Morre aos 89 anos Silvio Luiz, ícone da narração esportiva

Locutor passou os últimos dias internado em um hospital de São Paulo

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iG Esporte

Silvio Luiz morre aos 89 anos
Reprodução

Silvio Luiz morre aos 89 anos

Um dos nomes mais importantes da narração esportiva brasileira, Silvio Luiz  morreu nesta quinta-feira (16) aos 89 anos, após  passar dias internado no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

No último mês, o narrador sofreu um derrame enquanto estava trabalhando na transmissão da partida entre Palmeiras e Santos, pela final do Campeonato Paulista, e precisou ser internado para fazer exames e tomar medicação. Após alguns dias, Silvio apresentou melhoras e deixou o hospital.

No entanto, na última quarta-feira (8), o quadro do jornalista piorou e Silvio voltou ao hospital, onde foi internado na UTI. O narrador chegou a ficar em coma induzido e foi intubado por conta de uma complicação nos rins. Devido à idade avançada, o comunicador não podia fazer o tratamento de hemodiálise.

Silvio foi um dos narradores esportivos mais populares da história do esporte brasileiro. Recentemente, o jornalista vinha trabalhando na “Record”, em transmissões digitais.

A carreira de Silvio Luiz no esporte teve início em 1952, na extinta “TV Paulista”, onde atuou como primeiro repórter de campo da TV brasileira. Depois, se transferiu para a “TV Record”, na qual seguiu como repórter. Até que, em 1971, passou a exercer as funções de narrador e apresentador.

Silvio Luiz também teve passagem marcante pela “TV Bandeirantes”, onde se tornou um dos principais narradores da emissora, ao lado de Luciano do Valle. Outros canais pelos quais o locutor passou foram “SBT” e “RedeTV”.

O sucesso de Silvio Luiz foi tão grande que o narrador passou a ser a voz até dos jogos de futebol no vídeo game. De 2011 até 2016, o jornalista narrou o game “Pro Evolution Soccer” (PES) com seus famosos bordões como “olho no lance”, “pelo amor dos meus filhinhos”, “pelas barbas do profeta”, entre outros.




Governo do RS planeja criar “cidades provisórias” para desabrigados

De acordo com a Defesa Civil, 538.167 pessoas estão desalojadas no estado, enquanto outras 77.199 estão em abrigos

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iG Último Segundo

Imagens da Nasa mostram a dimensão da tragédia no Rio Grande do Sul

Reprodução: Flipar

Imagens da Nasa mostram a dimensão da tragédia no Rio Grande do Sul

O governo do Rio Grande do Sul anunciou, nesta quinta-feira (16), que está planejando criar quatro “cidades provisórias” para atender as pessoas que ficaram desabrigadas após as enchentes. A informação foi repassada pelo vice-governador do estado, Gabriel Souza , em entrevista à emissora RBS.

Souza informou que Canoas , Guaíba , Porto Alegre e São Leopoldo devem receber as estruturas.  Segundo o último boletim da Defesa Civil , 538.167 pessoas estão desalojadas (tiveram que sair de casa, mas estão com parentes ou amigos), enquanto outras 77.199 estão em abrigos

“Temos pouco tempo para montar. Logo teremos o exaurimento de alguns locais. Na semana que vem vamos iniciar a contratação. Até amanhã (sexta) vamos ter o descritivo das estruturas temporárias necessárias. É mais rápido contratar um serviço de montagem dessas estruturas. É como se fosse uma estrutura de eventos com qualificação para albergar pessoas”, disse Souza.

Apesar da urgência, o vice-governador do Rio Grande do Sul reforçou que a gestão busca por “locais para a colocação rápida de estruturas provisórias com dignidade mínima”. “Teremos espaço para crianças e pets. Lavanderia coletiva. Cozinha comunitária. Dormitórios e banheiros. Isso nesse período em que as pessoas ainda necessitarão desse apoio”, detalhou.

O vice-governador ainda apontou o Porto Seco, em Porto Alegre, o Centro Olímpico Municipal, em Canoas, e o Parque de Eventos, em São Leopoldo, como possíveis lugares para instalar as “cidades provisórias”.

Plano do governo federal

Na última quarta-feira (15), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um pacote de medidas para ajudar os gaúchos . Uma das decisões do governo federal foi comprar casas e entregar às pessoas que perderam seus imóveis com as enchentes.

Na visita a um abrigo, o presidente garantiu que os desabrigados voltarão a ter uma vida digna, mas pediu um pouco mais de tempo para reconstruir o estado.  Veja todos os auxílios anunciados aqui .

 




 Polícia Federal deflagra nova operação e cumpre mandado em João Pessoa

 Polícia Federal deflagra operação no bairro do Bessa

(foto: reprodução)

Uma nova operação foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (15) pela Polícia Federal com mandado sendo cumprido na Paraíba.

De acordo com as informações, ao menos um mandado está sendo cumprido em João Pessoa, no Bairro do Bessa, na Zona Leste.

A informação foi confirmada pela PF, que detalhou que o mandado de prisão foi cumprido em apoio a uma operação deflagrada pelo órgão no Mato Grosso do Sul.

Até o momento não há detalhes sobre o tema da operação.

 




Pedrinho diz que ação contra a 777 foi para que Vasco “não entrasse em um colapso financeiro”

Presidente do Vasco, Pedrinho concedeu entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, em São Januário, para explicar a ação do clube contra a 777 Partners. A empresa foi afastada do controle da SAF por uma decisão judicial em caráter liminar, na noite de quarta.

– A ação é exclusivamente de proteção à Vasco SAF, para não acontecer o que aconteceu hoje com o clube belga, é para proteger as ações da SAF. Para que o Vasco não fosse prejudicado com um bloqueio e entrasse em um colapso financeiro. Eu sou vascaíno e todas as ações são para proteger o torcedor. A ação é jurídica, não tem intuito esportivo – explicou Pedrinho, que completou:- O sentimento de amor que tenho pelo Vasco e as injustiças que estão sendo comentadas com relação a mim, as pessoas vão se arrepender. As pessoas só começaram a acreditar quando as informações foram dadas por veículos estrangeiros. Meu problema nunca foi e nunca será com a SAF, mas a legitimidade financeira. Diversas vezes pedimos garantias financeiras para não chegar nesse nível. Fiz isso para o Vasco SAF não quebrar.

O presidente revelou que entrou em contato com dirigentes da SAF nesta quinta para tranquilizá-los quanto à continuidade dos processos do futebol.

– O futebol não volta para o associativo, permanece e permanecerá com a SAF. A SAF continuará para sempre. Todo planejamento esportivo e financeiro continua com a SAF. Mesmo com as restrições, nunca deixei de sinalizar tudo o que estava acontecendo. Seria fácil eu lavar minhas mãos, esperando o caos acontecer, e dizer depois que eu avisei. O mais difícil para mim foi ter entrado com a ação. Tem que ter muita coragem para fazer o que fizemos, tudo em respeito à instituição Vasco da Gama. O que fizemos foi fiscalizar e cobrar. Quando muitas vezes virei chacota é lógico que machuca. Entrei aqui para pagar um preço que muita gente não quis pagar.

O CEO Lúcio Barbosa segue à frente da SAF do Vasco. O vice-presidente jurídico do clube, Felipe Carregal Sztajnbok, também participou da entrevista coletiva e contou que uma ligação do CEO, na semana passada, disparou processo de ida do associativo à Justiça.

– Na sexta passada, recebi uma ligação do CEO Lúcio Barbosa para comentar a notícia que teria saído de que a 777 estaria procurando um especialista de crise. O Lúcio disse que estava preocupado, não tinha informações e sabia tudo pela imprensa. A situação era totalmente surreal. Depois de uma reunião, todos os vice-presidentes tomaram a decisão de preservar o nosso patrimônio. Foi uma escalada. Ninguém premeditou. As notícias, desde a época em que fomos eleitos, mostraram que as coisas não estavam certas. Tomamos uma decisão firme, dura, mas hoje temos a tranquilidade porque fomos os primeiros que tomamos uma atitude de proteger o Vasco e a Vasco SAF.

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O POETA CAIXA DÁGUA Por Rui Leitao 

Publicado no jornal A UNIÃO

O POETA CAIXA DÁGUA Por Rui Leitao

Manoel José de Lima ficou conhecido na história da cidade, como o poeta Caixa Dágua. Nasceu no município de Cruz do Espírito Santo, em 05 de janeiro de 1934. Chegou em João Pessoa aos 13 anos de idade, onde aprendeu a ler e escrever, havendo concluido o curso ginasial. Era pai de três filhas, do seu casamento com Maria de Lúcia Oliveira. Ainda criança, quando da morte de sua mãe, escreveu seu primeiro poema “Caminho Perdido”, em que continha os versos: “Se as noites envelhecessem./ Se meus olhos cegassem./ Se os fantasmas dançassem em blocos de neve./ Para que ensinassem./ O caminho por donde eu caminhei./ A cidade sem porta./ As ruas brancas de minha infância que eu não volto mais. Se minha mãe se abruma/se o mar geme,/ e se os mortos não voltam mais”. Perguntado sobre o sentido do verbo “abrumar”, respondeu: “É coisa de mãe. Eu vou lá saber coisa de mãe?”.

Era um notívago. A partir das 19 horas, quando saía de casa, cumpria um roteiro que se iniciava com a leitura de jornais em uma das tradicionais bancas de revistas, localizada no Parque Solon de Lucena. Na sequência percorria os ambientes da boemia pessoense considerados pontos de encontro dos intelectuais, artistas e políticos da terra. Trazia consigo sempre uma pasta preta com os livros que conseguia publicar, patrocinados por amigos, onde os vendia com a oferta de dedicatórias. Nunca abandonava o terno branco, afirmando, inclusive, que apenas ele, o usineiro Renato Ribeiro Coutinho e Virginius da Gama e Melo, se vestiam de forma igual. Falava isso com certo sentimento de orgulho. Num dos retornos para sua residência, que ficava no alto da Ladeira da Borborema, próxima à Catedral, tropeçando nas pernas em razão do seu estado etílico, inspirou-se para produzir uma de suas pérolas literárias: “Ladeira da Borborema/eu subo em tu/mas tu não sobe neu”. ´

Quando Gilberto Gil esteve em João Pessoa para a apresentação do show “Refavela”, em 1977, foi apresentado ao poeta Caixa Dágua, o que motivou o famoso cantor baiano a declarar no palco do Teatro Santa Rosa: “Os homens mais populares do Brasil são Geisel, Caixa Dágua e Gilberto Gil”. A plateia entrou em delírio.

Autor de 15 livros, em depoimento prestado ao Correio das Artes, em 2004, quando o jornal A União lhe dedicou uma homenagem especial, revelou que: “Primeiro, escrevo tudo à mão, depois passo a limpo”. Editou sua primeira obra aos 18 anos. O paraibano Walter Carvalho, no documentário “A Memória e a Cidade”, entrevistou algumas personalidades que considerava importantes expressões locais, dentre elas Caixa Dágua, por considerá-lo o continuador da poesia de Zé Limeira, o poeta do absurdo. Era amigo do então Governador Ernany Sátiro, com quem sempre procurava conversar sobre literatura e política. Exibia vaidoso, em todo lugar, a carteira de colaborador da API – Associação Paraibana de Imprensa.

Na Praça Aristides Lobo, ao lado do prédio do antigo Grupo Tomaz Mindello, foi erigida uma estátua em tamanho natural, esculpida em concreto pelos artistas plásticos Domingos Sávio e Mirabeau Menezes, em que a Prefeitura Municipal de João Pessoa o homenageou, um ano depois do seu falecimento, ocorrido em 27 de março de 2006, vítima de insuficiência respiratória. Não era um erudito, mas se transformou num dos grandes poetas populares da Paraíba, enfrentando as dificuldades da vida com dignidade. Tornou-se, sem qualquer dúvida, símbolo da boemia de uma cidade que começa a fugir da memória coletiva. Não podemos esquecê-lo.

www.reporteriedoferreira.com.br     Rui Leitão ,Jornalista, advogado, poeta, escritor




Vandilo Brito está em Mata Do Buraquinho Por Sergio Botelho

Compartilhado do autor do texto: Sergio Botelho
PARAHYBA DO NORTE E SUAS HISTÓRIAS. A Mata do Buraquinho
Sérgio Botêlho
– “A Mata do Buraquinho (…) corresponde ao maior remanescente de Mata Atlântica em área urbana do país, completamente cercado pela densa matriz urbana da cidade de João Pessoa, capital e maior cidade do Estado da Paraíba. A Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, possui uma área superior, entretanto não se caracteriza como um remanescente por não ser uma área natural, uma vez que já foi completamente devastada e posteriormente recuperada”.
A conclusão é da equipe de pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba, Nádson Ricardo Leite de Souza, Vanessa Vasconcelos da Silva, Edson Henrique Almeida de Andrade e Valeria Raquel de Lima, publicada sob o título “Análise dos Efeitos da Borda na Mata do Buraquinho, João Pessoa, Paraíba”, setembro de 2019, na Revista da Casa da Geografia de Sobral. O objetivo do estudo foi o de avaliar os impactos ambientais das bordas “no contato com a densa urbanização do entorno”, além das trilhas abertas na mata. O Refúgio de Vida Silvestre da Mata do Buraquinho, que hoje constitui o Jardim Botânico Benjamin Maranhão, possui uma área equivalente a 517,80 hectares (ha), limitada a leste e sul pela BR-230, ao norte pela Avenida Dom Pedro II, e a oeste pelos bairros do Cristo Redentor Varjão e Jaguaribe, todos inseridos no município de João Pessoa/PB.
A história da Mata do Buraquinho, na condição de área remanescente da Mata Atlântica, acompanha toda a trajetória da capital paraibana. Ao longo do tempo, sofreu importantes intervenções, resultando em degradação e redução de espaço, especialmente por conta das intromissões humanas, frutos do crescimento demográfico desordenado e que resultaram na supressão de largas áreas da área de mata, deterioração de outras partes e poluição do rio que corta a reserva: o Rio Jaguaribe. Originalmente chamada de Jaguaricumbe, o sítio acabou sendo comprado pelo estado em 1907, objetivando a implantação do primeiro sistema de abastecimento d’água da Cidade da Parahyba, que começou a funcionar em 1912.
Até essa época, a capital paraibana sofria horrores com a falta de abastecimento d’água seguro, o que expunha sua população a todos os tipos de doenças e endemias e surtos das mais diversas moléstias. Situação piorada pela falta de saneamento básico. Embora não tenha conseguido encerrar os perigos que cercam a Mata do Buraquinho, desde então a presença governamental deu suporte a uma vigilância maior. O que não impede a continuidade da poluição do Rio Jaguaribe e as pressões urbanas sobre a reserva numa cidade que continua a crescer a cada dia.
www.reporteriedoferreiras.com.br Por Sérgio Botelho- Jornalista, poeta, escritor



Bar do Cuscuz usa vídeo destacando belezas do litoral para negar crime ambiental e diz que ‘fechamento indevido foi atitude drástica’

Bar do Cuscuz em João Pessoa utilizou de um vídeo compartilhado em grupos e redes sociais para se defender das denúncias de crime ambiental que vêm repercutindo nos últimos dias, o que resultou em embargo (fechamento temporário) por parte da Superintendência de Administração do Meio Ambiente do Estado da Paraíba(Sudema), por recomendação do Ministério Público Federal (MPF), nesta quarta-feira (15/5).

O estabelecimento, situado no bairro Cabo Branco, é suspeito de despejar esgoto no mar do litoral pessoense.

De acordo com a assessoria do restaurante, nos dias 10 e 13 de maio, “a Sudema constatou que não havia irregularidades relevantes detectadas em quaisquer estruturas do Bar suficientes para caracterizar crimes ambientais”.

“A única questão observada em nossos encanamentos, na visita do dia 10/05, foi o fechamento de uma de nossas caixas pluviais que desagua no mar – porém, sem nenhuma irregularidade relevante detectada”, acrescenta o vídeo.

Ainda segundo o vídeo produzido pelo Bar do Cuscuz“ao contrário do que foi noticiado, não há nenhum duto ou cano despejando água de esgoto diretamente no encanamento de água pluvial da CAGEPA. Neste dia 15/05, durante fiscalização no Bar do Cuscuz que durou aproximadamente 5 horas, novamente se constatou que não havia irregularidades relevantes detectadas em quaisquer estruturas do estabelecimento”.

O texto diz que durante esta última visita, “foi observado que a água utilizada na limpeza da casa de lixo, pudesse escorrer pelo vão de acesso e desaguar na calçada, supostamente, alcançando a rede pluvial. A Sudema solicitou a instalação de um ralo adicional na porta em um prazo de 5 dias. E ainda durante a visita, foi executada a melhoria já solucionando o possível problema de forma imediata”, declara o estabelecimento comercial, que considera o decreto de fechamento temporário como uma “atitude drástica”.

Gerente conduzido à Polícia Civil para depoimento

Nesta quarta-feira (15), o gerente do Bar do Cuscuz foi conduzido à Cidade da Polícia Civil, em João Pessoa.

Conforme informações do blog do jornalista Wallison Bezerra, foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), pela prática do crime poluição, na modalidade culposa, por parte do gerente do estabelecimento.

O procedimento foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente para acompanhar a devida tramitação judicial. Após prestar o depoimento, o funcionário foi liberado.

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Lula demite Jean Paul Prates da Petrobras

A situação de Prates no comando da estatal de petróleo era vista como insustentável; nova presidente será a engenheira Magda Chambriard

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, durante audiência pública conjunta das Comissões de Infraestrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR, no Senado Federal para falar sobre o plano de atuação da empresa e a estruturação da política de preços e abastecimento de petróleo e combustíveis. A presença de Jean Paul Prates, que é ex-senador, já foi confirmada. Além do tema que consta na pauta, os senadores fizeram questionamentos específicos, como a exploração de petróleo na costa do Amapá. Sérgio Lima/Poder360 16.ago.2023

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) demitiu na noite desta 3ª feira (14.mai.2024) Jean Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras. A substituta de Prates e nova presidente será a engenheira Magda Chambriard.

A situação de Prates no comando da estatal era vista como insustentável. Desde 2023, ele vinha passando por “fritura” de setores do governo que o queriam fora do cargo.

Os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) vinham fazendo duras críticas à sua gestão. Lula não interveio publicamente. O silêncio do petista, em certa medida, já era lido como um apoio tácito aos ministros.

Prates e Silveira protagonizaram uma série de embates desde o ano passado. No começo, as disputas se concentravam em aspectos técnicos como a reinjeção de gás natural nos poços de petróleo da estatal, mas o tratamento entre as partes ficou mais ríspido com o passar do tempo.

O episódio mais crítico se deu em março de 2024, quando os representantes do governo no Conselho de Administração da Petrobras vetaram a distribuição de dividendos extraordinários por orientação de Silveira e Rui Costa.

Na ocasião, Prates se absteve da votação e tentou costurar uma distribuição dos dividendos. Saiu derrotado e desautorizado por Lula. A atitude foi vista como uma falta de comprometimento do Executivo com o direcionamento que o governo quer dar à Petrobras.

Em nota, a Petrobras afirmou que recebeu a solicitação para que o Conselho de Administração se reúna para apreciar o encerramento antecipado do mandato de Prates. A estatal afirma que a saída se deu de “forma negociada”. Eis a íntegra (PDF – 304 kB).

QUEM É MAGDA CHAMBRIARD


A nova presidente, de 66 anos, foi diretora-geral da ANP de 2012 a 2016. Antes, trabalhou por 22 anos na Petrobras como funcionária de carreira. É engenheira e consultora nos setores de petróleo e energia.

Segundo o seu perfil no LinkedIn, Chambriard é formada em engenharia química pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Desde abril de 2021, ela atua como diretora da assessoria fiscal da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro).

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