pandemia que ameaçava seu governo.
“O que nós temos a perder?”, repetia. “O que eu sei? Não sou médico. Mas eu tenho bom senso. A FDA se sente bem com isso, como vocês sabem, a aprovou.” Não era bem assim. A FDA deu apenas autorização limitada para o uso emergencial de hidroxicloroquina, mas não o aval como tratamento do novo coronavírus.
As opiniões de Trump colidiam frequentemente com as de conselheiros da área de saúde. Entre eles, o conceituado Anthony Fauci, principal autoridade em doenças infecciosas da Casa Branca, onde já trabalhou para seis presidentes. A cautela era a palavra de ordem e contrastava com a euforia de Trump.
As advertências de que sua eficácia não tinha embasamento científico eram insuficientes para demover a obsessão do presidente em abraçar a hidroxicloroquina como a cura para o vírus. Até que novos estudos divulgados por respeitadas instituições médicas mostrando os graves riscos de efeitos colaterais da droga acabaram por silenciar seu maior relações-públicas na Casa Branca.
Uma pesquisa com veteranos do Exército dos EUA apontou, por exemplo, um índice de letalidade de 28% entre os pacientes da Covid-19 que foram submetidos à hidroxicloroquina, mais do que o dobro em relação aos que receberam o tratamento padrão.
O entusiasmo pelo uso da cloroquina ainda persiste no Palácio do Planalto, em Brasília, e no Palácio Miraflores, em Caracas, como um improvável elo de ligação entre Bolsonaro e Maduro. Embora conhecidos inimigos, ambos estão em busca de soluções mágicas para se verem livres da pandemia.
Governo exonera chefe de gabinete de Regina Duarte
Edição Extra do “Diário Oficial da União” traz a exoneração de Pedro José Vilar Godoy Horta do cargo de secretário especial adjunto da Secretaria Especial da Cultura
Reprodução/Twitter
Secretária Regina Duarte ao lado do presidente Jair Bolsonaro
Um dos primeiros nomeados pela secretária nacional de Cultura do governo federal, Regina Duarte, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (15). A edição Extra do “Diário Oficial da União traz a exoneração de Pedro José Vilar Godoy Horta do cargo de secretário especial adjunto da Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Cidadania.
A exoneração foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto e ainda não foi escolhido um substituto. Nas redes sociais, Regina Duarte ainda não comentou a decisão do governo.
No início de março, Regina Duarte nomeou os primeiros integrantes de sua equipe, entre eles o advogado Pedro Machado Mastrobuono, que assumiu a presidência do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e Godoy Horta, que passou a chefiar o gabinete dela.
Na ocasião, Regina também nomeou, como secretário de Economia Criativa, o professor de gestão cultural Aldo Luiz Valentim; a chefe da Secretaria de Direitos Autorais e Propriedade Intelectual , Alessandra da Silva Martins; e o chefe da Secretaria de Difusão e Infraestrutura Cultural, Caio Fagundes Kitade.
Nos bastidores a informação é de que Regiina Duarte está enfraquecida e o presidente já pensa em exoneração.
O maestro Dante Mantovani, um dos nomes mais controversos da gestão de Roberto Alvim na Secretaria especial da Cultura, foi demitido pela secretária Regina Duarte em março, no mesmo dia em que ela foi empossada como secretária. Em maio, ele foi reconduzido para a presidência da Funarte.
Após o caso Dante, em áudio divulgado pela revista Crusóe, no dia 5 de maio, e exibido pela CNN, a secretária especial da Cultura, Regina Duarte, diz a uma assessora que acredita que está sendo dispensada pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
“Então, assim, eles ainda estão decidindo. Está decidido. Eu não sei, não sei. Que loucura. Acho que ele está me dispensando”, afirma a atriz, que assumiu a secretaria em 4 de março.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig
AESA prever chuvas para as próximas horas na Capital, Defesa Civil monitora áreas de risco em JP
O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, disse que as áreas de risco estão sendo monitoradas
As chuvas que caíram na capital paraibana nas últimas horas foram suficientes para gerar alguns transtornos na cidade e região metropolitana. A previsão é que essas chuvas continuem a cair e acendeu o alerta em famílias que moram nas áreas de risco.No bairro Valentina Figueiredo, a Rua Mariângela Lucena, que é a principal do bairro, ficou alagada. Na Avenida Sérgio Guerra, nos Bancários, os motoristas tiveram que diminuir a velocidade para poder passar em alguns trechos. No Bessa, o trecho que pega a Rua Francisco del Castilho, esquina com a Moacir Rocha, os carros também passavam bem devagar. No Centro, a Avenida João Machado alagou quase toda. Com chuva é preciso ficar mais atento ao trânsito aos possíveis imprevistos para evitar acidentes.
Na manhã desta sexta-feira (15), um carro rodou na pista e bateu em um poste e duas pessoas ficaram feridas. Na BR 230, a barreira do Castelo Branco deu sinais de desmoronamento, até a PRF foi até o local mas não precisou interditar a rodovia. Já no Rangel, um poste caiu e atingiu o telhado de duas casas.
A previsão da AESA é que o tempo nesta sexta-feira (15) continue instável e com chuvas isoladas. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu “Alerta Laranja”, isso quer dizer perigo de chuvas intensas em 63 cidades da Paraíba. O alerta começou a valer no início da manhã de hoje e vai até às 8 horas da manhã deste sábado (16).
O coordenador da Defesa Civil de João Pessoa, Noé Estrela, disse que as áreas de risco estão sendo monitoradas.
“Nós estamos monitorando as comunidades para ver como é que se comporta a questão da elevação da água nos rios e a necessidade das famílias deixarem a casa. Já choveu 116 MM em João Pessoa e esse é um valor muito alto para as últimas 24 horas. É preciso ter cuidado dobrado neste momento e ainda estamos naquele alerta de risco alto para cidade de João Pessoa, mas nós estamos aqui e vamos fazer o possível para atender a população”, disse.
Militares querem colocar general Pazuello como ministro da Saúde
Os militares ao redor de Bolsonaro estão em campanha para que o general de divisão Eduardo Pazuello assuma o Ministério da Saúde no lugar de Nelson Teich. Ele é secretário-executivo do Ministério e foi colocado no segundo cargo mais importante da pasta por exigência de Bolsonaro, quando Teich assumiu
General Pazuello (Foto: Reprodução)
247 – Os militares querem assumir o Ministério da Saúde com a saída de Nelson Teich. Os assessores militares no Planalto estão em campanha pelo nome do secretário-executivo da pasta: o general de divisão Eduardo Pazuello, informa a jornalista Carla Araújo, do UOL. Ele foi colocado no segundo cargo mais importante da pasta por exigência e Bolsonaro, quando Teich assumiu.
“Estamos na torcida”, disse um auxiliar palaciano nesta sexta-feira (15). Um general no posto, depois de dois médicos recusarem-se a seguir à frente do Ministério da Saúde, Henrique Mandetta e Nelson Teich, significará, na prática, que Bolsonaro passa a centralizar as ações do país em em meio à maior crise sanitária da história.
O ministro da Casa Civil, general Braga Netto, disse no começo da tarde que Pazzuello fica no cargo “interinamente”.
Se não for um general, outros dois nomes cotados para a Pasta já indicaram que serão correias de transmissão de Bolsonaro: o deputado e ex-ministro Osmar Terra, que voltou a ser cotado para assumir a pasta. e a também médica oncologista Nise Yamaguchi, que está em Brasília nesta sexta-feira e é uma propagandista da cloroquina.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Brasil 247
Nelson Teich pede exoneração do cargo de ministro da Saúde, diz pasta
Essa é a segunda troca no Ministério da Saúde em meio à pandemia da covid-19, que já fez quase 14.000 vítimas e 202.000 infectados no Brasil
Presidente Jair Bolsonaro e novo ministro da Saúde, Nelson Teich 16/04/2020 REUTERS/Adriano Machado (Adriano Machado/Reuters)
O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração do cargo, segundo informou comunicado da pasta à imprensa na manhã desta sexta-feira, 15.
A decisão do médico vem menos de um mês após ele aceitar o cargo, substituindo Luiz Henrique Mandetta, demitido pelo presidente em 16 de abril.
Essa é a segunda troca no Ministério da Saúde em meio à pandemia da covid-19, que já fez quase 14.000 vítimas e 202.000 infectados no Brasil.
Dessa vez, o desentendimento entre presidente e ministro envolveu os protocolos de liberação da prescrição da cloroquina.
“NOTA À IMPRENSA
O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração nesta manhã. Uma coletiva de imprensa será marcada nesta tarde”
*Mais informações em instantes
Empresário de Comunicação da Paraíba defende que alguns jornalistas sejam apedrejados; ouça
O empresário Roberto Cavalcanti, dono do Sistema Correio de Comunicação, usou um dos veículos de seu grupo, a Rádio 98 FM, para externar revolta diante da divulgação do quantitativo de mortes de pacientes vítimas do novo coronavírus. Ele disse que os jornalistas e radialistas que divulgam esses números como se fosse um gol numa partida de futebol deveriam ser apedrejados. Depois, pediu desculpas pela “exaltação” e disse que normalmente não agiria daquela maneira.
“Tem determinadas emissoras que dá o placar de quantos morreram no país naquele dia, dá que parece um gol da seleção do Brasil. Isso é um vergonha. Um jornalista ou radialista que fizesse um negócio desses deveria ser apedrejado na rua”, disse o ex-senador.
“Descarrego meu silêncio de 61 dias e peço desculpas se me exaltei. A minha forma de me conduzir normalmente é de agregar, é de parcimônia, mas tem momentos que você assiste ao assassinato de pessoas e empresas e não é possível que o Brasil não se revolte contra isso”, resumiu.
Além de empresário, Roberto Cavalcanti é membro da Academia Paraibana de Letras.
www.reporteriedoferreira.com.br / Parlamentopb
É guerra, tem que jogar pesado com governadores, diz Bolsonaro a empresários
“Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra.”, disse Bolsonaro
Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem minimizado o impacto do novo coronavírus e se colocado contra medidas de distanciamento social (Foto: Reprodução)
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conclamou nesta quinta-feira (14) um grupo de grandes empresários a pressionar governadores pela reabertura do comércio, disse que “é guerra” e que o setor empresarial precisa “jogar pesado” com os chefes de governo nos estados.
“Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, decidindo o futuro da economia do Brasil”, afirmou Bolsonaro, referindo-se ao governador paulista, João Doria (PSDB), seu adversário político. “Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra.”
“Nós temos que mostrar a cara, botar a cara para apanhar. Porque nós devemos mostrar a consequência lá na frente. Lá na frente, eu tenho falado com o ministro Fernando [Azevedo], da Defesa… os problemas vão começar a acontecer. De caos, saque a supermercados, desobediência civil. Não adianta querer convocar as Forças Armadas porque não existe gente para tanta GLO [Garantia da Lei e da Ordem].”
Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem minimizado o impacto do novo coronavírus e se colocado contra medidas de distanciamento social, atitude que culminou na demissão de seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e, na semana passada, por exemplo, em uma marcha com empresários ao STF.
Apesar de dizer lamentar as mortes, o presidente tem dado declarações às vezes em caráter irônico quando questionado sobre as perdas humanas com a Covid-19. Como na ocasião em que afirmou não ser coveiro ou quando disse: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre.”
A videoconferência foi organizada pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, aliado político do presidente Bolsonaro.
Bolsonaro é um crítico das ações de isolamento social e tem atacado governadores que determinaram o fechamento de comércio. Doria e governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), são dois dos principais alvos do presidente.
Nesta quinta, o mandatário voltou a se queixar da determinação de diversos governadores, amparados por uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), de ignorar um decreto presidencial que ampliou o número de atividades consideradas essenciais. Para Bolsonaro, trata-se de um ato de “desobediência civil”.
“Nós devemos buscar cada vez mais rápido abrir o mercado. Como eu abri agora, por exemplo, o decreto colocando academias, salões de beleza e barbearia [como atividades essenciais]. Semana passada eu botei a construção civil e a questão industrial. Tem governador falando que não vai cumprir. Eles estão partindo para a desobediência civil.”
Em outro momento de fortes ataques aos chefes de executivo nos estados, Bolsonaro afirmou que, ao que parece, existe no Brasil uma “questão política”, com o objetivo de “quebrar a economia para atingir o governo”.
A conclamação para que os empresários “joguem pesado” com Doria e os demais governadores ocorreu após comentário do chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fabio Wajngarten, que pouco antes havia dito que, na próxima semana, São Paulo poderia entrar em regime de “lockdown”.
“É o Brasil que está em jogo Se continuar o empobrecimento da população daqui mandetta;
a pouco seremos iguais na miséria. E a miséria é o terreno fértil para aparecer aqueles falsos profetas, aquelas pessoas que podem levantar borduna e partir [para] fazer com que o Brasil se torne um regime semelhante à Venezuela. Não podemos admitir isso”, concluiu.
Mais cedo, em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro fez um apelo pela reabertura do comércio e disse que, caso contrário, “vamos morrer de fome”. O presidente afirmou que está pronto para conversar com os chefes de governo estaduais sobre o tema.
“Tem que reabrir, nós vamos morrer de fome. A fome mata, a fome mata! Então, [é] o apelo que eu faço aos governadores: revejam essa política, eu estou pronto para conversar. Vamos preservar vidas, vamos. Mas dessa forma, o preço lá na frente serão centenas a mais de vidas que vamos perder, por causa dessas medidas absurdas de fechar tudo”, declarou Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
Desde o início da pandemia no novo coronavírus, que até o momento matou 13.149 pessoas no Brasil, Bolsonaro tem atacado as políticas de isolamento social implementadas por governadores e prefeitos. O mandatário tem feito sucessivos apelos à reabertura do comércio e ao relaxamento das políticas de quarentena e de suspensão do funcionamento do comércio.
Na teleconferência com líderes empresariais, Bolsonaro voltou a falar da redução salarial de 25% para jornalistas durante a crise econômica causada pela pandemia do coronavírus. E pediu para empresários não anunciarem em jornais que, segundo ele, fazem uma cobertura desequilibrada e negativa do governo.
“Vocês que anunciam em jornais e televisões. Tem TV e jornal que vive esculhambando o Brasil. Por favor, não anunciem mais nessa televisão e nesse jornal. Vão para outras TVs e outros jornais, que tenham um jornalismo sério, que não fique levando o terror o tempo todo entre lares aqui no Brasil”, afirmou.
“Globo, Folha, Jornal do Commercio e Estadão reduziram 25% o salário do seu pessoal. Estão sentindo na pele agora, não adianta dar pancada no Jair Bolsonaro”, disse, destacando que não pode ser responsabilizado por tudo. Declaração semelhante foi dada por ele aos jornalistas pela manhã, no Palácio do Alvorada.
Algumas empresas jornalísticas já aderiram à medida provisória do governo que autoriza a suspensão de contratos ou redução de salários e jornadas de trabalhadores durante a crise provocada pelo coronavírus. Outras empresas da área estão em processo de negociação.
O número de trabalhadores formais que tiveram salários e jornadas reduzidos ou contratos suspensos após a crise do coronavírus ultrapassou 7 milhões na segunda-feira (11), segundo o Ministério da Economia. Pelo menos 600 mil empresas aderiram, de acordo com os últimos dados do governo.
Até agora, não houve movimentos para redução de salários do presidente Bolsonaro e de servidores do Executivo durante a crise.
João Azevêdo reúne prefeitos e admite toque de recolher na Grande João Pessoa
O governador João Azevêdo se reuniu nesta quinta-feira (13) com prefeitos da grande João Pessoa, quando admitiu a possibilidade de implantar toque de recolher na região. “Vamos trabalhar com todas essas possibilidades. “Isso precisa ser colocado e compreendido pelos próprios prefeitos, da necessidade ou não de implantação disso”, declarou o governador.
Segundo João Azevêdo, ficou estabelecido na reunião que os prefeitos encaminharão na tarde de hoje sugestões para a montagem de um plano montado pelo governo do Estado e pelas cinco prefeitos para a região e que visa ampliar as medidas, principalmente de redução de mobilidade.
“Ficou estabelecido que hoje à tarde as prefeituras encaminharão sugestões para a montagem de um plano que será apresentado pelo governo e pelos prefeituras para a região”, disse.
Com relação as determinações em vigor, ele disse que não haverá grandes modificações.
O plano deverá conter medidas de restrição ou redução de mobilidade, aplicação de multas para quem não estiver usando máscaras, entre outras.
“Se essas medidas não forem tomadas, no dia 22 de maio vamos estar com mais de 7,5 mil casos na Paraíba”, alertou o governador.
O governador alertou que não se trata apenas de números. “Parece apenas números. Mas não estamos trabalhando com números, porque cada número desse é uma pessoa, cada vítima, cada pessoa que morre é uma história de família que está sendo afetada”, frisou.
O plano deve ser apresentado até a manhã do próximo sábado ((16), disse Azevêdo.
“Esse é um trabalho conjunto entre os prefeitos Vitor Hugo (Cabedelo), Luciano Cartaxo (João Pessoa), Márcia Lucena (Conde) Berg Lima (Bayeux) e Emerson Panta (Santa Rita). Estamos tomando decisões conjuntas para que possa trazer as medidas sugeridas pelos prefeitos e que a gente possa incorporar dentro de uma coisa que possa ser praticável”, disse.