Lula faz reunião de emergência por crise na Venezuela

Relação entre os dois países piorou nas últimas semanas

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante conferência em Brasília, no dia 30 de julho de 2024
Sérgio Lima

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante conferência em Brasília, no dia 30 de julho de 2024

Diante da crise na Venezuela, com o cerco à embaixada e a fuga de Edmundo González , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência neste domingo (8) no Palácio do Planalto para discutir a situação. A informação é do colunista Jamil Chade, do portal “UOL”.

A avaliação do governo brasileiro é de que, apesar dos esforços do Brasil para mediar a crise e buscar uma solução política, a situação entre os dois países se tornou tensa. O Brasil esperava desempenhar um papel de facilitador no diálogo entre a oposição e o regime de Nicolás Maduro. Contudo, a decisão unilateral de Caracas de romper o acordo com o Brasil para preservar a embaixada da Argentina foi interpretada como um claro sinal de ruptura nas relações bilaterais.

Após a eleição de julho, o governo de Javier Milei denunciou irregularidades na votação em Caracas, o que levou Nicolás Maduro a expulsar os diplomatas argentinos do país. Dentro da embaixada da Argentina em Caracas, ainda estavam seis opositores venezuelanos. Temendo uma ação violenta contra esses opositores, o Brasil assumiu a custódia da embaixada, em um acordo com o regime venezuelano. O cerco à embaixada iniciado na sexta-feira e a subsequente suspensão do acordo foram tratados pelo governo Lula como um “choque” nas relações diplomáticas.

A narrativa adotada pelo governo Maduro, que apresentou o exílio de Edmundo González como uma “concessão”, não foi bem recebida pelo governo brasileiro. Caracas permitiu que González embarcasse para Madri sem ser preso, mas o Brasil insistia que a prioridade deveria ser criar um espaço para que oposição e governo pudessem negociar um processo de transição. A prisão ou o exílio de González não eram considerados ideais para esse processo.

A situação foi ainda mais complicada pela ausência de alguns dos principais interlocutores da política externa do Brasil. Celso Amorim, assessor especial do presidente, estava em Moscou, e o chanceler Mauro Vieira estava em viagem a Omã e Arábia Saudita.




Jovem morre carbonizado após carro bater em árvore na BR-412, em Monteiro

O jovem foi identificado como Arthur Rodrigues, de 24 anos.

Jovem de Prata morre carbonizado em acidente na BR-412

Jovem de Prata morre carbonizado em acidente na BR-412 Foto: Vitrine do Cariri

Um jovem morreu carbonizado após carro no qual vinha, bater em uma árvore na BR-412, em Monteiro. Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), por volta das 9h34, ocorreu saída do leito carroçável seguida de colisão com objeto fixo (árvore) e incêndio no veículo, com uma vítima morta.

O veículo envolvido foi um VW FOX. A vítima foi identificada como Arthur Rodrigues, de 24 anos, conhecido como Arthur de Cibito, natural da cidade de Prata. Ele era conselheiro tutelar do município.

Leito Carroçável é a porção da plataforma da via urbana ou rural que compreende a pista e os acostamentos, quando existirem. Considera-se que as vias com pistas duplas ou múltiplas tenham dois ou mais leitos carroçáveis.




Homem é assassinado em plena praça pública na Baia da Traição Pb

Foto; Rede Sociais=

Na noite desse 7 de setembro, por volta das 22h em plena praça pública na Baia da Traição, momento em que várias pessoas alí se encontram, surgiu um verdadeiro tiroteio que resultou na morte de um jovem conhecido por Everton. Polícia investiga o que tenha motivado o crime

Aguardando mais informações.

www.reporteriedoferreira.com.br




Maduro rompe combinado e crise entre Brasil e Venezuela aumenta

Agentes cercaram embaixada do Brasil e cortaram a eletricidade. O objetivo é invadir e encontrar os opositores do presidente

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Tensão entre Venezuela e Brasil
Agência Brasil

Tensão entre Venezuela e Brasil

Na sexta-feira (6), embaixadores e diplomatas brasileiros foram convocados de forma emergencial para uma reunião no Itamaraty: o governo Lula (PT) havia recebido um alerta de que a embaixada em Caracas, aquela que era da Argentina, estava cercada e sem eletricidade. Pouco tempos depois, os venezuelanos quebraram o acordo e tiraram a responsabilidade do Brasil pelo local.

A ação, abre um dos maiores impasses diplomáticos da região. De acordo com agências de notícias, o governo brasileiro pediu à Venezuela para que a embaixada não fosse invadida.

O governo venezuelano prometeu não entrar no local, mas o corte da energia e a possibilidade da invasão acenderam uma luz vermelha dentro do Palácio do Planalto. Afinal, até onde Maduro vai cumprir o que prometeu?

Vale lembrar que logo que ganhou a eleição, o governo Maduro expulsou os argentinos da embaixada de Caracas. A medida foi uma resposta ao governo de Javier Milei de não reconhecer a suposta vitória do venezuelano.

Com objetivo de evitar uma ruptura ainda maior, o Brasil passou a assumir os interesses da Argentina em Caracas, inclusive da estrutura da embaixada.

Em um comunicado, o governo da Venezuela disse: “tomou a decisão de revogar, com efeitos imediatos, a aprovação concedida ao Brasil para representar os interesses da República Argentina e dos seus nacionais em território venezuelano, bem como a custódia das instalações da missão diplomática Brasil para exercer a representação dos interesses da República Argentina e dos seus nacionais em território venezuelano, bem como a custódia das instalações da missão diplomática, incluindo os seus bens e arquivos, conforme anunciado no comunicado conjunto de 5 de agosto de 2024”.

“A Venezuela vê-se obrigada a tomar esta decisão devido às provas da utilização das instalações desta missão diplomática para o planejamento de atividades terroristas e tentativas de assassinato contra o Presidente Constitucional da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro Moros, e contra a Vice-Presidente Executiva, Delcy Rodriguez Gómez, por parte de fugitivos da justiça venezuelana que permanecem no interior da missão”.

Em comunicado emitido hoje, o governo brasileiro afirmou:

“De acordo com o que estabelecem as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e sobre Relações Consulares, o Brasil permanecerá com a custódia e a defesa dos interesses argentinos até que o governo argentino indique outro Estado aceitável para o governo venezuelano para exercer as referidas funções”, explicou.

O governo brasileiro ainda disse que “a inviolabilidade das instalações da missão diplomática argentina, que atualmente abrigam seis asilados venezuelanos além de bens e arquivos”.

Vale dizer que o Brasil não reconhece nem rejeita o resultado da eleição. A postura do país tem sido a de exigir a apresentação das atas eleitorais — espécie de boletim das urnas —, o que ainda não foi feito pelas autoridades venezuelanas.

Para o Comando Nacional de Campanha da oposição venezuelana, seis membros do grupo estão asilados dentro da embaixada. O regime de Maduro tem interesse nos integrantes.