Brasileirão; São Paulo perde para Bragantino, Juventude vence o Vasco, Internacional cede empate ao Bahia e Atlético-MG , conquista grande virada contra Sport

São Paulo perde para Bragantino e tropeça novamente na Vila

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São Paulo perde para Bragantino e tropeça novamente na Vila
Ari Ferreira/Red Bull Bragantino

São Paulo perde para Bragantino e tropeça novamente na Vila

São Paulo e Red Bull Bragantino se enfrentaram neste sábado (8), na Vila Belmiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em sua casa temporária, o Tricolor tropeçou e foi derrotado pelo Massa Bruta por 1 a 0.

O confronto foi bem equilibrado, com as duas equipes tendo liberdade para atacar. Porém, o zero não saía do placar. Até que, aos 26 minutos, o Bragantino teve um pênalti a seu favor.

Após uma boa jogada trabalhada, a bola chegou em Jhon Jhon, que cruzou para Lucas Barbosa, mas o atacante sofreu uma carga nas costas de Enzo Díaz e caiu. O árbitro assinalou a penalidade. Jhon Jhon assumiu a responsabilidade e não desperdiçou: deslocando Rafael, colocou o Massa Bruta na frente do placar.

Juventude surpreende e Vasco chega à terceira derrota seguida

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Juventude surpreende e Vasco chega à terceira derrota seguida
Fernando Alves/ECJ

Juventude surpreende e Vasco chega à terceira derrota seguida

Vasco e Juventude se enfrentaram neste sábado (8), em São Januário, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time gaúcho surpreendeu os donos da casa e conquistou uma vitória importante, ao vencer por 3 a 1.

Quem saiu na frente foi o Vasco. Pitton recebeu e cruzou na área, a bola chegou em Rayan, que cabeceou, Jandrei até tentou salvar, mas não conseguiu. O bandeirinha até chegou a assinalar impedimento do lateral vascaíno, mas após revisão, o tento foi confirmado.

Internacional abre 2, mas cede empate ao Bahia no final do jogo

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Internacional abre 2, mas cede empate ao Bahia no final do jogo
Ricardo Duarte / Internacional

Internacional abre 2, mas cede empate ao Bahia no final do jogo

Internacional e Bahia se enfrentaram neste sábado (8), no Beira-Rio, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Colorado até abriu 2 a 0, mas acabou vacilando e viu o Esquadrão de Aço buscar o empate, sacramentando o placar em 2 a 2.

Internacional até abriu o placar aos 16 minutos da primeira etapa. Carbonero fez grande jogada individual e marcou, porém, após revisão do VAR, a arbitragem assinalou falta de Mercado em Willian José no início da jogada. Porém, oito minutos depois, valeu. Bruno Gomes cruzou para Vitinho; o atacante dominou e bateu firme, colocando o Colorado na liderança.

Atlético-MG leva susto, mas conquista grande virada contra Sport

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Atlético-MG leva susto, mas consegue grande virada contra Sport
Pedro Souza / Atlético

Atlético-MG leva susto, mas consegue grande virada contra Sport

Sport e Atlético-MG se enfrentaram neste sábado (8), na Ilha do Retiro, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Leão até surpreendeu o rival e saiu vencendo por 2 a 0, mas o Galo conquistou uma grande virada e venceu por 4 a 2.

Sport abriu o placar ainda no primeiro tempo. Léo Pereira tabelou com Pablo e recebeu de volta, batendo na saída do goleiro rival. Já na segunda etapa, a equipe ampliou, novamente com Léo Pereira, que aproveitou bola sobrada na área mineira e soltou a bomba para marcar o segundo dos donos da casa.




PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS. Imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na Praça Dom Ulrico Sérgio Botelho

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS. Imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na Praça Dom Ulrico - PARA ONDE IR
PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS. Imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na Praça Dom Ulrico
Sérgio Botelho
– Não deixa de despertar curiosidade que entre tantas evocações à denominação de Nossa Senhora das Neves, neste logradouro, exista uma estátua de Nossa Senhora de Lourdes, apesar de ambas se referirem, como se sabe, a Maria, mãe de Jesus.
Ela fica no centro da Praça Dom Ulrico que já foi chamada de Praça da Matriz porque vizinha à igreja da padroeira da Paraíba e de João Pessoa, hoje Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves.
O espaço inteiro do harmonioso rossio, que tem na extremidade Oeste o vetusto Colégio Nossa Senhora das Neves, leva o nome de um muito benquisto, pela cidade, frade beneditino alemão, falecido nos anos 1910, que se chamou Dom Ulrico Sontag.
O conjunto escultural mostra a santa em oração, sobre pedestal de pedra, com patamar circular, dois postes ornamentais e gradil que protege a obra. No momento, aguardando obras de restauração.
A estátua tem história já mais que secular, uma vez que foi instalada na praça no ano de 1922, presentada por religioso católico norte-rio-grandense, o Monsenhor Francisco de Assis Albuquerque, ordenado padre no Seminário Diocesano da Paraíba.
Consta que ele trouxe a imagem de Paris, com a ajuda do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, e uma campanha de apoio que realizou naquele vizinho estado da Paraíba.
Na mesma data, para não deixar que a informação escape, o IHGRN colocou na praça, quase colado ao adro da matriz, uma pedra que marca a altura da região com relação ao nível do mar, que muita gente confunde como se fosse o marco de fundação da cidade.
É um ponto de devoção e também de memória. Quem visita costuma observar os detalhes da guirlanda metálica ao redor da santa e o trabalho das pedras do pedestal.
A obra católica é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba (Iphaep).
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PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS. Imagem de Nossa Senhora de Lourdes, na Praça Dom Ulrico – PARA ONDE IR
www.reporteriedoferreira.com.br Por Sérgio Botelho- jornalista, jornalista, poeta, escritor




João Azevêdo diz que Governo vai reparar danos materiais e que não havia sinais de rompimento em reservatório

O governador João Azevêdo concedeu entrevista coletiva, na tarde deste sábado (8), e falou sobre as providências que serão tomadas pelo Governo do Estado e pela Cagepa após o rompimento de um reservatório de água em área urbana de Campina Grande. A força da água matou uma idosa de 62 anos, deixou duas pessoas feridas e destruiu e arrastou casas, estabelecimentos comerciais, carros e postes, no início da manhã de hoje.

Segundo o governador, a manutenção dos reservatórios é diária e não havia sinais que indicassem o risco de rompimento no reservatório. Ele contou que a Cagepa e o Governo do Estado vão apurar as causas do rompimento.

João Azevêdo também relatou que mobilizou a Defesa Civil, as Secretarias de Desenvolvimento Humano, de Infraestrutura e dos Recursos Hídricos, e outras pastas que tratarão do atendimento aos afetados pela destruição causada pela água. O governador disse que serão reparados todos os danos materiais.

O rompimento

Nas primeiras horas da manhã deste sábado, o reservatório localizado no bairro da Prata, em Campina Grande, se rompeu e a água tomou as ruas, destruindo casas, lojas e outras estruturas. Maria do Socorro Leal Teixeira de Araújo, de 62 anos, morreu e Maria Auxiliadora Queiroz da Silva e Alessandro Ferreira Braga, ambos com 50 anos, ficaram feridos e foram internados no Hospital de Trauma de Campina Grande. O quadro de saúde de ambos é estável.

O Governo do Estado e a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) lamentaram a morte da dona Maria do Socorro, se solidarizaram com os familiares e colocaram à disposição todo o aparato da empresa e do Governo “para prestar o apoio necessário neste momento difícil.”

Segundo o Governo e a Cagepa, as circunstâncias do caso estão sendo apuradas. “Assim que o rompimento foi identificado, equipes técnicas e de assistência foram mobilizadas imediatamente, em parceria com a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança das famílias afetadas e iniciar as medidas emergenciais. Equipes da Cagepa foram acionadas também para auxiliar na limpeza do local.”

O rompimento provocou suspensão no abastecimento de água em 40 bairros de Campina Grande e nos municípios de Lagoa Seca, Lagoa de Roça, Areial e Montadas. “A Cagepa já está trabalhando para que o fornecimento seja restabelecido ainda neste sábado (8) nessas localidades”, informou a Companhia.

“A Companhia e o Governo do Estado irão prestar toda a assistência necessária às vítimas e seus familiares, além de instaurar um processo interno de apuração para identificar as causas do rompimento”, informaram o Estado e Cagepa.




Após desastres, Enem é suspenso em Rio Bonito do Iguaçu (PR)

Tornado que destruiu cidade danificou severamente escolas em que ocorreriam as provas no domingo (09)

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Dois colégios que teriam aplicação do Enem no domingo (09) sofreram danos causados pelo tornado
Divulgação/Governo do Paraná

Dois colégios que teriam aplicação do Enem no domingo (09) sofreram danos causados pelo tornado

Secretaria de Estado da Educação do Paraná (Seed-PR) informou na manhã deste sábado (08) a suspensão da aplicação do Enem 2025 no município de Rio Bonito do Iguaçu, no Centro-Sul do estado, em razão dos danos provocados pelo tornado na noite de sexta (07). Os impactos dos ventos e chuvas fortes danificaram as estruturas de dois colégios em que as provas iriam ocorrer.

Entenda:  Tornado destrói cidade no Paraná: 6 mortos e mais de 750 feridos

Conforme protocolo do Inep para situações de força maior, todos os participantes afetados terão direito à reaplicação do exame, em nova data que será definida e informada oficialmente pelo Instituto após avaliação técnica das condições locais.

Colégios danificados

O governo estadual informou que duas instituições estaduais do município, o Colégio Estadual Ludovica Safraider e o Colégio Estadual Ireno Alves, sofreram danos estruturais causados pela  passagem do tornado e estão passando por vistoria.

Equipes de engenheiros do Fundepar (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional) atuam desde as primeiras horas da manhã de sábado na avaliação e contabilização dos danos, com o objetivo de orientar as medidas emergenciais que deverão ser adotadas.

O secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, entrou em contato com o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), que se colocou à disposição para colaborar com o Estado na definição das soluções referentes ao exame e no apoio aos estudantes prejudicados.

O fenômeno também provocou colapsos estruturais, danos à malha viária e interrupções no fornecimento de energia elétrica, deixando parte da população no escuro. Até o momento, o estado registra seis mortes e 750 feridos. Entre as vítimas fatais está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser atingida por escombros.




Reunião entre integrantes do GRUPO GPC e representes do Governo, vem repercutindo positivamente

A reunião entre representes  da Polícia Civil do Estado da Paraíba,  o Secretário da Administração e o Delegado Geral,  está sendo recebida com aplausos e parabéns por parte de todos os integrantes do GRUPO GPC, que segundo eles, reconhecem os esforços empreendidos por todas as lideranças, em particular pelo Dr. Antonio Erivaldo de Souza, considerado um verdadeiro baluarte em prol da defesa dos policiais civil.

A reunião aconteceu nessa  quinta-feira, 06 , o presidente do SINDAOPCPB, Charles Lustosa, Antonio Erivaldo – Sindspol, participaram dessa importantíssima  reunião na Secretaria de Administração (SEAD) com Tibério Limeira e o Delegado-Geral Dr. André Rabelo, para tratar de pautas fundamentais para a Polícia Civil da Paraíba.

Entre os temas debatidos:
✅ Conclusão do texto base da Lei Orgânica, finalizando os trabalhos da comissão especial designada pela Delegacia-Geral;
✅ Atualização e reforma do PCCR;
✅ Retomada da pauta do subsídio, com recomposição salarial e incorporação da última parcela da Bolsa Desempenho a partir de janeiro de 2026;
✅ Recomposição salarial da base com percentual diferenciado;
✅ Paridade e Integralidade, garantindo aposentadoria com dignidade — um tema que não pode mais ser adiado.

O presidente Charles Lustosa saiu otimista com a abertura ao diálogo, bem como Antonio Erivaldo de Souza,  e com as discussões colocadas à mesa, o mesmo a com o Dr. Antonio Erivaldo de Souza, que trem lutado insistentemente junto as autoridades buscando uma solução para resolver em  todos os sentidos os benefícios da polícia civil, principalmente no que tange a paridade e integralidade dos vencimentos dos  policiais civis do Estado da Paraíba.

Com a aprovação da nova Lei Orgânica, a expectativa é que a Polícia Civil da Paraíba avance para um novo patamar, moderno, produtivo e eficiente, em sintonia com as demais Polícias Civis do país, potencializando ainda mais um trabalho exitoso realizado pelo atual corpo da PCPB.

Agora, o foco é o reconhecimento salarial e a dignidade na aposentadoria — compromissos fundamentais com quem dedica a vida à investigação e à segurança pública.

Pense num negócio pra render, essa tal de Lei Orgânica, quando se o governador quisesse já mandaria implantar o subsídio de que ele tem conhecimento. É vontade política que não há.
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CMJP rejeita projeto sobre despesas públicas associadas a invasões e ocupações




João Azevêdo trata de fortalecimento do programa PAA-Leite no Ministério do Desenvolvimento




STF forma maioria para manter condenação de Bolsonaro

Com votos de Alexandre de Moraes, relator, Flávio Dino e Cristiano Zanin, recurso da defesa do ex-presidente foi rejeitado

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no julgamento de 11 de setembro
STF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no julgamento de 11 de setembro

A  Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF)  formou maioria para rejeitar o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e manter sua condenação a 27 anos e 3 meses de prisão.

Além de Alexandre de Moraes, relator, também votaram nesse sentido os ministros Flávio Dino e Cristiano Zanin, no julgamento que começou nesta sexta-feira (7).

Sete condenados no julgamento dia 11 de setembro, entre eles Bolsonaro, réus do chamado núcleo 1 ou núcleo crucial da trama golpista, utilizaram os chamados embargos de declaração para questionar suas condenações.

Os ministros julgam no plenário virtual e os votos podem ser inseridos no sistema eletrônico até o dia 14 de novembro.

A defesa do ex-presidente alega omissões, contradições e obscuridades nos votos que o condenaram a 27 anos e 3 meses, em regime fechado. Também alega falta de provas que o relacionem Bolsonaro ao plano para matar autoridades, o plano Punhal Verde e Amarelo. 

Os votos

Relator do caso, Alexandre de Moraes foi o primeiro a votar e rejeitar o recurso, afirmando que não há qualquer omissão no cálculo da pena aplicada ao ex-presidente. Segundo ele, os fundamentos da condenação foram expostos de forma clara e detalhada.

Na sequência, votou Flávio Dino, que seguiu o voto de Moraes, alegando que todas as questões apresentadas pela defesa já tinham sido examinadas no julgamento principal e nas fases anteriores do processo.

Na sequência, apresentou seu voto, também rejeitando o recurso, o ministro Cristiano Zanin.

Ele justificou sua posição alegando que o Ministério Públic o deve ter legitimidade para promover a liquidação e execução coletiva das sentenças genéricas que versem sobre direitos individuais homogêneos, sempre que houver interesse social e quando for possível realizar a liquidação sem a necessidade de dados ou documentos adicionais das vítimas.

O ministro ressaltou que a interpretação restritiva da legislação, que exigiria liquidações individuais em todos os casos, “cria entraves desarrazoados para a tutela efetiva dos direitos das vítimas e compromete a eficiência da jurisdição”.

“A liquidação coletiva é instrumento de racionalização e de justiça social. Ela evita que cada vítima tenha de ingressar individualmente com ações, o que tornaria o processo ineficaz e desigual. O Ministério Público, ao agir de forma coletiva, garante que a reparação chegue a todos, sobretudo aos mais vulneráveis”, afirmou Zanin em seu voto.

Falta votar a ministra Carmem Lúcia.  Como Luiz Fux mudou para a Segunda Turma, o colegiado está com apenas quatro ministros.

Além de Bolsonaro, também tiveram os recursos negados o ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022, Walter Braga Netto;  Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;  Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);  Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Mauro Cid , ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, assinou delação premiada durante as investigações e não recorreu da condenação. Ele já cumpre a pena em regime aberto e tirou a tornozeleira eletrônica.

Desfecho

Para que os condenados iniciem cumprimento de pena, a Turma precisa rejeitar os embargos e ainda dar espaço para o que se chama de segundos embargos.

Só após a publicação do acórdão da decisão e do trânsito em julgado, eles poderão iniciar a execução de suas penas.

Atualmente, Bolsonaro está em prisão domiciliar cautelar em função de outra investigação, a do inquérito que apura coação, com o filho deputado federal  Eduardo Bolsonaro (PL/SP), no caso do tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

A expectativa é que o ex-presidente inicie a execução de sua pena em regime fechado, no presídio da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial na Polícia Federal. A decisão final será de Alexandre de Moraes.

Os demais condenados são militares e delegados da Polícia Federal e poderão cumprir as penas em quartéis das Forças Armadas ou em alas especiais da própria Papuda.




Gaeco denuncia juiz da Paraíba e advogados por esquema de manipulação judicial e lavagem de dinheiro

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba apresentou denúncia ao Tribunal de Justiça contra o juiz Glauco Coutinho Marques (foto), da Vara Única de Gurinhém, e os advogados Hilton Souto Maior Neto, Henrique Souto Maior Muniz de Albuquerque, Luis Henrique de Amorim Santos e Armando Palhares Silva Júnior. Segundo a investigação, os denunciados integrariam um esquema de manipulação sistemática do Sistema de Justiça, destinado à obtenção de vantagens financeiras ilícitas.

A ação é um desdobramento da Operação Retomada, que apura a atuação de uma organização criminosa que utilizava associações formalmente constituídas, mas sem funcionamento real, para ajuizar ações em massa em comarcas específicas, com o objetivo de direcionar processos a juízes previamente influenciados.

De acordo com o Gaeco, a comarca de Gurinhém foi escolhida como base estratégica da atuação do grupo. O juiz Glauco Coutinho Marques teria sistematicamente proferido decisões favoráveis às demandas ligadas ao grupo, muitas delas em prazos considerados atípicos — algumas minutos após a distribuição dos processos, sem oitiva do Ministério Público e, em alguns casos, sob segredo de Justiça.

Intermediação e influência direta

A denúncia aponta Hilton Souto Maior Neto como o principal articulador do esquema.

O advogado era descrito como responsável por “fazer a ponte” entre advogados do grupo e o magistrado, sendo procurado para intervir diretamente em processos a fim de conseguir decisões favoráveis.

Mensagens obtidas pela investigação mostram orientação expressa para que demandas fossem tratadas com Hilton antes de chegar ao juiz. Há diversas conversas nos autos expondo combinação entre os outros advogados para que Hilton intermediasse o diálogo com o “MM”, referência ao meritíssimo, ou seja, o juiz Glauco Marques. Há, ainda, combinações de valores a serem oferecidos em troca dos “favores” jurídicos e até uma espécie de barganha para oferecer um valor abaixo do que os advogados imaginavam que atenderia a Hilton, como estratégia para reduzir o “preço” do “serviço”.

Em um dos episódios destacados, a interferência teria resultado na expedição célere de um alvará de soltura em um processo criminal, menos de uma hora após a solicitação mediada por Hilton.

Atuação também fora de Gurinhém

A investigação afirma que a atuação irregular do magistrado não se restringiu à comarca onde era titular.

No município de Sapé, durante substituição, o juiz teria homologado acordo em processo de inventário arquivado, sem presença de todos os herdeiros e beneficiando diretamente Hilton Souto Maior, que era interessado na aquisição de terras envolvidas na sucessão.

O ato foi posteriormente anulado pelo juiz titular e confirmado pelo Tribunal de Justiça, após apontamento de violações às garantias processuais e ao contraditório.

Lavagem de capitais e ocultação patrimonial

Além das suspeitas de corrupção, a denúncia sustenta que os investigados utilizaram mecanismos de dissimulação financeira para ocultar pagamentos e benefícios decorrentes das decisões judiciais, caracterizando lavagem de dinheiro.

Histórico e contexto

O documento do Ministério Público menciona que o juiz já responde a outras ações penais por fraudes e desvio de recursos públicos, relativas a período anterior à magistratura, afirmando que há padrão de conduta indicativo de atuação voltada à obtenção de vantagens ilícitas.

Próximos passos

A denúncia agora será analisada pelo Tribunal de Justiça da Paraíba.

Se recebida, o processo seguirá para instrução criminal, com possibilida de oitivas de testemunhas e coleta de novas provas. O juiz Glauco Coutinho já está afastado das funções por determinação do TJ da Paraíba.

Até o momento da publicação desta reportagem, não havia manifestação pública dos denunciados.

Parlamentopb




COINCIDÊNCIA TRÁGICA OU CONSPIRAÇÃO POLÍTICA? Por Rui Leitao

COINCIDÊNCIA TRÁGICA OU CONSPIRAÇÃO POLÍTICA?

O livro O Beijo da Morte, escrito por Carlos Heitor Cony e Anna Lee, lançado em 2003, é um romance-reportagem que aborda os mistérios que ainda envolvem as mortes dos ex-presidentes Juscelino Kubitschek e João Goulart, além do ex-governador da Guanabara, Carlos Lacerda.

O que há em comum nesses acontecimentos? Entre o segundo semestre de 1976 e o início de 1977, em menos de nove meses, os três morreram em circunstâncias ainda envoltas em fortes suspeitas. Eram as figuras centrais da chamada Frente Ampla, movimento político que uniu antigos adversários em torno de um mesmo propósito: a redemocratização do Brasil. Essa aliança incomodou profundamente os generais do regime militar.

Mas teriam sido meras coincidências trágicas ou o resultado de uma trama política? Até hoje, não há investigação conclusiva. Comissões e órgãos criados após a redemocratização discutiram essas mortes, mas não chegaram a confirmar que tenham sido provocadas pela ditadura. Persistem, no entanto, suspeitas, alimentadas por inconsistências nos laudos oficiais. A Comissão da Verdade de Minas Gerais declarou:
“Considerando as distintas contradições das avaliações periciais, os depoimentos e pareceres jurídicos, pode-se afirmar que é plausível, provável e possível que as mortes tenham ocorrido devido a atentado político.”

No caso de Juscelino Kubitschek, morto em um acidente automobilístico na Via Dutra em 22 de agosto de 1976, levantam-se hipóteses de sabotagem no veículo, envenenamento do motorista ou até mesmo de que o acidente teria sido forjado.

Quanto a João Goulart, o laudo oficial apontou infarto como causa da morte. A família, entretanto, sustenta a possibilidade de envenenamento — por meio de cápsula introduzida em frascos de medicamentos usados para tratar problemas cardíacos. A exumação de seus restos mortais, realizada 37 anos depois, não identificou substâncias tóxicas, mas os peritos ressaltaram que, devido ao tempo decorrido, não seria possível excluir essa hipótese.

Já Carlos Lacerda, que faleceu em decorrência de uma infecção cardíaca, também teria sido vítima de envenenamento, segundo suspeitas não comprovadas.

O que reforça tais conjecturas é o contexto político da época. Regimes ditatoriais da América do Sul — entre eles os do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Chile — mantinham, nos anos 1970, uma cooperação entre seus serviços de inteligência para monitorar, sequestrar e eliminar adversários políticos em operações secretas. Essa aliança ficou conhecida como Operação Condor, e o Brasil teve papel relevante em sua execução.

Dentro desse cenário, a sequência das mortes de JK, Jango e Lacerda segue alimentando, até os dias atuais, especulações sobre suas verdadeiras causas. As versões oficiais nunca conseguiram dissipar completamente as sombras que cercam o desaparecimento desses três líderes históricos — unidos, em vida, pelo ideal de devolver ao país a democracia.

Mais do que um enigma histórico, essas mortes simbolizam o preço pago por quem ousou sonhar com um Brasil livre. Enquanto não houver transparência plena sobre o passado, a história continuará a ecoar a pergunta incômoda: coincidência ou conspiração?

www.reporteriedoferreira.com.br/Rui Leitão- advogado, jornalista, poeta, escritor