REPÓRTERES POLICIAIS Por Glvan de Brito

REPÓRTERES POLICIAIS Por Glvan de Brito
Nas redações dos jornais onde trabalhei nos meus 55 anos de jornalismo, constatei que os repórteres policiais eram as figuras mais curiosas da profissão, onde cada um tinha características próprias, uns pela forma outros pelo conteúdo, fugindo dos padrões. No jornal O Norte, nas décadas de 70 a 90, havia um competente repórter, chamado Juarez Felix, que se sustentou no batente até a terceira idade. Juarez era uma figura interessante: tinha a cara fechada, parecendo que estava sempre irado ou aborrecido com alguma coisa.
Quem olhasse para ele, na redação, não queria conversa. Imaginava logo tratar-se de um tipo inabordável. Isso pela forma como encarava as pessoas, com a cara de poucos amigos. Por conta dessa cara de mau humor permanente ganhou o apelido de “Juarez Bute” entre os mais íntimos (a expressão “deu o bute”, no dicionário popular, significa: quando há um acontecimento inesperado). Juarez, porém, era a melhor pessoa do mundo, incapaz de intimidar ou aborrecer qualquer ser humano, e demonstrava isso quando encontrava um amigo ou um colega na rua, onde conversava alegre e até ria, pelo canto da boca.
As aparências enganavam aqueles que pensavam diferente.
No Correio da Paraíba fui colega de outro repórter policial, chamado José de Sousa, capaz de levar ao fim do dia, quantidade insuperável de notícias do setor. Não mostrava, porém, o aprimoramento da redação. Suas matérias passavam, sempre, pela revisão de Frank Ribeiro, por conta das repetições de palavras e de contradições.
Ele escrevia rápido e nunca revisava nada daquilo que colocava no papel. Certa vez, entre as matérias que entregara ao editor da cidade, Bosco Gaspar, havia uma curiosidade: a notícia se referia a um acidente entre um veículo e um poste, no centro da cidade, causando ferimentos no motorista, e ao fim informava que o poste havia sido recolhido ao Hospital de Pronto Socorro (que ainda existia na rua Visconde de Pelotas) enquanto que a vítima fora conduzida ao depósito do Detran. Bosco chamou-o e pediu confirmação da notícia. Ele leu e em seguida garantiu: “É isso mesmo, só esqueci de dizer que a vítima não sofreu maiores consequências”.
Outro repórter competente do setor policial era Iêdo Ferreira, também do meu tempo. Conhecia todos os delegados, os agentes do Detran, da polícia rodoviária, integrantes da rádio patrulha e policiais civis e militares. Chegava ao jornal pela manhã, sentava-se diante do telefone e começava a colher informações. Quando os repórteres de outros setores estavam saindo para colher as últimas, ele deixava uma pilha de notícias prontas, com Bosco Gaspar, com as ocorrências da noite anterior e as primeiras do dia, até aquele momento. Hoje Iedo Ferreira não trabalha mais em jornal (mesmo porque fecharam (restando apenas A União, que nunca deu bola ao setor policial), mas, para não fugir à tradição foi ser assessor de comunicação, da Central de Polícia, de onde manda, eventualmente, notícias do setor para este Facebook.
REPÓRTERES POLICIAIS Por Glvan de Brito, advogado, jornalista, poeta, escritor.



QUEM SOIS VÓS E QUEM SOU EU? Por Gilvan de Brito

QUEM SOIS VÓS E QUEM SOU EU? Por Gilvan de Brito
Estou com
Espinoza (foto).
Estou escrevendo um livro de crônicas para publicá-lo em forma de e-book, pela Kindle/Amazon, e gostaria de abordar um assunto que diz respeito a rodo mundo, mas que as tratativas são diferentes de uma para outra pessoa, porque, cada cabeça é um mundo, e não adianta discutir em contrário, porque esta é uma conclusão lúcida, para as pessoas de bom senso. Digo bom senso porque sei que há o mau senso e o mal senso.
O bom senso é aquele que enfrenta resistências a obstáculos físicos, imaginários e intangíveis, procurando superar barreiras para garantir uma vivência melhorada sob vários aspectos de ações que tolhem a liberdade de pensamento, de ir e vir e de outras aplicações que podem ser estendidas ao campo jurídico e da semântica. Já o mal senso, nestas definições conscientes entre o bem e o mal, vê-se como aquele que causa danos.
Filosoficamente o mal vai contra a aceitação de Deus como o maior ídolo do universo, o que pende também para a teologia. Sendo assim, vamos pautar primeiro pela religião: quem é Deus? Para Baruk Espinoza, Deus e a natureza eram a mesma coisa: “Tenho uma concepção de Deus e da natureza totalmente diferente da que costumam ter os cristãos”.
Para o filósofo holandês, Deus age por meio de processos mecânico-causais e de leis invariáveis, responsáveis pelo total funcionamento e ordenamento do mundo. No meu pensamento, que coincide com o de Espinoza, por meio de processos mecânico-causais e de leis invariáveis, responsáveis pelo total funcionamento e ordenamento do mundo, responsável por todos os eventos e acontecimentos naturais. Isso evidencia que Deus não estaria preocupado com a situação dos cristãos. Cada um por si, seguindo o bom senso.
Esta máxima desativa a força e o poder das religiões e das igrejas, que procuram assumir ou difundir o poder de Deus capaz de interferir na vida de cada uma das pessoas, ou sejas, oito bilhões de pessoas que existem no mundo, disso tirando proveito de toda ordem ao se dizer “A Casa de Deus, A Palavra de Deus”. O Deus já estaria configurado na natureza, que rege o mundo. Estou com Espinoza (foto).



ONIPOTÊNCIA HISTÓRICA: Escrito Por Gilvan de Brito 

ONIPOTÊNCIA HISTÓRICA: Escrito Por  Gilvan de Brito

Assistimos ontem a um exemplo histórico da onipotência de um governo contra todas as formas da boa convivência entre os poderes da República. O presidente Bolsonaro recebia a visita de alguns empresários do Rio de Janeiro e São Paulo que lhe oferecem apoio. Eles foram estimular o chefe da Nação a continuar com a sua insana escalada visando o fim do isolamento contra a pandemia do Corona-19, cujas mortes produzidas deverão ultrapassar os 10 mil óbitos, neste fim de semana. Então o que fez o presidente? Reuniu os presentes, acrescentou ao grupo o ministro Paulo Guedes, ligou as turbinas e partiu na direção do Supremo Tribunal Federal.

Sabem os que conhecem Brasília, que há uma Praça dos Três Poderes na mesma fronteira que reúne Executivo, Legislativo e Judiciário. Então o presidente saiu imponente, do Palácio do Planalto, atravessou a rua (depois de parar o trânsito) conduzindo a grande e insensata caravana, todos alegres e mascarados, numa visão de nonsense típica dos filmes de Federico Fellini, na direção do STF, a 300 metros à frente. Passou ao lado da enorme bandeira do Brasil, passou pelos dois Candangos – a bela escultura gigantesca esculpida pelo artista Bruno Giorgi; passou pelo Congresso Nacional, à direita, ao lado; passou pelo museu suspenso, com a efigie de Kubistchek (que guarda os documentos da construção de Brasília – onde provocou a revoada de centenas de pombos e, finalmente, chegou, depois de atravessar a rua, a outra escultura cortada em granito, de 3,3 metros, da mulher de olhos vendados e com uma espada, esculpida por Alfredo Cechiatti, que representa a imparcialidade da Justiça (embora não mostre a balança).

Feito isso subiu a rampa e entrou com a grande comitiva no prédio do Supremo, pegando de surpresa os seguranças, todos os ministros da Casa e o presidente da Corte, Dias Toffoli, dirigiu-se ao auditório onde fez um discurso, repetindo a ladainha, de que o Brasil precisa abrir suas fronteiras ao vírus que veio da China. Isso no dia (o terceiro seguido) em que as mortes atingiam mais de 600 a cada 24 horas e se aproximavam de um total de 10 mil óbitos em todos os quadrantes do país. Todos que assistiam a invasão, pela TV, ficaram de queixo caído, pela iniciativa presidencial, de invadir um Poder que deveria ser harmônico, e contrariar decisões que favoreciam ao confinamento, tomadas pelo STF quando transferiu aos governadores e prefeitos a decisão pela quebra da clausura.

Quando soube dessa invasão, na Câmara Baixa do Congresso, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse: “Aqui eles não entrariam; no máximo o presidente com mais duas pessoas, para discutir a questão”. Pensando bem, tudo isso parece ter saído de uma visão cinematográfica, produzida por um hábil ficcionista, ao mostrar um presidente saindo da sede de seu Poder para invadir outro, quebrando a liturgia do cargo. Estamos, pois, vivendo um seriado em vários atos, diários de uma ópera-bufa, não tão lírica quanto o gênero exige. Satírica, com certeza (Foto: O Globo).

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ESTOU SENTINDO O (MAU) CHEIRO DE 1964: Escrito Por Gilvan de Brito 

ESTOU SENTINDO O (MAU) CHEIRO DE 1964: Escrito Por Gilvan de Brito (20 de julho 2020)

Quem viveu 1964, acompanhando o dia a dia do período que antecedeu ao golpe militar, sabe que o mesmo cheiro apodrecido está no ar. Mas, como a história quando se repete vem em forma de farsa, o que vemos hoje não é o perigo dos militares tomarem o poder insuflados por maus (e ricos) brasileiros, que não aceitavam as reformas propostas por João Goulart, em favor dos menos favorecidos, por considerá-las de feição comunista, e insuflaram as Forças Armadas a tomar o poder pelas armas.

Até o nome comunista voltou a circular com maior ênfase, como perigo iminente de se consolidar naquela época e agora. Pois bem, desta vez não são os militares que cheiram a golpe. A caserna, renovada, certamente não vai querer investir noutra aventura sabendo que a primeira não deu certo e que se vier outra seria nos mesmos moldes que ainda estão na memória recente do povo em forma de demissões, perseguições, torturas e morte. Agora é civil contra civil, é a aglomeração de forças populares, e a união dos poderes contra a obstinada e nefasta ação de um só homem contra os interesses do país.

A cada dia que passa se fecha o cerco, aumenta a pressão e a procura sobre a fórmula a ser utilizada para a arrancada final ganha ênfase. Os militares, já demonstraram, estão apenas acompanhando e esperando que esse afastamento se dê obedecendo os tramites legais, através do Judiciário e do Legislativo, para não sair da linha democrática. Afinal quem não se lembra da simbólica frase do primeiro-ministro britânico Winston Churchil, de que “A democracia é o pior dos regimes, políticos, mas não há nenhum sistema melhor que ela”.

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MÚSICA DA PARAÍBA, HOJE; Escrito Por Gilvan de Brito 

MÚSICA DA PARAÍBA, HOJE; Escrito Por Gilvan de Brito

“Quem te viu e quem te vê”, é um sintagma que se aplica muito bem à Música da Paraíba, Hoje. Existe música da Paraíba hoje? A música que marcou presença foi a do passado, que vale a pena lembrar como uma das mais divulgadas, aplaudidas e executadas no Brasil e no mundo, nas décadas de 70 e 80 do último século. Tanto pela qualidade quanto pelo entusiasmo das letras e das músicas, pontuais. A Paraíba é um caso raro no tratamento de seus artistas: morde e assopra. No fim da década de 60, Zé Ramalho veio do sertão, empolgado, com os alforjes cheios de belas composições, e certo de que poderia abafar, marcou um show no teatro Santa Rosa. Nove espectadores compareceram à casa de espetáculos, cinco pagaram. A sua reação mostrou a indignação de um artista que sabia de sua competência e de sua superioridade: virou-se para os objetos de cena, do palco, e destruiu uma TV, daquelas antigas, de enormes tubos de imagens, e cancelou a apresentação. No meio do sentimento de cólera, tomou uma decisão: foi-se para o Rio de Janeiro, com as mesmas músicas. Viu e venceu, endeusado e apontado como um dos melhores compositores e autores brasileiros, com o que havia de melhor do nosso cancioneiro popular, expressando e traduzindo a cultura do povo através da música. Naquela altura, Vital Farias já fazia estrondoso sucesso no eixo Rio São Paulo e depois em todo o país, depois que uma música sua serviu de tema à uma novela da TV Globo. Elba Ramalho, que vinha patinando na música da Paraíba, quando resolveu partir com Luiz Mendonça, Livardo Alves e Anco Márcio, com a peça “Cancão de Fogo”, e antes de terminar o trabalho, no Rio de Janeiro, disse: “aqui é o meu lugar”. Ficou e abafou, constituindo-se numa das maiores intérpretes nacionais durante muitos anos, com uma voz inconfundível. Cátia de França, no embalo dos demais, também tentou no Rio de Janeiro, fez shows e marcou sucessos, mas não suportou a distância da Paraíba e voltou e Chico César, com belas canções (ainda resiste, fazendo a ponte com os tempos áureos; Correndo por fora, Livardo Alves, no embalo da “Marcha da Cueca”, liderou as audiências dos festejos carnavalescos durante vários anos, do Rio e São Paulo, além das músicas que marcaram a sua nordestinidade na parceria com Vital Farias e com outros parceiros; Pedro Osmar, com belíssimas composições gravadas por Elba Ramalho. E, ainda, Bráulio Tavares, Antônio Barros e Cecéu, Flávio José, Sivuca, Genival Macedo, Glorinha Gadelha, Marinês, Capilé e Carlos Aranha, vencedor de festivais e autor de belas músicas, o polivalente Dida Fialho, Thadeu Matias. e o regionalismo de Pinto do Acordeom. Antes destes, o grande compositor e intérprete vencedor de vários festivais do Rio de Janeiro, Geraldo Vandré, cuja biografia eu tive a satisfação de escrever (Não me Chamem Vandré, editora Patmos, 280 p); Jackson do Pandeiro, que mostrou como se marca o ritmo e Zé do Norte, vencedor do prêmio da trilha sonora do filme O Cangaceiro, no festival de Cannes, na França. Não devemos esquecer também de Genival Lacerda, Rosil Cavalcante, Fernando Lélis, Roberto Luna, Jairo Aguiar. Mas havia, ainda, aqueles que se encontravam fora do circuito das grandes gravadoras nacionais, dos velhos Long Plays. Para preencher essa lacuna tive a ideia de produzir um álbum duplo reunindo 29 artistas, entre compositores, autores, arranjadores e intérpretes, nos discos Música da Paraíba, Hoje – 1 e 2 – registrando para a posteridade a música que se fazia na Paraíba entre as décadas de 70 e 80 do século passado, hoje uma relíquia.

Participaram direta e indiretamente do terceiro grande movimento da música local, intitulado Música da Paraíba, Hoje: Adelino, Alarico Correia Neto, Alexandre Brito, Ari, Babí, Boto, Bráulio Tavares, Cacá Ribeiro, Carlos Aranha, Carlos di Carlo, Chico César, Chico Mendes, Clementino Lins, Dida Fialho, Elias D´Angelo, Eudes Henrique, Eugênio Cavalcante, Fernando Teixeira, Fubá, Gilvan de Brito, Golinha, Hélio Ricardo, Huguinho, Isa Y Plá, Jailson, Janduhy, Janjão, Jarbas Mariz, João Lira, Jorge Negão, José Ariosvaldo, José Cabral, Léo Almeida, Livardo Alves, Lúcio Lins, Lugmar Medeiros, Mário José Pessoa, Mário Lins, Marquinhos Aguiar, Milton Dornelas, Mozart, Nell Blue, Neném Xavier, Nido, Nino da Flauta, Parrá, Paulo Batera, Paulo Paiva, Paulo Ró, Pedro Osmar, Roberto Araújo, Roberto Gabínio, Rubinho, Sérgio Túlio, Sílvio Osias, Unhandeijara Lisboa, Vasconcelos, Waldo do Vale, Walter Galvão, Zé da Flauta, Zé da Viola e Zewagner.

Este despretensioso ensaio sobre a música paraibana destaca a atividade musical, preferencialmente, daqueles compositores, autores e intérpretes que ao longo do tempo permaneceram distante das grandes gravadoras, que tolheram suas ações, mas inclui também alguns dos grandes nomes, particularmente com os trabalhos que iniciaram sua vida musical. Assim, procuramos mostrar não apenas aqueles que despontaram nacionalmente na música, mas também os que, por motivos diversos, sofreram a ação predatória das Gravadoras do eixo Rio-S. Paulo, ficando à margem do sucesso ao nível do país. Como veremos, a grande maioria teria chances de despontar no cenário nacional. Por isso procuramos nesta produção de meio século de música, lembrá-los e fazer-lhes justiça perante o tempo, para que no futuro saiba-se como foi a Música da Paraíba, Ontem.
Lembremos também dos participantes do movimento dos festivais, o segundo, da música paraibana, na década de 60: Agápio Vieira, Águia Mendes, Aléssio Toni, Alex Madureura, Ary, Babi, Barreto Neto, Benedito Honório, Bráulio Bronzeado, Bráulio Tavares, Cacá Ribeiro, Carlos Aranha, Carlos Roberto de Oliveira, Chico Mendes, Chico Teotônio, Clementino Lins, CleodatoPorto, Coringa, Costa Neto, D. Martins, Das Bandas da Paraíba, Dida Fialho, Diógenes Brayner, Diógo, Elba Ramalho, Elias D´angelo, Fernando Aranha, Fernando Teixeira, Francisco Zacarias, Fúba, Genival Lacerda, Genival Macedo, Genival Veloso, Gilberto Patrício, Gilson Reis, Gilvan de Brito, Grupo Cabroeira, Huguinho Guimarães, Isa Y Plá, Ivanildo Vila Nova, Jaguaribe Carne, Jairo Aguiar, Jarbas Mariz, Joana Belarmino, João Carlos Franca, João Gonçalves, João Linhares, João Manoel de Carvalho, Jomar Souto, Jorge Negão, José Neves (maestro e compositor), José Rui, Jr. Espínola, Léo Almeida, Lis, Lugmar, Luiz Ramalho, M. Leite, Maestro José Neves, Manoelzinho Silva, Marcos Tavares, Marcus Vinícius, Mário José Pessoa, Marlene Freire, Marquinhos Aguiar, Metalúrgica Felipéia, Milton Dornellas, Moacir Codeceira, Mozart, Natanael Alves, Nell Blue, Neumane Pinto, Nevinha, Nino da Flauta, Oliveira de Panelas, Orquestra de Vilor, Os Quatro Loucos, Pádua Belomont, Parrá, Paulinho Ditarso, Paulo Melo, Paulo Paiva, Paulo Ró, Pepy, Roberto Araújo, Roberto Gabínio, Ronaldo Monte, Rubinho, Rui de Assis, Sérgio Túlio, Shirley Maria, Sindalva, Sônia Maria, Waldo do Vale, Zé Pequeno, Zemaria de Oliveira, Zete Farias e Zewagner.

 

Depois de Música da Paraíba, Hoje pouco se fez para justificar um quarto movimento da música paraibana. Depois de 1980 sugiram vários intérpretes, instrumentistas, letristas e compositores, que vêm marcando presença na música paraibana, sem que se possa considerar, com honrosas exceções, nestes 32 anos algum movimento aglutinante capaz de lançar nomes além fronteiras, como os anteriores. A nova geração da música é composta de Adeíldo Vieira, Adeílde Lopes, Ademir Mantovani, Águia Mendes, Alex Madureira, Álice Lumi, Almir do Vale, Altimar Garcia, Anay Claro, Arari, Ariadne Lima, Artur Dionísio, Betinho Muniz, Bob Farias, Byaya, Cacá Santa Cruz, Cassandra Figueiredo, Cachimbinho, Capilé, Carlinhos Cocó, Chikito, Chiquinho Mino, Cícero Caetano, Clementino Lins, Climério, Costinha, Dadá Venceslau, Dario Junior, Dejinha de Monteiro, Déo Nunes, Diana Miranda, Dida Fialho, Dida Vieira, Edinho Arruda, Edmilson Felix, Edson Batera, Eliete Matias, Elisa Leitão, Eric Von Shohsten, Erivan Araújo, Escurinho, Eudimar, Fabíola, Fábio P.C., Fátima Lima, Flávio Boy, Florismar, Fernando Pintassilgo, Francisco Alcântara, Francisco Sobrinho, Geo Ventania, Geraldo Mousinho, Germana Cunha, Gilberto Nascimento, Gilvando Pereira, Gladson Carvalho, Glauco Andreza, Gracinha Teles, Humberto Almeida, Irani Medeiros, Jadir Camargo, Jairo Madruga, Janduhy Finizola, Jeová de Carvalho, Jessé Anderson, Jessé Jel, João Barbosa, João Linhares, João Paulo, João Barbosa, Joca do Acordeão, Jorge Benício, José Francinaldo, José Arimatéia, José Soares, José Neves, Josias Paes, Josiel, Jotinha, Judimar Dias, Junior Natureza, Junior Targino, Kennedy Costa, Lau Siqueira, Leo Meira, Lígia Guerra, Luciene Melo, Luiz Carlos Otávio, Laurente Gomes, Lindevaldo Cipriano, Lis Albuquerque, Lúcio Lins, Luizinho Barbosa, Marder Farias, Marcelo Ferreira, Marcone Barbosa, Marcos Carneiro, Marcos Fonseca, Marcus Milanês, Marcos Tavares, Maúde, Mauro Martins, Mestre Fúba, Mihno Dgil, Milton Dorneles, Mônica Melo, Nanado Alves, Nando Azimute, Nando Santos, Naor Xavier, Natálie Lima, Nau Nunes, Nelson Campos, Nelson Teixeira, Nelson Valença, Neto Guarabira, Osvaldo Nery, Pablo Ramirez, Pádua Belmont, Patrícia Moreira, Paulinho Ditarso, Paulo Barreto, Paulo Batera, Paulo Vieira, Paulo Vinícius, Percival Henrique, Piancó, Pinto do Acordeão, Ranilson Bezerra, Regina Brown, Renata Arruda, Ricardo Anísio, Ricardo Fabião, Rivaldo Dias, Rivaldo Serrano, Ronaldinho Cunha Lima, Rogério Franco, Ronaldo Cavalcante, Ronaldo Monte, Robeldik Dantas, Roberta Miranda, Roberto Ângelo, Roberto Costa, Romero Remígio, Rosildo Oliveira, Ryná Souto, Rubinho Jacob, Samuel Espinoza, Sandoval, Sandra Trajano, Sandoval Moreno, Sandoval de Oliveira, Sandro Pitta, Sandro Targino, Saulo Mendonça, Sérgio Galo, Soraya Bandeira, Tampinha, Tatá Almeida, Tonho Monteiro, Tota Arcela, Totonho, Teínha, Vanine Émery, Walber de Andrade, Walter Galvão, Walter Luís, Walter Santos, Walter Signus, Wandinho Araújo, Wanine, Wilmar Bandeira, Wilson Barreto, Vander Farias, Vavá Dias, Villor Araújo, Virgínia Lombardi, Xisto Medeiros, Yerco Pinto, Zé Badú, Zé Gotinhá, Zé da Viola, Zilma Pinto e Zizi Sanfoneiro, dentre outros.
Muitos dos que pertenceram ao movimento anterior continuaram, como Alberto Arcela, Benedito Honório, Clementino Lins, Chico César, Elias D´angelo, Pedro Osmar, Paulo Ró, Poty Lucena, Rubinho, Fúba agora chamado Mestre Fúba, e Milton Dornelas.
Nestes tempos de pandemia, no qual ficamos em casa sem fazer nada, resolvi escrever este leve ensaio, que por ser um pouco extenso, sei que poucos vão se aventurar a lê-lo. Mesmo assim, fica o registro para a História.

 

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ANIVERSÁRIO DA MINHA FILHA Por Gilvan de Brito

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ANIVERSÁRIO DA MINHA FILHA Por Gilvan de Brito
DENYSE ROLIM DE BRITO, minha filha, que aniversaria hoje, A a quem desejo muitos anos de vida e felicidades. Ela nasceu em João Pessoa (PB).
Tem formação acadêmica com graduação em Serviço Social, pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB/ 1986. Fez especialização em Metodologia do Ensino Superior, pelo Instituto Paraibano de Educação – UNIPÊ/ 1995 e Pós-Graduação em Serviço Social cursando as disciplinas de Metodologia da Investigação da Pesquisa Científica – UFPB/ 1992, Tópicos Especiais em Política Social – UFPB/ 2002 e Processos Organizativos do Terceiro Setor – UFPB/ 2003.
Realizou Curso de Inglês no Departamento de Línguas Estrangeiras Modernas da UFPB e cursos à distância: Introdução às Relações Internacionais, do Instituto Legislativo Brasileiro, (Senado) e Redação Oficial, do ILB. Fez estágio na Maternidade Cândida Vargas – INAMPS e exerceu atividades na Comissão Especial de Legislação Social presidida pelo deputado federal Edme Tavares, na Câmara dos Deputados, em Brasília, na elaboração de sugestões do setor social para a Constituição Federal de 1988.
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PARAÍBA É 40 ANOS MAIS ANTIGA DO QUE REGISTROS OFICIAIS;  Por Gilvan de Brito

PARAÍBA É 40 ANOS MAIS ANTIGA DO QUE REGISTROS OFICIAIS;  Por Gilvan de Brito
A Paraíba tem um registro histórico da maior significação, nunca explorado pelos historiadores: É o quarto núcleo habitacional do país, existindo desde 1545, Quando Pero Lopes de Sousa instalou a Vila da Conceição do Paraíba, na Capitania de Itamaracá, que representou a quarta Vila de que se tem notícia do Brasil, acima apenas da Vila de São Vicente (1532), Vila de Olinda (1537) e Vila de Santos (1543). A considerar este fato, a Paraíba teria a comemorar, hoje, em 2024, a idade de 479 anos. São Paulo comemorou este mês, 492 anos, porque conta a sua existência a partir da condição de Vila de São Vicente. Por que não compete a Paraíba comemorar, também, esta data, muito mais antiga do que a da ocupação em 1585, que se deu com o nome de Nossa Senhora das Neves do Paraíba, como vem sendo feita?
Na condição de Cidade, a Paraíba foi criada em 1574, pelo rei português D. Sebastião, com o nome de Capitania Real do Paraíba, a terceira Cidade do Brasil, acima apenas de Salvador (1549), e Rio de Janeiro (1565).
Comemorando a sua existência da mesma forma como São Paulo, a partir da Vila de São Vicente, a Paraíba teria o acréscimo de 40 anos como núcleo habitacional contado a partir da Vila da Conceição do Paraíba (de Pero Lopes de Sousa, repassada à viúva Isabel da Gamboa), que fazia parte da Capitania de Itamaracá, desmembrada pelo rei D. Sebastião em 1574 para a criação da Capitania Real do Paraíba.
Quem pensa que a Vila da Conceição do Paraíba não tem história, está enganado. A sua criação foi precedida de várias demandas, e destinada Pero Lopes de Sousa, amigo do rei D. João III, de quem fora amigo de infância, por ser a melhor fatia do território, das que foram selecionadas depois das Capitanias Hereditárias, em 1534. Mas isso é outra história, que eu conto no meu livro “Paraíba, A Mais Antiga História”, a ser lançado brevemente.
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AVIÃO CAI EM CAMPINA GRANDE Por Gilvan de Brito 

AVIÃO CAI EM CAMPINA GRANDE Por Gilvan de Brito
Fazia alguns meses que Orlando Tejo não visitava Campina Grande e a família estava ansiosa para vê-lo. Certo dia ele venceu o medo de viajar de avião, foi à agencia do Loide Nacional e comprou um bilhete de embarque para uma sexta-feira à tarde. Seria a primeira viagem de avião, uma das coisas que ele mais temia no mundo. Como o embarque estava previsto para as seis horas da noite para chegar em Campina antes das sete horas, Orlando resolveu beber com alguns amigos naquela tarde, para passar o tempo e desanuviá-lo do temor. Foram para o Savoy onde a boa conversa o fez esquecer da viagem. Quando se lembrou do compromisso, olhou no relógio e viu que lhe restavam 30 minutos para o embarque.
Então despediu-se dos amigos, arrastou a mala debaixo da mesa, apanhou um taxi e seguiu para o aeroporto dos Guararapes, solicitando pressa ao motorista porque faltavam poucos minutos para o avião levantar voo. Mas o trânsito na Avenida Domingos Ferreira estava bastante congestionado e o carro demorou alguns minutos a mais até chegar ao aeroporto. Correu para o cheque-in, quando a moça do atendimento, depois de ver o bilhete, mostrou m avião que estava subindo:
– O seu voo estava previsto para aquele avião que acaba de decolar – disse apontando para a aeronave, que roncava tentando elevar-se no ar.
Lamentou a falta de sorte e foi, ainda, até a porta de vidro de onde viu viu o avião fazer a curva com destino ao interior, na rota de Campina Grande. Como não tinha mais nada a fazer, transferiu a viagem para a sexta-feira seguinte e tomou um taxi de volta ao bar Savoy, onde reencontrou os companheiros e seguiu com a bebedeira. Às oito horas da noite a televisão teve o som aumentado para que os fregueses do bar pudessem ouvir o Jornal Nacional, como faziam todos os dias. A primeira notícia foi arrasadora.
“- Cai o avião do Loide Nacional que saiu do Recife com destino a Campina Grande.”
Todos os amigos se levantam para cumprimentar Orlando Tejo, que havia nascido de novo, ao abusar da bebedeira e perder o horário do embarque, poucas horas antes. Orlando não sabia o que fazer, tomado de emoção. Foi quando um dos amigos o aconselhou a ligar para a família e anunciar que estava vivo, em Recife. E foi o que ele fez. Comprou cartão telefônico (não existia celular) foi até um “orelhão” e ligou para sua casa. Atenderam ao telefone do outro lado e disseram que o pessoal da casa estava comovido com a notícia da queda do avião, da morte de Orlando Tejo anunciada pelas rádios Borborema, Cariri e Caturité e que ninguém da família poderia atender naquele momento. Desligou em seguida antes que ele dissesse que era o próprio Orlando Tejo quem estava falando. Teve que ligar, então, para um vizinho, solicitando que anunciasse na sua casa a informação de que perdera o voo daquele avião sinistrado e que se encontrava em Recife, são e salvo. Fizeram uma festa quando a informação foi transmitida.
– Fiquei arrasada quando a rádio informou que o nome de meu filho não estava entre os sobreviventes – disse dona Maria das Neves, mãe de Orlando.
Trecho da biografia de Orlando Tejo, por mim escrita e não publicada.O livro tem 160 páginas.
Nenhuma descrição de foto disponível.

Isso foi em 1958 e um dos sobreviventes foi Renato Aragão, que ainda não era “Trapalhão” da Rede Globo. Treze pessoas morreram nesse acidente aéreo.

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FEITIÇO DA CARIMBAMBA Gilvan de Brito

O prazer e a fascinação de desfilar no Sambódromo, numa noite alegre e festiva de Carnaval:
FEITIÇO DA CARIMBAMBA
Gilvan de Brito
Vou atravessar a avenida do samba
Com uma alegria cativa dos normais.
Quero vestir todas as cores formais,
Para enfeitiçar feito uma Carimbamba.
A plateia alegre vai gritar: Caramba!
E eu vou sentir frios, calores e odores,
Caminhar superando as minhas dores
E ser reconhecido como um bamba.
Não me interessa destaque do dia
Quero ver as cores e a alegria da escola
Reconciliadas na minha fantasia.
Depois a morte pode até me levar
Que eu já realizei a minha obsessão:
O grande prazer de um dia desfilar.
www.reporteriedoferreira.com.br Por  Gilvan de Brito- jornalista, advogado, poeta e escritor



Gilvan de Brito respondeu a um comentário a uma publicação de 10 de outubro de 2020.

 Gilvan de Brito
10 de outubro de 2020
Estou publicando neste FACE, diariamente, a capa de cada um dos 140 livros de minha autoria, até a data da eleição. Quero mostrar a intimidade com as letras, exigência da Academia, para justificar a minha candidatura.
LIVRO 34º “POESIA, ENTENDA, ESCREVA”, livro didático, para quem quiser aprender a escrever poesias, inédito de 150 páginas para ser publicado no próximo ano:
“Pessoas de comportamento retraído que pretendem reintegrar-se ao mundo, mas não querem viver socialmente, precisam de um caminho para descarregar o peso de seus sentimentos. Nada mais adequado para isso do que o roteiro das artes. São sete os gêneros da arte, e qualquer um deles poderá levar a uma vida repleta de ações, criadas no inconsciente. E assim tornar-se tão popular, tão íntimo e tão próximo das pessoas como se com elas convivesse diariamente.
A poesia é um desses gêneros, onde sonhamos, visitamos o inconsciente, passeamos pelo abstracionismo e experimentamos sensações diversas, vivendo cada uma daquelas histórias elaboradas com a exclusiva força da mente através de, sinais que se transformam em símbolos e criam vida própria. São como filhos que nascem diariamente, são como amigos que vêm discutir composições escritas e mostradas são como mensagens traduzidas de conversas diárias com aqueles que lhe rodeiam, embora distantes; tão perto e tão longe. É uma forma de comunicação persuasiva que permite partir do particular para o geral sem visitá-lo propriamente.
Ser íntimo do geral, centro das atenções e alvo de admiração sem ausentar-se do particular, no seu universo social. Enfim, um mundo onde possa estar perto de todos, através de sua obra. Um mundo onde todos o reconheçam, o faça um mito. É possível? Não é uma empreitada fácil, mas só se pode saber tentando e experimentando. Quem é poeta e ainda não sabe, precisa apenas desenvolver a aptidão. Mas tem que despertá-la. Quem não nasceu poeta, poderá adquirir alguns conhecimentos, regras, métodos e técnicas e quem sabe, um dia, escrever belas poesias. Somos suficientemente livres para escolher o que poderá ser melhor para nós mesmos, bastando apenas, para muitos, que acordem do sono letárgico e se livrem da indiferença e da apatia para ganhar o mundo, assumindo uma atitude pragmática.
Vamos, pois, deixar os cientistas falando à razão e vamos falar ao coração. Com a prosa e com poesias, é claro. A vontade é livre e está sempre pronta para receber estímulos. E este livro vem nesta direção.
Procure escrever sempre o melhor, apagando do texto ou de parte dele tudo o que considerar supérfluo. Nunca rebusque nem repita palavras e use sempre sinônimos para substituir aquelas que quebram o ritmo do verso. Assim você torna a escrita mais apurada, escorreita, precisa e concisa. Ao concluir o poema leia-o repetidamente em voz alta até ouvi-lo com a sonoridade de uma música.
A poesia com ou sem rima deve manter o ritmo; onde você achar que alguma coisa não se encaixa, mude a palavra ou o sentido até encontrar a forma perfeita da musicalidade dos versos. Estas são as principais regras estéticas que escravizam os poetas, desde os clássicos aos modernistas. Alguns poetas usam, no início de suas experiências, o dicionário de rimas, aquele mesmo (600 ´páginas) que o mestre Drummond considerou-o “A salvação da lavoura”. Vamos começar?”
www.reporteriedoferreira.com.br  Por Gilvan de Brito- Jornalista, advogado, poeta e escritor