Valter Campanato/Agência Brasi

Braga Netto é um dos aliados de Bolsonaro indiciado pela PF

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não se manifestou até o momento sobre a prisão do general e ex-ministro Braga Netto , ocorrida na manhã deste sábado (14). O militar da reserva foi detido em sua casa, no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, em cumprimento a uma ordem expedida pelo ministro Alexandre de Moraes , relator do inquérito do golpe de Estado.

Desde então, o general está sob custódia na sede da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, aguardando audiência de custódia que definirá se a prisão será mantida. Caso isso ocorra, Braga Netto deverá ser transferido para uma unidade do Exército.

Além de Bolsonaro, o PL, partido ao qual Braga Netto é filiado, também optou pelo silêncio. O núcleo mais próximo do bolsonarismo não se pronunciou publicamente sobre a detenção, que envolve acusações de grave natureza.

O militar, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022, é suspeito de liderar ações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a derrota eleitoral de Bolsonaro no mesmo ano. Ele teria ainda, segundo a Polícia Federal, atuado para obstruir investigações em curso.

De acordo com informações apuradas pela Polícia Federal, Braga Netto participou de uma reunião em 12 de novembro de 2022, realizada em sua casa, na qual teriam sido planejados assassinatos do presidente Lula, do vice, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

Essas acusações estão entre os elementos que levaram ao indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, no contexto das investigações sobre a tentativa de golpe.

Bolsonaro nas redes sociais

Enquanto isso, Jair Bolsonaro utilizou suas redes sociais para relembrar conquistas de seu governo, encerrado em 2022, sem mencionar a prisão de seu aliado.

A ausência de manifestações públicas do ex-presidente e de lideranças bolsonaristas marca um contraste com a repercussão dos desdobramentos das investigações conduzidas pela Polícia Federal e pelo Supremo Tribunal Federal.

Por Ig