Lula faz reunião de emergência por crise na Venezuela
Relação entre os dois países piorou nas últimas semanas
Por
iG Último Segundo
|08/09/2024 14:18
Diante da crise na Venezuela, com o cerco à embaixada e a fuga de Edmundo González , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência neste domingo (8) no Palácio do Planalto para discutir a situação. A informação é do colunista Jamil Chade, do portal “UOL”.
A avaliação do governo brasileiro é de que, apesar dos esforços do Brasil para mediar a crise e buscar uma solução política, a situação entre os dois países se tornou tensa. O Brasil esperava desempenhar um papel de facilitador no diálogo entre a oposição e o regime de Nicolás Maduro. Contudo, a decisão unilateral de Caracas de romper o acordo com o Brasil para preservar a embaixada da Argentina foi interpretada como um claro sinal de ruptura nas relações bilaterais.
Após a eleição de julho, o governo de Javier Milei denunciou irregularidades na votação em Caracas, o que levou Nicolás Maduro a expulsar os diplomatas argentinos do país. Dentro da embaixada da Argentina em Caracas, ainda estavam seis opositores venezuelanos. Temendo uma ação violenta contra esses opositores, o Brasil assumiu a custódia da embaixada, em um acordo com o regime venezuelano. O cerco à embaixada iniciado na sexta-feira e a subsequente suspensão do acordo foram tratados pelo governo Lula como um “choque” nas relações diplomáticas.
A narrativa adotada pelo governo Maduro, que apresentou o exílio de Edmundo González como uma “concessão”, não foi bem recebida pelo governo brasileiro. Caracas permitiu que González embarcasse para Madri sem ser preso, mas o Brasil insistia que a prioridade deveria ser criar um espaço para que oposição e governo pudessem negociar um processo de transição. A prisão ou o exílio de González não eram considerados ideais para esse processo.
A situação foi ainda mais complicada pela ausência de alguns dos principais interlocutores da política externa do Brasil. Celso Amorim, assessor especial do presidente, estava em Moscou, e o chanceler Mauro Vieira estava em viagem a Omã e Arábia Saudita.
Lula convoca Moraes para 7 de Setembro e ‘responde’ ato de Bolsonaro por impeachment
Alexandre de Moraes estará no palanque do governo para comemorar a data que marca a Independência do Brasil
Por
José Coutinho
|04/09/2024 02:08–
Atualizada às 04/09/2024 02:36
O próximo 7 de Setembro no Brasil promete ser agitado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convidou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) , Alexandre de Moraes , para participar do Dia da Independência na Esplanada dos Ministérios . A informação é do jornal ‘Estadão’.
A ação é um possível contraponto a aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro , que estão organizando um protesto na Avenida Paulista para pedir o impeachment do ministro.
A princípio, a presença de Moraes nas comemorações da data histórica no Brasil, que acontecerá no horário da manhã, está confirmada.
Do outro lado, os apoiadores de Bolsonaro prometeram levar um boneco do ministro com uma “cabeça de ovo” e protestos chamando-o de “ditador”. Uma das acusações dos aliados está voltada à recente suspensão da rede social ‘X’, de Elon Musk , no Brasil.
Desde o início de seu atual mandato, Lula selou que teria o STF como um braço direito, e avaliou Alexandre de Moraes como um dos responsáveis por “salvar a democracia” durante a tentativa de golpe, em 8 de janeiro de 2023.
Suspensão da Starlink
A Starlink , empresa de distribuição de internet de Elon Musk, anunciou na terça, 3, que seguirá decisão do Supremo Tribunal Federal de bloquear X (Twitter) no Brasil.
No domingo, 1, Starlink disse que não seguiria ordem emitida por Alexandre de Moraes na sexta, 30 — o ministro mandou todas as operadoras de internet suspenderem o acesso ao Twitter.
Outra determinação de Moraes e do STF foi bloquear as contas da Starlink no Brasil, por Musk não obedecer à ordem de ter representantes legais no país.
Eleições 2024: Comissão inicia trabalhos de Auditoria da Votação Eletrônica
A Justiça Eleitoral com o intuito de disseminar amplo conhecimento acerca da segurança da urna eletrônica e da garantia do voto do cidadão informa que já se iniciaram os trabalhos relativos à Auditoria da Votação Eletrônica. A Comissão de Auditoria da Votação Eletrônica das Eleições de 2024 está prevista na Resolução nº 23.673/21-TSE e é responsável pela organização e condução dos trabalhos de auditoria do funcionamento das urnas eletrônicas, sendo presidida pelo Juiz Membro Roberto D’Horn Moreira Monteiro da Franca Sobrinho.
A auditoria de urnas eletrônicas é um procedimento utilizado pela Justiça Eleitoral desde 2002 com o objetivo de testar a segurança na captação e contabilização do voto pela urna eletrônica e demonstrar que a vontade do eleitor no seu exercício de cidadania está garantida por esta Justiça Especializada.
No dia 05 de outubro, véspera das Eleições, às 09:00 horas, na Sala de Sessões deste edifício-sede, a Comissão fará a definição de 23 seções eleitorais dentre as 8.451 existentes na Paraíba, sendo as 20 primeiras correspondentes às urnas eletrônicas que serão submetidas ao Teste de Integridade, conhecida como Votação Paralela e, as outras 3, relativas à Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas no Dia da Votação por meio de Verificação de Autenticidade e Integridade dos Sistemas instalados nas urnas, a qual ocorrerá na própria seção eleitoral sorteada.
No dia 06 de outubro, dia das Eleições, no horário das 08:00 às 17:00, na Fundação Espaço Cultural, localizada na Rua Abdias Gomes de Almeida, nº 800, Tambauzinho, João Pessoa, será desenvolvida a Auditoria de Funcionamento das Urnas. Tal auditoria ocorrerá nas 20 urnas definidas no dia anterior e consiste em realizar uma votação paralelamente à votação oficial, a fim de comprovar que o voto digitado pelo eleitor na urna eletrônica é exatamente o mesmo que foi escrito em uma cédula de papel e em um terminal de apuração independente, sendo todo o ambiente filmado e fiscalizado.
O objetivo final é de que seja comprovada a coincidência entre os resultados obtidos nos boletins de urna e os relatórios emitidos pelo sistema de apoio à Auditoria de Votação Eletrônica, conforme as cédulas da auditoria e o registro digital dos votos apurados.
A Resolução nº 23.673/2021-TSE, em seu art. 54, dispõe que os trabalhos de Auditoria de Funcionamento das Urnas Eletrônicas são públicos e poderão ser acompanhados por qualquer interessado.
Lula e Maduro devem debater crise política na Venezuela nesta quarta-feira
Presidentes de Colômbia e México também devem participar da reunião
Líderes de três países da América Latina , incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , estão se preparando para um diálogo com o presidente Nicolás Maduro nesta quarta-feira (4), visando encontrar caminhos para amenizar a crise política na Venezuela .
O chanceler colombiano, Luis Gilberto Murillo , antecipou a reunião, que também contará com a participação de Gustavo Petro , da Colômbia , e Andrés Manuel López Obrador , do México .
Embora o Itamaraty ainda não tenha oficializado a agenda, Murillo relatou a importância de manter as conversas em um nível diplomático, garantindo a devida confidencialidade. Ele também destacou que a mediação será conduzida com respeito à soberania venezuelana, com o intuito de permitir que a população do país seja a protagonista na busca por soluções.
Murillo enfatizou que os governos do Brasil, Colômbia e México estão alinhados na busca por uma saída pacífica e negociada para o impasse na Venezuela. A intenção dos líderes é facilitar o processo de mediação, sem imposições externas.
Prisão de Edmundo González
A Justiça da Venezuela emitiu, na última segunda-feira (2), uma ordem de prisão contra Edmundo González , 75 anos, candidato da coalizão opositora nas eleições presidenciais que declararam Nicolás Maduro como vencedor. A decisão atendeu um pedido do regime de Maduro, que vem sendo tratado como uma ditadura desde que foi declarado o vencedor das eleições em 2024.
A ordem de prisão contra Edmundo González foi expedida após o opositor não comparecer a uma audiência marcada para a última sexta-feira (30), dia em que a Venezuela enfrentou um apagão nacional. Segundo o Ministério Público, a ausência dele, que já havia desobedecido outras intimações, levou as autoridades a considerá-lo um “risco de fuga e de obstrução”, justificando o mandado de prisão.
Nesta terça-feira (3), o assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, comentou sobre a ordem de prisão da Justiça venezuelana contra o opositor Edmundo González . Para Amorim, é “muito preocupante” e “a coisa errada a se fazer”.
Lula diz que Musk deve acatar decisão de Moraes sobre X
Presidente criticou bilionário por não cumprir ordens do STF
Por
Ansa
|30/08/2024 11:45–
Atualizada às 30/08/2024 11:46
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (30) que o bilionário Elon Musk , proprietário da rede social X , precisa “acatar” a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) , porque “todo e qualquer cidadão está subordinado à Constituição e às leis brasileiras”.
“Ou cumpre ou terá que tomar outra atitude”, disse o presidente à rádio MaisPB, da Paraíba.
Segundo Lula, se a Suprema Corte tomou a decisão, Musk terá que aceitar as regras do país, porque “não é porque o cara tem muito dinheiro que pode desrespeitar”.
“Esse cidadão é um cidadão americano, não é um cidadão do mundo.
Ele não pode ficar ofendendo os presidentes, os deputados, o Senado, a Câmara e a Suprema Corte. Ele pensa que é o quê?”, questionou Lula, enfatizando que o bilionário precisa respeitar a decisão do STF. “Se quiser bem, se não quiser, paciência”.
Para ele, se não for assim, o Brasil nunca será soberano. “Esse país não tem um sociedade com complexo de vira-lata. Esse cara tem que aceitar as regras desse país”, concluiu.
Na noite da última quarta-feira (28), Moraes deu um prazo de 24 horas para que Musk indique um novo representante legal da rede social no Brasil e ameaçou suspender a plataforma no país caso a ordem não seja cumprida.
A intimação foi enviada ao X, através de uma resposta a uma publicação da rede social em 17 de agosto, uma vez que a empresa fechou seus escritórios em solo brasileiro e acusou Moraes de “censura” por conta da imposição de multas à plataforma por ignorar ordens judiciais para bloquear perfis suspeitos de ataques à democracia.
Por sua vez, a rede social X afirmou na noite da última quinta (29), após o encerramento do prazo estabelecido pelo STF, que não cumprirá as ordens de Moraes e disse esperar ser bloqueada no Brasil.
Entenda as mudanças nas emendas parlamentares após acordo entre STF, Congresso e Governo
Entendimento foi divulgado após encontro nesta terça-feira (19), e mantém modalidades existentes, apesar de introduzir mudanças; saiba quais
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iG Último Segundo
|20/08/2024 21:29–
Atualizada às 20/08/2024 21:40
Nesta terça-feira (19), representantes dos três poderes se reuniram para revisar o sistema de emendas parlamentares, no qual deputados e senadores alocam recursos públicos para suas regiões eleitorais.
O entendimento alcançado, conforme divulgado em documento após o encontro, mantém as modalidades existentes, mas introduz mudanças nos procedimentos para a alocação das verbas a prefeituras e governos estaduais. Entenda melhor:
Emendas Individuais
Antes: atualmente, os 513 deputados e 81 senadores podem destinar até R$ 25 bilhões do orçamento para obras e serviços em suas bases eleitorais. Metade do montante deve ser alocado para a área da saúde, com obrigatoriedade de pagamento pelo governo.
Depois: agora, com o acordo, as emendas individuais continuam como estão, com a exceção de situações técnicas que possam impedir sua execução, como em casos de embargo em obras.
Emendas Pix
Antes: os parlamentares poderiam direcionar parte do valor das emendas individuais diretamente para contas de prefeituras e estados, sem a necessidade de aprovação do governo.
Em 2023, foram alocados R$ 8,2 bilhões. Os recursos podem ser utilizados conforme o prefeito desejar, com a fiscalização ficando a cargo dos órgãos de controle locais.
Depois: o novo acordo, então, prevê que os parlamentares terão que especificar previamente como os recursos serão aplicados. Além disso, o dinheiro deverá ser priorizado para a conclusão de obras inacabadas. O Tribunal de Contas da União (TCU) será responsável pela fiscalização dessas verbas.
Emendas de bancadas
Antes: parlamentares de um mesmo estado colaboram para decidir a destinação dos recursos. Em 2024, foi autorizado o uso de até R$ 8,5 bilhões para o governo federal – assim como as emendas individuais, esses valores também são obrigatoriamente pagos.
Depois: com o novo acordo, a destinação dos recursos será restrita a projetos estruturantes definidos por cada bancada. Uma regulamentação será elaborada entre o Executivo e o Legislativo para definir os critérios a serem utilizados.
Emendas de comissão:
Antes: a alocação dos recursos é feita pelas comissões permanentes da Câmara e do Senado. Com o fim do orçamento secreto, os R$ 15,5 bilhões previstos para este ano passaram a ser usados para destinar verbas sem identificação dos autores. O governo não tem obrigação de pagar as emendas.
Depois: o acordo mantém as emendas de comissão, mas sob determinadas restrições. Os recursos deverão ser aplicados somente em projetos de “interesse nacional ou regional”, a serem definidos em comum acordo com o governo.
A questão da identificação dos parlamentares autores das emendas ainda não foi abordada no acordo, e assim, a regulamentação sobre quais projetos poderão receber essas emendas será discutida entre Legislativo e Executivo nos próximos dez dias.
Valores para as emendas
Antes: a PEC da Transição, aprovada no final de 2022, aumentou o valor das emendas para 3% da receita do governo (2% para emendas individuais e 1% para emendas de bancada). A esses valores somam-se os recursos de emendas de comissão, sujeitos a negociação com o governo. Uma parte do valor foi vetada pelo presidente Lula, mas o veto foi revertido pelo Congresso.
Depois: estipula-se com o acordo que o governo e o Congresso reavaliem a vinculação dos valores das emendas, buscando uma nova fórmula para evitar que os valores cresçam mais do que o aumento total das despesas governamentais, atualmente controladas pelo arcabouço fiscal. A definição da nova regra para os valores anuais das emendas ainda será debatida.
PEC das Praias alcança repercussão negativa e já “submergiu” no Senado
Nonato Guedes
Relatada no Senado por Flávio Bolsonaro (PL-RJ), a partir da Comissão de Constituição e Justiça, a Proposta de Emenda Constitucional número 3, de 2022, que ficou conhecida como PEC das Praias, deve ficar paralisada no Senado pelos próximos meses diante da repercussão negativa e do debate polarizado sobre o tema. A avaliação dos líderes partidários é que a proposta precisa ser mais amadurecida e debatida. A possibilidade de fazer uma sessão de debates no plenário a respeito tem sido cogitada, a fim de esclarecer pontos que causaram discussão nas redes sociais. Um requerimento de autoria do senador Jorge Kajuru (PSB-GO) solicitando a sessão, ainda sem data definida, foi aprovado na última semana. O assunto tomou as redes sociais, depois de uma audiência pública na Casa Alta a respeito da PEC, revela o “Metrópoles”.
As versões dão conta, também, de que a chamada “bolha bolsonarista”, formada por apoiadores radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro, que costuma mobilizar-se nas redes sociais, especializada em “fake news” acabou sendo furada no debate sobre a Proposta de Emenda Constitucional, atribuindo-se ao “clã” do ex-mandatário interesses econômicos especulativos, em aliança com celebridades como Neymar. O senador-relator da matéria e filho de Jair, teve que vir a público negar que esteja propondo a privatização de trechos de acesso ao mar para favorecer vantagens imobiliárias de grupos. Originalmente, a proposta foi apresentada na Câmara dos Deputados por Arnaldo Jordy, representante do Pará e filiado ao Cidadania, mas ganhou dimensão a partir do Senado com o envolvimento de Flávio Bolsonaro e dos seus seguidores. O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) havia dito, na semana passada, que não havia pressa em torno do assunto e que ele deveria ser objeto de uma discussão mais profunda com a própria sociedade.
A atriz Luana Piovani se manifestou contra a matéria e criticou o jogador de futebol Neymar pela parceria com uma incorporadora para a construção de empreendimentos de luxo na costa brasileira. O atleta respondeu à provocação e a polêmica engrossou no território das redes sociais. Se promulgada, a PEC revogaria um trecho da Constituição e autorizaria a transferência dos terrenos de marinha, de forma gratuita, para habitações de interesse social e para Estados e municípios. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que é contrário ao texto relatado pelo senador Flávio Bolsonaro, porque, na visão do governo, a proposta pode ocasionar dificuldades de acesso da população às praias, já que a PEC favorece a especulação imobiliária e o interesse de um conjunto de empreendimentos costeiros que podem se estender até essas áreas. Flávio declarou ao “Metrópoles” que a proposta não vai cercear o acesso da população comum às praias brasileiras. “As praias são de domínio público, de uso comum de todos os brasileiros e vão continuar sendo sempre”, amenizou, admitindo, porém, que fará alterações no texto.
A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados em 2022 e para ser aprovada no Senado tem de passar pela CCJ e garantir 49 votos favoráveis no plenário da Casa. Além disso, por ser uma mudança constitucional, Câmara e Senado precisam chegar a um entendimento sobre o texto. Somente depois disso é que o tema pode ser promulgado pelo presidente do Congresso Nacional. Os terrenos de marinha estão previstos no decreto-lei 9.760, de 1946. Eles estão localizados entre a linha imaginária da média das marés e 33 metros para o interior do continente. A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffmann, afirmou que a PEC da privatização das praias é um dos projetos mais absurdos em tramitação no Congresso Nacional. “A verdade é uma só: essa PEC estimula a ocupação desordenada do litoral, ameaça a biodiversidade costeira e tira o lazer do povo, além de tornar esses lugares mais vulneráveis às tragédias ambientais”, salientou. Gleisi ressalta que a PEC recebeu parecer favorável do senador Flávio “porque o bolsonarismo é assim: trabalha para os ricos ficarem mais ricos, muitos deles que nem moram no Brasil”.
Uma pesquisa pública realizada pelo Senado Federal sobre a Proposta de Emenda à Constituição revela que 98,6% dos brasileiros são contra ao projeto. Especialistas ouvidos pelo jornal “O Globo” cravaram que a PEC das Praias vai na contramão da legislação de países desenvolvidos, como Estados Unidos, Portugal e outros, ao propor a flexibilização de construções em áreas costeiras, ainda que não trate do acesso ao mar ou areia. Hoje, a União detém 17% do valor dos terrenos e imóveis construídos numa faixa de 33 metros a partir do litoral e recebe taxas como foro e laudêmio dos proprietários. A proposta, que prevê a transferência integral dos chamados terrenos de marinha aos atuais ocupantes, difere da postura de nações pelo mundo que optam por destacar a orla como um bem público e democrático.
Governo argentino desconhece paradeiro de brasileiros presentes no 8/1
A ministra de Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, declarou não ter recebido qualquer solicitação oficial de deportação
Por
iG Último Segundo
|08/06/2024 14:43–
Em pronunciamento neste sábado (8), o governo argentino negou ter qualquer informação sobre a participação de brasileiros nos incidentes antidemocráticos ocorridos em 8 de janeiro. Esses eventos, segundo relatos da Polícia Federal, teriam levado alguns indivíduos a buscar refúgio na Argentina .
Na sexta-feira (7), a PF anunciou a intenção de enviar um pedido de extradição de brasileiros condenados às autoridades argentinas.
A ministra de Segurança da Argentina, Patrícia Bullrich, declarou não ter recebido qualquer solicitação oficial e destacou a ausência de registros da entrada de brasileiros foragidos.
“Até o momento, não fomos informados sobre essa situação. Não há alertas vermelhos relacionados a essas pessoas”, afirmou Bullrich em uma entrevista à Rádio Mitre, da Argentina.
Ela acrescentou que, por enquanto, considera o pedido de extradição como “mera propaganda”. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, informou ao blog do Valdo Cruz que a solicitação será encaminhada na próxima semana.
“É uma coisa o Brasil solicitar a extradição, mas é necessário haver um processo judicial, uma condenação. É complicado requisitar a extradição sem uma base judicial sólida ou um alerta específico. Além disso, não dispomos de uma lista de brasileiros. Por enquanto, trata-se mais de propaganda do que de um fato jurídico”, esclareceu Bullrich.
Esta foi a primeira manifestação oficial do governo argentino após o anúncio da PF sobre o envio do pedido de extradição.
Operação Lesa Pátria
As investigações da operação Lesa Pátria revelaram que indivíduos fugitivos dos ataques à democracia buscaram abrigo na Argentina.
Autoridades argentinas identificaram cerca de 65 desses foragidos, nenhum dos quais passou pelos controles migratórios.
As investigações indicam que alguns fugitivos podem ter ingressado no país clandestinamente, inclusive escondidos em porta-malas de veículos. Outros atravessaram a fronteira a pé, pela ponte ou pelo rio Paraná. Todas as fugas ocorreram em 2024.
Essas descobertas surgiram após uma megaoperação da Polícia Federal na semana passada, que visava prender os envolvidos, incluindo alguns fugitivos, nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e danificadas.
Chuvas no RS deixam 78 mortos e já afetam mais de 840 mil pessoa
Fortes chuvas que atingem o estado já deixam estrago em 235 cidades
Por
iG Último Segundo
|30/04/2024 08:41–
Os temporais que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) causaram 57 mortes, segundo o boletim da Defesa Civil. O governador Eduardo Leite (PSDB), diz que é esperado que o número de vítimas fatais cresça. O mandatário voltou a dizer que o evento se trata do maior desastre climático da história do estado.
O número de feridos permanece em 74. Já a quantidade de desaparecidos é de 67.
A Defesa Civil do estado contabiliza cerca de 32,6 mil pessoas fora de casa, sendo 9,5 mil pessoas em abrigos. Ao todo, 300 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 422 mil pessoas.
Cidades com mortes confirmadas pela Defesa Civil: 39 (em atualização)
Canela (2)
Candelária (1)
Caxias do Sul (1)
Bento Gonçalves (1)
Boa Vista do Sul (2)
Paverama (2)
Pantano Grande (1)
Pinhal Grande (1)
Putinga (1)
Gramado (4)
Itaara (1)
Encantado (1)
Salvador do Sul (2)
Serafina Corrêa (2)
Segredo (1)
Santa Maria (2)
Santa Cruz do Sul (4)
São João do Polêsine (1)
Silveira Martins (1)
Vera Cruz (1)
Taquara (2)
São Vendelino (2)
Três Coroas (3)
Os temporais começaram na segunda-feira (29) e têm provocado danos a imóveis e elevação no nível dos rios e arroios, fazendo com que muitas pessoas fiquem desabrigadas.
Estado de calamidade
Nesta quarta-feira (1º), o Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública pelos “eventos climáticos de chuvas intensas”.
Os eventos meteorológicos ocasionaram “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, com a destruição de moradias, estradas e pontes, assim como o comprometimento do funcionamento de instituições públicas locais e regionais e a interdição de vias públicas”, descreve o decreto assinado pelo governador.
Veja cidades mais afetadas:
Santa Cruz do Sul, a 150 km de Porto Alegre: 50 famílias tiveram que deixar suas casas devido ao aumento do nível de um rio.
Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre: Um arroio transbordou por causa da chuva, resultando no resgate de 15 famílias pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Parobé, também na Região Metropolitana de Porto Alegre: Dezessete pessoas estão desalojadas.
Arroio Grande, no Sul do estado: Cinco famílias precisaram ser retiradas de suas casas devido ao aumento do nível de um arroio, totalizando 18 pessoas desalojadas.
Quaraí, na Região da Fronteira Oeste: Doze pessoas estão desalojadas, enquanto outras quatro foram encaminhadas para abrigos públicos.
Estância Velha: Cinco casas foram alagadas, forçando as famílias a saírem de suas residências.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que a região de Faxinal do Soturno, no Centro do RS, teve o maior volume de chuva nas últimas 24 horas: 226,2 milímetros.
Quanto à rajada de vento mais forte, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 87 km/h em Soledade, no Norte do Rio Grande do Sul.
Cidades que sofreram prejuízos
Aceguá
Agudo
Amaral Ferrador
Arroio Grande
Barão de Cotegipe
Bento Gonçalves
Bom Jesus
Boqueirão do Leão
Cachoeirinha
Campinas do Sul
Candelária
Canela
Canudos do Vale
Carlos Barbosa
Cerro Branco
Cerro Grande do Sul
Coqueiro Baixo
Cruzaltense
Dilermando de Aguiar
Dona Francisca
Encantado
Encruzilhada do Sul
Erechim
Erval Seco
Estância Velha
Esteio
Farroupilha
Faxinal do Soturno
Guaíba
Guaporé
Herveiras
Imigrante
Ivorá
Júlio de Castilhos
Lagoão
Mariano Moro
Mato Leitão
Monte Alegre dos Campos
Montenegro
Nova Bréscia
Nova Palma
Novo Hamburgo
Pantano Grande
Parobé
Passa Sete
Paverama
Pelotas
Pinhal Grande
Piratini
Porto Alegre
Quaraí
Relvado
Restinga Seca
Rio Pardo
Roca Sales
Santa Clara do Sul
Santa Cruz do Sul
Santa Maria
Santa Maria do Herval
Santa Tereza
Santana da Boa Vista
Santiago
São João do Polêsine
São Leopoldo
São Martinho da Serra
São Pedro do Sul
São Sebastião do Caí
Segredo
Sinimbu
Sobradinho
Taquara
Três Arroios
Tunas
Vale Real
Venâncio Aires
Vera Cruz
Viamão
Estradas interditadas
Segundo a Defesa Civil estadual e a Polícia Rodoviária Federal, a tempestade também provocou estragos em rodovias. Veja a lista:
Rodovias estaduais
Bloqueios totais:Em Caraá, ponte de acesso ao município totalmente bloqueada. O acesso ao município é feito por via secundária, 100m antes da ponte. O local está sinalizado. ERS-115 Km 23, em Três Coroas, queda de barreira. Do km 24 ao 25, em Três Coroas, erosão do asfalto. No km 29, em Gramado, queda de barreira. No km 34, em Gramado, queda de barreira. ERS-122 No km 38, em São Vendelino, queda de barreira. No km 40, em São Vendelino, erosão do asfalto. No km 42 ao 48, em Farroupilha, bloqueio total por erosão no asfalto. No km 155, em Ipê, água sobre a pista. ERS-124 No km 7, em Pareci Novo, por pista submersa. No km 16, em Montenegro, água sobre a pista. ERS-126 No km 4, em Marcelino Ramos, desmoronamento sobre a pista. ERS-128 No km 27, em Teutônia, ponte foi interditada por motivos de segurança. ERS-129 No km 12, em Bom Retiro do Sul, pista submersa. No km 19, em Bom Retiro do Sul, pista submersa. No km 46, em Estrela, pista submersa. No km 50, em Colinas, pista submersa. No km 53, em Colinas, pista submersa. No km 66, em Lajeado, pista submersa. No km 72, em Encantado, pista submersa. No km 74, em Encantado, pista submersa. Nos kms 76 ao 79, em Encantado, queda de barreira. No km 82, em Muçum, pista submersa.ERS-130 No km 26, em Venâncio Aires, pista submersa. No km 37, em Venâncio Aires, por erosão na pista. No km 38, em Venâncio Aires, pista submersa. No km 85, em Arroio do Meio, queda de barreira. No km 94, em Encantado, bloqueio total por queda de barreira. ERS-132 No km 3, em Camargo, acesso principal bloqueado, pista submersa. ERS-149 No km 92, em Restinga Seca, pista submersa. No km 104, em Restinga Seca, pista submersa. RSC-153 No km 303, em Vale do Sol, bloqueio total por deslizamento de terra. ERS-165 No km 8, em São Luiz Gonzaga, ponte do Piraju interditada, água passando por cima. ERS-211 No km40, em Erechim, água sobre a pista. ERS-235 No km 6, em Nova Petrópolis, queda de barreira. No km 16, em Nova Petrópolis, queda de barreira. No km 26, em Gramado, queda de barreira. No km 52, em Canela, risco iminente de deslizamento. ERS-239 No km 71, em Rolante, pista submersa. No km 48, em Parobé, alerta de possível colapso de ponte. No km 62, em Taquara, pista submersa. ERS-240 No km 29, em Montenegro, alagamento da pista. ERS-241 Interrompida a ponte sobre o Rio Jaguari, do km 20 ao 26. Água sobre a pista. RSC-287 No km 5, em Dilermando de Aguiar, pista submersa. No km 36, em Mariante, pista submersa. No km 55, em Taquari, pista submersa. No km 66, em Mariante, pista submersa. No km 104 ao 110, em Santa Cruz do Sul, pista submersa, cedendo no km 7. No km 137, em Candelária, ponte cedeu. No km 155, em Novo Cabrais, cabeceira de ponte desmoronando. No km 167, em Novo Cabrais, cabeceira de ponte desmoronando. No km 187, em Paraíso do Sul, cabeceira de ponte desmoronando. No km 190, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa. No km 191, em Restinga Seca, cabeceira de ponte desmoronando. No km 196, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa. No km 202, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa. No km 219, em Santa Maria, pista submersa. No km 227, em Santa Maria, queda de ponte e água na via. No km 231, em Santa Maria, queda de ponte e água na via. No km 232, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa. ERS-332 No km 1 ao 3, em Encantado, pista submersa. Em Doutor Ricardo, km indefinido, queda de barreira. No km 143, em Tapera, ponte interditada. ERS-347 No km 23, em Sobradinho, queda de ponte. ERS-348 No km 32, em Faxinal do Soturno, queda da cabeceira da ponte. No km 37, em Faxinal do Soturno, queda da cabeceira da ponte. No km 60, em Agudo, pista submersa. No km 64, em Agudo, pista submersa. ERS-400 No km 18, em Candelária, via bloqueada por queda de barreira. ERS-401 No km 17, em São Jerônimo, pista submersa. No km 18, em Charqueadas, buraco na via. ERS-403 No km 1, em Rio Pardo, ponte com rachaduras. No km 54, em Cachoeira do Sul, pista submersa. ERS-406 No km 21, em Nonoai, interdição da ponte sobre o Rio Tigres. ERS-409 Do km 0 ao 1,2, em Santa Cruz do Sul, água sobre a pista. ERS-411 No km 22, em Maratá, pontos com erosão do asfalto. ERS-412 Em Santa Cruz do Sul, no km 13, pista submersa. ERS-417 No km 9, em Itati, ponte rompeu. ERS-418 No km 19, em Monte Alverne, água sobre a pista. ERS-419 No km 12, em Teutônia, água sobre a pista. ERS-420 No km 44, em Aratiba, na divisa o RS com SC. Queda de barreira. ERS-421 No km 18, em Forquetinha, bloqueio total em razão de água sobre a pista. ERS-422 No km 64, em Venâncio Aires, água sobre a pista. ERS-431 No km 22, na divisa entre Bento Gonçalves e São Valentim do Sul, bloqueio total da ponte sobre Rio Taquari, entre os dois municípios, que desabou no ano passado. ERS-437 No km 8, em Vila Flores, pita submersa. No km 10, em Vila Flores, pista submersa. ERS-441 No km 22, em Vista Alegre do Prata, queda da ponte. ERS-444 No km 30, em Santa Tereza, queda de barreira. ERS-446 No km 5, em Carlos Barbosa, queda de barreira. ERS-448 No km 44, em Farroupilha, queda de barreira. ERS-452 No km 0, em Bom Princípio, pista submersa. RSC-453 No km 2,5, em Imigrante, acesso à Rota do Sol, queda de barreira. No km 5, em Caxias do Sul, queda de barreira. No km 12, em Pinto Bandeira, ponte interditada. No km 75, em Boa Vista do Sul, queda de barreira. No km 111, em Farroupilha, queda de barreira. ERS-472 No km 29, em Palmitinho, alagamento da rodovia. ERS-481 No km 164, entre Cerro Branco e Sobradinho, cabeceira da ponte desmoronando. ERS-484 No km 16, em Maquiné, no acesso a Barra do Ouro, queda de barreira. ERS-486 No km 5, em Itati, queda de barreira. No km 16, em Itati, queda de barreira. ERS-494 No km 7, em Mampituba, ponte bloqueada. ERS-500 No km 2, interditada a ponte sobre o rio Sarandi. No km 6, em Constantina, água sobre a pista. No km 7, interditada a ponte sobre o rio Xingú. VRS-502 No km 9, em Paraíso do Sul, pista submersa. ERS-511 No km 4, em Arroio Grande, pista submersa. No km 8, queda de barreira em Santa Maria. ERS-550 No km 23, em Pirapó, ponte do rio Ijuí Mirim interditada. ERS 569 No km 29, em Novo Barreiro, ponte interditada. ERS-587 No km 14, em Cristal do Sul, ponte interditada por queda de cabeceira. ERS-630 No km 85, em São Gabriel, pista submersa. No km 91, em São Gabriel, pista submersa. ERS-640 No km 15, em Cacequi, pista submersa. No km 17, em Cacequi, pista submersa. VRS-805 No km 20, em Toropi, desmoronamento de cabeceira de ponte e pista submersa. VRS-811 No km 1, trevo de Arroio do Meio, água sobre a rodovia. VRS-817 No km 18, em Arroio do Prata, queda de barreira. VRS-824 No km 10, em Quinze de Novembro, pista submersa. VRS-826 No km 11, em Alto Feliz, erosão no asfalto e queda de barreira. No km 13, em Alto Feliz, fios de energia sobre a pista. VRS-868 No km 4, em Taquari, água sobre a pista. VRS-873 No km 0, em Morro Reuter, risco de queda de barreira.
Bloqueios parciais:
ERS-122 No km 10, em São Sebastião do Caí, pista alagada.
No km 26 ao 28, em Bom Princípio, asfalto cedendo sentido Capital-Serra. No km 93, em Flores da Cunha, erosão do asfalto causa bloqueio parcial. O local está sinalizado.
ERS-129 No km 67, em Encantado, água sobre a pista. No km 68, em Encantado, queda de árvore. No km 72, em Encantado, queda de árvore. No km 142, em Serafina Corrêa, queda de barreira e árvores. ERS-130 No km 74, em Lajeado, queda de barreira. ERS-149 No km 131, em São João do Polêsine, queda de barreira. ERS-235 No km 35, em Gramado, queda de barreira. No km 36, em Gramado, queda de barreira. ERS-324 No km 281, em Nova Bassano, pista submersa. ERS-344 No km 47, em Santa Rosa, queda de barreira, trânsito em meia pista. ERS-355 No km 9, em Fagundes Varela, pista submersa. ERS-357 No km 48, em Lavras do Sul, ponte foi interditada por motivos de segurança. ERS-401 No km 5, em Charqueadas, pista submersa. ERS-419 No km 7, em Teutônia, deslizamento de terra. ERS-431 No km 25, em São Valentim do Sul, a via está parcialmente bloqueada, pois a pista cedeu devido a erosão. ERS-446 No km 12, em Carlos Barbosa, queda de barreira. No km 14, em Carlos Barbosa, queda de barreira. ERS-453 No km 57, em Westfália, queda de barreira causa bloqueio parcial. No km 63, em Westfália, queda de barreira causa bloqueio parcial. No km 69, em Westfália, queda de barreira causa bloqueio parcial. No km 73, em Boa Vista do Sul, queda de barreira. No km 105, em Bento Gonçalves, queda de barreira. No km 112, em Farroupilha, queda de barreira. ERS-481 No km 111, em Sobradinho, deslizamento de terra. ERS-491 No km 5, em Marcelino Ramos. ERS-717 No km 16, em Tapes, erosão da rodovia. ERS-813 No km 13, em Farroupilha, queda de barreira. VRS-855 No km 16, em Pinto Bandeira, árvores sobre a pista. Trânsito em meia pista.
Energia elétrica, água e telefonia:
CEEE Equatorial: 25 mil pontos sem energia elétrica (1,4% do total de clientes);
RGE Sul: 255 mil pontos sem energia elétrica (8,2% do total de clientes);
Corsan: 304.069 clientes sem abastecimento de água (10% do total);
Tim: 87 municípios sem serviços de telefonia e internet;
Vivo: 19 municípios sem serviços de telefonia e internet;
Claro: 51 municípios sem serviços de telefonia e internet.
Sobe para 32 o número de mortos no RS; quase 10 mil estão desalojados
Os temporais que atingem o estado do Rio Grande do Sul desde segunda-feira (29) causaram 32 mortes e danos a 147 cidades, segundo o “portal g1”. A Defesa Civil, no entanto, mantém o número de 29 mortes do último boletim. De acordo com o governador Eduardo Leite (PSDB), é esperado que o número de vítimas fatais cresça. O mandatário voltou a dizer que o evento se trata do maior desastre climático da história do estado.
Segundo a Defesa Civil do estado, cerca de 14,8 mil pessoas fora de casa, sendo 4.645 pessoas em abrigos e 10.242 desalojados (na casa de familiares ou amigos). Ao todo, 154 dos 496 municípios do estado registraram algum tipo de problema, afetando 71,3 mil pessoas.
Cidades com mortes confirmadas pela Defesa Civil: 29
Canela (2)
Candelária (1)
Caxias do Sul (1)
Bento Gonçalves (1)
Boa Vista do Sul (2)
Paverama (2)
Pantano Grande (1)
Putinga (1)
Gramado (4)
Itaara (1)
Encantado (1)
Salvador do Sul (2)
Serafina Corrêa (2)
Segredo (1)
Santa Maria (2)
Santa Cruz do Sul (2)
São João do Polêsine (1)
Silveira Martins (1)
Vera Cruz (1)
Desaparecidos contabilizados pela Defesa Civil: 60
Candelária (8)
Encantado (6)
Itaara (3)
Lajeado (5)
Passa Sete (1)
Pouso Novo (1)
Roca Sales (10)
Santa Cruz do Sul (1)
São Vendelino (2)
Sinimbu (1)
Marques de Souza (13)
Montenegro (1)
Teutônia (3)
Três Coroas (3)
Travesseiro (2)
Os temporais começaram na segunda-feira (29) e têm provocado danos a imóveis e elevação no nível dos rios e arroios, fazendo com que muitas pessoas fiquem desabrigadas.
De acordo com a Defesa Civil estadual, há 3.079 pessoas em abrigos públicos (desabrigadas) e outras 5.257 desalojadas (que saíram de casa e procuraram abrigo em casas de parentes e amigos).
Estado de calamidade
Nesta quarta-feira (1º), o Rio Grande do Sul decretou estado de calamidade pública pelos “eventos climáticos de chuvas intensas”.
Os eventos meteorológicos ocasionaram “danos humanos, com a perda de vidas, e danos materiais e ambientais, com a destruição de moradias, estradas e pontes, assim como o comprometimento do funcionamento de instituições públicas locais e regionais e a interdição de vias públicas”, descreve o decreto assinado pelo governador.
Veja cidades mais afetadas:
Santa Cruz do Sul, a 150 km de Porto Alegre: 50 famílias tiveram que deixar suas casas devido ao aumento do nível de um rio.
Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre: Um arroio transbordou por causa da chuva, resultando no resgate de 15 famílias pela Defesa Civil e Corpo de Bombeiros.
Parobé, também na Região Metropolitana de Porto Alegre: Dezessete pessoas estão desalojadas.
Arroio Grande, no Sul do estado: Cinco famílias precisaram ser retiradas de suas casas devido ao aumento do nível de um arroio, totalizando 18 pessoas desalojadas.
Quaraí, na Região da Fronteira Oeste: Doze pessoas estão desalojadas, enquanto outras quatro foram encaminhadas para abrigos públicos.
Estância Velha: Cinco casas foram alagadas, forçando as famílias a saírem de suas residências.
O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) informou que a região de Faxinal do Soturno, no Centro do RS, teve o maior volume de chuva nas últimas 24 horas: 226,2 milímetros.
Quanto à rajada de vento mais forte, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou 87 km/h em Soledade, no Norte do Rio Grande do Sul.
Cidades que sofreram prejuízos
Aceguá
Agudo
Amaral Ferrador
Arroio Grande
Barão de Cotegipe
Bento Gonçalves
Bom Jesus
Boqueirão do Leão
Cachoeirinha
Campinas do Sul
Candelária
Canela
Canudos do Vale
Carlos Barbosa
Cerro Branco
Cerro Grande do Sul
Coqueiro Baixo
Cruzaltense
Dilermando de Aguiar
Dona Francisca
Encantado
Encruzilhada do Sul
Erechim
Erval Seco
Estância Velha
Esteio
Farroupilha
Faxinal do Soturno
Guaíba
Guaporé
Herveiras
Imigrante
Ivorá
Júlio de Castilhos
Lagoão
Mariano Moro
Mato Leitão
Monte Alegre dos Campos
Montenegro
Nova Bréscia
Nova Palma
Novo Hamburgo
Pantano Grande
Parobé
Passa Sete
Paverama
Pelotas
Pinhal Grande
Piratini
Porto Alegre
Quaraí
Relvado
Restinga Seca
Rio Pardo
Roca Sales
Santa Clara do Sul
Santa Cruz do Sul
Santa Maria
Santa Maria do Herval
Santa Tereza
Santana da Boa Vista
Santiago
São João do Polêsine
São Leopoldo
São Martinho da Serra
São Pedro do Sul
São Sebastião do Caí
Segredo
Sinimbu
Sobradinho
Taquara
Três Arroios
Tunas
Vale Real
Venâncio Aires
Vera Cruz
Viamão
Estradas interditadas
Segundo a Defesa Civil estadual e a Polícia Rodoviária Federal, a tempestade também provocou estragos em rodovias. Veja a lista:
Rodovias estaduais
Bloqueios totais:
ERS-020
No km 56, em Taquara, erosão do asfalto.
ERS-030
No km 3, em Caraá, ponte de acesso ao município totalmente bloqueada. O acesso ao município é feito por via secundária, 100m antes da ponte. O local está sinalizado.
ERS-115
Km 23, em Três Coroas, queda de barreira.
Do km 24 ao 25, em Três Coroas, erosão do asfalto.
No km 29, em Gramado, queda de barreira.
No km 34, em Gramado, queda de barreira.
ERS-122
No km 38, em São Vendelino, queda de barreira.
No km 40, em São Vendelino, erosão do asfalto.
No km 42 ao 48, em Farroupilha, bloqueio total por erosão no asfalto.
No km 155, em Ipê, água sobre a pista.
ERS-124
No km 7, em Pareci Novo, por pista submersa.
No km 16, em Montenegro, água sobre a pista
ERS-128
No km 27, em Teutônia, ponte foi interditada por motivos de segurança
ERS-129
No km 12, em Bom Retiro do Sul, pista submersa.
No km 19, em Bom Retiro do Sul, pista submersa.
No km 46, em Estrela, pista submersa.
No km 50, em Colinas, pista submersa.
No km 53, em Colinas, pista submersa.
No km 66, em Lajeado, pista submersa.
No km 72, em Encantado, pista submersa.
No km 74, em Encantado, pista submersa.
Nos kms 76 ao 79, em Encantado, queda de barreira.
No km 82, em Muçum, pista submersa.
No km 142, em Serafina Corrêa, queda de barreira e árvores.
ERS-130
No km 26, em Venâncio Aires, pista submersa.
No km 37, em Venâncio Aires, por erosão na pista.
No km 38, em Venâncio Aires, pista submersa.
No km 85, em Arroio do Meio, queda de barreira.
No km 94, em Encantado, bloqueio total por queda de barreira.
ERS-149
No km 92, em Restinga Seca, pista submersa.
No km 104, em Restinga Seca, pista submersa.
ERS-235
No km 6, em Nova Petrópolis, queda de barreira.
No km 11, em Nova Petrópolis, queda de barreira.
No km 16, em Nova Petrópolis, queda de barreira.
No km 26, em Gramado, queda de barreira.
ERS-239
No km 71, em Rolante, pista submersa.
No km 48, em Parobé, alerta de possível colapso de ponte.
No km 62, em Taquara, pista submersa.
ERS-240
No km 29, em Portão, alagamento da pista.
RSC-287
No km 5, em Dilermando de Aguiar, pista submersa.
No km 36, em Mariante, pista submersa.
No km 55, em Taquari, pista submersa.
No km 66, em Mariante, pista submersa.
No km 104 ao 110, em Santa Cruz do Sul, pista submersa, cedendo no km 7.
No km 137, em Candelária, ponte cedeu.
No km 155, em Novo Cabrais, cabeceira de ponte desmoronando.
No km 167, em Novo Cabrais, cabeceira de ponte desmoronando.
No km 187, em Paraíso do Sul, cabeceira de ponte desmoronando.
No km 190, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa.
No km 191, em Restinga Seca, cabeceira de ponte desmoronando.
No km 196, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa.
No km 202, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa.
No km 219, em Santa Maria, pista submersa.
No km 227, em Santa Maria, queda de ponte e água na via.
No km 231, em Santa Maria, queda de ponte e água na via.
No km 232, em Restinga Seca, desmoronamento e pista submersa.
ERS-324
No KM 208, em Marau, água sobre a pista
ERS-332
No km 1 ao 3, em Encantado, pista submersa.
Em Doutor Ricardo, km indefinido, queda de barreira.
No km 143, em Tapera, ponte interditada.
ERS-347
No km 23, em Sobradinho, queda de ponte.
ERS-348
No km 32, em Faxinal do Soturno, queda da cabeceira da ponte.
No km 37, em Faxinal do Soturno, queda da cabeceira da ponte.
No km 60, em Agudo, pista submersa.
No km 64, em Agudo, pista submersa
ERS-400
No km 18, em Candelária, via bloqueada por queda de barreira.
ERS-401
No km 17, em São Jerônimo, pista submersa.
No km 18, em Charqueadas, buraco na via.
ERS 403
No km 1, em Rio Pardo, ponte com rachaduras.
No km 54, em Cachoeira do Sul, pista submersa.
ERS-409
Do km 0 ao 1,2, em Santa Cruz do Sul, água sobre a pista.
ERS-411
No km 22, em Maratá, pontos com erosão do asfalto.
ERS-412
Em Santa Cruz do Sul, no km 13, pista submersa.
Do km 5 ao km 9, há restrição para veículos pesados e bloqueio total à noite.
ERS-418
No km 19, em Monte Alverne, água sobre a pista.
ERS-419
No km 12, em Teutônia, água sobre a pista
ERS-421
No km 18, em Forquetinha, bloqueio total em razão de água sobre a pista.
ERS-422
No km 64, em Venâncio Aires, água sobre a pista.
ERS-431
Nos km 7 e 8, em Bento Gonçalves, deslizamento e queda de árvores.
No km 22, na divisa entre Bento Gonçalves e São Valentim do Sul, bloqueio total da ponte sobre Rio Taquari, entre os dois municípios, que desabou no ano passado.
ERS-437
No km 10, em Vila Flores, pista submersa.
ERS-441
No km 22, em Vista Alegre do Prata, queda da ponte.
ERS-444
No km 30, em Santa Tereza, queda de barreira.
ERS-446
No km 5, em Carlos Barbosa, queda de barreira.
ERS-448
No km 44, em Farroupilha, queda de barreira.
ERS-452
No km 0, em Bom Princípio, pista submersa.
RSC-453
No km 2,5, em Imigrante, acesso à Rota do Sol, queda de barreira.
No km 12, em Pinto Bandeira, ponte interditada.
No km 75, em Boa Vista do Sul, queda de barreira.
No km 111, em Farroupilha, queda de barreira.
No km 157, em Caxias do Sul (Fazenda Souza), bloqueio para conserto de adutora de barragem, que rompeu.
ERS-481
No km 164, entre Cerro Branco e Sobradinho, cabeceira da ponte desmoronando.
ERS-484
No km 16, em Maquiné, no acesso a Barra do Ouro, queda de barreira.
ERS-486
No km 5, em Itati, queda de barreira.
No km 16, em Itati, queda de barreira.
ERS-494
No km 7, em Mampituba, ponte bloqueada.
ERS-500
No km 2, interditada a ponte sobre o rio Sarandi.
No km 7, interditada a ponte sobre o rio Xingú.
VRS-502
No km 9, em Paraíso do Sul, pista submersa.
ERS-511
No km 4, em Arroio Grande, pista submersa.
No km 8, queda de barreira em Santa Maria.
ERS 569
No km 29, em Novo Barreiro, ponte interditada.
ERS-630
No km 85, em São Gabriel, pista submersa.
No km 91, em São Gabriel, pista submersa.
VRS-805
No km 20, em Toropi, desmoronamento de cabeceira de ponte e pista submersa.
VRS-811
No km 1, trevo de Arroio do Meio, água sobre a rodovia.
VRS-817
No km 10, em Alto Alegre, erosão na pista.
No km 18, em Arroio do Prata, queda de barreira.
VRS-824
No km 10, em Quinze de Novembro, pista submersa.
VRS-826
No km 11, em Alto Feliz, erosão no asfalto e queda de barreira.
No km 13, em Alto Feliz, fios de energia sobre a pista.
VRS-868
No km 4, em Taquari, água sobre a pista.
Bloqueios parciais:
ERS-122
No km 10, em São Sebastião do Caí, pista alagada.
No km 26 ao 28, em Bom Princípio, asfalto cedendo sentido Capital-Serra.
No km 93, em Flores da Cunha, erosão do asfalto causa bloqueio parcial. O local está sinalizado.
ERS-129
No km 67, em Encantado, água sobre a pista.
No km 68, em Encantado, queda de árvore.
No km 72, em Encantado, queda de árvore.
ERS-130
No km 74, em Lajeado, queda de barreira
ERS-149
No km 131, em São João do Polêsine, queda de barreira.
ERS-235
No km 35, em Gramado, queda de barreira.
No km 36, em Gramado, queda de barreira.
RSC-287
No km 230, em Santa Maria, pista submersa causa bloqueio parcial.
ERS-324
No km 281, em Nova Bassano, pista submersa.
ERS-355
No km 9, em Fagundes Varela, pista submersa.
ERS-357
No km 48, em Lavras do Sul, ponte interditada por motivos de segurança (passando veículos leves).
ERS-431
No km 25, em São Valentim do Sul, a via está parcialmente bloqueada, pois a pista cedeu devido a erosão.
ERS-446
No km 12, em Carlos Barbosa, queda de barreira.
No km 14, em Carlos Barbosa, queda de barreira.
ERS-453
No km 57, em Westfália, queda de barreira causa bloqueio parcial.
No km 63, em Westfália, queda de barreira causa bloqueio parcial.
No km 69, em Westfália, queda de barreira causa bloqueio parcial.
No km 73, em Boa Vista do Sul, queda de barreira.
No km 105, em Bento Gonçalves, queda de barreira.
ERS-481
No km 111, em Sobradinho, deslizamento de terra.
ERS-491
No km 5, em Marcelino Ramos, Daer liberou trânsito em meia pista.
ERS-717
No km 16, em Tapes, erosão da rodovia.
ERS-813
No km 13, em Farroupilha, queda de barreira.
VRS-826
No km 11, em Feliz, erosão no asfalto e queda de barreira.
VRS-855
No km 16, em Pinto Bandeira, árvores sobre a pista. Trânsito em meia pista.
Energia elétrica, água e telefonia:
• CEEE Equatorial: 56.900 pontos sem energia elétrica (3,15% do total de clientes);
• RGE Sul: 272 mil pontos sem energia elétrica (8,9% do total de clientes);
• Corsan: 541.594 clientes sem abastecimento de água (17% do total);
• Tim: 86 municípios sem serviços de telefonia e internet;
• Vivo: 48 municípios sem serviços de telefonia e internet;
• Claro: 48 municípios sem serviços de telefonia e internet.