PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS: O chope da Casa dos Frios Sérgio Botelho


O Grito de Alerta de Osmar de Aquino (rememorando 1968): Rui Leitao
A ditadura militar procurava dar uma impressão de normalidade no
país, não permitindo que a sociedade tomasse conhecimento do que
ocorria nos bastidores do governo. A imprensa não poderia noticiar
a realidade dos acontecimentos. Prisões, torturas e assassinatos eram
praticados contra quem ousava enfrentar o poder. A vida política brasileira sofria um esvaziamento com a desmobilização dos movimentos sociais e das organizações de classe.
Ainda com algumas interrupções, o Congresso Nacional chegou a
funcionar durante toda a época do regime de força instalado no país.
Assim daria a impressão de que vivíamos uma democracia. No entanto, o Poder Legislativo, amordaçado e mantido permanentemente sob vigilância, enfraquecia-se nas suas funções de legislador. A lei de Imprensa e a Lei de Segurança Nacional inibiam as forças de oposição.
Entretanto, alguns parlamentares corajosamente se colocavam
como intérpretes da insatisfação popular e denunciavam as arbitrariedades que a sociedade brasileira estava sendo vítima. Lideranças políticas questionavam a ordem e os interesses estabelecidos pelo regime, que maculavam a soberania do povo e quebravam os princípios mais elementares dos conceitos de democracia. Entre esses valorosos combatentes das causas libertárias, destacou-se o paraibano Osmar de Aquino.
Em memorável discurso pronunciado na tribuna da Câmara Federal no dia doze de junho, nosso conterrâneo deu o grito de alerta, chamando a atenção da nação brasileira para a grave situação política que estávamos vivendo.
“Não há uma correspondência do que se convencionou chamar a classe política e o povo brasileiro. O problema,
se analisado mais detidamente, tem causas profundas até de sentido universal. Não se pode, todavia, subestimar o quanto para isto contribuiu o movimento militar de 1964, no seu esforço de manter o “status quo” a todo preço.
Os movimentos populares anteriores a 1964, não chegaram a objetivar a tomada do poder, mas o simples fato de existirem alarmou as classes dominantes para as quais, um regime autenticamente democrático chegava a significar uma ameaça.
Extinguido o jogo democrático, o movimento de 1964 pôs fim a qualquer convívio político das massas, notadamente a juventude estudantil, com a figura convencional do político. O processo de transição populista, que embalou as esperanças de largos setores do povo, ainda pouco politizado, perdeu todo o sentido.
A classe média perde, dia a dia, o sonho de atingir a burguesia e também descrê dos processos políticos institucionalizados.
Dentro dessa ordem de ideias, situamos o Congresso Nacional, com suas atribuições mais importantes manietadas pela Constituição neofascista de 1967. O Congresso não se porta à altura de suas responsabilidades históricas.
O Congresso formado imediatamente, após o movimento de 1964,
aparece aos olhos da nação como um parlamento, não somente complacente e displicente, mas servil aos interesses da ditadura, a tal ponto que esta Câmara, depois de cercada, foi em grande parte ao Palácio do Planalto, apertar a mão do responsável pelo estupramento do poder de que fazia parte.
Criou-se, então, no espírito público, uma atitude de irritação e de
revolta contra aquele Congresso. E o meu receio é que se crie contra este Congresso um clima ainda pior do que o da irritação, do que o de protesto, mas um clima de desprezo. Porque o que temos presenciado nestes últimos dias é em verdade uma maioria de cabeças baixas diante da prepotência.
O que ainda me pode restar, como representante do povo brasileiro, é esta capacidade de indignação, que outra coisa não posso fazer. Usemos o mandato que nos conferiu o povo, pelo menos, para advertir este próprio poder de que fazemos parte, de que as últimas esperanças desta nação estão se esvaindo; para advertir este próprio poder de que se está cavando um abismo entre ele e a opinião pública; para advertir a este próprio poder de que, com sua omissão, com a sua displicência, e com a sua complacência, pode ele também contribuir para a radicalização de posições levando este país a dias cujas consequências nós não podemos aceitar”.
www.reporteriedoferreira.com.br Rui Leitão-Advogado, jornalista, poeta, escritor

O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yvan Gil, fez graves acusações contra os Estados Unidos nesta sexta-feira (2), alegando que Washington estaria colaborando com a oposição venezuelana para um golpe de Estado. A declaração do chanceler veio em resposta ao reconhecimento pela Casa Branca da vitória de Edmundo González, candidato da oposição, nas eleições de domingo (28).
“A Venezuela rejeita as graves, e, mais ainda, ridículas declarações, atribuídas ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, nas quais pretende assumir o papel do Poder Eleitoral venezuelano, demonstrando que o governo dos Estados Unidos está à frente do golpe de Estado que se pretende fazer contra a Venezuela, promovendo uma agenda violenta contra o povo venezuelano e suas instituições”, afirmou.
A crítica de Gil se deu após Blinken anunciar na quinta-feira (1°) que González, com base em “enormes evidências”, havia vencido a eleição. Blinken afirmou que a oposição havia fornecido aos Estados Unidos as atas eleitorais que confirmavam a vitória de González.
No entanto, o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) da Venezuela ainda não divulgou essas atas, alegando problemas no sistema causados por um ataque hacker “orquestrado pelos opositores”. O órgão, por sua vez, proclamou Nicolás Maduro como vencedor da eleição.
O Brasil, juntamente com Colômbia e México, tem exigido a liberação das atas e a contagem dos votos por observadores internacionais.
Em resposta, Maduro anunciou que o Tribunal Supremo de Justiça, composto em grande parte por juízes indicados por ele, realizará uma auditoria dos votos com a participação da oposição.
Enquanto isso, a oposição acusa o governo venezuelano de agressões, ameaças e prisões em represália às manifestações.
Neste sábado (3), estão previstos protestos em Caracas, com a presença de líderes opositores como María Corina Machado e Edmundo González. Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por protestar após a eleição, e Maduro prometeu prender mais mil indivíduos.


O Botafogo-PB enfrenta o Figueirense neste sábado (3) em confronto válido pela Série do Campeonato Brasileiro. Essa partida pode ser marcante para um dos reforços contratados para a reta final da competição. O atacante Henrique Dourado vive a expectativa da estreia com a camisa do Botafogo.
Anunciado no dia 18 de julho, o camisa 99 vem treinando junto com o elenco desde o dia 20. Como ficou de fora da partida contra o Ypiranga-RS, no último fim de semana, ele aproveitou para seguir aprimorando o condicionamento físico. Para o duelo contra o Figueira, Dourado espera ficar à disposição da comissão técnica e fazer seu primeiro jogo no novo clube.
“Acredito que o dia a dia tem sido bastante produtivo e tive uma boa resposta nos treinamentos. Estou me preparando forte e espero ficar à disposição do professor Evaristo Piza para dar minha parcela de contribuição à equipe”, falou Dourado.
A quatro rodadas do fim da Série C do Campeonato Brasileiro, o Botafogo-PB pode se classificar para o quadrangular final caso vença o time de Santa Catarina. Por isso, o planejamento do técnico Evaristo Piza é dar rodagem ao elenco nesta reta final, a fim de ‘potencializar’ os atletas com baixa minutagem.
“Precisamos entender o momento, não perder a performance, estar forte e equilibrado nessas quatro rodadas que antecedem o quadrangular, independente das decisões e opções. Acho que praticamente conseguimos antecipar uma situação de classificação, que dá a oportunidade de entender jogo a jogo e potencializar alguns jogadores que estão chegando”, explicou o treinador.

O governador João Azevêdo recebeu, no início da noite desta quinta-feira (1°), a visita da presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB), desembargadora Agamenilde Vieira, ocasião em que foi discutido o plano de segurança para garantir a tranquilidade das eleições municipais, que transcorrem em outubro deste ano. Garantir acessibilidade aos eleitores com deficiência também foi um dos temas conversados durante o encontro, ocorrido na Granja Santana, em João Pessoa.
Durante a reunião, o chefe do Executivo garantiu que as forças de segurança da Paraíba não medirão esforços para garantir a tranquilidade do pleito. “Além dos nossos homens e mulheres que integram as forças da nossa Segurança Pública, temos todo um aparato tecnológico que será essencial para garantir a tranquilidade nestas eleições, a exemplo dos Centros Integrados de Comando e Controle de João Pessoa, Campina Grande e Patos. É, ainda, muito importante que a população dê a sua contribuição para uma eleição tranquila”, disse.
A presidente do TRE-PB, por sua vez, avaliou o resultado da reunião com o governador João Azevêdo como extremamente positiva. “Essa reunião se reveste de importância pela interação institucional do TRE. Ontem, tivemos uma reunião com a ministra Carmen Lúcia, no TSE, sobre os nossos cuidados com a segurança durante o processo eleitoral deste ano. E, neste sentido, o governador João Azevêdo tem sido muito participativo nesse processo de construção para que tenhamos eleições tranquilas, para que a Paraíba viva com alegria esse dia de festa democrática”, observou.
Outra parceria entre o Governo do Estado e o TRE-PB é uma que envolve a Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência (Funad) e a Codata, sobre instituição de termo de cooperação sobre pessoas com deficiência (PcD) na Paraíba. O objetivo é garantir acessibilidade aos locais de votação.
O procurador-geral do Estado, Fábio Brito; e os seguintes integrantes do TRE-PB: Andréa Gouvêa, diretora-geral; Sivanildo Torres, juiz membro; e Allan Oliveira, assessor da Presidência, também participaram da reunião.