O vale tudo da política por: Gilvan de Brito

O VALE TUDO DA POLÍTICA
A arte é um substantivo feminino que tem duas conotações: praticar travessuras e peraltices ou para a criação e utilização com vistas a certo resultado obtido por diferentes meios. Na política algumas pessoas escolhem a primeira ou a segunda, dependendo do caráter. Em Brasília assistimos pela TV, diariamente, a maioria dos políticos optar pela malandragem, enveredando por caminhos antiéticos, em defesa de interesses próprios, agressões e outras práticas condenáveis. Vejam o que disse o senador Magno Malta a respeito da agressão ao atleta Vini Júnior, quando 80 por cento dos torcedores do Sevilla, da Espanha, o hostilizaram, com gestos imitando um símio apenas pela cor da pele e as feições negroides: “Respeitem os macacos” declarou o senador. O que dizer de um cidadão abjeto dessa qualidade? Dizer que os eleitores do Espírito Santo desse senador são piores que ele é pouco. Vale dizer, sim, que ele não merece sequer um CPF ou um RG, muito menos um mandato de senador.
Noutro quadro observamos o relator de uma MP do Executivo, interessado em fomentar a desfiguração administrativa do governo, colocar vários “jabutis” na matéria oriunda do palácio do planalto, extinguindo ministérios ou autorizando a continuidade do desmatamento, no país, dentre outras insanidades. Os poderes são independentes e harmônicos entre si, diz a Constituição, não podendo sofrer interferências do Legislativo no Executivo, mesmo assim o presidente da Câmara aceitou os “jabutis” (emendas que não têm nada a ver com a matéria original) e colocou-a em tramitação. Isso para agradar determinado grupo político que usa de todos os meios para alcançar os fins, visando levar o país a uma crise de governabilidade. Esses são os chamados representantes do povo. Há uma máxima que diz: “O povo tem os políticos que merece”, que a cada dia se firma, considerada como verdadeira, com as exceções que confirmam a regra.