Prefeitura e Estado se reúnem na próxima semana para discutir ações no Centro Histórico

O secretário de Planejamento de João Pessoa, José William Montenegro, disse nesta quinta-feira (30) que representantes da Prefeitura se reúnem na próxima semana com o governo do Estado para agrupar as soluções da Prefeitura com as do governo para o Centro Histórico. No encontro será delimitada a área, zona prioritária, onde todos os imóveis inseridos nessa poligonal possam usufruir dos benefícios previstas na lei aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Cícero Lucena.

O secretário José William explicou hoje como vai funcionar o pacote de benefícios fiscais, aprovado esta semana pela Câmara Municipal de João Pessoa para o comércio e residências do Centro Histórico.

Ele disse que a lei já está valendo, “Além das ações físicas propriamente dita, recuperação de edificações, expectativa de reinstalação de algumas secretarias municipais na área, para que a gente venha a fomentar mais movimento na região, com habitação e etc, agora também esse incentivo tributário que vai abranger o ISS, o IPTU e o ITBI”, disse o secretário.

O secretário destacou as ações já em curso para o local.

“A Prefeitura tem ações já concretas na área, como a desapropriação da Proserv; recuperação do Conventinho; a antiga prefeitura voltará a ser ocupada pela Secretaria de Segurança Municipal, garantindo movimento diuturno no local; desapropriação da antiga Matarazzo, na subida da Rua da República, vai ser um grande centro multicultural; as Nações Unidas, que já foi desapropriada e estamos resolvendo um problema de invasão, também terá comércio e habitação; e a antiga Igreja Universal, na 13 de Maio, também em processo de desapropriação já iniciado, também terá um grande centro de comércio, que vai da 13 de Maio até a Visconde de Pelotas. São ações vigorosas da Prefeitura e ações já concretas”, destacou José William.




TSE decide que Operação Calvário deve ser julgada pelo TRE-PB

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu no fim da manhã de hoje que a competência para julgar os fatos investigados na Operação Calvário é da Justiça Eleitoral. A Corte analisou um recurso especial impetrado pelo ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho e outros denunciados contra uma decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). Ao apreciar questão de ordem, o Regional tinha deliberado que a Justiça Eleitoral não teria  competência jurisdicional para processar a ação de investigação criminal de que trata o caso. Diante disso, o TRE mandou os autos para julgamento pelo Tribunal de Justiça do estado.

Hoje, contudo, o relator do recurso, ministro Floriano de Azevedo Marques, entendeu que as acusações contra Ricardo Coutinho e os demais denunciados, devem tramitar no TRE paraibano. “Constata-se que o Tribunal de Justiça da Paraíba se utilizou de um expediente inexistente no ordenamento jurídico para fixação de sua própria competência, uma vez que remeteu os autos à Justiça Eleitoral a título de mera consulta preventiva”.

Floriano também destacou que a competência é da Justiça Eleitoral para julgar as acusações que pesam contra os denunciados na Operação Calvário. “Há decisões do Supremo Tribunal Federal assentando a competência da Justiça Eleitoral para julgar os fatos da Operação Calvário. Duas decisões são do ministro Gilmar Mendes”, disse o magistrado explicando que há crimes eleitorais relacionados com delitos administrativos. Segundo ele, há no processo mais de 200 referências a irregularidades que são de competência da Justiça Eleitoral.

O voto do relator foi seguido à unanimidade pelos demais ministros. “O STF tendo decidido, se cumpra. Então, a competência é da Justiça Eleitoral. Acho que o Supremo merece respeito, a começar dos juízes brasileiros. Decido, tem que se cumprir”, disse Carmén.




Braço direito de Bolsonaro, ex-ministro manda Cabo Gilberto baixar o facho: “Você não tem voto”

O ex-presidente Jair Bolsonaro mandou um duro recado ao deputado federal Cabo Gilberto através do seu braço direito, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado. Ao comentar sobre o racha do PL estimulado pelo Cabo, o deputado estadual Walber Virgolino e o radialista Nilvan Ferreira, que são contra a pré-candidatura de Marcelo Queiroga a prefeito de João Pessoa, Gilson mandou o trio “baixar o facho”. Gilson ainda avisou que o Cabo se elegeu às custa de Bolsonaro

“Ele é meu amigo, mas eu diria: Gilberto, você não teve um voto. Seus votos foram todos de Bolsonaro. Ele quer pacificar. Eu sou pré-candidato a prefeito, mas se Bolsonaro chegar para mim e disser que eu vou servir cafezinho, eu serei leal a ele 100%. E Bolsonaro já definiu aqui em João Pessoa. Veja o que aconteceu com tantos outros, como Joyce Hasselman. Eu tive 1.325.000 votos, mas nenhum desses foi meu. Eles foram de Jair Messias Bolsonaro!”, afirmou em entrevista à Correio FM.

Machado está em João Pessoa para participar de um seminário do PL em um hotel na orla marítima. Ele estará acompanhado de outros ex-ministros, entre eles Marcelo Queiroga (Saúde), pré-candidato a PMJP.




PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS. A Praça Álvaro Machado Sérgio Botelho

PARAHYBA E SUAS HISTÓRIAS. A Praça Álvaro Machado
Sérgio Botelho
– Basta a gente olhar fotos antigas, como a do Acervo Stuckert que disponibilizo junto com o texto, para perceber que há tempo a Praça Álvaro Machado, no Varadouro, já não se dispunha como enfeite urbano, embora demonstrasse relevância. Pela imagem não se observa nada parecido com um espaço de encontro social, de recepção, de recreação, de eventos, de descanso ou de paisagismo.
Na década de 1930 (a foto é de 1934), além do prédio da Estação Elevatória de Esgotos, daquele que serviria posteriormente à Superintendência de Transporte Urbano de João Pessoa e de outros comerciais e hoteleiros, a praça era tomada por estacionamento e parada de meios de transporte coletivo. Antes disso, na largada da República, governo de Álvaro Machado (que depois da morte, em 1912, deu nome à praça), chamava-se Largo da Gameleira, servindo de estação de trem e de bondes. Portanto, sem vocação para nada que lembrasse um rossio com as características que se almeja para tal.
Hoje em dia a Álvaro Machado aumentou-se em tumulto, onde um posto de gasolina toma praticamente o espaço inteiro, sendo o restante dominado por ativo comércio ambulante de carros usados, em cenário de prédios arruinados. Dali, subindo para a parte leste da cidade, a curta ladeira 5 de Agosto chega até o antigo prédio da Fábrica de Cigarros Popular, que também já foi sede da Prefeitura de João Pessoa, no final da Gama e Melo, após cortar a rua Maciel Pinheiro. Muito provavelmente por conta dessa inclinação urbana da praça, ao longo do tempo, é que a estátua de Álvaro Machado, que passou a lhe emprestar o nome, foi parar noutro canto.
Ela está afixada na Praça Dom Adauto, também chamada muito comumente de Praça do Bispo, que, por sua vez, não contém nenhum monumento que homenageie quem lhe nomeia, no caso o arcebispo Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques. Há tempo que existe a pretensão do poder público em retirar o posto de gasolina que se abriga na praça, como também de providenciar o fechamento da rua lateral ao sul, que passa defronte à antiga sede da STU, já mencionada. Talvez, dessa forma, o monumento erguido em homenagem a Álvaro Machado termine lhe (à praça) sendo incorporado. Mas, por enquanto, são só presságios, apesar de origem oficial.
www.reporteriedoferreira.com.br Por Sérgio Botelho, Jornalista, poeta e escritor



Não pode fazer desoneração sem dar contrapartida aos trabalhadores, diz Lula

Não pode fazer desoneração sem dar contrapartida aos trabalhadores, diz Lula
lula – Foto: reprodução- agência Brasil

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu nesta quarta-feira, 29, seu veto ao projeto de lei que prorrogaria a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia até 2027. “Acho que a gente não pode fazer desoneração sem dar contrapartida aos trabalhadores. Os trabalhadores precisam ganhar alguma coisa nessa história”, disse o presidente.

E declarou: “A empresa deixa de contribuir sobre a folha e o trabalhador ganha o que? Não tem nada escrito que ele vai ganhar R$ 1 a mais no salário.”

Lula já tinha dado declaração com esse teor no passado, mas essa é a primeira vez que ele fala sobre o assunto depois do veto. Ele também disse que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deve apresentar uma alternativa à desoneração.

Os setores hoje beneficiados pela desoneração pressionam para o Congresso derrubar o veto. Lula questionou o argumento das empresas de que o veto ameaça empregos.

“Eu não sei se eles estão preocupados. Não sei qual é a razão. O fato de gerar mais emprego não foi, porque não tem nada na lei que diz que vai gerar mais emprego se tiver desoneração”, declarou o presidente da República. “Estou com dirigentes sindicais, com dirigentes dos empresários e com o governo desde o começo do ano negociando uma nova relação entre capital e trabalho no Brasil”, disse Lula.

Ele também defendeu o fortalecimento de sindicatos.

Lula deu as declarações a jornalistas em Riade, capital da Arábia Saudita, depois de uma série de compromissos no local. Na sequência, ele seguiu a caminho de Doha, no Catar

A viagem também incluirá Dubai, nos Emirados Árabes, onde o presidente do Brasil participará da Conferência do Clima. Depois, ele irá para a Alemanha. Na volta ao Brasil, Lula participará da reunião do Mercosul no Rio de Janeiro. O presidente só deve estar de volta a Brasília no dia 8 ou 9 de dezembro.




A PEC INÓCUA Por Rui Leitao

A PEC INÓCUA Por Rui Leitao

A PEC do Senado que limita a monocratização das decisões do Superior Tribunal Federal nasce sem qualquer efeito prático, uma vez que isso já havia sido resolvido por meio de resoluções aprovadas na gestão da ministra Rosa Weber, que se aposentou em setembro. Indiscutivelmente é um tema que merece ser debatido e o parlamento é fórum apropriado para tal, embora sem assumir a condição de poder revisor de decisões da Suprema Corte, conforme estabelecido constitucionalmente. A PEC, portanto tem vício de origem. É inócua.

A inoportunidade da votação dessa Emenda Constitucional serviu muito mais para provocar um entrevero político entre os poderes constituídos: Executivo, Legislativo e Judiciário. O fato é que os intentos golpistas dos últimos anos foram contidos pelo STF que passou a ser visto como o principal inimigo dos que não convivem bem com a democracia. Porém, é inegável que no período pós Constituinte, o Supremo, de certa forma, concorreu para que sofresse críticas em razão de alguns posicionamentos que podem ser considerados como quebra de regras do devido processo legal. Foi assim, no julgamento da Ação Penal 470, julgando e condenando pessoas sem foro. A admissão da “teoria de domínio do fato” para lastrear o punitivismo. A aprovação do impeachement de Dilma, sem crime de responsabilidade. A negação do Habeas Corpus para Lula que permitiu a sua prisão por condenação em segunda instância, o que é proibido pela Constituição.

Mas, quando o STF resolveu agir como verdadeiro “guardião da Constituição”, motivou reações que podem ser vistas como vingança política. A firmeza com que o Supremo tem defendido a democracia, o voto eletrônico e a punição dos golpistas da intentona de 8 de janeiro, desagrada os políticos que flertam com o autoritarismo. Quando enfrentou as teses negacionistas do governo passado, principalmente durante a crise sanitária da Covid-19, passou a ser alvo de investidas da extrema direita. Afinal já houve quem afirmasse que bastaria “um cabo e um soldado para fecharem o STF”. Em que pesem algumas dessas decisões terem sido efetivadas monocraticamente, foram necessárias para que vidas fossem salvas e o regime democrático fosse protegido dos ataques golpistas.

A reforma do Poder Judiciário que se faz necessária, não pode ser feita a “toque de caixa”, estimulada por paixões ideológicas ou político-partidárias. É uma demanda que exige ampla discussão da sociedade, evitando que produzam desforras de grupos extremistas, em detrimento dos interesses do país. Sem um Poder Judiciário forte, não há Constituição forte. O movimento de desconstitucionalização que se apresenta no momento depõe contra a cidadania ativa.

www.reporteriedoferreira.com.br/ Rui Leitão- advogado-Jornalista- Poeta e Escritor




O QUE A HISTÓRIA NÃO CONTOU Por Francisco Nóbrega dos Santos

O QUE A HISTÓRIA NÃO CONTOU

Por Francisco Nóbrega  dos Santos

A política, na opinião de minha saudosa avó,representa o lado avesso do homem de bem, pois todos os militantes da profissão devem seguir, religiosamente uma cartilha. Caso contrário terá a ilusão frustrada e a decisão de uma segunda tentativa.

Na minha juventude,  à época que a Capital da República era no Rio de Janeiro. E, meu irmão mais velho, passou sua adolescência e quase o resto da sua mocidade, no Distrito Federal, onde se casou e constituiu família. Em razão disso eu mantinha uma atualizada noção do que se passava na Capital Federal.

Por meio de correspondência, além das notícias radiofônicas, eu conheci a política brasileira, desde a eleição de Eurico Gaspar Dutra, Marechal, (quando existia essa patente), sendo, no início da década 50, sucedido pelo populista Getúlio Dornelas Vargas, líder inconteste da classe pobre, idolatrado pela classe média baixa e odiado pelas oligarquias, influentes da situação.

No Estado Carioca surgira uma liderança civil, capitaneada pelo jornalista Carlos Frederico Verneck de Lacerda, atuante político, eleito deputado Federal, posteriormente, Governador do Estado, pela União Democrática Nacional – UDN, cuja oposição era o Partido Social Democrático – PSD,

O getulismo era uma espécie de mito, onde se debatia com a sistemática oposição de Carlos Lacerda, polêmico opositor do Governo Vargas a ideologia. Direita ou esquerda.

Na década de 50, o jornalista Lacerda, no auge dessa guerra política, foi vítima de uma tentativa de homicídio, que resultou na morte do Major do Exercito, conhecido no mundo político como Major Vaz, fiel escudeiro de Carlos Lacerda.

Em decorrência desse incidente, começou a “via crucis” do Governo Vargas, que culminou com o suicídio do Mandatário da Nação. Essa é parte da História.

Decorrido mais de uma década e na alternância do poder, veio a revolução de 1964, com a deposição de João Belchior Marques  Goulart, Jango, o que culminou com a cassação de quase toda classe política, inclusive Carlos Lacerda.

Apesar de ser um jornalista, com a pena afiada, ferrenho crítico dos desmandos políticos, nunca passou pela peneira dos que buscavam apurar a corrupção, ou alcance de recursos públicos;

Certa vez Lacerda, ao conceder uma entrevista coletiva, um jornalista lhe perguntou: Por que os políticos que prometem acabar com a roubalheira e, quando deixam o poder, deixam também rombo nos cofres públicos?

O polêmico político, com a perspicácia que lhe erapeculiar, respondeu: Vou narrar um fato que se encaixa, perfeitamente com a política brasileira –

Uma ocasião um caminhoneiro, cansado de engolir poeira, no percurso de vários quilômetros de estrada, parou para descansar, abaixo de uma sombra de grandes árvores, no Estado de Minas Gerais, quando percebeu que um cego seguiu em sua direção e começou a puxar assuntos diversos. Naquele momento passava um caminhão cheio de caixas de uva, anunciando que cada caixote custaria, apenas, dois cruzeiros. Então o pobre cego se lamentou e exclamou:” tinha tanta vontade de conhecer o sabor de uma uva, mas não tinha dinheiro.

O caminhoneiro, compadecido daquela situação,perguntou-lhe: porque não experimenta umas?. E o deficiente visual, afirmou que só dispunha de um cruzeiro. Incontinenti o caminhoneiro propôs a divisão do pagamento das uvas e a degustação da metade do produto. E assim ficou combinado e começaram a devorar as frutinhas.

Quando, num dado momento, o ceguinho bradou: você tá me roubando! Voltou a ver,? Perguntou-lhe o motorista. Claro que não, mas eu tou tirando 4 uvas de cada vez e você não reclama é sinal que você tá comendo 8 uvas, de cada vez.

Por isso que muitos entram para evitar a comilança, equando chegam lá lhe dão a oportunidade maior de uma dilapidação dos recursos públicos. E eles, simplesmente,aposentam a guilhotina e seguem a rotina de corrupção e da impunidade, peculiares à frouxidão das LeisBrasileiras. e voltam ao poder anistiados pelo voto dos desmemoriados .




Deputado Taciano Diniz fiscaliza ações e constata paralisação de obra de pavimentação em Itaporanga

Deputado Taciano Diniz fiscaliza ações e constata paralisação de obra de pavimentação em Itaporanga
O deputado estadual, Dr. Taciano Diniz esteve, na tarde dessa sexta-feira (24), vistoriando a obra de pavimentação em intertravado da comunidade São João, em Itaporanga. A execução da obra é fruto de uma emenda parlamentar individual impositiva nº 207/LOA-2022, destinada por Taciano, no valor de R$ 500 mil.

De acordo com o parlamentar, durante vistoria foi constatado, através dos moradores, que a obra está paralisada há pelo menos 15 dias, o que para ele não há justificativa, devido ao fato de o recurso integral estar na conta da prefeitura desde maio de 2023.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o parlamentar mostrou como se encontram as obras paralisadas e afirmou que continuará cobrando das autoridades competentes, que a obra continue avançando.

“Infelizmente, dialogando aqui in loco, com os moradores da comunidade, constatamos que a obra de pavimentação está paralisada há mais de quinze dias. Destinamos os recursos na conta da prefeitura desde maio de 2023, o recurso integral no valor de R$500 mil. Vamos continuar cobrando a retomada do início das obras, para que em breve, possamos estar entregando para toda comunidade São João toda a pavimentação em intertravado”, destacou.

A comunidade São João é uma das mais populosas do município de Itaporanga. A pavimentação das ruas da comunidade é uma reivindicação antiga dos moradores.




Reforma Tributária: auditores fiscais alertam gestores municipais para a realização de ações efetivas para evitar a perda de até 60% na arrecadação de impostos

Presidentes do Sindicato e da Associação dos Agentes Fiscais de João Pessoa revelam que a Reforma deve prejudicar a arrecadação dos municípios

Os Representantes da categoria de Auditores Fiscais de Tributos do Município de João Pessoa, José Bráulio Nóbrega e Roberval Leite Gouveia de Figueiredo, presidentes do Sindicato dos Agentes Fiscais (SINDIFIM-JP) e Associação dos Agentes Fiscais (AFIM-JP), alertam os gestores públicos municipais para a importância de protegerem seus municípios da perspectiva de atrofiamento de seus recursos em decorrência da vigência de um novo imposto unificado, chamado de IVA (Imposto sobre Valor Agregado), e seu desdobramento para IBS (Imposto Sobre Bens e Serviço) da competência de Estados e Municípios.

Para os dirigentes da categoria fiscal pessoense, em um eventual quadro de recessão, o que não é nada improvável, dada a conjuntura mundial, do ponto de vista econômico e bélico, ficará muito difícil ou quase impossível reverter uma perda de 60% na alíquota do ISS (imposto Sobre Serviços), apenas com um novo modelo de tributação.
Será preciso um incisivo trabalho de auditoria tributária na direção do crescimento de arrecadação a partir de 2024; e para não perderem o “bonde” torna-se necessário o imediato comprometimento destes gestores, ainda neste exercício de 2023.

Em nota encaminhada à imprensa, os dirigentes fiscais explicam o que pode acontecer com a arrecadação dos municípios a partir da implantação da Reforma Tributária e revelam que será necessário que os gestores invistam no seu próprio sistema tributário, ampliando a base de contribuintes, investindo em tecnologia, aperfeiçoando o sistema de recuperação de ativos e em quadro de auditoria tributária

Leia abaixo a nota na íntegra:

SINDICATO DOS AGENTES FISCAIS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – SINDIFIM.
ASSOCIAÇÃO DOS FISCAIS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – AFIM

REFORMA TRIBUTÁRIA

O futuro Imposto Sobre Valor Agregado (IVA) será composto pela Contribuição Sobre Bens e Serviços (CBS), que substituirá os tributos federais sobre o consumo e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS estadual e o ISS municipal. No melhor cenário, a alíquota do IVA poderá chegar a 25,45%.

Por mais que se explique, fica difícil entender o que realmente vem pela frente na área tributária no Brasil, seja para a população como contribuinte final, seja para o contribuinte legal. A verdade até agora que se tem certeza, é a precaução dos Governadores estaduais em elevar a alíquota de ICMS em seus Estados, visando se proteger de eventual perda de receita no futuro. Exemplo claro da incerteza, assim, a população já começa a pagar a conta da reforma antes mesmo dela entrar em vigor.

Mas e os Municípios? Lugar onde tudo acontece, onde as despesas crescem todos os meses com saúde, educação, assistência social, infraestrutura, limpeza urbana, etc. e os recursos não acompanham esse crescimento, mesmo vegetativo. Como se proteger de eventuais perdas de receita? não tem como elevar sua alíquota de ISS e vislumbra uma drástica redução de 60% sobre o percentual da alíquota atual, em 2029, quando for transformado em IBS, para estes Municípios só resta investir no seu próprio sistema tributário, ampliando a base de contribuintes, investindo em tecnologia, aperfeiçoando o sistema de recuperação de ativos e em quadro de auditoria tributária.

Capitais do porte de João Pessoa terão que elevar suas receitas próprias, bem como, o percentual sobre a parcela a que faz jus a título de ICMS, ao máximo entre o período de 2024 a 2028, para assegurar uma participação melhor no percentual de distribuição do IBS. Isso só poderá ser conquistado com investimentos no trabalho de auditoria, fiscalização e recuperação de ativos, tecnologia e com mais investimentos em pessoal, este último sim, por que só terão suas atribuições definidas nesta reforma em 2029, e certamente, como ocorreu com Simples Nacional criado através de medida provisória e convertido em Lei n° 9.317/1996, arcará com o ônus maior.

A partir de 2029, estará definido a alíquota da participação de nossa Capital no montante arrecadado do IBS e se consolidará também a reforma tributária, neste período em que João Pessoa certamente ultrapassará um milhão de habitantes, poderá haver ganho ou perda de arrecadação, haja vista o modelo tributário atual assegurar uma alíquota de 5% sobre o ISS e apesar do alto percentual de aproximadamente 25,45% do IVA, os Municípios ficarão com apenas aproximadamente 2%, deste montante. ficando o restante para a União e os Estados.

Resumindo o parágrafo anterior, apesar das alíquotas serem definidas por Lei Complementar, segundo os estudos, no cenário local se conclui que: a considerar pelo exercício financeiro de 2028, o Estado da Paraíba sairá de uma alíquota de 20%, de ICMS para uma alíquota aproximada de 14,45%, de IBS em 2029.
Considerando o mesmo cenário local se conclui que: a considerar pelo exercício financeiro de 2028, a Prefeitura Municipal de João Pessoa sairá de uma alíquota de 5%, de ISS, para uma alíquota aproximada de 2% de IBS, em 2029. Ficando para União o restante do valor do percentual, correspondente a aproximadamente 9,00%, de CBS, em 2029.

O que resta aos Municípios é a esperança de que esta perda de 60% sobre a alíquota do ISS seja compensada no montante arrecadado do IBS em 2029, que dependendo do cenário naquela data, esses percentuais acima mencionados poderão sofrer pequenas variações para cima ou para baixo.

Outra certeza que temos é que há uma urgente e urgentíssima necessidade de reação dos Prefeitos das Cidades, notadamente as grandes e médias, eventualmente as mais propensas a perdas de receita que as Cidades menores, de convocarem ainda em 2023, suas administrações tributárias à assumirem o controle de um plano de ações envolvendo as áreas de Receita, Finanças, Planejamento, Procuradoria e até Meio Ambiente, alterar dispositivo do Código Tributário Municipal, delegando atribuições a outras secretarias, simplificando e agilizando expedição de alvará de funcionamento e reduzindo valores de multa, para o enfrentamento a essa corrida pela elevação da arrecadação própria, principalmente depois da aprovação da PEC Nº 45, “parágrafo 2º, do artigo 149-B” pelo Senado Federal, que assegura aos Entes Públicos o bônus arrecadatório decorrente da eficiência de seus investimentos.

É certo que a protelação ou negligência com a administração tributária agora trará efeitos nocivos em longo prazo, tornando os municípios cada vez mais dependentes de repasses até para manterem suas estruturas mínimas de estado.

É evidente que nestes 50 anos de atuação desta reforma tributária haverá diversas alterações, porém nunca na sua espinha dorsal, uma vez consolidada em 2029, perdurará até o final de 2078 e o gestor que não preparar seu Município para esta longa jornada, condenará as gerações futuras a um maior sacrifício para um mesmo nível de serviço público prestado.

AS DIRETORIAS

SINDICATO DOS AGENTES FISCAIS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – SINDIFIM.
ASSOCIAÇÃO DOS FISCAIS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA – AFIM

www.reporteriedoferreira.com.br/ Fatospb



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