Batida entre motocicletas no bairro do Cristo na Capital deixa três feridos

Na tarde deste domingo (30), um acidente envolvendo duas motocicletas deixou três pessoas feridas no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa-PB. Segundo testemunhas excesso de velocidade possivelmente tenha sido o que provocou o acidente.

Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), prestou socorro as três vítimas que  eram ocupantes das motocicletas e precisaram de atendimento médico no local. Posteriormente, foram encaminhadas ao Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.




Novo chefe da frente evangélica diz ter nome sujo por causa da bancada

Silas Câmara (Republicanos-AM). Foto: Reprodução

Por Gustavo Zucchi e Igor Gadelha

Novo presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), o deputado federal Silas Câmara (Republicanos-AM) disse estar com o “nome sujo” na Receita Federal por causa da própria bancada.

A afirmação foi feita pelo parlamentar em reunião da frente em 12 de julho, quando ele e o deputado Eli Borges (PL-TO), atual coordenador da bancada, firmaram um “acordo de cavalheiros” para a troca de comando da FPE.

Segundo Silas, que assumirá a presidência da frente na próxima quarta-feira (2/8), seu nome foi incluído no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin) da Receita.

O motivo, conforme explicou, seria o fato de o primeiro estatuto da FPE ter sido registrado no nome de Silas e, desde então, “ninguém se preocupou” em declarar o imposto de renda ao Fisco.

“Vamos combinar aqui uma coisa importante. O meu nome está no Cadin. O meu nome pessoa física, Silas Câmara, está no Cadin, porque, desde que registrei o primeiro estatuto da frente, ninguém se preocupou nem em fazer declaração de imposto de renda. E, como eu sou o responsável na Receita Federal, é o meu nome que está sujo. Porque de lá para cá, não fizeram alteração de estatuto, não substituíram o nome na Receita Federal, não fizeram nada”, afirmou Silas.

No encontro, o deputado prometeu resolver o imbróglio da frente com a Receita Federal assim que tomar posse como novo coordenador da bancada.

“Eu vou pegar um contador, mandar atualizar as declarações de IR que estão em meu nome, e para efeito de Receita a gente só faz a mudança de titular quando houver a próxima presidência, que não será rotativa. Por que não tem sentido a cada seis meses eu dar entrada em um processo na Receita. O que isso aumenta ou diminui? Nada. Por que Frente Parlamentar Evangélica tem zero de receita”, disse.

Troca de fachada

A troca no comando da bancada evangélica será apenas “de fachada”. Para todos efeitos jurídicos, o presidente da frente evangélica continuará sendo Eli Borges.




Diretoria do Flamengo decide demitir preparador físico de Sampaoli

Por: Vitor Beloti

A diretoria do Flamengo decidiu demitir o preparador físico Pablo Fernandez após o profissional agredir Pedro no vestiário. Segundo apuração da reportagem do Coluna do Fla, o Rubro-Negro aguarda o Boletim de Ocorrências do membro da comissão de Sampaoli para divulgar o desligamento.

A agressão de Pablo Fernandez a Pedro ocorreu após a vitória do Flamengo contra o Atlético-MG. O preparador não gostou da postura do atacante durante o aquecimento e agrediu o camisa 9 rubro-negro no vestiário. Por esse motivo, o centroavante da Gávea se deslocou à delegacia para registrar um Boletim de Ocorrências.

Assim como Pedro, Pablo Fernandez também foi à delegacia para prestar depoimento. Thiago Maia, Cebolinha e Pablo acompanharam o camisa 9 do Flamengo até o local, como testemunhas da agressão do preparador físico ao centroavante da Gávea. Vice-presidente de futebol do clube, Marcos Braz, também esteve presente no edifício junto com os demais atletas.

Com a demissão de Pablo Fernandez, a diretoria do Flamengo avalia a saída de Jorge Sampaoli. Os jogadores rubro-negros não gostaram da atitude do treinador em dar entrevista coletiva após o ocorrido e o clima ficou insustentável no vestiário. Os dirigentes do Mais Querido pretendem definir o imbróglio ainda neste domingo (30).

Em meio à agressão a Pedro, o elenco do Flamengo retornou ao hotel em Belo Horizonte para aguardar o atacante Pedro registrar Boletim de Ocorrências. Os atletas rubro-negros receberam folga neste domingo (30) e se reapresentam apenas na segunda-feira (31), às 09h (horário de Brasília).




Homem é executado a tiros no bairro ” Carrapeta ” em Lucena Pb

 

Foto- Redes sociais

Homem de aproximadamente 30 anos acaba de ser executado com vários disparos de arma de fogo no bairro Novo, conhecido por ” Carrapeta “, na Cidade de Lucena no Litoral Norte de João Pessoa.

No local do crime impera a Lei do silêncio, não se sabendo o que tenha motivado o fato criminoso. Várias pessoas se encontram no local do crime, porquanto a polícia está sendo aguardada para isolar a área a fim de que seja realizado os respectivos exames periciais.

www.reporteriedoferreira.com.br




A PRODUÇÃO CULTURAL BRASILEIRA NO EXILIO Por Rui Lietao

A PRODUÇÃO CULTURAL BRASILEIRA NO EXILIO Por Rui Leitao

Houve um tempo no Brasil, não tão distante, que muitos compatriotas experimentaram as amarguras do exílio, a desagradável sensação de estar fora de casa. A perseguição política provocou a maior diáspora da história nacional. Alguns de forma voluntária, outros por punição, expulsos do país por se posicionarem contra o regime ditatorial instalado pelo golpe de 1964. As estimativas sobre exilados durante a ditadura militar variam entre 5 mil e 10 mil. Mas todos, sem exceção, ainda que vivendo uma situação de sofrimento, jamais abandonaram o pensamento crítico independente. Na distância da terra natal que os fazia sentirem-se estrangeiros, a todo instante, exaltavam a memória da pátria. Alguns dos desterrados jamais retornaram.

A escritora Lya Luft, em quatro dos seus romances, define que existe duas maneiras de compreender o “exílio”: o exílio como punição política contemporânea, ligada diretamente ao nacionalismo e às guerras e desavenças por ele provocadas, e o exílio como um estado subjetivo do ser, um estado espiritual de solidão, de incompreensão num meio estranho, de isolamento e deslocamento”. A dor da separação parece inspirar manifestações nostálgicas e românticas, provocadas por motivações controversas, a despeito da raiva, vergonha e humilhação a que o exilado esteja sendo submetido. O passado evocando muitas lembranças e produzindo a cultura do exílio, revelando autores, artistas e pensadores que registraram experiências vividas no degredo. Intelectuais exilados que colocaram nas páginas literárias e obras culturais, emoções, sonhos, desilusões, memórias e reminiscências do seu país.

O mais famoso poema de Gonçalves Dias, “Canção do Exilio”, escrito em julho de 1843, quando estava estudando Direito na Universidade de Coimbra, em Portugal, trata do tema. Com saudades de seu país, sentia-se exilado. Na última estrofe, o poeta expressa o seu desejo de regressar: “Não permita Deus que eu morra, Sem que eu volte para lá;”. Publicado na sua obra literária “Primeiros Cantos”, em 1857, na primeira fase do Romantismo Brasileiro.

Grande parte das poesias de Ferreira Gullar foi escrita durante seu exílio no Chile, Peru e na Argentina, onde ficou até 1977. Nelas denunciava a incivil realidade social e política brasileira da época, assumindo o compromisso moral de lutar contra as injustiças sociais e a opressão. Tentando explicar a mensagem contida no “Poema Sujo”, ele assim se expressou: ”Na verdade, o poema não é político, mas um resgate do eu que havia vivido até então. É claro que tem a minha infância, tem São Luís… O poema vai resgatar toda a minha experiência de vida, na medida do possível, mas ele é na realidade reflexão sobre aquelas coisas. Ele não é simplesmente ‘ai que saudade que eu tenho da aurora da minha vida’… É uma reinvenção da própria vida. Uma coisa é você ter vivido, e outra coisa é você refletir sobre o que você viveu”.

No cenário musical e artístico brasileiro nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Cacá Diegues, Taiguara, Nara Leão e Augusto Boal se exilaram para escapar da perseguição do regime militar. Esses artistas exilados, paradoxalmente, se reinventaram e conquistaram prestígio internacional, como se vivessem um renascimento artístico no exterior. Souberam aproveitar a oportunidade, ainda que indesejada, do recomeço e da transformação. Apesar dos naturais traumatismos, o exílio foi, concomitantemente, um fator preponderante de enriquecimento cultural. Uma carga emotiva que inspirou a literatura do exílio. Expatriados, buscaram reproduzir nas suas obras musicais e artísticas, o país natal, paisagem, povo, comida, ritmos, a brasilidade pulsante em suas veias. E assim reconstruíam seus vínculos com a terra natal, sem estarem presos ao controle ideológico do sistema.

A música se transformou em um símbolo de resistência para os exilados. As canções escritas por brasileiros no exílio incentivavam as pessoas a reagirem contra à repressão.

www,reporteriedoferreira.com.br Por Rui Leitão-jornalissta, advogado, poeta , escritor.




Morre no Trauma motorista que teve corpo queimado durante ataque a ônibus na Capital

A informação foi confirmada à reportagem pelo sindicato dos motoristas da Paraíba, Silvano da Silva tinha 40 anos e estava internado no Hospital de Trauma de João Pessoa desde o dia 18.

O motorista de ônibus que foi uma das vítimas de um ataque realizado contra um ônibus em João Pessoa veio à óbito ontem (29). A informação foi confirmada à reportagem pelo diretor do sindicato dos motoristas da Paraíba, Ricardo Pereira. Silvano da Silva tinha 40 anos e estava internado no Hospital de Trauma de João Pessoa desde o dia 18.

Com mais de 50% do corpo queimado, ele estava com quadro clínico grave. Ontem (29), em uma rede social, o filho da vítima detalhou que o estado de saúde estava crítico. “A situação se tornou tão crítica que a equipe dos curtartivos oportou por não mexer nele devudi a quantidade de sedativo que é utilizado no procedimento, correndo risco de parada cardíaca”.

Na sexta-feira (28) um homem foi preso em flagrante suspeito de ter cometido o crime no bairro Padre Zé.  O preso estava com o carro utilizado no dia do crime. A prisão ocorreu por meio do trabalho de uma força-tarefa de combate ao crime organizado do Sistema Único de Segurança Pública da Paraíba (FT-Susp/PB). O mandado de busca e apreensão foi expedido pela 2ª Vara Criminal da Capital.

Relembre o caso

Na noite do dia 18 de julho, o ônibus 604 foi parado por criminosos no bairro Padre Zé, próximo a região central da capital por volta das 21h. Ao menos dois bandidos invadiram e atearam fogo no veículo, em um trecho da avenida Mandacarú. Dois passageiros e o motorista estavam no veículo e sofreram queimaduras.

Eles teriam sido impedidos de saírem do veículo e ainda teriam sido agredidos. A PM descartou a hipótese de assalto, já que as vítimas detalharam que os acusados chegaram no veículo, agrediram o motorista e logo após espalharam gasolina e atearam fogo. O motorista, de 40 anos,
foi o mais atingido pelas chamas e foi encaminhado em estado clínico grave para o hospital de Trauma.

Já as outras duas vítimas, do sexo feminino, de 30 e 27 anos, também foram socorridas para o Trauma e tiveram alta ainda no início da madrugada do dia 19.




Pedro leva soco de preparador físico do Flamengo no vestiário após vitória sobre o Atlético-MG

Membro da comissão técnica de Sampaoli se irritou com postura do atacante durante a partida. Camisa 9 registrou boletim de ocorrência e agressor foi conduzido à delegacia

Pedro foi agredido por preparador físico do FlamengoMarcelo Cortes / Flamengo

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O Dia
Publicado 30/07/2023 00:58
Rio – O vestiário do Flamengo pegou fogo após a vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-MG, na noite deste sábado (29), em Belo Horizonte. Pablo Fernandez, preparador físico do Rubro-Negro, agrediu o atacante Pedro com um soco no rosto. O membro da comissão técnica de Jorge Sampaoli questionou o camisa 9 por ter parado seu aquecimento após as entradas de Luiz Araújo e Cebolinha na partida. O jogador retrucou o argentino, que não gostou e o agrediu.
Quando os dois atacantes entraram em campo, Sampaoli ainda tinha mais uma substituição. Mesmo assim, Pedro abandonou a área de aquecimento e sentou no banco de reservas. Pablo Fernandez entendeu a atitude do jogador como falta de respeito e o cobrou rispidamente no vestiário. O artilheiro rubro-negro respondeu que a falta de respeito era da comissão técnica com ele e disse estar sendo minado desde o início do trabalho. Foi então que o preparador físico deu um soco na boca do atacante. Há ferimento no local.
A confusão aconteceu diante de todo elenco do Flamengo. Os jogadores manifestaram apoio a Pedro e disseram que não treinarão enquanto Fernandez não for demitido. Os atletas, inclusive, não querem que o preparador físico volte para o Rio no voo fretado pelo clube.
Após todo o ocorrido, Pedro decidiu prestar um boletim de ocorrência contra Fernandez. O preparador físico deixou o Independência quase duas horas após a partida e foi levado à delegacia. O atacante também seguiu para o local, acompanhado de alguns jogadores, que possivelmente serviram como testemunhas.
JOGADOR SE MANIFESTA
Ainda no estádio, Pedro fez uma publicação em suas redes sociais lamentando o ocorrido. O camisa 9 disse ter sido “covardemente agredido”.
“Covardemente, sem motivo e inexplicavelmente, fui agredido, com um soco no rosto, por Pablo Fernandez, membro da comissão técnica do Sampaoli. […] Já passei por muitas provações aqui no Flamengo, mas nada se compara com a covardia sofrida hoje”, diz um trecho da nota.

 




Bolsonaro aplicou R$ 17 milhões em investimentos de renda fixa enquanto recebia Pix de apoiadores, mostra Coaf

Ex-presidente recebeu mais de 769 mil transações por meio do Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80

Ex-presidente Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

 

Um relatório produzido pelo Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão do Governo Federal de combate à lavagem de dinheiro, aponta que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aplicou R$ 17 milhões em investimentos em renda fixa nos primeiros seis meses do ano.

No mesmo período, o ex-presidente recebeu mais de 769 mil transações por meio do Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80. O valor corresponde à quase totalidade do movimentado pelo ex-presidente no período, de R$ 18.498.532,66.

As informações constam do relatório produzido pelo Coaf e encaminhado para a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos criminosos e golpistas do 8 de janeiro no Congresso Nacional.

O documento mostra que foram realizadas aplicações em Certificados de Depósitos Bancários (CDB) e Recibos de Depósito Bancário (RDB) no valor total de R$ 17 milhões.

O CDB e o RDB são as principais modalidades de investimento em renda fixa no mercado e estão atreladas à variação da taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75% ao ano.

O Coaf diz que a situação é “incompatível com os rendimentos” de Bolsonaro. Isso porque o relatório informa que o ex-presidente não possui bens cadastrados em seu banco e que possui participação de 24,90% no capital da empresa Bolsonaro Digital Ltda., que tem faturamento presumido de R$ 460 mil. Os valores dos investimentos também não são compatíveis com os rendimentos mensais de Bolsonaro.

O órgão de combate à lavagem de dinheiro afirma no relatório que as movimentações atípicas na conta do ex-presidente podem estar relacionadas à campanha de doações organizada por aliados de Bolsonaro com o objetivo de pagar as multas impostas a ele ao longo dos últimos anos.

A vaquinha foi organizada para levantar dinheiro para que o ex-presidente pudesse arcar com o pagamento de multas aplicadas e eventuais novas punições por desrespeitar o uso obrigatório de máscara em espaços públicos durante o auge da pandemia do novo coronavírus.

Apesar de ter aplicado R$ 17 milhões em investimentos de renda fixa que teria arrecadado por meio da vaquinha organizada por seus aliados, o ex-presidente ainda não pagou as multas que somam quase R$ 1 milhão por descumprir as regras sanitárias.

Bolsonaro teve quase R$ 195,5 mil bloqueados pela Justiça por não quitar as multas. De acordo com a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo, o ex-presidente acumula sete dívidas ativas com o município. O valor atual é de R$ 1.062.416,65. São sete multas: duas em 2021 e outras cinco no ano passado.

Aliados do ex-presidente alegavam durante a campanha de arrecadação do dinheiro que Bolsonaro era vítima de “assédio judicial” e que precisava de ajuda para quitar “diversas multas em processos absurdos”.

No final de junho, Bolsonaro afirmou que já havia arrecadado dinheiro suficiente para pagar todas as multas que sofreu em processos judiciais e eventuais novas punições.

“Foi algo espontâneo da população. O Pix nasceu no nosso governo. Já foi arrecadado o suficiente para pagar as atuais multas e a expectativa de outras multas. O valor vamos mostrar mais para frente. Agradeço a contribuição. A massa contribuíam com valores entre R$ 2 e R$ 22. Foi voluntário”, afirmou à época.

A defesa de Bolsonaro repudiou, em nota, o vazamento das informações bancárias do ex-presidente.

“A ampla publicização nos veículos de imprensa de tais informações consiste em insólita, inaceitável e criminosa violação de sigilo bancário, espécie, da qual é gênero, o direito à intimidade, protegido pela Constituição Federal no capítulo das garantias individuais do cidadão”, diz a defesa.

Os advogados do ex-presidente afirmam que as suspeitas levantadas são levianas e infundadas e garantem que a origem do dinheiro repassado a Bolsonaro é lícita. Por fim, os advogados afirmam que nos próximos dias tomarão as providências criminais cabíveis para investigar os autores dos vazamentos.




Silveira desmente Marcos do Val e diz que não planejou gravar Moraes

Senador afirmou à Polícia Federal que fez ‘acusações infundadas’ sobre Bolsonaro e acusou o ex-deputado de tramar contra ministro do STF

Por

iG Último Segundo

|23/07/2023 16:14

Atualizada às 23/07/2023 16:15

O senador Marcos do Val e o ex-deputado federal Daniel Silveira
Waldemir Barreto/Agência Senado, Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O senador Marcos do Val e o ex-deputado federal Daniel Silveira

O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) divulgou neste domingo (23) uma carta na qual  nega que tenha planejado gravar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), como foi relatado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Silveira confirmou que participou de um encontro com Do Val e o então presidente Jair Bolsonaro (PL), no Palácio da Alvorada, em dezembro do ano passado, mas alega que o nome de Moraes não foi mencionado na conversa.

“Durante a famigerada reunião, Marcos do Val elogiou o presidente [Bolsonaro] e disse que lutaria no Senado pelas pautas conservadoras. O nome do ministro do STF sequer foi citado”, escreveu o ex-deputado.

A carta, escrita à mão, foi divulgada pelo advogado de Silveira, Paulo Faria. Em nota publicada junto com a carta, Faria também afirmou que Do Val apresentou “falsas e levianas acusações” e que o senador responderá “civil e criminalmente por seus atos”.

 

Depoimentos

print de carta do preso, ex-deputado federal Daniel Silveira
Reprodução/Twitter 23.07.2023Carta divulgada por Paulo Faria, advogado de Daniel Silveira, na qual o ex-deputado desmente o senador Marco do Val, que alegou que o ex-parlamentar preso sugeriu plano para gravar Alexandre de Moraes, do STF

Silveira, Bolsonaro e Do Val prestaram depoimento à Polícia Federal (PF) sobre o episódio, que é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entretanto, houve divergências nos relatos.

Do Val afirmou que na reunião entre os políticos ele conversa com Bolsonaro sobre “assuntos políticos”, momento em que Silveira teria feito uma interrupção para tratar sobre a “gravação do ministro” com a “finalidade de invalidar as eleições”. Bolsonaro só teria ouvido a proposta, sem se manifestar. O ex-deputado e o ex-presidente negam, no entanto, que esse assunto tenha sido tratado no encontro.

Na carta, Silveira afirma que Do Val pediu a ele que marcasse uma reunião com Bolsonaro porque teria uma “informação importante” sobre o ministro do STF, Alexandre de Moraes. O ex-deputado também diz no texto que somente um “completo idiota” acreditaria na história contada pelo senador.

Na nota divulgada neste domingo, Paulo Faria ainda disse que não foi comunicado previamente do depoimento prestado por seu cliente, que teria durado seis horas. Segundo o advogado, isso viola as prerrogativas dele e configura abuso de autoridade.

Silveira está preso no Rio de Janeiro desde fevereiro deste ano. Ele foi condenado a oito anos e ​nove meses de prisão por ataques e ameaças a ministros da Corte. Sua prisão foi feita em flagrante, por ordem de Alexandre de Moraes, após a publicação de um vídeo no qual o ex-deputado faz críticas aos ministros do STF e defende o Ato Institucional nº 5 (AI-5).

Leia na íntegra a carta de Daniel Silveira:

“A verdade.

– Após audiência pública no Senado sobre “ativismo judicial”, retornei ao meu estado.

– No dia seguinte, por volta das 19h, Marcos do Val me ligou solicitando um encontro com o Presidente. Estranhei o pedido pois nunca havia tido contato com ele, salvo ao acaso no parlamento. Ele afirmou que tinha uma informação importante para passar ao Presidente, contudo não passou o teor, oras, disse se tratar do Alexandre de Moraes, mas, não revelou nada a mim.

– Na semana seguinte o levei ao Presidente, claro, após avisá-lo que Marcos do Val insistir muito. O Presidente o recebeu como qualquer outro parlamentar. A conversa durou pouco tempo, entre 10 min ou pouco mais e peça que não me cobre que seja um cronômetro para marcar tempo de uma porcaria de reunião que se tornou um circo por conta de um palhaço.

– Palhaço este que inventou uma história que torna-se cada vez mais ridícula pelo óbvio. Nem o Presidente, nem eu jamais havíamos visto o membro da Swat, CIA, FBI, Mossad e Tutti quanti, portanto, porque pediríamos a ele, logo a ele, uma idiotice desta? Só um idiota roxo acreditaria nesta baboseira! Ademais porque Alexandre de Moraes confessaria a ele, logo a ele, algo substancial que o incriminasse? Tem que ser um completo idiota para acreditar nesta história, e, fosse verdade, sequer existe crime.

– Durante a famigerada reunião, Marcos do Val apenas elogiou o Presidente e disse que lutaria no Senado pelas pautas conservadores. O nome do membro do STF sequer foi citado, salvo na ligação de que era sobre Alexandre de Moraes a informação.

Fim da história, arquive-se!

Ps: Quem dá ideia para maluco…

 




Tarcísio se mostra gigante; Bolsonaro perde prestígio até dentro do PL

Tarcísio se mostra gigante; Bolsonaro perde prestígio até dentro do PL

Por Valter Nogueira

Entre tantas leituras acerca da aprovação da PEC da Reforma Tributária, destaca-se a articulação direta do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Seu empenho garantiu o apoio de três em cada quatro deputados federais paulistas a favor da proposta.

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A grande imprensa classificou o esforço de Freitas como seu “batismo político nacional”.

A posição de Tarcísio foi divergente do seu mentor político, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Parece que o governador de São Paulo já sinaliza que irá trilhar pelo caminho da personalidade – não como um pau mandado!

O fato de ajudar um colega a chegar a um cargo público eletivo majoritário (prefeito, governador, presidente) não dá direito ao mentor querer guiar os passos do eleito, muito menos interferir em assuntos políticos e administrativos.

São Paulo tem a maior bancada na Câmara Federal: 70 deputados. Do total, 53 parlamentares paulistas votaram a favor, 16 contra e, apenas, uma abstenção, da deputada Sâmia Bomfim (PSOL). Em números redondos, 75% dos votos possíveis favoráveis à reforma.

Tarcísio de Freitas reuniu, em jantar no Palácio dos Bandeirantes, parte da bancada paulista no domingo passado. Em seguida, viajou a Brasília onde se reuniu com governadores, com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Na quinta pela manhã, no encontro do PL, Freitas chegou a ser hostilizado e até chamado pelo ex-presidente de “inexperiente politicamente”.

O empenho pessoal de Tarcísio foi reconhecido antes e depois da votação, quando recebeu uma série de desagravos e elogios, inclusive de Lira, com quem conversou várias vezes nos últimos dias, segundo fontes dos dois lados.

Derrota que poderia ser evitada

Após insucesso na Justiça Eleitoral, Jair Bolsonaro decidiu se envolver diretamente na reforma tributária, posicionando-se contra a PEC. Mais do que isso, tentou, sem sucesso, adiar sua votação na reta final.

A posição de Bolsonaro pareceu como uma tentativa/oportunidade desesperada de medir a sua força política junto à Direita.

Esqueceu, talvez, da máxima: rei morto, rei posto! Novos atores já se apresentam como possíveis lideranças da Direita. Enfim, Bolsonaro perde prestígio até mesmo dentro do seu partido, o PL.

Última

Bolsonaro amargou uma derrota que poderia ter evitado.

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