REMEMBER DITADURA DE 64! Escrito Por  Gilvan de Brito 

REMEMBER DITADURA DE 64! Escrito Por  Gilvan de Brito

Nesta época em que alguns grupos alienados contestam a democracia, estão surgindo algumas histórias da sangrenta ditadura dos militares golpista armados. Eu tenho muitas, pois atuava na linha de frente da imprensa, escrevendo 400 linhas por dia para alimentar uma coluna política e uma página com notícias políticas, diariamente, como repórter e editor político do jornal Correio da Paraíba. Chegávamos à redação em torno das 18 horas e começávamos a preparar o noticiário colhido na Assembleia Legislativa, palácio do Governo, Câmara Municipal, sede dos partidos, sindicatos e, enfim, onde a notícia estivesse.

 

Às 1830 h chegava o censor, cumprimentava a todos e sentava-se diante de uma mesinha e começava a receber dos jornalistas o material que já havia sido preparado. Eu levava diariamente algo em torno de oito notícias, deixava-as com o censor e esperava ser chamado à sua presença. Havia, é claro, a auto-censura de cada um dos jornalistas, que já sabiam antecipadamente o que não poderia ser publicado, mas alguns, como eu, sempre se utilizava de metáforas para tentar furar o bloqueio da censura. Depois ele chamava um por um a sua frente para dizer o que poderia ser divulgado, o que deveria ser modificado e o que seria confiscado por atentar contra a segurança nacional.

 

Certo dia eu comecei a escrever com o tipo preto (a máquina tinha uma fita com um carretel onde havia duas cores: preto e vermelho) e como o preto estava muito gasto, eu mudei para o vermelho. Quando entreguei as minhas matérias ele levantou o rosto e encarou-me: “O senhor é comunista?” – indagou-me. Eu estranhei a pergunta porque, para os censores, nos todos, jornalistas, éramos tidos como comunistas, porque escrevíamos, muitas vezes, o que o regime não gostaria de ler, o que tornaria a pergunta inócua e desnecessária. Mas ele justificou dizendo: “O senhor está escrevendo suas notícias em vermelho”. Nada mais foi dito e nem lhe perguntado. Não precisava.

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www.reporteriedoferreira.com.br  Por Gilvan de Brito- Jornalista,advogado e escritor.




    …ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!.  QUEM OUSARÁ?:   Por Francisco Nóbrega dos Santos

                                …ATIRE A PRIMEIRA PEDRA!.  QUEM OUSARÁ?

                                         Por Francisco Nóbrega dos Santos

             A história dos longínquos tempos nos fala que o maior patrimônio do cidadão era a honradez. Muitos, orgulhosamente, ostentavam como um troféu o bom caráter e os bons costumes Eram referência para qualquer negócio, pois não existiam nota promissórias ou duplicatas. A palavra simbolizava a Lei. Muitas vezes firmava-se  um pacto de sangue, ferindo um dos pulsos, num leve toque para que surgisse uma gota de sangue e a colocava num papel. 

             Desde então nasceu a palavra “rubrica” que significa marcar com a cor vermelha, que simbolizava o sangue, uma das fontes da vida. E esse ato simbólico estaria acima de qualquer suspeita, pois se tornava moralmente irreversível.

            Com a evolução e as naturais mudanças advindas com a extensão dos costumes, esses gestos foram, gradualmente, reduzidos. E, no momento atual, nada significa como prova da fidelidade de um pacto firmado, pois com a implementação  do direito positivo, as normas codificadas despertaram o sentimento instável  da confiança para a utilização de contrato escrito, com testemunhas e outras formas de segurança que foram ampliadas no tempo.

           O que restou do significado de rubrica (paroxítona) foi a abreviação de uma assinatura, como reforço de um contrato firmado, recheado de cláusulas traduzidas e especificadas como essenciais, especiais,  acidentais,penais, indenizatória e outras num extensivo elenco criado em razão dos atos e dos fatos.

          Hoje, os homens de bem, optaram por ser pessoas de bens.  Daí evolução ENDEMICA, EPIDÊMICA OU, até mesmo PANDÊMICA transformou a mente humana em uma máquina de fabricar bens, com ou sem trabalho, herdando sem hereditariedade e conquistando recursos por diversas formas, poucas vezes honestamente.

         No Brasil, onde a flexibilidade das leis, e a complexa forma de interpretá-las, criam-se mecanismos, para a produção de rendas e bens que a justiça não entende ou finge desconhecer.

         Assim, a forma de se firmar grandes fortunas é, sem dúvida, a política, pois no Brasil o político, com raras exceções, é escolhido pelo voto do povo, como um cheque em branco para reger o destino do País, o Estado ou o Município. Uma vez investido como agente político, torna-se um agente público, com direitos a indenizações, estabilidade e liberdade firmar a própria renda. E a evolução desses fatos ou atos jurídicos mudou o rumo da prática e a dubiedade das leis flexibilizou múltiplas interpretações. Para uns, os rigores da lei; para outros os favores da lei. Essa é a teleologia da conveniência.

        A Constituição Brasileira editada e promulgada no século 20 recepcionou alguns direitos e, convenientemente, mutilou ou excluiu alguns, abrindo espaço para que seja diversificada a interpretação. A maior prova disso é a inexistência da unanimidade das decisões de turmas ou câmaras.

               A prova mais evidente e concreta do descaso verifica-se na trilha percorrida por um processo, na utilização de inúmeros recursos, onde as divergências persistem até à viagem protelatória dos autos e se opera a prática do conflito de entendimentos nas instâncias superiores, sem fugir à  regra o todo poderoso Supremo  que raramente profere uma decisão unânime. Essa é a prova de que os notáveis guardiões da Lei Maior, divergem no entendimento e, muitas vezes, os autos adormecem nas gavetas desses soberanos até serem fulminados pela prescrição ou pela decadência, matando direitos ou sepultando graves punições. “E assim, por razões que nem Freud explica,”. Daí é de invocar o adágio  um adágio proverbial aplicável à espécie.” QUEM TEM TELHADO DE VIDRO NÃO ATIRA PEDRA NO TELHADO DO VIZINHO ”, o que traduz, “data vênia”,  as sábias palavras de Cristo: -“AQUELE QUE NÃO TIVER PECADO, ATIRE A PRIMEIRA PEDRA. Quem ousará?




VOCAÇÃO PELA CRIMINALÍSTICA: Escrito Por Gilvan de Brito 

VOCAÇÃO PELA CRIMINALÍSTICA: Escrito Por Gilvan de Brito
Eu tenho a impressão de que teria dado certo com a criminalística. Foi o que pensei quando cursei o período de Medicina Legal, durante seis meses, com os estudantes de Medicina, como parte da grade curricular do Direito. Talvez porque um dos meus professores dessa matéria fosse Genival Veloso, reconhecidamente, pelos livros que escreveu, pelos casos que solucionou e pela competência no trato com os cadáveres, se coloca entre os melhores do Brasil.
Quem não se lembra daquele caso do PC Farias, durante o governo Collor, que veio para as suas mãos depois de passar pelos mais competentes cientistas da área, no Brasil. Vários livros de sua lavra hoje são adotados não apenas nas universidades brasileiras, muito mais no exterior. O conjunto de procedimentos médicos e técnicos de Medicina Legal abordados pelo professor Genival Veloso – que para a tristeza dos novos alunos, não vão encontrá-lo porque já está aposentado da UFPB e UNIPÊ (infelizmente) – induzem à solução de crimes com uma facilidade incrível, pelo encaminhamento que aborda, tanto pelos conhecimentos quanto pela intuição.
Quase me convenci depois de dissecar cadáveres no IML em busca de solução para supostos crimes, a seguir profissionalmente, no Direito, a criminalística, o que era reforçado por cada aula daquele emérito professor. Parece até que eu havia me enganado de quando sonhava ser jornalista, a posição que já havia conquistado no primeiro time da imprensa. Achava empolgante a Medicina Legal. Mas o jornalismo, indubitavelmente, é muito forte, porque depois que eu abri a minha banca de advocacia, sentia a necessidade de continuar na imprensa. O que eu era mesmo, e ainda sou, está exposto nestas linhas: um jornalista, porque a cada dia ele ia me puxando cada vez mais para as redações. E eu não tive outra escolha senão seguir o destino. Quem sabe poderia ter sido melhor na advocacia criminalística? Não sei, não experimentei, porque ninguém foge ao destino. E aqui estou, como jornalista, e não me arrependo.
www.reporteriedofereira.com.br   Por Gilvan de Brito- Jornalista, advogado e escritor.



O FANÁTICO POLÍTICO Escrito Por Rui Leitao 

O FANÁTICO POLÍTICO:  Escrito Por Rui Leitao
A defesa fervorosamente feita de uma opinião, sem respeito à racionalidade, é o que podemos chamar de fanatismo político. Paixão que produz delírios. O fanático político trata o seu líder como se fosse uma divindade, um ser mitológico. Na política contemporânea brasileira, observamos comportamentos e atitudes que se assemelham na inadmissão do pensamento contrário, tanto entre os militantes da direita, quanto da esquerda. Ambos se acham donos da verdade inquestionável.
Na verdade, essa guerra nada mais é do que uma disputa pelo poder. Imparcialidade e objetividade não são considerados para estabelecer um debate responsável e consciente. O fanático político está pouco preocupado em mostrar a verdade. Para ele o que interessa é defender os interesses do grupo a que pertence. Comunistas ou fascistas priorizam a manifestação do amor ou repúdio às ideias em conflito.
Será tão difícil ser de esquerda ou de direita sem aderir ao fanatismo político, perdendo a capacidade do diálogo? Vamos continuar estimulando mentalidades intolerantes se alastrarem pelo país? Precisamos transcender esse tribalismo, se realmente queremos construir uma nação melhor, mais igualitária e mais justa. O fanatismo é uma doença mental e psicossocial. Via de regra se associa a pensamentos autoritários, uma vez que não se compatibiliza com o exercício da democracia.
Os fanáticos políticos são submissos e alienados, “cordeiros rumo ao abatedouro”. Quanto mais obedientes, mais enquadrados nessa forma de comportamento. Quando um governo deixa explícita sua contrariedade à atividade política da oposição, está alimentando as posturas dos fanáticos. Até porque eles são a sustentação eventual das suas ideias. Embora, a História tenha nos mostrado que esses posicionamentos tiranos têm vida curta. Desconhecem que o poder é efêmero, dura o tempo em que a sociedade estiver anestesiada pelo fanatismo. Mas nenhuma anestesia é por todo o tempo. O efeito de adormecimento de consciências tem prazo de eficácia.
Em síntese, o que quero dizer é que sob a influência do fanatismo político, estaremos longe de alcançar a cultura da paz, do entendimento, da participação popular e democrática. Qualquer forma de imposição representa fanatismo. Governantes de plantão que estimulam o fanatismo, não desejam a construção de uma sociedade humana, solidária, justa e sustentável. A cidadania detesta radicalismos ideológicos. A ideologia é importante no nosso cotidiano, não como instrumento de dominação cultural, social e política, e sim como prática da consciência crítica.
Eu sou de esquerda, mas me esforço para fugir do radicalismo fanático. Sou porque me oriento essencialmente para a igualdade social, contra a intolerância à diversidade étnica, cultural e sexual. Mas respeitando quem pensa diferente de mim, sem que se coloque na posição adversa com fanatismo. Assim, se exerce a democracia. Os extremistas que fiquem fora desse debate.
www.reporteriedoferreira.com.br   Por Rui Leitão, Jornalista, advogado e escritor.



O MEU AVÔ ROLDÃO CORREIA DE BRITO: Escrito Por Gilvan de Brito

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O MEU AVÔ ROLDÃO CORREIA DE BRITO: Escrito Por

Gilvan de Brito

Saindo de João Pessoa com o meu pai numa maria fumaça da Great Western, fui encontrá-lo pela última vez, velhinho, cansado, lá pela metade da década de 40, na sua casa antiga da rua Treze de Maio, 232, em Campina Grande. Meu pai às vezes o visitava conosco (minha mãe Corina e minha irmã Gilza, ainda nos cueiros). Ele era determinado e tinha uma força física que contrastava com a fragilidade de sua aparência. Parece que gostou oo neto, porque saiu pelo galpão mostrando as máquinas que estavam prontas para a entrega, feitas por ele: de fabricar e cortar doces, de fabricar manteiga e queijo, máquina de pasteurização, prensa para extração de óleo do caroço do algodão, peças de bolandeira, portões de cemitérios (ferros quadrados, retorcidos e sextavados com motivação barroca) e mais uma infinidade de coisas que não pareciam ter saído de uma bigorna, uma forja, uma prensa manual e um martelo. Isso valorizava a sua imaginação fértil, e suas mãos firmes de competente artesão no comando das ações.

Dessa última vez, de pelo menos cinco, em que eu estive com ele, mandou-me sentar numa cadeira ao lado da forja, colocou um avental de couro e um par de óculos que lhe cobria parte do rosto e dirigiu-me um olhar inextrincável, talvez piedoso para mim, ao passar a mão sobre a minha cabeça, sabendo que ali estava um dos ramos mais humildes da árvore, família. Pegou com uma enorme tesoura um pedaço de ferro da espessura de um dedo, levou-as ao calor da forja enquanto subia e descia a ponta do fole para levar vento às brasas. Seguidamente, caminhava para a bigorna, dava marretadas no ferro em brasa, oferecendo um formato à peça. Ao mesmo tempo as faíscas pululavam com vigor, tomando vida própria ao iluminar o ambiente, num espetáculo à parte, levando-me, temeroso, a proteger o rosto com as mãos. Primeiro, achatou a extremidade superior, depois bateu nas laterais e o transformou numa cabeça sextavada. Em seguida, minuciosamente, com muito esmero esquentou a peça, colocou-a numa prensa manual, prendeu a ponta com um alicate de pressão e girou-a para criar os sulcos circulares, mostrando que aquela peça era a imitação de um parafuso. E a conclusão era correta. Sabia instintivamente como fazê-lo.

Ele cortou-a com uma talhadeira no exato tamanho que imaginara e, ao final, mergulhou a peça em brasa num balde d´agua, quando subiu uma fumaça marrom com cheiro acre. Notava-se o seu entusiasmo enquanto realizava a obra prima. Ainda com o parafuso preso a grande tesoura de ferro, fruto de sua criatividade, usou a lima para desbastá-lo em alguns pontos dos sulcos circulares, enxugou-o e o estirou na minha direção, ainda preso à tesoura, proporcionando-me um presente, um parafuso artesanal, talvez o mais original que recebi em toda a minha vida, porque foi feito com o amor do avô pelo neto, certamente o mais carente da família, tanto quanto ele também o era, antes de sua notoriedade na labuta com o ferro. No meu progressivo processo de amadurecimento a imagem do meu avô sempre esteve presente, como incentivo para dar continuidade a alguma coisa que se encontrava travada.

Despois, já adulto, dei-me conta de sua exuberância nos passos, no olhar altaneiro e nos gestos, circulando com elegância, deslizando suavemente na sua oficina, e no íntimo trato que demonstrava no manuseio da sua matéria-prima. O ferro era conduzido em brasa da forja para a bigorna, da bigorna para a prensa e da prensa para o esmeril de acabamento, e de volta à bigorna onde sofria alteradas marretadas para a criação de órbitas de fagulhas que circulavam pelo ar e morriam antes de chegarem ao chão. Um círculo que se tornava vicioso à vista de qualquer pessoa. A marreta, de tão grande e pesada, não sei como ele conseguia levantar tantas vezes para bater no ferro quente, um castigo para uma pessoa que já ascendera dos 70 anos, numa época em que a vida no Nordeste tinha uma média que se estabelecia pouco acima dos 50. Parecia o personagem de uma história que ainda não fora escrita, uma espécie de Quixote dos trópicos envolvido numa aventura em que se dispensava as características fantasiosas da luta contra os moinhos de vento e de vez em quando assumia o realismo fantástico de Sancho Pança. E o meu pensamento continuava voando alto da forma como pensavam os adultos: por qual motivo um ser humano numa idade daquela, precisava submeter-se a uma tirania daquele tipo, qual seja, a de trabalhar de forma tão vigorosa e aviltante, exposto ao calor sufocante, o que certamente levaria um corpo a reclamar do cansaço dos braços, das pernas, dos músculos e, principalmente, dos nervos.

Mas ele nunca se queixava dessa provação. Esse era o seu lado fantástico, onde a arte dava substância a vida. Era o imaginário que orientava toda a sua obra. Era nesse ponto onde residia toda a sua genialidade, extrapolando o seu empírico campo de ação. Assim, pelo que foi, constituiu-se na melhor parte da vida de todos os filhos, que o adoravam e, também, daquele humilde neto presenteado que passara a exaltá-lo durante toda a vida, e até alimentar o desejo de um dia fazer este livro para contar a história e perpetuá-lo diante das novas gerações que naturalmente surgirão vidas afins e subsequentes. Era cordial, reservado e tinha uma voz firme. Meu pai Gilberto Correia de Brito dizia que chegou a vê-lo usando Kipá ou Solidéu (touca), o paramento de vestuário utilizada pelos judeus como símbolo da religião Judaica. Deixou de usá-lo depois que começou a frequentar a igreja evangélica, em Campina Grande. Afinal, era um cristão-novo, veio com a família para nordeste brasileiro diante das ameaças e do temor de ser queimada viva pelos católicos da Inquisição, em Portugal. Sempre quando sinto alguma dificuldade na vida, lembro-me dele, da sua determinação, levanto a cabeça e sigo em frente. (Do meu livro em elaboração: “Um Minuto de Silêncio – memórias de Gilvan de Brito”

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MAÍLSON PISA NA BOLA:  Escrito Por Gilvan de Brito

MAÍLSON PISA NA BOLA:  Escrito Por Gilvan de Brito

Ao defender o aumento da carga tributária durante dez anos para conter os efeitos do Coronavírus na economia brasileira, o ex-ministro Mailson da Nóbrega, da Fazendo (1887 a 1990), do Governo Sarney, pisou na bola, em declarações à imprensa. Se ele acha pouco ter dirigido a economia do país num período de maior inflação já alcançada no Brasil, que atingiu 88%, quando tudo subia todos os dias (na calada da noite, através dos “over night”), a elevação dos tributos durante uma década supera sua “eficiência” ministerial.

A carga tributária atual é superior a 38%, o que nos leva a trabalhar quatro meses por ano exclusivamente para pagar impostos ao governo. Mais do que isso representa uma crueldade com o povo brasileiro. E ele achou pouco e ainda defendeu a volta do famigerado CPMF, que cobrava imposto sobre tudo que se comprava no país. O que nós estamos precisamos é de um ministro capaz, com imaginação, para vencer esses obstáculos com a redução da carga tributária, jamais com o aumento.

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BRASIL – MUITA HISTÓRIA E POUCA MEMÓRIA Por Francisco Nóbrega dos Santos

BRASIL – MUITA HISTÓRIA E POUCA MEMÓRIA
Por Francisco Nóbrega dos Santos

 

O nosso pobre País rico, que foi descoberto por acaso, sobreviveu ao longo do
tempo percorrido e poderia fluir o universo de heroicas histórias. Porém vive
naufragado no oceano de incerteza e desolação. Incerteza em razão desse fantástico
mundo de hipocrisia que reina desde o império; desilusão em face de uma política
injetada por mentes e mãos malfazejas, à frente de tudo.
Nas três fases de governos (província, república e ditadura) pouco, ou quase
nada, mudou na vida dos brasileiros, que sempre carregaram nos ombros a obrigação
de pagar as contas sem darem conta do que já a pagaram, pois essas gerações,
nasceram e cresceram com a responsabilidade dos gastos das grandes farras
praticadas por aqueles escolhidos como gestores dos recursos arrancados da massa,
conquistados com sangue, suor e sacrifícios.

A trajetória do povo brasileiro, sem exclusão de classes sociais, o contribuinte é
aquela pessoa que trabalha a vida toda para o governo, sem fazer concurso. A
princípio, trabalhava-se para a Coroa Portuguesa, onde a produção era exportada para
a Capital da Província, e como retorno, os minguados recursos que mal davam para
amenizar a fome; Com a independência, todos continuavam com os enormes encargos
para manter o “status” da classe dominante, custeando as despesas extraordinárias
com os passeios por outros continentes, matrículas dos filhos da casta elevada, para a
formação de técnicos e especialistas na arte de fabricar políticos como fim de firmar
uma hereditariedade injetada.

Hoje o País, a exemplo de outros continentes, desfruta de três Poderes
constituídos, representados por uma oligarquia hereditária, forçosamente indicada
pelos mais diversos critérios, onde se escolhe o cargo para o homem ao invés de se
escolher o homem para o cargo. E nessa variedade de escolhas, o povo opta por
mandatários que irão governar ou legislar, enquanto o poder de guardar, respeitar e
defender a Constituição é aleatoriamente indicado, através da palavra chave; Q I (que
se traduz; Quem indicou?. Tais escolhas contemplam pessoas de formação acadêmica
que nunca exerceram a magistratura e, infinitas vezes, excluídas em concurso público,
porém num salto de paraquedas, entram no bloco das excelências.

 

E a amnésia dos que fazem a história dessa imensa nação não vê o proposital
desacerto dessa Torre de Babel, edificada pelo ciclo vicioso entre os poderes litigantes.
Então recapitulemos: No dia 24 de Agosto de 1954, o então Presidente Getúlio Vargas,
num tresloucado gesto, deferiu um tiro no coração e em carta disse: – Deixo á sanha
dos meus inimigos o legado da minha; Num passado não muito recente, o Jurista Ruy
Barbosa vaticinou: – Desigualar as desigualdades com tratamento desigual aos
desiguais”, O saudoso paraibano Alcides Carneiro, ao inaugurar em Campina Grande,
uma unidade hospitalar do IPASE proferiu a inesquecível frase: – Hospital! Uma casa
que por infelicidade se procura, mas por felicidade se encontra; o ex-presidente Jânio
Quadros, cuja renúncia a todos surpreendeu, sempre afirmava; contra fatos não há
argumentos; por fim, não poderia ficar à margem das históricas frases, destaque ao
desbravador marechal Rondon, que desenvolveu um trabalho no País através de

abertura de vias e rodovias em nosso território: eis a frase: “ Ou o Brasil acaba com a
saúva ou a saúva acaba com o Brasil. Hoje a saúva é, sem dúvida, a corrupção
oficializada. E o veneno eficaz é a ação do Ministério Público, com a atuante Polícia
Federal ou Estadual. O resultado é lento, pois corruptos agem contra a atuação dos
que buscam o fim dessa praga . E o povo, no silêncio conivente, apenas torce.

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BRIGA DE FOICE  Escrito Por Gilvan de Brito

BRIGA DE FOICE  Escrito Por Gilvan de Brito

Por que os partidos estão se engalfinhando para ocupar a vaga que será deixada por Rodrigo Maia, em janeiro próximo, na presidência da Câmara dos Deputados? Eu respondo: a presidência da Câmara é a segunda opção na linha sucessória da presidência da República. Atualmente existem no Superior Tribunal Eleitoral (TSE) cinco pedidos de anulação da eleição de Bolsonaro e Mourão e a maioria dos políticos acredita que mais cedo ou mais tarde um deles vingará. Se for até o fim do ano, Maia assumiria a presidência.

Se for depois de janeiro a Câmara já terá um novo presidente, segundo determina o regimento interno da Casa (mandato de dois anos, proibida a reeleição). Como Maia acredita que a chapa eleita em 2018 será inevitavelmente cassada pelo TSE e, pelo sim e pelo não, já está se articulando para mudar o regimento interno da Câmara a fim de garantir a sua reeleição, que lhe daria a presidência da República com a cassação da chapa, presentemente ou também no próximo ano, caso o afastamento não se verifique até janeiro.

Por esse motivo, preventivamente, ele está segurando os 23 pedidos de impeachment de Bolsonaro, que se encontram na sua gaveta. Isso porque, com o afastamento de Bolsonaro através do impeachment, Mourão assumiria, como solução constitucional, como aconteceu com Itamar Franco, com a cassação de Fernando Collor, para os dois anos finais do mandato. Enquanto isso, durma-se com um barulho desses.

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OS FINS E OS MEIOS:  Escrito Por  Rui Leitão 

OS FINS E OS MEIOS:  Escrito Por  Rui Leitão

Essa é uma discussão muito pertinente para o atual momento brasileiro. Parece ser generalizada a aceitação de que “os fins justificam os meios”. A que ponto nós chegamos! O código de ética já não é mais um regramento a ser observado quando se pretende alcançar alguns objetivos. Ao desfraldar a bandeira de combate à corrupção passa a ser válido cometer ilegalidades e desrespeito a princípios constitucionais e conceitos de moralidade. Seria cômico, se não fosse trágico, admitir corruptos desenvolvendo luta contra a corrupção.

Estamos vendo a utilização de expedientes desonestos como alegação para atingimento de metas estabelecidas, falsamente consideradas como legítimas. Observar que os que têm a responsabilidade de fazer cumprir as leis, sejam os primeiros a desrespeitá-las, em nome de uma batalha que se apresenta como virtuosa ação em defesa da moralidade e da ética, é algo preocupante e triste.

Por isso a classificação de maquiavélicas às pessoas que adotam esse comportamento como estratégia política, na observância da doutrina ensinada pelo escritor florentino Maquiavel, em seu célebre livro O Príncipe. A arte da maldade como qualidade positiva. O entendimento de que, para conquistar benefícios, tornam-se lícitas quaisquer atitudes, ainda que ferindo conceitos tradicionalmente adotados como decentes.

Essa é uma questão que merece reflexão séria. Precisamos considerar primeiro se a ação tem prevalência da moralidade. Segundo, se o seu resultado preserva objetivos inquestionavelmente morais e éticos. E, por fim, se os protagonistas da ação podem ser apontados como indivíduos que, por suas condutas, possam ser referenciados como moralistas. As motivações jamais podem desprezar o respeito à moralidade e à ética. É inadmissível condicionar valores a situações. Não existe ilicitude bem intencionada. Nem há “meio pecado”. Quando isso acontece misturam-se os “criminosos”, uns pousando de “bonzinhos”, cidadãos de bem, e outros apontados propositadamente como bandidos.

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   O CINEMA E A POLÍTICA – FILMES E PERSONAGENS  Por Francisco Nóbrega dos Santos

                  O CINEMA E A POLÍTICA – FILMES E PERSONAGENS 

Por Francisco Nóbrega dos Santos

A invenção do cinema, identificado como a sétima arte, é fruto de um fantástico invento que, sobremaneira, revolucionou o mundo. Muitas vezes essa maravilhosa criação, retratava fatos da vida real, de modo especial, os dramas do cotidiano; os desastres históricos e outros fatos e inventos de  realizações  futuras.

Com a magnitude do avanço tecnológico, a cibernética, no momento, é a mais impressionante da história universal. Mesmo assim, em homenagem ao cinema, cabe ao leitor associar fatos que se encaixam nesse contexto, traduzidos na política, essa ciência secular que contribuiu para o progresso, a derrocada, ascensão e, de modo especial, a razão das desigualdades sociais; das riquezas, da pobreza e da miséria da humanidade. Por tudo isso, esses fatos não poderiam ficar à margem dos acontecimentos que fizeram com que o nosso País se tornasse O PARAÍSO DA CORRUPÇÃO POLÍTICA.

Assim, nada mais justo do que reverenciar a política brasileira associando-a a alguns filmes e personalidades físicas, jurídicas e instituições, com uma notória comparação. VEJAMOS

             O EXTERMINADOR DO FUTURO – O projeto da esquerda; O PODEROSO CHEFÃO – Eduardo Cunha; DESEJO DE MATAR – A facada proferida no Bolsonaro; ESQUECERAM-(SE) DE MIM – José Sarney; O HOMEM QUE SABIA DEMAIS – Celso Daniel; AMNÉSIA –Os contemplados com  propinas e não se lembram; OS DIAMANTES NÃO SÃO ETERNOS – O casal Sérgio Cabral; TITANIC – O Brasil,  depois da pandemia;  O SILÊNCIO DOS INOCENTES – Os listados pela operação lava jato; O JUSTICEIRO – Sergio Moro; CAÇADA IMPLACÁVEL – a força tarefa da polícia federal; ÊXODUS – A esperada  saída coletiva dos  corruptos; A TERRA PROMETIDA –Presídios só para políticos que saquearam o País; CORRIDA MALUCA – O trabalhador brasileiro que ainda não se aposentou; NAUFRÁGIO – a economia brasileira; O GRANDE DESAFIO – sobreviver após  a epidemia importada; O DIA EM QUE A TERRA PAROU.  – O pânico com a o isolamento social; O PAGADOR DE PROMESSAS – o grupo de empreiteiras comprometidas; SALVE-SE QUEM PUDER – Os indiciados pelo Ministério Público; GOLPE DE MESTRE – A libertação de José Dirceu e outros; MATAR OU MORRER – A luta da polícia contra as facções; A GRANDE MENTIRA – promessas de campanha; A ESPERA DE UM MILAGRE – o povo brasileiro; O GRANDE DESAFIO – Viver ou sobreviver com o salário mínimo. A GRANDE FARSA – A anunciada reforma administrativa; O PROFESSOR ALOPRADO – O palestrante Lula – graduado em ciências ocultas e letras invisíveis: O SONHO QUE VIVI – Haddad, o derrotado candidato à presidência; O HOMEM INVISÍVEL – Queiroz; – NA MIRA DA MÁFIA; O Presidente; OS TRÊS PATETAS – Os meninos do Presidente; O DIA SEGUINTE (AFTER DAY) – O estrago causado ao Brasil quando tudo passar;- O DITADOR, Rodrigo Maia; GOLPE FATAL – A ideia da decretação de Calamidade Pública;  APOCALIPSE –  O desejo do comunismo. OS INTOCÁVEIS – Os ministros do STF; DEU A LOUCA NO MUNDO – O uso de Fake News. 

“Qualquer semelhança com pessoas “muito vivas” ou moralmente mortas é mera coincidência.”

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