Jovem é assassinado a tiros no bairro do Jacaré em Cabedelo

No local, foram encontradas mais de 20 cápsulas de munição

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Homem é assassinado a tiros no bairro do Jacaré (Foto: Verinho Paparazzo/RTC)

Um homem foi assassinado a tiros na madrugada deste domingo (8) no bairro do Jacaré, em João Pessoa. O crime aconteceu próximo à comunidade conhecida como Talibã.

De acordo com o delegado Bruno Victor Germano, a vítima havia pego um veículo emprestado de amigos, dizendo que faria um frete. Ao chegar na comunidade, foi cercada e alvo de diversos disparos. No local, foram encontradas mais de 20 cápsulas de munição.

Durante a análise do veículo, foram encontrados seis tambores de gasolina, levando a polícia a suspeitar de um envolvimento da vítima com o comércio clandestino de combustível.

A identidade do homem foi confirmada no local por meio de documentos encontrados com ele. O corpo será levado ao Instituto de Medicina Legal (IML) para perícia.




A atuação dos militares fora dos quartéis Por Rui Leitao

A atuação dos militares fora dos quartéis Por Rui Leitão

Cerimônia no Quartel-General do Exército, em Brasília (Foto: José Cruz /Agência Brasil)

Ao longo da nossa história republicana percebe-se a dificuldade dos militares em compreender que são servidores públicos comuns e não agentes políticos. E essa é a razão pela qual o Brasil tem experimentado a repetição de trágicos períodos ditatoriais protagonizados por militares. As Forças Armadas, em qualquer lugar do mundo, devem assumir a competência de proteger a soberania do país, garantir a ordem pública, impedir a invasão do território nacional por estrangeiros e assegurar a integridade dos três poderes constitucionais.

Lugar de militar é no quartel e não na administração pública. Não existe o Poder Militar, à exceção da Justiça Militar, para julgar exclusivamente os crimes previstos na Carta Magna, no seu artigo 124. Fora disso qualquer comportamento tem nome: é golpe, assalto ao poder constituído, desprovido de qualquer autoridade legítima. Os saudosistas da ditadura militar continuam alimentando o delírio de que a Constituição de 1988 dá às Forças Armadas a competência de Poder Moderador. Isso é uma estapafúrdia interpretação.

O flerte com o autoritarismo que temos assistido nos anos recentes em nosso país, é a intenção de atropelar a democracia e o Estado de Direito, que a duras penas foram conseguidos e com muita intrepidez têm sido mantidos. A República foi instaurada com um golpe militar, seguidos de outros ocorridos em 1930, 1937 e 1964. Essa tradição golpista procura se firmar a qualquer custo. O relatório de investigação, dado a conhecer pela Polícia Federal, apresenta uma farta documentação probatória de crimes contra o Estado Democrático de Direito e nos dão a indicação de que estivemos muito perto de um novo golpe.

A fracassada tentativa iniciada desde o governo passado, revela, além de uma decadência intelectual, a inabilidade e despreparo para o exercício de governo em condições democráticas. Boa parte dos que integram as forças militares age conforme uma mentalidade binária e autoritária, afastada da sociedade e do povo brasileiro. Não consegue se desfazer da visão anti-comunista do período pós-guerra. Trata como inimigos todos os que se posicionam contrariamente às suas opiniões.

O livro “A Psicologia da Incompetência dos Militares”, escrito pelo psicólogo britânico Norman Dixon, descreve “as causas humanas dos desastres militares e revela o paradoxo intrigante de como as características mais desajustadas a posições de comando efetivo são, muitas vezes, exatamente as mesmas que tendem a favorecer as subidas de posto”.

O fracasso do golpe se deu, também, porque no Alto Comando das Forças Armadas prevaleceu a sensatez de oficiais comprometidos com o Estado de Direito, não apoiando as “trapalhadas” dos que articulavam a ruptura abrupta da ordem política. Eles, e aí se destacam o Comandante do Exército, General Freire Gomes, e o da Aeronáutica, Brigadeiro Baptista Júnior, entenderam que tal movimento golpista não se sustentaria sem o suporte da sociedade civil, da classe política e da comunidade internacional. Os legalistas fardados foram determinantes na inviabilidade do golpe, rejeitando embarcar numa “canoa furada”.

Rui Leitao- advogoado, jornalista, poeta, escritor




O importante Festaruanda Por Sérgio Botelho

O importante Festaruanda
Sérgio Botelho
– Neste sábado, 7, fomos ao 19º Festaruanda (governo estadual, Energisa, Itaú, Canal Brasil, organizado pelo professor Lúcio Vilar com apoio da UFPB) que acontece no Cinépolis do Manaíra Shopping. Apresentado de forma espontânea, mas segura, pelo jornalista Jãmarri Nogueira, pudemos assistir a dois curtas e um longa bem representativos do bom nível do evento, como já vem acontecendo desde a sua primeira versão.
O primeiro curta, “A Voz de Guadakan”, em estilo documental, é dirigido por Joel Pizzini, que explora o universo criativo de Gleycielli Nonato, a primeira escritora indígena de Mato Grosso do Sul. Ambientado às margens do Rio Taquari, o filme apresenta Gleycielli e sua mãe, Maria Agripina, na luta para preservar a memória milenar da Nação Guató. Um belo resgate das ancestralidades brasileiras.
O segundo curta apresentado, motivo maior de nossa ida ao Cinépolis, foi Ladeira Abaixo, rodado em Cuité, na Paraíba, terra do diretor Ismael Moura. A produção conta com a participação de atores como Titina Medeiros, Solana Bandeira e Fernando Teixeira.
“Ladeira Abaixo” acaba sendo uma narrativa existencial que explora tensões entre liberdade e destino, autenticidade e inautenticidade, queda e redenção. Ao retratar personagens presos em lutas pessoais e dilemas morais, o filme sugere que mesmo em uma descida aparentemente inevitável, há espaço para confrontar o desespero e buscar sentido na travessia.
Enfim, o longa “Manas”, drama brasileiro de 2024, dirigido por Marianna Brennand, que aborda de forma sensível e impactante a realidade de abusos sexuais sofridos por meninas em comunidades ribeirinhas da Ilha de Marajó, no Pará. O filme acompanha Marcielle, conhecida como Tielle, jovem de 13 anos que, ao amadurecer, confronta a violência que permeia sua família e a comunidade.
O filme é uma crítica contundente às estruturas patriarcais que perpetuam a violência contra meninas e mulheres em contextos socioeconômicos vulneráveis, como comunidades ribeirinhas no Brasil. Uma obra profundamente feminista que denuncia a violência de gênero, enaltece a resistência, a sororidade e a chance de transformação social.
O Festaruanda, mais que uma mostra de cinema, virou plataforma de memória e futuro para o audiovisual brasileiro.
Na imagem, cena com as atrizes Titina Medeiros e Solana Bandeira, em Ladeira Abaixo.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Sérgio Botelho- Jornalista, poeta, escritor



Festa de Iemanjá em João Pessoa reúne devotos na Praia de Tambaú neste domingo; confira programação

Em João Pessoa, a 58ª Festa de Iemanjá será realizada a partir das 18h do domingo (8) e é organizada pela Federação dos Cultos Afro-Brasileiros do Estado da Paraíba (FCAB).

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O dia 8 de dezembro é celebrada Iemanjá, entidade cultuada pela umbanda e pelo candomblé. Em João Pessoa, a 58ª Festa de Iemanjá será realizada a partir das 18h do domingo (8) e é organizada pela Federação dos Cultos Afro-Brasileiros do Estado da Paraíba (FCAB).

Apresentações

A abertura oficial será com a presidente Penha de Iemanjá. Em seguida, haverá as apresentações das casas: a Grande Tenda Espírita Mãe Iemanjá – Pai Geo, de Alagoa Grande, se apresentará às 18h. O Templo Religioso Mãe Iansã – Mãe Sarita fará apresentação às 19h. O Palácio Xangô Alafim – Pai Gilberto se apresentará às 20h. Em seguida, será a vez do Maracatu Nagô, às 21h. Às 22h, haverá apresentação de Yle Asé Omulu, Yle Asé Oya Fefe, Yle Asé Omulu e Oxum. O encerramento será com Yle Asé Omulu – Pai Allamis, Pai Allam e Mãe Diana de Oxum.

Caminhadas

A programação ainda inclui as caminhadas. Às 16h, haverá a grande caminhada do Palácio Xangô Alafim do Pai Gilberto, do bairro Cruz das Armas até o Busto de Tamandaré, em Tambaú. A segunda caminhada será às 20h, do bairro São José em direção ao Palácio de Iemanjá, no Busto de Tamandaré.