Movimento das forças de segurança da Paraíba reúne milhares de policiais; Cobram valorização salarial e ameaça greve no carnaval
Entre os pontos mais críticos do protesto, está a insatisfação com o reajuste salarial de 5% anunciado pelo governo e o pior salário do Brasil pago a policia civil da paraíba
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Policiais e bombeiros militares da Paraíba se reuniram, na manhã dessa sexta-feira (14), em frente à Granja Santanna, residência oficial do governador João Azevedo, para reivindicar um reajuste salarial. Durante o protesto, as categorias expressaram a ameaça de greve no período do carnaval, caso suas demandas não sejam atendidas pelo governo estadual.

Os manifestantes, que estão em frente à Granja do Governador, onde reside o governador João Azevedo, iniciaram uma caminhada pela região como forma de pressionar o governo estadual a atender suas demandas. Cartazes e camisetas com frases como “se não valorizar, a polícia vai parar” refletem o descontentamento dos agentes de segurança com as condições de trabalho e a remuneração oferecida.
Entre os pontos mais críticos do protesto, está a insatisfação com o reajuste salarial de 5% anunciado pelo governo, que, segundo os manifestantes, representa um aumento de menos de 2% no salário real, considerando a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 6,6% no último ano. Os representantes das forças de segurança destacam que já apresentaram planilhas com a composição salarial de suas categorias ao governo, mas não obtiveram retorno satisfatório até o momento.
A manifestação causa congestionamentos significativos na região, já que as duas vias da Avenida Beira Rio, tanto no sentido praia-centro quanto centro-praia, estão interditadas. De acordo com informações, o tráfego em ruas adjacentes também foi impactado, dificultando o acesso ao local do protesto. A situação do trânsito permanece complicada, e motoristas devem estar atentos ao bloqueio nas principais vias da cidade.
O protesto segue com a expectativa de uma nova rodada de negociações entre os manifestantes e o governo. A ameaça de greve, que pode resultar em um efetivo reduzido nas ruas durante o carnaval, permanece em aberto, caso não haja uma resolução satisfatória. As forças de segurança afirmam que o movimento é um último recurso diante da falta de diálogo efetivo com o poder executivo.
Policiais civis, penais e militares realizam protesto em frente à granja do governador, em João Pessoa
Este é o terceiro protesto da categoria, em 2025, por melhorias salariais.
Por g1 PB
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Policiais realizam protesto em frente á Granja Santana, residência oficial do governador — Foto: Guilherme B
Os policiais civis, militares e penais da Paraíba realizam, na manhã desta sexta-feira (14), um protesto em frente à Granja Santana, residência oficial do governador, em João Pessoa.
O objetivo da manifestação, segundo a organização, é a busca por melhorias na remuneração de toda a categoria.
Os manifestantes interditaram uma das faixas da Avenida Ministro José Américo de Almeida, a Beira-Rio, onde a Granja Santana fica localizada. Eles estão realizando uma assembleia geral unificada para deliberar os próximos passos do movimento.
Terceira manifestação em 2025
O protesto desta sexta-feira (14) é o terceiro em 2025. No dia 8 e 22 de janeiro, os policiais realizaram outras manifestações em João Pessoa.
No dia 22 de janeiro, eles se reuniram na Epitácio Pessoa. De acordo com informações da TV Cabo Branco, os policiais realizaram uma assembleia unificada na orla de Tambaú e, em seguida, participaram de uma passeata pela avenida, uma das principais vias da capital. O trânsito ficou lento no local, com uma das faixas sendo interrompida. A manifestação seguiu em direção à sede da Vice-Governadoria da Paraíba.
“O Governo desvaloriza a polícia quando vem e faz uma proposta que não coaduna com nossas necessidades. Na verdade, ele apresentou 5% de aumento para os servidores de uma forma geral, situação que não nos atende.. Primeiro que, para polícia, não cai como 5% porque há uma incorporação de uma bolsa que ele diz que é um aumento de 20%, não. É uma bolsa de desempenho que está atrelada ao nosso vencimento que já temos essa bolsa, quando essa bolsa é atrelada começa a incidir imposto. Ou seja, o policial perdeu dinheiro”, afirmou Wágner Falcão, presidente da Associação dos Policiais Penais da Paraíba.