Presidente Lula pode ter agenda na Paraíba na próxima semana
O presidente Lula tem uma agenda programada para esta quinta e sexta-feira no estado vizinho de Pernambuco. Na próxima sexta-feira (26), existe a possibilidade de sua visita à Paraíba para a inauguração dos residenciais São Judas Tadeu I e II, localizados em Patos, no Sertão do estado. Os detalhes sobre o evento, incluindo a confirmação definitiva da participação de Lula, estão em processo de definição e devem ser anunciados ainda hoje (19) pelo Govrno Federal.
O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o diretor-executivo da Companhia Nacional de Habitação em Brasília, Lenildo Morais (PT), não descartaram essa possibilidade, considerando a importância dos residenciais.
Uma reunião ocorreu ontem (18) entre equipes da Companhia Estadual de Habitação (Cehap) e representantes da Casa Civil da Presidência da República para discutir os detalhes do evento.
Os residenciais em Patos, conhecidos como São Judas Tadeu I e II, compreendem um total de 856 apartamentos distribuídos em diversos blocos, configurando-se como o maior conjunto vertical do Sertão paraibano, de acordo com as informações oficiais. A construção dessas unidades habitacionais recebeu um investimento total de R$ 81,5 milhões, provenientes de uma parceria entre o Governo Federal, por meio do Programa Minha Casa Minha Vida, e o Governo do estado.
Os edifícios dos residenciais apresentam variação entre dois e três andares. Desde o segundo semestre do ano passado, as obras dos apartamentos encontram-se em fase de conclusão, e o sorteio das unidades habitacionais ocorreu no final do mês de dezembro.
Receita anula isenção fiscal que governo Bolsonaro deu a líderes religiosos
Ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Reuters
Por Octavio Guedes
O Secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, suspendeu uma decisão do governo Bolsonaro que garantiu isenção tributária sobre salários de ministros de confissão religiosa, como pastores. A decisão veio por determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
O Ato Declaratório Interpretativo que concedeu o benefício foi assinado por Julio César Vieira Gomes, às vésperas da eleição de 2022. Julio César é o mesmo que esteve envolvido na tentativa de liberação das joias dadas que o ex-presidente Jair Bolsonaro tentou incorporar ao seu patrimônio.
A concessão da isenção aos líderes religiosos foi considerada atípica porque não passou pelo crivo da subsecretaria de tributação da Receita.
O Tribunal de Contas da União também estava investigando o procedimento de Julio Cesar.
Decisão publicada no Diário Oficial suspende decisão do governo Bolsonaro sobre isenção tributária de líderes religiosos. — Foto: Reprodução
Repercussão na Bancada Evangélica
O deputado da Frente Evangélica Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) disse ao blog que o fim isenção de IR para pastores “é prato cheio” para fazer campanha contra o governo e alegou perseguição.
“É uma prova do que sempre falamos: o governo Lula persegue os segmentos religiosos. Estão sustando o ato declaratório do ex-secretário da Receita, para que cada auditor interprete a lei como quiser, voltando à velha fábrica de multas. Faz um absurdo desses e depois quer se aproximar de evangélicos”.
Um dos líderes da Frente Evangélica, Sóstenes é também o 2º vice-presidente da Câmara dos Deputados. O parlamentar prometeu responder ao governo Lula.
“Terão cada vez mais nosso distanciamento e nós iremos fazer campanha contrária a esses governos. Isso é prato cheio para nós evangélicos. Vou fazer um vídeo agora para espalhar e mostra que o PT persegue o segmento religioso”.
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Apesar de críticas de petistas a Múcio e militares, Lula vive melhor fase com Forças Armadas
Lula e o ministro da Defesa José Múcio (à dir.). Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Valdo Cruz
Apesar das constantes críticas de petistas ao desempenho de José Múcio Monteiro e de militares, defendendo um enquadramento da área, o presidente Lula discorda desses ataques e está na melhor fase de convivência com seu ministro da Defesa e as Forças Armadas.
E já deixou claro internamente que aprova o trabalho de Múcio, que atuou para pacificar o clima entre as forças, mesmo em meio aos comentários negativos.
Além disso, Lula tem dito que os próprios militares defendem a punição de integrantes das Forças Armadas envolvidos nos atos golpistas.
Exército, Marinha e Força Aérea já informaram o Palácio do Planalto que tomaram todas as medidas relacionadas a seus integrantes citados em ilegalidades, e que estão sob investigação militar. Alguns já foram até punidos.
Em relação aos que estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a cúpula das Forças Armadas diz aguardar o resultado das investigações. Depois, vai tomar as medidas internas relacionadas a eles, segundo a responsabilidade de cada um.
O STF decidiu que os militares que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro serão investigados pela corte e não pela Justiça Militar.
O Exército sabe que nomes de novos militares, além dos já revelados, podem surgir nas investigações da Polícia Federal. A PF segue apurando os atos golpistas, e novas operações da Lesa Pátria vão ocorrer.
Os investigadores, por exemplo, estão identificando os integrantes do grupo camuflado que atuou na invasão e depredação dos prédios públicos em Brasília durante os ataques golpistas.
A suspeita é que o grupo, que usava máscaras e luvas, seja formado por profissionais treinados para táticas de guerrilha. Esse grupo teria liderado a invasão e, logo depois, desapareceu da Esplanada dos Ministérios.
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Desembargador Ricardo Porto suspende decisão em ação denominada como ‘ciranda do consignado’
Des. Ricardo Porto (Foto: TJPB)
O desembargador José Ricardo Porto suspendeu a decisão de 1º grau que determinou a suspensão de todos os empréstimos consignados pactuados com diversas instituições financeiras em uma ação movida pela Associação em Defesa dos Direitos dos Consumidores. A medida atende a um pedido do Banco Safra S/A nos autos do Agravo de Instrumento nº 0801821-75.2024.815.0000.
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O Banco Safra alega que a intenção da demanda é a liberação das margens consignáveis para a contratação de novos empréstimos e que se trata de mais um caso da fraude comumente conhecida como “ciranda do consignado”, a exemplo de outras ações ajuizadas em comarcas distintas das residências do mutuários e supostos associados, requerendo sempre a suspensão dos descontos consignados legalmente pactuados para a contratação de novos, sem que tenha ocorrido a quitação dos que se encontram em aberto.
Outro argumento apresentado pelo banco é quanto à competência do Juízo para o julgamento da demanda, ante a não comprovação de que os supostos associados da entidade são residentes na Comarca onde a ação fora proposta. Sustentou ainda que a Associação que propôs a ação é parte ilegítima, considerando que não estão em jogo os interesses individuais homogêneos, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.
Examinando o caso, o desembargador José Ricardo Porto entendeu que a situação não se qualifica como de direito individual homogêneo a legitimar a atuação coletiva da entidade. “Ora, trata-se, em verdade, de direito individual puro e simples, haja vista que são diversos os motivos (origem) dos supostos descontos a maior do que os contratados, pois temos uma gama de instituições financeiras distintas (mais de vinte bancos), cláusulas contratuais e descontos diferentes e consumidores igualmente diversos. O ponto em comum, na realidade, não é a origem, mas a consequência – possível cobrança maior do que a contratada”, frisou.
O desembargador pontuou ainda que em caso análogo – no qual cabia estabelecer se a ação se qualificava para a defesa de direitos individuais homogêneos – o Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou entendimento no sentido de que “os interesses e direitos individuais descritos na inicial da ação civil pública serão individuais homogêneos quando guardarem entre si origem comum”.
“Dessa forma, a causa de pedir genérica da presente ação, na pretensão de fazer crer se tratar de origem comum, mostra-se, em realidade, de cunho individual, situação que não autoriza o ingresso pela entidade consumerista”, destacou José Ricardo Porto, acrescentando que no caso em questão “cada contrato e suposto desconto a maior possuem suas variáveis que os distinguem uns dos outros, sendo considerados fatos individuais e isolados, tornando cada contratação específica, o que veda a sua discussão coletiva, podendo até mesmo se tratar de demanda predatória, prática combatida veementemente pelo CNJ e por todos os tribunais pátrios”.
Ao suspender a decisão agravada, o desembargador assinalou que a liberação da margem consignável pode acarretar na contratação de outros empréstimos, não restando mais limite para reaverbação dos valores anteriormente contratados, situação essa que justifica o periculum in mora (perigo na demora). “Por todo o exposto, defiro o pedido de efeito suspensivo, para suspender, imediatamente, a decisão de 1º grau em toda a sua plenitude até ulterior pronunciamento no presente instrumento”.
Fonte: Gecom-TJPB
Para não ser ‘atropelado’ pelo Legislativo, governo Lula se prepara para negociar reforma administrativa este ano
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante chegada a Nova Delhi (índia). Foto: Ricardo Stuckert
Por Valdo Cruz
Diante de sinais enviados pelo Congresso, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já se prepara para negociar uma possível reforma administrativa a partir da retomada dos trabalhos do Legislativo, em fevereiro.
A ideia é evitar que o governo seja “atropelado” pelo parlamento na discussão. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer abraçar a aprovação dessa reforma – que também conta com apoio no Senado.
Segundo assessores de Lula, se o governo não negociar, o Congresso vai aprovar sua versão da reforma mesmo assim. A proposta em tramitação é do governo Jair Bolsonaro e não tem apoio do PT.
Ministros do atual governo dizem que não vai ser suficiente o governo simplesmente fazer oposição ao texto e tentar barrá-lo. Na atual composição do Congresso, mais conservadora e liberal, o tema tem apoio amplo.
Na campanha em 2022, Lula chegou a prometer uma reforma administrativa para fazer frente a críticas do então candidato à reeleição Jair Bolsonaro.
Em 2023, o governo Lula conseguiu adiar esse debate no Congresso ao pautar outros temas mais urgentes, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Com essa agenda superada, a Câmara comandada por Arthur Lira já voltou os olhos para a reforma administrativa.
Essa reforma vai na linha defendida pelo mercado de reduzir os gastos governamentais nas três esferas (federal, estadual e municipal).
Um assessor de Lula ouvido por esta reportagemdiz concordar com a crítica recorrente de que, até agora, o governo só tratou de medidas para elevar a arrecadação – mas avançou pouco nas ideias para cortar gastos. O Executivo, segundo esse assessor, está sendo cobrado e terá que dar respostas.
O governo deve tentar, agora, aproveitar a votação da reforma administrativa para colocar um fim na farra dos salários milionários.
Já há propostas nesse sentido tramitando no Congresso, inclusive, com o apoio de Rodrigo Pacheco. A ideia entre aliados de Lula é aproveitar a discussão da reforma administrativa para incluir o fim dos supersalários no pacote.
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Cícero diz que confia na Justiça para coibir mentiras de pré-candidatos
O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), pré-candidato à reeleição, disse, ontem, que renova sua confiança na ação da Justiça para coibir abusos ou mentiras propagadas por adversários políticos que se anunciam, também, pré-candidatos ao executivo municipal. Ele elogiou a juíza eleitoral Silvanna Pires Brasil Gouveia Cavalcanti, que determinou a remoção da postagem considerada ofensiva, feita em rede social, pelo deputado federal Ruy Carneiro, que vai postular o cargo pelo Podemos.
A magistrada deu ultimatum para a retirada do conteúdo no Instagram em até 24 horas sob risco de multa em R$ 10 mil em caso de descumprimento.– Para mim, é motivo de satisfação constatar que a Justiça está cumprindo seu papel com responsabilidade, evitando que aqueles candidatos que querem enganar o povo para conseguir o emprego de prefeito façam ataques infundados – reagiu Cícero Lucena.
Ruy, que já foi auxiliar de Cícero na prefeitura de João Pessoa mas em 2020 concorreu contra ele, ficando em terceiro lugar, tem feito críticas quase diárias à atual administração, sobre pontos que considera vulneráveis, em regra apontando “descaso” por parte do gestor. Sua última manifestação foi considerada ofensiva tanto pelo prefeito Cícero Lucena como pela representante da Justiça Eleitoral.Ainda ontem, falando a emissoras de rádio, o deputado federal Ruy Carneiro reiterou os ataques à administração municipal e prometeu recorrer da decisão da juíza Silvanna Pires. Explicou que está apenas “interpretando o sentimento popular, que é de cobrança quanto a ações mais efetivas por parte do prefeito”.
Já Lucena ressaltou que está preparado para outros ataques e que continuará buscando reparação através das medidas legais, via Justiça. Ele considera que não há interesse sincero dos adversários em fazer um debate sobre os problemas de João Pessoa e as soluções, afirmando que alguns deles já pisaram na bola por fazer críticas a questões resolvidas pela gestão atual. “Posso assegurar que nada vai esmorecer a nossa capacidade de trabalho ou a entrega diária de benefícios à população de João Pessoa. É isto que incomoda tanto os adversários”, acrescentou Lucena.
Líder do governo no Senado diz que MP da reoneração não será devolvida
O líder do governo Lula no Senado, senador Jaques Wagner, do PT-BA, declarou que a Medida Provisória sobre a reoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia (MP 1.202/2023) não será devolvida ao Executivo, ainda que isso tenha sido pedido por diversos parlamentares que argumentam que a desoneração da folha, projeto do senador paraibano Efraim Filho (União Brasil) foi aprovada em outubro do ano passado pelo Legislativo no PL 334/2023.
Wagner se manifestou ao comentar a reunião mantida entre o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na segunda-feira, em mais uma etapa de discussões sobre a Medida Provisória que reonera a folha de pagamento. Wagner evitou abordar o teor das conversas, alegando que haverá ainda contatos com o presidente da Câmara, Arthur Lira, mas garantiu que não haverá devolução e frisou que o prazo de 90 dias para o início dos efeitos da MP permite que os diálogos continuem.
– Não, não tem devolução. Da última vez que saí daqui eu já falei que isso estava fora do cardápio. Como temos a noventena, prazo de 90 dias para regras tributárias entrarem em vigor e produzirem efeitos, eu acho que qualquer coisa só deve acontecer na retomada dos trabalhos legislativos a partir de fevereiro. Eu não vou falar de qual avanço houve nas negociações sobre a MP porque só há avanço quando bater o martelo – adiantou.
Desde o início do ano, a partir de nove de janeiro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, já conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com lideranças partidárias e com o secretário-executivo da Fazenda, Dário Durigan, sobre a MP. Diversos parlamentares pediram a devolução, sem análise, da Medida Provisória que limita a desoneração prevista em lei, promulgada pelo Congresso no fim de 2023. A sugestão apresentada na última reunião de líderes era a de que o governo apresentasse, via projeto de lei, suas propostas para três pontos sensíveis: a reoneração gradual dos 17 setores que haviam sido beneficiados pela desoneração da folha até 2027, a revogação de incentivos para o setor de eventos e a limitação no percentual para compensação tributária obtida por via judicial.
Inscrições para o Concurso Unificado começam nesta sexta-feira (19)
As inscrições para o Concurso Público Nacional Unificado começam nesta sexta-feira (19). O certame vai selecionar, de uma só vez, 6.640 servidores para 21 órgãos públicos federais.
No ato da inscrição, feita exclusivamente pelo aplicativo Gov.br, será gerada uma Guia de Recolhimento da União (GRU), único mecanismo de pagamento que valerá para o concurso. O prazo segue até 9 de fevereiro.
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As provas serão aplicadas no dia 5 de maio em 220 cidades, distribuídas em todos os estados e no Distrito Federal. A taxa de inscrição será R$ 60 para vagas de nível médio e R$ 90 para vagas de nível superior.
Estão isentos candidatos que integram o Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e que cursam ou cursaram faculdade com apoio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) ou do Programa Universidade para Todos (ProUni), assim como doadores de medula óssea.
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, responsável pela condução do concurso, recomenda leitura cuidadosa dos editais, “potencializando as trajetórias profissionais e acadêmicas dos candidatos“.
Em nota, a pasta destacou que a proposta é democratizar o acesso aos quadros federais e permitir que candidatos alinhem suas vocações às oportunidades oferecidas.
Um dos destaques do certame é a possibilidade de utilizar as listas de classificação também para a ocupação de vagas em cargos temporários, sendo que, se o candidato aceitar um cargo temporário, continuará na lista de espera dos outros cargos. O concurso terá validade de 12 meses, podendo ser prorrogado por mais 12 meses.
“Pessoas aprovadas para cargos que, porventura, não sejam o da primeira opção selecionada no momento da inscrição, continuarão em lista de espera para o principal posto desejado”, reforçou o ministério.
Fonte: Agência Brasil
Governador João Azevêdo prioriza entrega de obras e diz que foco não é discussão sobre candidatura ao Senado
O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), reiterou nesta quinta-feira (18) seu compromisso com a administração e desenvolvimento do estado e deixou claro que não pretende antecipar discussões sobre as eleições de 2026, incluindo uma eventual pré-candidatura ao Senado Federal.
João enfatizou que, neste momento, o foco principal é a conclusão e entrega de obras estruturantes que beneficiarão o estado e ressaltou que as decisões relacionadas à eleição de 2026 serão tomadas no momento apropriado.
“2026 está longe. Nós temos que manter o foco é em entregar obras. E se tiver tudo pavimentado, asfaltado, como estão as estradas, se estiver tudo organizado como estão ficando as escolas da Paraíba, aí a gente pode pensar e decidir na hora certa”, disse o governador Azevêodo
Promotora de Justiça alerta: “denuncie quem cobra taxa para uso”Banheiros de quiosques na orla de João Pessoa
“Os banheiros dos quiosques são públicos e não tem por que está cobrando. Os quiosques são um bem público, os donos não pagam aluguel, então, isso é o mínimo. É a contrapartida para a população.
A polêmica envolvendo a limitação e até cobrança para o uso de banheiro em quiosques na orla de João Pessoa levou a promotora de Justiça, Cláudia Cabral, a criticar a situação e considerar abusiva. Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, nesta quarta-feira (10), ela revelou que os banheiros devem ser usados pela população e que qualquer indício de cobrança ou proibição devem ser denunciados ao Ministério Público da Paraíba (MPPB).
“Os banheiros dos quiosques são públicos e não tem por que está cobrando. Os quiosques são um bem público, os donos não pagam aluguel, então, isso é o mínimo. É a contrapartida para a população. Da mesma forma, o uso do chuveiro também é de uso público”, alertou
De acordo com Cláudia Cabral, a população tem que ajudar o Ministério Público para que haja a solução para esses abusos. “Peço a população que identifique o quiosque que está fazendo isso e faça a denúncia, pois isso consta como condicionante da permissão de uso do alvará dele de funcionamento”, reforçou.
A promotora ainda destacou a mudança que está sendo proposta para a readequação dos mais de 20 quiosques existentes na orla de João Pessoa. “Nesse termo de ajustamento nós fizemos duas situações, o reordenamento e a requalificação da orla. Foi dado o prazo de 180 dias pela Seplan para a apresentação do projeto e todas as suas fases de execução, além da previsão dos novos quiosques. A Seplan já fez a apresentação do projeto que terá ciclovias, banheiros públicos e os quiosques se adequando a lei de acessibilidade. Está em fase de análise pelo Ministério Público, pois tem as questões ambientais e as licenças e é isso que estamos verificando. Passando esse momento começa a execução. O número de quiosques será mantido, mas com as adequações necessárias”, disse a promotora.