CANÇÕES QUE FALAM POR NÓS 11. ORAÇÃO AO TEMPO; Por Rui Leitao
CANÇÕES QUE FALAM POR NÓS 11. ORAÇÃO AO TEMPO; Por Rui Leitao
Essa é uma das mais belas canções de Caetano, tanto no que se observa na melodia, quanto na mensagem poética e filosófica da letra. Ele trata da relação HOMEM e TEMPO. Considerando o TEMPO, como o Deus da existência, o compositor dialoga com ele numa prece. A música foi composta e lançada em 1979.
“És um senhor tão bonito/quanto a cara do meu filho/tempo, tempo, tempo/vou te fazer um pedido”…“Portanto peço-te aquilo/e te ofereço elogios/tempo, tempo, tempo/nas rimas do meu estilo”.
Em sendo uma oração, é claro que Caetano se dirige ao TEMPO, como quem endereça uma mensagem a um ser superior. E, de início, já o homenageia ressaltando sua beleza e a compara com o rosto de seu filho. Afinal de contas qual o pai que não enxerga formosura nas feições de um filho. Arrisca-se, então, a fazer um pedido. Respeitando-o como responsável pelos destinos de todos nós seres humanos, propõe entrarem num acordo.
Em razão da sua condição de eternidade, Caetano o reverencia como “um dos deuses mais lindos”. Pede, portanto, que o ouça com atenção, ao som da melodia que lhe oferece. Roga que lhe seja ofertada a felicidade, e que os acontecimentos em que estiver envolvido sejam compatíveis e oportunos com esse desejo de bem-estar, deleite, alegria. De forma que essa bem aventurança possa produzir uma luminosidade de espírito que espalhe benefícios ao seu redor.
E quando já não mais se fizer presente no plano terreno, que este vínculo se reafirme no “além vida”. É o que ele clama em oração, excedendo-se em exaltações nas rimas do seu cantar. *
www.reporteriedoferreira.com.br Rui Leitão, Jornalista, advogado e escritor
NOSSA POSIÇÃO DE VANGUARDA : Por Rui Leitao
NOSSA POSIÇÃO DE VANGUARDA : Por Rui Leitao
A luta em favor de uma sociedade mais igualitária fez de 1968 o ano que promoveu ventos revolucionários em todos os sentidos, provocando mudanças de pensamentos e atitudes nos campos sociais, culturais e políticos. O calor dos acontecimentos produzia esperanças e entusiasmo, encorajava os desafios, abria novas perspectivas de vida.
Estabelecer relações sociais fundadas na igualdade foi uma das bandeiras desse novo tempo. Entre elas nivelar tratamento e oportunidades entre homens e mulheres. Romper de vez com uma cultura machista e conservadora que discriminava a mulher.
Maio de 1968 é um marco na história, consagrado como a data do maior acontecimento de contestação coletiva que se teve notícia no século passado. A França foi sacudida por manifestações públicas de estudantes e operários, com a solidariedade popular, em protesto contra o governo, gritando palavras de ordem contra o centralismo e o autoritarismo, mas também questionando conceitos e valores que ditavam os padrões de conduta da época.
Tudo começou em Nanterre, uma universidade nos arredores de Paris, quando estudantes se rebelaram contra o sistema autocrático daquela instituição. Uma das principais reivindicações dos universitários era a liberdade de circulação de homens e mulheres nas residências estudantis. Não era permitido aos homens irem aos quartos das mulheres, e elas só poderiam ir aos quartos deles se autorizadas pelos pais ou maiores de 21 anos de idade. Nascia então o primeiro movimento em defesa da igualdade de direitos para os gêneros masculino e feminino. Pela primeira vez, de forma aberta se tratava desse tema como bandeira de luta.
Entretanto, revendo os registros dos nossos jornais daquele ano descobri que, respeitado o contexto de cada caso, a Paraíba assumiu uma posição de vanguarda na defesa da igualdade de tratamento entre homens e mulheres.
Os alunos do Colégio Estadual de João Pessoa, secção do Roger , que funcionava no prédio onde antes estava instalado o seminário arquidiocesano, por trás da igreja de São Francisco, representados pelo Grêmio Estudantil Castro Alves, que tinha como seus principais dirigentes os estudantes Severino Gomes e Marcos Paiva (hoje um respeitado advogado atuando em Brasília e que viria no decorrer do ano se revelar um dos principais líderes do movimento estudantil da Paraíba), decidiram nos primeiros dias de janeiro encaminhar as autoridades estaduais pedido de revogação da portaria que dividia em salas separadas os estudantes masculinos e femininos. Argumentavam que essa segregação por sexo na escola feria os princípios básicos de uma sociedade que se deseja democrática. Brigaram pela heterogeneidade do público escolar em cada turma, o que viria a permitir um aprendizado de melhor convivência social na observação cotidiana das qualidades e diferenças uns dos outros. Essa separação só contribuiria para gerar uma ideologia preconceituosa.
Conquistaram o que queriam. O secretário de educação, José Medeiros Vieira, determinou providências no sentido de atender a reivindicação dos estudantes. A partir de então alunos e alunas não frequentariam as escolas públicas estaduais em salas isoladas. Foi, sem dúvidas, um avanço nas relações sociais entre pessoas de sexos diferentes, quebrando um padrão tradicional e conservador da educação em nosso estado.
Logo deduz-se que nos antecipamos em dois meses aos estudantes universitários de Nanterre e assumimos uma posição de vanguarda na defesa do ideal de igualdade social, entre homens e mulheres, pela via escolar.
www.reporteriedoferreira.com;br Rui Leitão Jornalista, advogado e escritor
A OMISSÃO NA POLÍTICA: Por Rui Leitao
A OMISSÃO NA POLÍTICA: Por Rui Leitao
A participação política é uma obrigação cidadã. Recusá-la é, no mínimo, uma postura irresponsável. Paulo Freire já nos ensinava que: “Todos nós temos atos políticos, só que uns são mais preocupados com o bem-estar da sociedade e outros mais preocupados em levar o indivíduo ao seu ápice de realizações dos seus desejos; respetivamente uma mais inclusiva e outra mais excludente”. Temos visto muita gente falar que detesta política e que prefere não debater qualquer assunto que trate desse tema. São os que se afirmam “isentos”. Na verdade, são omissos. E omissão é sinônimo de covardia, passividade, comodismo.
Decidem ficar “em cima do muro”, como se diz na linguagem popular. Neles está ausente o espírito público, porque só pensam em si próprios. Platão afirmava que: “o castigo dos bons que não fazem política, é serem governados pelos maus”. É exatamente por isso que o maior medo de um governo mal intencionado é o povo consciente”. Teme os que tenham senso crítico e se posicionem politicamente, vendo nesse comportamento uma ameaça ao sistema vigente. Quanto maior for o número de pessoas omissas, com o discurso de que estão descrentes com a política, mais favorecida fica a escassez dos valores éticos e princípios morais. Os corruptos se beneficiam dessa ausência de participação cidadã dos autoproclamados “apolíticos”. Fazer política não é, necessariamente, vincular-se a um partido ou defender uma ideologia. É preciso entender que a política faz parte da nossa vida. É a forma de participação na sociedade a qual estamos inseridos.
O problema é que muitos insistem na compreensão de que a política está vinculada, exclusivamente, a processos eleitorais. Esquecem que através dela é que se definem ações efetivas de desenvolvimento da população. Quando nos relacionamos com o mundo estamos “fazendo política”. É a melhor maneira de exercer a cidadania. Tenho dificuldades em conviver com os que carregam a máscara da isenção política. Vejo neles o obstáculo para a condução da nossa própria existência coletiva. Me desculpem a franqueza, mas me parece algo que cheira à hipocrisia. A omissão é também ignorância. Pratica-se a negligência quando alguém, tendo a consciência de que pode fazer algo pelo outro, não o faz. Assim se comporta o omisso político. Já estamos pagando um preço caro pela omissão de muitos que proclamam o discurso simplista de que “odeia a política”. Através dela se enraizam as injustiças sociais, colaborando com tudo aquilo que se imagina estar combatendo. Corrupção, por exemplo. Nossa sociedade não aguenta mais tanta omissão. A opção pelo silêncio ao invés do grito desgasta a esperança.
www.reportriedoferreira.com.br Por Rui Leitão, Jornalista, advogado e Escitor
CANÇÕESQUE FALAM POR NÓS 3. EU QUERO BOTAR MEU BLOCO NA RUA: Por Rui Leitao
CANÇÕESQUE FALAM POR NÓS 3. EU QUERO BOTAR MEU BLOCO NA RUA: Por Rui Leitao
O letrista e compositor dessa marcha-rancho que fez enorme sucesso em 1972, no IV Festival Internacional da Canção, desapareceu do cenário artístico precocemente. O capixaba Sérgio Sampaio era muito ligado a Raul Seixas, que inclusive produziu o disco que levou o nome título dessa música. “Eu quero é botar meu bloco na rua” faz parte de várias expressões musicais da era dos protestos à ditadura militar então vigente.
É uma exortação à ida do povo às ruas para se manifestar contra o regime autoritário que se instalara no país. “Há quem diga que eu dormi de touca/que eu perdi a boca/que eu fugi da briga/que eu caí do galho e não vi saída/que eu morri de medo quando o pau quebrou”. Era o desapontamento com a aparente passividade do povo brasileiro. Os ditadores imaginavam que todos nós “dormíamos de touca”, estávamos sem capacidade de reação, sem querer acordar para a realidade. Acreditavam que desde o AI-5, após as agitações de rua ocorridas em 1968, teríamos enfim nos determinado a “fugir da briga”, baixar as bandeiras de luta.
Acreditavam que “morríamos de medo” da experiência traumática do “pau quebrando”, quando dos protestos e passeatas dispersadas pela brutalidade da polícia. “Há quem diga que eu não sei de nada/que eu não sou de nada e não peço desculpas/que eu não tenho culpa, mas que dei bobeira/e que Durango Kid quase me pegou”. Continua Sérgio Sampaio chamando a atenção para a confiança do governo de que nós vivíamos uma situação de alienação, sem querer saber de nada, nem se importar em querer saber. Que admitíamos a nossa impotência para reagir. Usa da metáfora para dizer que “ao dar bobeira”, quase foi pego por Durango Kid, que simbolizava a polícia. Queria dizer que quando procurávamos sair da indolência, éramos pegos como infratores da ordem pública/social. “Eu, por mim, queria isso e aquilo/um quilo mais daquilo, um grilo menos disso/É disso que eu preciso ou não é nada disso/eu quero é todo mundo nesse carnaval”. A iniciativa de dizer o que queria, gritar suas reivindicações, exigir seus direitos.
O chamamento a que todos entrem “nesse carnaval”. O povo na rua, “todo mundo nesse carnaval”, numa só vontade, vivendo a mesma fantasia. “Eu quero é botar meu bloco na rua/brincar, botar pra gemer/ gingar, pra dar e vender”. Sérgio Sampaio usa a brincadeira e a alegria do carnaval para dizer que é preciso colocar “o bloco na rua”. Sair de casa e novamente cantar palavras de ordem, na busca da reconquista da liberdade que nos havia sido subtraída pelo golpe de 1964. Bom refletirmos que o momento de colocar “o bloco na rua” não é só por ocasião de uma ditadura militar, mas também quando é preciso demonstrar insatisfação contra governos que traem a confiança do povo e se comportam com despotismo e com práticas de corrupção. Essa música tem mais de quarenta anos, mas a conclamação de ir às ruas nunca perde a atualidade, mudam apenas as circunstâncias.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Rui Leitao- Jornalista, Advogado e Escritor.
E POR FALAR EM “MITO” Por Rui Leitao
A OMISSÃO NA POLÍTICA; Por Rui Leitao
A OMISSÃO NA POLÍTICA; Por Rui Leitao
A participação política é uma obrigação cidadã. Recusá-la é, no mínimo, uma postura irresponsável. Paulo Freire já nos ensinava que: “Todos nós temos atos políticos, só que uns são mais preocupados com o bem-estar da sociedade e outros mais preocupados em levar o indivíduo ao seu ápice de realizações dos seus desejos; respetivamente uma mais inclusiva e outra mais excludente”. Temos visto muita gente falar que detesta política e que prefere não debater qualquer assunto que trate desse tema. São os que se afirmam “isentos”.
Na verdade, são omissos. E omissão é sinônimo de covardia, passividade, comodismo. Decidem ficar “em cima do muro”, como se diz na linguagem popular. Neles está ausente o espírito público, porque só pensam em si próprios. Platão afirmava que: “o castigo dos bons que não fazem política, é serem governados pelos maus”. É exatamente por isso que o maior medo de um governo mal intencionado é o povo consciente”. Teme os que tenham senso crítico e se posicionem politicamente, vendo nesse comportamento uma ameaça ao sistema vigente.
Quanto maior for o número de pessoas omissas, com o discurso de que estão descrentes com a política, mais favorecida fica a escassez dos valores éticos e princípios morais. Os corruptos se beneficiam dessa ausência de participação cidadã dos autoproclamados “apolíticos”. Fazer política não é, necessariamente, vincular-se a um partido ou defender uma ideologia. É preciso entender que a política faz parte da nossa vida. É a forma de participação na sociedade a qual estamos inseridos. O problema é que muitos insistem na compreensão de que a política está vinculada, exclusivamente, a processos eleitorais.
Esquecem que através dela é que se definem ações efetivas de desenvolvimento da população. Quando nos relacionamos com o mundo estamos “fazendo política”. É a melhor maneira de exercer a cidadania. Tenho dificuldades em conviver com os que carregam a máscara da isenção política. Vejo neles o obstáculo para a condução da nossa própria existência coletiva. Me desculpem a franqueza, mas me parece algo que cheira à hipocrisia.
A omissão é também ignorância. Pratica-se a negligência quando alguém, tendo a consciência de que pode fazer algo pelo outro, não o faz. Assim se comporta o omisso político. Já estamos pagando um preço caro pela omissão de muitos que proclamam o discurso simplista de que “odeia a política”. Através dela se enraizam as injustiças sociais, colaborando com tudo aquilo que se imagina estar combatendo. Corrupção, por exemplo. Nossa sociedade não aguenta mais tanta omissão. A opção pelo silêncio ao invés do grito desgasta a esperança.
www.reporteriedoferreira.com.br Rui Leitão, Jornalista, advogado e escritor
O ATIVISMO POLÍTICO E A DEMOCRACIA: Por Rui Leitao
O ATIVISMO POLÍTICO E A DEMOCRACIA: Por Rui Leitao
Ser militante ou ativista político, passou de repente a ser encarado como terrorista, um subversivo, na visão atual da direita brasileira que chegou ao poder. Essa atividade político-social é apontada como uma ameaça ao “stablishment”. Os interesses da cidadania quando não atendidos pelo sistema político, exigem uma reação da sociedade civil. Isso é próprio da democracia. O ativismo civil tem por objetivo chamar a atenção dos governantes para temas relevantes que estão sendo desconsiderados. Condenar o ativismo é manter-se numa concepção autoritária da vida social e da política. A História é pródiga em registros positivos de transformação em favor do povo e da democracia. Muitas foram as conquistas alcançadas por militantes ativistas, que, corajosamente, desfraldaram bandeiras em defesa de causas tidas como revolucionárias, do ponto de vista da igualdade dos direitos individuais.
As mobilizações dos movimentos feministas, dos negros contra a discriminação racial, dos trabalhadores explorados pela sanha do capital, e de tantos outros grupos que sofrem preconceitos e são marginalizados, resultaram de demandas sociais que vão amadurecendo ao longo do tempo. São extremamente necessárias porque representam um direito fundamental à liberdade de reivindicar, questionar e propor mudanças que minimizem as injustiças sociais. Já passamos por uma experiência muito ruim na época da ditadura militar, quando fomos oprimidos por um autoritarismo atroz. Bastava que os movimentos coletivos contrariassem o pensamento dos ditadores.
Os ativistas militantes não podem ser vistos como inimigos, apenas por que divergem do pensamento dos que estão no poder. Têm que ser tratados como “concidadãos”, preocupados com a busca de um mundo melhor, mais igualitário, mais justo, mais democrático. O ativismo puxa o debate político, propondo diálogos francos sobre questões que interessam à sociedade como um todo. O confronto de ideias e argumentos só ajuda a caminhar para o encontro de projetos transformadores. Quando se diz: “vamos botar um ponto final a todo ativismo no Brasil”, dá para se prenunciar uma agressão à democracia, admitindo apenas o pensamento único e combatendo toda e qualquer divergência.
www.reporteriedoferreira.com.br Rui Leitão
CAINDO A MÁSCARA Por Rui Leitao
CAINDO A MÁSCARA Por Rui Leitao
www.reporteriedoferreira.com.br Por Rui Leitão-Jornalista,advogado e escritor
MEU REENCONTRO COM DEUS: Por Rui Leitao
MEU REENCONTRO COM DEUS: Por Rui Leitao
Tudo na vida tem um propósito. Porém a gente não se preocupa em reconhecer essa verdade. Não oferecemos relevância a essa constatação. Nasci numa família católica. Na minha infância e adolescência fui “coroinha” e seminarista. Ao tempo em que me tornava adulto, fui me afastando de Deus, cedendo às tentações da vida mundana. Minha vida religiosa passou a ser protocolar, com participação em eventos sociais. As orações aconteciam esporadicamente nos instantes de aflição, nunca como hábito de agradecimento. Através de minhas filhas evangélicas fui me reaproximando de Deus e a “obra” agora se completou.
Chegando à setima década de minha existência, Deus decidiu me chamar a atenção para a compreensão de que Ele é o DONO da minha vida. Recebi a confirmação de que estava infectado pela Covid 19. Minhas filhas, minha esposa, em decisão tomada com familiares e amigos próximos, entenderam que se fazia necessária minha urgente e imediata hospitalização.
Nas primeiras horas de internamento, fui colocado num espaço chamado de área laranja. Foi uma situação bastante incômoda: uma maca desconfortável, grande movimento de chegada de doentes, o que provocava barulho e dificultava adormecer. Tenho vergonha hoje por ter reclamado daquela situação. Às duas da madrugada fui transferido para um apartamento da Unimed. Foi o momento em que comecei a refletir. Tinha que agradecer a Deus pelo fato de ter um tratamento diferenciado, beneficiado por um plano de saúde. Aí me lembrei: quantos milhares de brasileiros estavam sofrendo nos corredores de atendimento do SUS. E tudo seria muito pior se não existisse o Sus. Eu não podia reclamar. A partir de então deveria só agradecer.
Por um.dever de justiça faço questão de registrar os nomes de quatro gestores publicos que corajosamente enfrentaram com responsabilidade a pandemia em.nosso estado. Não fossem eles a tragédia teria sido muito maior. O governador João Azevedo, o prefeito Luciano Cartaxo, e os secretários Geraldo Medeiros e Adalberto Fulgêncio.
Meus filhos, familiares e amigos, dobraram joelhos pedindo a intercessão divina para a minha cura. Essa corrente de orações começou a oferecer resultados. O espírito de religiosidade preponderou em meu favor.
Foram doze dias de internamento, isolado num quarto de hospital, tendo como acompanhante uma cuidadora contratada, um anjo da guarda. Refleti muito durante esse período. Avaliei os erros e equívocos que cometi na vida. Pedi perdão. Senti efetivamente a presença de Deus naquele ambiente e me encorajei a enfrentar o vírus. Conversei com Ele como nunca havia feito antes. E Ele me ouvia atentamente.
Agora estou dando continuidade ao tratamento em casa. Mas meu depoimento é no sentido de afirmar que me tornei um “novo homem”. Até o fim dos meus dias estarei honrando e glorificando o Seu nome. Ele resolveu me dar uma nova oportunidade na vida.
Não posso deixar de registrar a competência e solidariedade humana dos profissionais de saúde da Unimed. Aliás todos os colaboradores daquele hospital. Mostravam-se solicitos e dedicados. Aos diretores também os meus agradecimentos.
Agradecendo primeiramente a Ele, estendo essa gratidão a todos que se preocuparam em rogar por mim. Sei o quanto esse testemunho deixará minhas filhas felizes. O Ser Supremo me fez compreender que a Ele devemos tudo. A Cecília, que também estava doente, a. minha mais sincera manifestação de amor. Seu desvelo em me atender em tudo o que preciso é algo enternecedor.
O reencontro com Deus chegou e estou exultando com isso. Espero que essas reflexões alcancem as mentes de quantos estejam me lendo.
Amém.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Rui Leitão, Jornalista, advogado e escritor.