O LEDO ENGANO DE BOLSONARO: Escrito Por Gilvan de Brito 

O LEDO ENGANO DE BOLSONARO: Escrito Por Gilvan de Brito

Os pedidos de intervenção militar com Bolsonaro na presidência continuam sendo exibidos em faixas conduzidas pelos adeptos do grupo presidencial e por ele estimuladas, nas passeatas. O presidente, porém, não alcança um palmo além do nariz para entender que se isso ocorresse ele jamais ficaria à frente do Poder Executivo no caso de uma intervenção militar.

Muito simples explicar a razão: os generais jamais bateriam continência para um ex-tenente transformado em capitão após uma reforma negociada para deixar o Exército, nem seguiriam as ordens de uma patente hierárquica inferior, vestida num pijama. O cargo de Presidente seria, certamente, ocupado por um general quatro estrelas, da ativa, como ocorreu durante o último regime militar.

O presidente da República, na infeliz ditadura de 1964 era, invariavelmente, um general escolhido por um Conselho Militar e o nome conduzido, então, para aprovação, pelo submisso Congresso, depois das modificações na Constituição, através de Atos Institucionais. Por aí vê-se o ledo engano (não percebe o engano) do presidente.

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PODER MODERADOR:  Escrito Por Gilvan de Brito 

PODER MODERADOR:  Escrito Por Gilvan de Brito
Nem precisa ser advogado, basta conhecer um pouco de história (coisa que o presidente desconhece), para saber que na legislação brasileira inexiste o Poder Moderador. Na primeira Constituição brasileira, o imperador Pedro I, visando anular os três poderes, pilares da democracia, instaurou em 1824 e 1826 uma Carta com quatro poderes, sendo que um deles devia atuar como moderador, para subjugar Legislativo, Judiciário e Executivo.
Assim ele tentava emplacar um conceito do pensador e político francês Benjamin Constant de Rebeque (1767 – 1830), que dava ao imperador ou ao monarca de plantão, (na época Pedro I ocupava os dois espaços), o direito de intervir constitucionalmente em qualquer dos poderes quando assim o desejasse, para evitar oposição ou para impor suas ideias com exclusividade.
Claro que não foi aprovada com esse formato. Então, vem agora, o presidente Bolsonaro, invocar o artigo 142 da Constituição brasileira, como tipo e forma determinados de um poder moderador, permitindo-lhe criticar e contestar o Legislativo e o Judiciário. Também não conseguiu, porque na tarde de hoje o Supremo lembrou-lhe de que este dispositivo não existe, embora tenha sido tentado no Império. Um dirigente inculto, deveria ao menos acercar-se de pessoas capazes, conhecedoras, ao menos, da história.
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SEM LICITAÇÃO, PORÉM COM LÍCITA AÇÃO. Por Francisco Nóbrega dos Santos

SEM LICITAÇÃO, PORÉM COM LÍCITA AÇÃO.

Por Francisco Nóbrega dos Santos

O mundo, com uma brusca mudança, dormiu são e acordou moribundo, golpeado por um fenômeno de graves proporções. A princípio, epidemia. Com a evolução do tempo se tornou pandemia, como uma forma avassaladora de transpor continentes e destruir considerável parcela da raça humana.

De repente as nações passaram a viver num labirinto de incertezas, para não dizer de desespero, pois a inteligência humana iniciou ferrenha luta, com pouca conquista, sem êxito nesse desafio invisível, agressivo e resistente aos antídotos sugeridos ou apresentados        pelos cientistas.

Acontece que, em proveito próprio, nos laboratórios dos maquiavélicos usuários de uma ciência chamada política, os “sábios”  aproveitaram uma carona no temor do povo e passaram a maquiar uma gestão politiqueira, semeando, a principio o pavor e, naturalmente, utilizando-se do pânico para criar “marketing” de palanque, de modo especial, o Brasil onde a corrupção já virou ginkana, cujo vencedor é aquele que mais burlar as flácidas leis do País, onde existem lacunas para se criar uma bifurcação na interpretação das normas.

Não é necessário ser especialista em política para saber que a Constituição Brasileira deixa margem para dúbias interpretações das leis. Em razão disso, escudados nas dubiedades da indefinição legal, manipula-se o caos com medidas extremas, dentre essas a generalização de falsa calamidade pública, onde se flexibiliza, nos casos previstos na Constituição, adoção de medidas emergenciais sem obediência as restrições  das normas que regem os fatos.

Todos sabem da existência da distinção legal entre o poder público e a atividade privada. “È vedado ao poder público fazer o que a lei não autoriza.” Já a atividade privada é facultado fazer o que a Lei não proíbe. Eis a diferença.

Então, na forma prevista na Lei Maior, justifica-se a dispensa de licitação, se comprovada calamidade pública, circunstâncias que, dada a urgência, dispensem procedimentos licitatórios para obras, compras e serviços.

Todavia, com generalização “injustificada” de calamidade, alguns gestores gritaram a palavra “EUREKA”!. Vamos nos arrumar. E assim procederam, deixando à margem de tudo, as normas tais como a LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL e criaram um Leilão “quem cobra mais?.”

Vale ressaltar que há a esperteza de alguns e a ignorância de outros. E assim as leis são atropeladas pelo vagão da corrupção. Agora os que se locupletaram do erário público podem ir preparando uma verborrágica defesa, vez que temos, felizmente no Brasil uma respeitável instituição denominada Ministério Público que, ao longo dos tempos, vem observando tudo, com lunetas de enorme alcance e, sem dúvidas, chegarão aos maldosamente ingênuos que burlaram as normas e por ILÍCITA AÇÃO,  NÃO FIZERAM LICITAÇÃO. E quem agiu em descompasso com a lei, prepare-se para ressarcir o dinheiro do povo, sem esquecerem as cominações das penas por improbidade, peculato, conluio etc., pois no Brasil existe UM MINISTÉRIO DE VERDADE, que não perdoa os que agem contra a Lei.

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Por  Francisco  Nóbrega  dos Santo -Jornalista- Advogado e Escritor




TELHADO DE VIDRO: Escrito Por Rui Leitao 

TELHADO DE VIDRO: Escrito Por Rui Leitao

Quem tem telhado de vidro, não pode se dar ao direito de jogar pedras no vizinho. Essa é uma grande lição que nos ensina a sabedoria popular. Não demorou vinte e quatro horas para que o presidente da república fosse advertido dessa verdade que a vida vem nos ministrando. Ontem, no seu rotineiro diálogo com os apoiadores que ficam no cercadinho do Palácio da Alvorada, comemorou e parabenizou a Polícia Federal na ação promovida contra seu desafeto político o governador Witzel do Rio de Janeiro. Esqueceu que vive sob um imenso telhado de vidro. Aí vem a lembrança de outro ditado popular: “quem com ferre fere, com o mesmo será ferido”, ou “Nada melhor do que um dia atrás do outro”.

Porque ele hoje não fez o mesmo discurso para seus seguidores fanáticos? Porque a mesma PF que ontem produziu um espetáculo de ataque ao provável cometimento de atos de corrupção do governador carioca, hoje volta-se para acusar procedimentos ilícitos dos que estão ao seu entorno? Seu desejo de ter uma polícia política se desfez ao ver que a instituição decidiu preservar sua independência de atuação. De novo o alerta popular: “O pau que bate em Chico, bate em Francisco”.

De repente ele viu que as coisas não acontecem exatamente do jeito que determina sua vontade. Existem leis a serem observadas. Existe uma Constituição que controla quem governa. Existe um princípio elementar no estado democrático de direito, que é o tratamento igualitário a todos os cidadãos. Ele tem dificuldades em entender isso, em razão de sua proclamada vocação ditatorial.

As instituições democráticas estão funcionando, graças a Deus. Elas não conseguem proteger quem tem um imenso telhado de vidros. Pelo contrário, se não incentivam quem joga pedras nessa cobertura envidraçada, entendem que efeitos bumerangues não podem ser contidos em nome da lei. Não há como proteger os que estão sob a proteção do telhado de vidro, se eles próprios se aventuram em jogar pedras no vizinho. A proteção eventual do exercício do poder, não os deixa invulneráveis aos ataques de revide, quando são frágeis sua guarida. O telhado de vidro não oferece abrigo aos que gostam de trilhar caminhos não recomendáveis.

Se analisarmos direitinho até a casa da justiça tem telhado de vidro. Juízes que usam o estilingue irresponsavelmente, confiando no resguardo da toga, são surpreendidos com alei do retorno. Portanto, não há autoridade que se ache na condição de atirar pedras na vidraça vizinha, sem que corra o risco de imediatamente ter seu abrigo atingido por pedradas dos que elegeu como inimigos. O presidente precisa entender isso. Ele não é resguardado das respostas que possam atingir sua imagem.

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COMPETÊNCIA: – INVASÃO OU EVASÃO DOS PODERES? Por Francisco Nóbrega dos Santos

COMPETÊNCIA: – INVASÃO OU EVASÃO DOS PODERES?

Por Francisco Nóbrega dos Santos

 

  O meu grande sonho de ingressar na universidade  ocorreu quando exercia, por alguns anos, o Cargo de Diretor da Fazenda Municipal. E no início dessa trajetória vivi uma enorme vontade de estudar uma das mais chatas e complexas matérias que era o Direito Tributário.

Nessa empolgação e com o incentivo de muitas pessoas que gozavam da minha amizade, dentre essas, não poderia esquecer  uma criatura de inteligência impar: José Ferreira Vaz, que me estimulou a cursar ciências Sociais e Jurídicas – direito. 

Não parei mais de estudar e, ao mesmo tempo, inspirado no saudoso Vaz, comecei a colaborar com alguns jornais, onde destaco o Nordeste. Incentivado por Iedo Ferreira. Participei, ainda, em parceria com o chargista Luzardo de uma página domingueira, nos jornais O Norte e Correio da Paraíba, escrevendo humor sobre futebol e política. E por fim, alguns me incentivavam para que eu nunca deixasse de colaborar com os órgãos de divulgação.

Com o incentivo do saudoso Mestre Dorgival Terceiro Neto nasceu-me  ideia de editar um livro sobre Tributos, pois aquele nobre  causídico, quando assumiu a Prefeitura permitiu que eu continuasse no órgão fazendário, em que o Diretor era o eventual substituto do Secretário de Finanças. Jamais parei de escrever.

Hoje, com oito décadas de existência, a idade me distanciou de muita coisa, porém DEUS não permitiu que me tirassem esse salutar hábito de escrever. E Na condição de curioso em processos fiscais, muitas vezes tive que recorrer ao Direito Constitucional, que envolve o Direito Financeiro, parte integrante do fisco. Então aprendi a fazer pesquisa sob a atuação dos poderes constituídos, quando percebi a distinção entre competências exclusiva, privativa; e comum ou concorrente. Daí analisei  a razão dessas prerrogativas constitucionais.

Como o Brasil vive sobre a égide de uma Constituição originária, flexível, em alguns aspectos, rígida em suas cláusulas pétreas, a exemplo dos Direitos e Garantias Fundamentais, os estudos e o cuidado que a prática  me oinduziam a não confundir competências dos poderes ( executivo, judiciário e legislativo).

Daí Pude vislumbrar que no arcabouço jurídico expresso na Lei Maior, existia a hierarquia das leis. E a Constituição situava-se no ápice de um triângulo imaginário, e na escala descendente, a Lei Complementar; Lei Ordinária e as demais normas infraconstitucionais. Entendi também que os atributos dos demais dispositivos eram infralegais. Convenci-me, então, que os poderes seriam harmônicos e independentes, isto é, não haveria invasão de competência. 

Porém nunca soube que a teleologia da conveniência seria mais forte do que o direito. Hoje, na minha ótica, percebo a sutil mudança, na qual o Legislativo Governa, condena ou absolve; o judiciário legisla, veta e sanciona, restando, tão somente ao Executivo a função residual de pagar as contas. 

Agora com a inexplicável mudança, eu só sei, que nada sei. Por isso humildemente, suplico: Levem-me de volta aos bancos da Universidade, pois eu quero  entender  o que é (ou era) “mutatis mutandis”.

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O CORONAVÍRUS MUDANDO DE ENDEREÇO: Escrito Por Rui Leitao 

O CORONAVÍRUS MUDANDO DE ENDEREÇO: Escrito Por Rui Leitao

 

Como já era previsto, o coronavírus está mudando de endereço, saindo das grandes cidades para invadir os municípios do interior de nosso país e as comunidades da periferia das metrópoles. Isso quer dizer que começa a atacar as camadas mais pobres da população e regiões onde a rede de assistência sanitária é mais precária. Não há dúvidas de que essa parte da nossa sociedade é a que mais está sofrendo com a pandemia, por motivos óbvios.

 

Todo mundo sabe que o covid-19 espalhou-se no mundo pelos cidadãos que viajam ao exterior. Portanto, se conclui que a transmissão da doença teve origem entre os que não se colocam na base da pirâmide social. Não é difícil compreender que ao atingir os mais pobres, encontra uma maior adversidade para que seja administrado o controle do surto epidêmico. Os dados estatísticos que vêm sendo revelados nos últimos dias já demonstram isso, ao registrarem a curva ascendente de infectados e mortos.

 

A batalha do Brasil contra o vírus, então, vai se agravando a cada dia de forma acelerada. Os hospitais dos grandes centros urbanos passaram a receber um número bem maior de pacientes de baixa renda. E o que dizer dos que moram em pequenas cidades, onde as condições de atendimento são precárias? O coronavirus impacta de tanto ricos, quanto pobres. Os governos, entretanto, devem tratar a doença na conformidade da situação em que vive cada um dos seus governados, oferecendo políticas públicas sanitárias adequadas às realidades sociais. É indiscutível que existe uma grande desigualdade estrutural no sistema de saúde de nosso país.

 

Ninguém desconhece que nessa faixa mais pobre da população, aumenta a dificuldade em observar as recomendações do isolamento social. Nem preciso aqui expor as razões disso, porque são por demais conhecidas por todos. Por isso mesmo, merece um olhar mais atencioso dos governantes, buscando imprimir medidas que minimizem os efeitos danosos da doença nas áreas menos assistidas pelo poder público. Por um dever de justiça, não se pode negar que, pelo menos entre a maioria dos governadores e prefeitos, esse esforço vem sendo empreendido. Mas não é o bastante. Percebe-se a ausência de uma voz de comando nacional, procurando harmonizar responsabilidades e tarefas no enfrentamento responsável e eficaz da epidemia. Requer do governo federal uma diligência mais efetiva diante da crise. E se não quer ajudar, que não atrapalhe os bem intencionados.

 

A pandemia pegou o mundo de surpresa. No nosso caso, flagrou um sistema de saúde totalmente despreparado para enfrenta-la. Aos administradores públicos está exigindo uma redefinição de suas prioridades de gestão e da comunidade médico-científica um esforço maior de análise diagnóstica da doença, em se tratando de algo ainda desconhecido.

 

Em suma, a minha chamada à reflexão é de que, ao avançar do tempo, aumenta a necessidade de que todos nós, governantes, cientistas, profissionais da área de saúde, e sociedade civil organizada, encaremos esse desafio com o sentimento de solidariedade, sem deixarmos de considerar o fato de que, a partir de então, os pobres demandam muito mais as soluções emergenciais que mitiguem o castigo a que estão sendo submetidos. São eles que mais sofrem as consequências do vírus e os que estão menos equipados para enfrenta-lo.

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NOVA IDADE DENYSE ROLIM DE BRITO; Escrito Por Gilvan de Brito 

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 NOVA IDADE DENYSE ROLIM DE BRITO; Escrito Por Gilvan de Brito

 

 

 

A minha menina, nasceu em João Pessoa (PB). Tem formação acadêmica com graduação em Serviço Social, pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB/ 1986. Fez especialização em Metodologia do Ensino Superior, pelo Instituto Paraibano de Educação – UNIPÊ/ 1995 e Pós-Graduação em Serviço Social cursando as disciplinas de Metodologia da Investigação da Pesquisa Científica – UFPB/ 1992, Tópicos Especiais em Política Social – UFPB/ 2002 e Processos Organizativos do Terceiro Setor – UFPB/ 2003. Realizou Curso de Inglês no Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas da UFPB e cursos à distância: Introdução às Relações Internacionais, do Instituto Legislativo Brasileiro, (Senado) e Redação Oficial, do ILB. Fez estagio na Maternidade Cândida Vargas – INAMPS e exerceu atividades na Comissão Especial de Legislação Social presidida pelo deputado federal Edme Tavares, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na elaboração de sugestões do setor social para a Constituição Federal de 1988.

 

Atualmente desenvolve ação profissional na Assembleia Legislativa da Paraíba, como Revisora, na função de Assistente Legislativo da divisão de Tradução e Revisão Taquigráfica. Como atividade científica apresentou trabalho na modalidade Painel, no II Encontro Regional de Pesquisadores em Serviço Social, intitulado A contribuição das Fundações para a melhoria de vida da população de João Pessoa, realizado em dezembro de 2003, promovido pela UFPB. Tem cursos de extensão de Prática Legislativa, Redação Oficial, Oratória, Direito Constitucional e Português Instrumental. Na atividade cultural realizou o curso de Danças Circulares, na UFPB/ 2004, tomou parte de vários workshop´s de Danças Sagradas (grega, árabe, chinesa, inca, asteca, maia, romana e hebraica) e de Coreografias (clássica, folclórica e de salão) para apresentações. Foi selecionada em concurso literário promovido pela Funjope (2012) com o prêmio de publicação para o livro (ensaio) “A Letra de Meu Pai”. Arquivo Digital: Breve História da Música Paraibana; Participou de diversas mostras e exibições de Danças Modernas, Artísticas, Sagradas e Folclóricas e realizou curso de pintura em tela.

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O CERCO ESTÁ SE FECHANDO: Escrito Por Rui Leitao 

O CERCO ESTÁ SE FECHANDO: Escrito Por Rui Leitao
O cenário político nacional ultimamente tem vivido em permanente estado de alerta. Especialmente nos ambientes palacianos. Todo dia tem uma novidade revelando que o cerco está se fechando. O nervosismo é perceptível. As reações, comumente raivosas, tornaram-se assim como que meio desesperadas. Muita gente afundando no pântano que eles mesmo criaram. É aquela situação em que se vêem com enorme dificuldade em explicar o inexplicável.
Fatos novos se sucedem numa avalanche de denúncias que deixa desnorteados seus protagonistas. O desdobramento desses acontecimentos cada vez mais complica a vida dos que até pouco tempo se apresentavam como combatentes da corrupção e vestais da moralidade e da ética na política. Máscaras caindo. Atônitos, saem disparando metralhadoras giratórias na tentativa de abater adversários antes que caiam por terra. A estratégia, ao que se percebe, não tem produzido bons resultados.
Quem antes era estilingue, de repente se tornou vidraça. É sintomática a postura de intranquilidade. Os dias coloridos vão se tornando sombrios. Ficam apreensivos porque o desencanto avança na mesma velocidade que o encantamento. Se amedrontam em perceber que estão à beira de um abismo, e não têm como voltar. As decepções produzidas comprometem as expectativas tão planejadamente construídas. Sobra uma desilusão difícil de se conter. Aquela angústia de ver que os que depositaram credibilidade nos seus discursos começarem a cair no desapontamento.
As mentiras e os fingimentos que até então eram considerados como verdades, aos poucos vão virando pó. Ninguém consegue mostrar por muito tempo uma personalidade que não lhe pertence. Como também não há como se manter demonstrando ser o que não é, por toda a vida. A farsa tem data marcada para se findar. Eles ignoram que a verdade pode demorar, mas aparece. E quando surge, geralmente, é em condições de surpresa. Sem tempo de armar defesas ou táticas de ludibrio.
O desnudamento é sinônimo de libertação. À medida que vamos conhecendo a verdade, vamos nos livrando dos ardis a que nos submeteram. Aos nossos olhos surge a oportunidade de enxergarmos o que estava obscurecido. Passamos a viver a transformação do entendimento e nos entregamos ao império da lógica e do discernimento. As vendas que puseram em nossos olhos estão sendo retiradas e a escuridão de antes se transforma em luz esclarecedora da realidade.
O cerco está se fechando. Amanhã será outro dia, como diria Chico Buarque. Esperemos. Não há como inibir os eventos que transpareçam a verdade que teimaram em nos esconder. O poder mal utilizado não tem condições de se manter por muito tempo. A verdadeira justiça vive na consciência de cada um.
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ELE NÃO ENGANOU NINGUÉM: Esdcrito Por Rui Leitao 

ELE NÃO ENGANOU NINGUÉM: Esdcrito Por Rui Leitao
Ouço muita gente dizer que o brasileiro foi vítima de um estelionato eleitoral ao conduzir Bolsonaro à presidência da república. Não concordo com essa afirmação. Ele nunca enganou ninguém. Como presidente está colocando em prática toda a plataforma ideológica que defendeu na campanha e durante toda a sua vida política. Nos vinte e oito anos em que esteve no parlamento, sempre foi considerado uma figura integrante do “baixo clero” da Câmara Federal. Pertencia, então, ao grupo de deputados inexpressivos no cenário político nacional, que costuma participar de negociatas em benefício próprio, porque não tem compromisso com pautas que interessem à vida nacional. São vendilhões da pátria, condicionam seus votos ao recebimento de cargos ou outras vantagens oferecidas pelo poder executivo.
Até se apresentar como candidato a presidente era um desconhecido, não exercia qualquer papel de liderança no Congresso Nacional. Ganhava destaque na mídia apenas quando protagonizava alguma cena que fugia ao normal como comportamento de um parlamentar. Ou quando se envolvia em alguma questão polêmica. A grosseria, as ofensas verbais e a postura preconceituosa, próprias de quem milita no campo da extrema direita, eram as marcas de sua atuação parlamentar. Ganhou maior notoriedade quando da votação do impeachment de Dilma Houssef, ao homenagear o maior torturador da ditadura militar, Brilhante Ulstra, na ocasião que proclamava o seu voto.
Sempre foi assim. Nunca escondeu sua personalidade machista, homofóbica, racista. Sua incapacidade para exercício do cargo que estava disputando era explícita. Tanto que usou de todos artifícios para não comparecer aos debates, até que se aproveitou do incidente da facada. Lógico, ele sabia que sua presença iria desnudá-lo como alguém que é pobre de inteligência, inculto, e despreparado, Melhor continuar no seu discurso populista, se colocando como um “outsider” da política, apresentando-se como o “diferente”. O que, examinado com cuidado, seria muito fácil perceber a enganação, em razão da sua biografia.
Mentiu apenas quando prometeu que iria acabar com a corrupção no Brasil. De resto manteve-se muito coerente com o perfil que exibe agora como chefe da nação: bronco, mal- educado, autoritário, arrogante e deficiente intelectualmente. Como acreditar que um candidato que torna símbolo de sua campanha o gesto de uma arma com a mão, pudesse ser uma pessoa afável, harmoniosa, conciliadora? Claro que não. Ele, jamais se negou a expressar seu lado violento e virulento. Declarou, de viva voz, que era a favor da tortura. Lamentou que a ditadura militar não tivesse matado, pelo menos uns trinta mil adversários políticos do regime. Nos palanques incitava seus seguidores a atacar “petistas” e “esquerdistas”. Não escondia a sua idolatria por Trump, revelando o seu propósito entreguista. Chegou ao exagero de dar continência e reverenciar a bandeira norte americana.
Não se convenceu de que a campanha acabou e continua no palanque, disseminando ódio, instigando conflitos, produzindo um ambiente de permanente beligerância ideológica. Não se observou em tempo algum, sua disposição para exercitar o diálogo, buscar convergências. Tem verdadeira aversão ao contraditório. A vocação para ditador não permite ouvir críticas ou ser desobedecido nas suas ordens, por mais estapafúrdias que sejam. O desequilíbrio emocional já era evidente mesmo quando postulante ao cargo de presidente. Portanto, nada que possa causar espanto ou provocar desencanto. O óbvio está se confirmando, nenhuma surpresa.
Quem votou nele não pode alegar que cometeu um equívoco na avaliação do seu caráter e da sua competência para presidir a nação. Sua trajetória de homem público não deixava dúvidas quanto ao seu modo de agir na oportunidade em que assumisse os destinos de nosso país. Sua índole antidemocrática era manifestamente demonstrada em todos os seus pronunciamentos. Agora é tarde. Não adianta lamentos. Embora necessárias as manifestações de arrependimento para que se forme um exército capaz de enfrenta-lo em defesa do estado de direito, da soberania nacional e de um governo que atenda as demandas sociais, independente dos conceitos ideológicos. Podemos apontar muitas imperfeições na sua conduta como primeiro mandatário da nação, menos a de que cometeu o crime do estelionato eleitoral.
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PATRULHAS IDEOLÓGICAS: Escrito Po Gilvan de Brito 

PATRULHAS IDEOLÓGICAS: Escrito Po Gilvan de Brito
Lendo ontem na Folha de S. Paulo, comentário sobre livros, de João Pereira Coutinho – escritor e cientista político pela Universidade Católica Portuguesa – que considera as patrulhas ideológicas muito parecidas e até semelhantes àqueles a quem combatem, logo transportei-me para este Facebook. É a pura verdade, e estão disseminadas neste espaço.
Não é difícil identificá-las, diante da agressividade e da forma como premiam aqueles com quem não concordam, utilizando-se de todos os adjetivos existentes nos dicionários populares de gírias e da linguagem chula. Isso é desestimulante. Quando alguém leva um assunto sério a debate, nesta mídia, e espera que outras pessoas venham enriquecer o tema, e apontar saídas, eis que, algumas vezes, surgem os agressores que não concordam com aqueles argumentos e passam a contestá-los, radicalizando de forma pejorativa, desagradável e às vezes, obscena.
Muitos utilizam, por exemplo, o termo “fascista”, mas poucos sabem a etimologia (vocábulos que originam outros), conceito, definição e significado desta palavra (como surgiu e o que representa), quando classifica o autor de um comentário, usando a mesma linguagem e costumes com a qual pretende enquadrá-lo. Enfim, vestindo a carapuça, aquelas pessoas de acentuado extremo (direita ou esquerda), que sentem o prazer ignóbil e perverso de chamar gratuitamente alguém de fascistas, são bem parecidas com elas. Chegam no ponto onde os ideologicamente mais extremados se aproximam, se tocam e se confundem. Foto: em tempos de fascismo (Mussoline) e nazismo (Hitler).
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