STF: ex-presidentes e candidatos são convidados à posse de Rosa Weber

Rosa Weber. Foto: Carlos Moura/SCO/STF

Por Manoela Alcântara

A posse da ministra Rosa Weber como nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), na próxima segunda-feira (12/9), tem 1,3 mil convidados, sendo que 350 estarão em plenário. Os convites foram enviados a chefes dos Poderes, como o presidente Jair Bolsonaro (PL), Arthur Lira (PP), da Câmara, e Rodrigo Pacheco (PSD), do Senado, além de ex-mandatários da República, como Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT.

Os convites para eventos oficiais são de praxe. Rosa Weber, no entanto, fez questão de incluir na lista de seu cerimonial os candidatos que concorrem à Presidência da República nas eleições deste ano.

A cerimônia começará por volta de 17h e terá duração de 1 hora e 30 minutos, com participações presenciais e on-line. O Hino Nacional será executado pela banda militar.

Rosa Weber foi eleita em 10 de agosto como a nova presidente da Corte para o próximo biênio. O nome de Weber já era previsto para assumir o cargo, mas foi referendado em ato de rotina, com 10 votos. Luís Roberto Barroso será o vice-presidente do Supremo.

46 anos de magistratura

Weber assume no lugar de Luiz Fux pelo critério de ser a ministra mais antiga que ainda não ocupou o cargo. “São atos de rotina. Isso, todavia, não ofusca a simbologia deste momento. Realça a instituição. Na verdade, é a ideia matriz que está na Bíblia: Outra geração vai, mas a terra permanece para sempre”, disse Weber em discurso no plenário.

A ministra falou que se sente sensibilizada com o exercício do cargo após 46 anos de magistratura. “Exercer a Presidência do STF, para uma juíza como eu, que está na magistratura há 46 anos, é uma honra. Em especial nesses tempos tumultuados, o exercício desse cargo trata-se de um imenso desafio. Vou procurar desempenhá-lo com serenidade e com a parceria dos senhores e diante da integridade e da soberania da Constituição”.

 




Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba

Foto: Reprodução
Pesquisa presencial do instituto Vox Populi entre eleitores da Paraíba, divulgada pelo Brasil 247 nesta sexta-feira (9), mostra que o  governador e candidato à reeleição pela coligação ‘Juntos Pela Paraíba’, João Azevêdo (PSB), lidera a disputa pelo Palácio da Redenção com 35% das intenções de voto. Em seguida aparecem Veneziano Vital (MDB), com 17%, Nilvan Ferreira (PL), e  Pedro Cunha Lima (PSDB), que registram 13% da preferência do eleitorado, Major Fábio aparece com 1% das intenções.

A sondagem da pesquisa do voto estimulado apontou, ainda, que os demais candidatos não pontuaram. Os eleitores que afirmam que irão votar em branco, nulo são 12%, não sabem ou não quiseram responder são 9%.

Quando apresentado ao eleitor como o candidato do ex-presidente Lula, Veneziano lidera a disputa com 25%, seguido de João Azevedo, com 19%. Nilvan Ferreira, com o apoio de Bolsonaro, tem 14%, enquanto Pedro Cunha Lima, com apoio de Simone Tebet, tem 8%.

Segundo Turno

Em relação ao segundo turno, João Azevêdo vence as eleições em todos os cenários apresentados. Confira abaixo:

WhatsApp Image 2022 09 09 at 18.35.03 - Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba; segundo turno mostra que governador vence em todos os cenários

WhatsApp Image 2022 09 09 at 18.35.03 – Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba; segundo turno mostra que governador vence em todos os cenários

Confira algumas tabelas da pequisa Vox Populi:

WhatsApp Image 2022 09 09 at 18.33.18 1 1 - Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba; segundo turno mostra que governador vence em todos os cenários

WhatsApp Image 2022 09 09 at 18.33.18 1 1 – Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba; segundo turno mostra que governador vence em todos os cenários

Capturar 35 - Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba; segundo turno mostra que governador vence em todos os cenários

Capturar 35 – Vox Populi: João Azevedo lidera disputa pelo governo da Paraíba; segundo turno mostra que governador vence em todos os cenários

A pesquisa Vox Populi ouviu de maneira presencial 1.020 eleitores de 49 municípios da Paraíba, entre os dias 2 e 5 de setembro de 2022. A margem de erro é de 3,1% para mais ou para menos e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-04946/2022.




Após TRE-PB rejeitar registro de candidatura de Ricardo Coutinho, defesa diz que palavra final será do STF

A defesa do ex-governador argumentou, em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (9), que caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A votação em primeiro turno ocorrerá no dia 2 de outubro de 2022 e Ricardo Coutinho está inelegível até 5 de outubro de 2022, após ser condenado pelo TSE a inelegibilidade. (Foto: ClickPB/Arquivo)

 

Após o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) indeferir o registro de candidatura de Ricardo Coutinho ao Senado, nas Eleições 2022, a defesa do ex-governador argumentou, em nota divulgada na tarde desta sexta-feira (9), que caberá recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Ainda na nota assinada pelos advogados Igor Suassuna e Eduardo Cavalcanti, a defesa aponta que a palavra final será no Supremo Tribunal Federal (STF) para o indeferimento ou deferimento do registro de candidatura de Ricardo a senador.

A votação em primeiro turno ocorrerá no dia 2 de outubro de 2022 e Ricardo Coutinho está inelegível até 5 de outubro de 2022, após ser condenado pelo TSE a inelegibilidade.

Confira, abaixo, a íntegra da nota da defesa de Ricardo Coutinho

Em que pese a decisão do Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, proferida na data de hoje (09/09/2022), julgando procedente a impugnação contra o registro da candidatura de Ricardo Coutinho, deve-se informar que, além de caber recurso para o TSE, incumbirá ainda ao STF dar a palavra final sobre a candidatura de Ricardo Coutinho.

João Pessoa, 09 de setembro de 2022.

Igor Suassuna de Vasconcelos

OAB/DF 47.398

OAB/PB 28.806-a

Eduardo de Araújo Cavalcanti

OAB/PB 8.392

www.reporteriedoferreira.com.br/clickpb




Homem é suspeito de assassinar sobrinho em Uiraúna Pb

O início das investigações apontam para um possível crime de motivo passional (Foto: Reprodução)
O início das investigações apontam para um possível crime de motivo passional (Foto: Reprodução)

Um crime de homicídio que teve como vítima o jovem Wagner Daniel, conhecido como “Galego” que tinha 19 anos, foi registrado na manhã desta sexta-feira (09), no interior de um lava jato localizado na Rua Joaquim Marcelino de Lira, no município de Uiraúna.

De acordo com informações, a vítima estava trabalhando quando teria sido surpreendido por vários disparos de arma de fogo, que vieram a lhe atingir na região da cabeça e outras partes do corpo. Após o crime praticado, o atirador foragiu tomando destino incerto, e de acordo com informações de testemunhas, o suspeito seria um tio da vítima.

Uma unidade de resgate do SAMU foi acionada para prestar socorro, mas ao chegar no local constatou que Wagner Daniel não havia resistido e veio a óbito. A Polícia Militar isolou o local do crime, até a chegada do delegado de plantão e dos peritos da Polícia Civil.

Após a realização dos procedimentos necessários, o corpo da vítima foi levado ao IML de Cajazeiras para ser feita a necropsia. Mesmo com as diligências realizadas, o suspeito de praticar o crime não foi localizado. O início das investigações apontam para um possível crime de motivo passional.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
www,reporteriedoferreira.com.br  / Fonte:  Debate Paraíba



Juiz envia para Justiça Federal ação da Calvário contra Ricardo e outros 13 réus

O juiz Adílson Fabricio, da 1ª Vara Criminal de João Pessoa, encaminhou nesta sexta-feira (9) para Justiça Federal processo que tem o ex-governador Ricardo Coutinho e outras 13 pessoas como réus por suposta fraude em licitação na compra de livros e esquema de desvios de recursos para pagamento de propina a agentes públicos e políticos. Ele ainda enviou o processo para análise da Justiça Eleitoral para analisar a competência da Justiça Federal.

A decisão aconteceu a partir de pedido apresentado pelo ex-procurador geral do Estado, Gilberto Carneiro e a ex-secretária de Educação, Márcia Lucena. O magistrado argumenta que o suposto desvio envolve recursos federais, tornando o julgamento do caso competência da justiça federal.

“Diante do exposto, julgo procedente, as exceções de incompetência interpostas por GILBERTO CARNEIRO DA GAMA e MARCIA DE FIGUEIREDO LUCENA, declarando-me incompetente para julgar a ação penal 08012380- 62.2021.8.15.2002, declinando para uma das varas federais criminais da capital”, decidiu o juiz.

Segundo o pedido dos réus, a ação criminal envolve suposto desvio de recursos do Fundeb, que os qualifica como verba federal, em contrato firmado entre a Secretaria de Educação e a Editora GRAFSET LTDA.

Conforme os autos, no contrato teria havido o desvio de aproximadamente 45% do valor do negócio, para fins de propina, com atuação de Pietro Harley e Coriolano Coutinho.

Foram denunciados pelo Gaeco/MPPB o ex-governador Ricardo Coutinho; o irmão dele, Coriolano Coutinho; o ex-procurador geral do Estado Gilberto Carneiro; a ex-prefeita do Conde, Márcia Lucena; a ex-secretária de Administração Livânia Farias (Colaboradora), o ex-secretário executivo do Turismo, Ivan Burity (Colaborador); Leandro Nunes (Colaborador); o ex-presidente estadual do PSB, José Edvaldo Rosas; Maria Laura (Colaboradora); Aparecida de Fátima Uchôa Rangel; Wladimir Neiva; Jadson Alexandre; Marcos Aurélio Paiva; Raul Maia; o empresário Pietro Harley; e o ex-secretário de Saúde, Waldson de Souza.

MaisPB




Colisão frontal entre carro e caminhão na Pb 057 mata jovem

Jovem morre em colisão frontal entre carro e caminhão quando voltava de vaquejada

Um jovem morreu vítima de uma colisão frontal entre um carro e um caminhão quando voltava de uma vaquejada, na manhã dessa quinta-feira (8), nas imediações de Mamanguape, na PB-057, no Litoral Noter da Paraíba.

Conforme apurou o Notícia Paraíba, o colisão aconteceu, quando o jovem dirigia o carro em uma curva e não conseguiu frear o veículo a tempo, após perder o controle o controle da direção.

A vítima, identificada como Jonatas Davi, de 22 anos de idade, estava seguindo viagem sozinho com destino a Itapororoca, onde morava e trabalhava como mecânico.

Jonatas, que era pai de um menino, não resistiu a força do impacto e morreu ainda no local.

O motorista do caminhão sofreu ferimentos leves e não precisou de socorro.

Após prestar depoimento à polícia, o caminhoneiro foi liberado.




Charles III: príncipe que esperou uma vida para ser rei 

Antes tarde do que nunca! Charles passou os 70 anos do reinado da monarca, a rainha Elizabeth II (sua mãe), para, enfim, assumir a coroa britânica. Até ontem, ele foi o herdeiro do trono britânico que mais esperou para assumi-lo. Ele é, também, o herdeiro mais velho a iniciar um reinado, aos 73 anos, passando a ser chamado de rei Charles III.

Após a coroação, o rei Charles III terá um grande desafio: conquistar a mesma popularidade da mãe, que por sete décadas se afirmou como um símbolo de estabilidade e unidade, ajudando a manter a instituição da monarquia sem muitos questionamentos.

A tarefa não será fácil!

Pesquisa divulgada no primeiro semestre deste ano apontou que 75% dos britânicos avaliavam positivamente Elizabeth. A porcentagem foi de 42% para Charles, mais baixa que a do seu filho William, que aparece com 66%.

A propósito, há muito já se fala na Inglaterra que Charles, após a morte da rainha, deveria renunciar ao cargo de rei, passando assim o trono pra o filho William.

Futuro

Haverá o funeral da rainha Elizabeth II, seguida dos preparativos para a coração. Depois, Charles III iniciará, de fato, o seu reinado.

A popularidade a conquistar dependerá muito de suas ações, da reação do público à coroação, de como o próprio Charles se comportará, e do apoio que o governo lhe der, segundo avalia especialistas em assuntos da monarquia britânica.

Charles teve bastante tempo para se acostumar aos compromisso oficiais da realeza. Nos últimos anos, devido à saúde debilitada da rainha Elizabeth II, ele já vinha assumindo várias funções protocolares da mãe.

Nessa nova e nobre missão, terá o apoio da esposa, Camilla Parker  – Duquesa da Cornualha -, que passa a receber o título de rainha consorte.

Eu vi a Rainha

Em junho de 2005, tive a oportunidade de ver a rainha Elizabeth II, por ocasião das festividades alusivas ao seu aniversário.




Paraíba quanto cada candidato a governador da Paraíba recebeu de seus partidos para a campanha

Candidatos ao Governo da Paraíba – 2022

Os candidatos Veneziano Vital do Rêgo, do MDB, com R$ 5 milhões, e João Azevedo, com R$ 4 milhões, são os dois concorrentes ao cargo de governador com mais recursos recebidos para a campanha eleitoral.

Em relação aos outros dois candidatos que aparecem cotados para disputar o segundo turno, Nilvan Ferreira, do PL, e Pedro Cunha Lima, não há dados na prestação de contas, de forma, que fica prejudicada informação em saber quanto cada um teria recebido para despesa de campanha.

Major Fábio, do PRTB, recebeu R$ 8.400,00 de doações particulares, Antônio Nascimento, do PSTU, recebeu R$ 24.500,00 , sendo R$ 23 mil do partido e R$ 1.500,00 de doações particulares.

Não há dados sobre a receita de campanha d candidata Adjany Simplício, do Psol.




Primeira vitória: Fundo partidário é depositado na conta de Ricardo Coutinho; veja o valor

Já está na conta de campanha do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), recursos do Fundo Partidário. Foram depositados R$ 193.850,00, conforme dados do site divulgacandcontas, do Tribunal Superior Eleitoral.

No entanto, há uma decisão Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PB), proibindo o candidato a utilizar o dinheiro, por conta da sua condição de inelegibilidade.

O ex-governador, candidato ao Senado Federal, poderá pagar multa de R$ 100.000,00 em caso de descumprimento da decisão.

Além desses recursos, consta mais R$ 126.350,00 de doação de pessoas físicas.

Por PalavrasPb.com




Rainha Elizabeth II morre aos 96 anos

A Rainha Elizabeth II faleceu aos 96 anos de idade. A monarca, que ocupou o trono britânico por mais de sete décadas e foi uma das monarcas mais longevas da história, deve ser sucedida pelo filho mais velho, o príncipe Charles, de 73 anos.

Na quinta-feira (8), o Palácio de Buckingham emitiu um comunicado falando sobre o estado de saúde delicado da monarca. Na ocasião, Membros da família real foram chamados para ir ao palácio de Balmoral, na Escócia, residência de férias onde Elizabeth II estava há mais de uma semana.

A história

Elizabeth Alexandra Mary, conhecida a partir de 1952 como rainha Elizabeth II, nasceu em Londres, no dia 21 de abril de 1926. Ele era filha de Albert Frederick Arthur George, o duque de York, e de Lady Elizabeth Bowes-Lyon. Durante o nascimento de Elizabeth, o rei do Reino Unido era Jorge V, e seu pai, o duque de York, era o segundo na linha de sucessão ao trono inglês.

Elizabeth virou herdeira direta do trono quando seu tio, Eduardo VIII, abdicou do trono para casar-se com uma norte-americana divorciada chamada Wallis Simpson. Com isso, Elizabeth tornou-se a herdeira imediata ao trono britânico. No entanto, como mencionado, se seu pai tivesse um filho, este tomaria seu lugar na linha de sucessão. Quando seu pai foi coroado rei do Reino Unido, Elizabeth tinha apenas 10 anos de idade.

Leia Mais: Qual membro da família real tem o mesmo signo que você?Elizabeth casou-se em 20 de novembro de 1947 com Philip, príncipe da Grécia e da Dinamarca. Ele faleceu aos 99 anos em 9 de abril de 2021. Ele foram casados por 73 anos.

Aos 25 anos, Elizabeth tornou-se rainha do Reino Unido, no dia 6 de fevereiro de 1952, o dia que seu pai, Jorge VI, faleceu. Neste ano, a Rainha completou 70 anos de reinado e se tornou o primeiro monarca britânico a celebrar o Jubileu de Platina.

Desde a morte do marido, o príncipe Philip a rainha vinha diminuindo o número de compromissos oficiais, que se tornaram cada vez mais esparsos na agenda da soberana depois que ela teve Covid-19 em 2022. No dia 2 de junho, ela deu íncio às festividades do jubileu de platina, festejando seus 70 anos de reinado. Aguentou com garbo o primeiro dia do aniversário especial, acompanhada por membros de sua família na varanda do Palácio de Buckingham, mas, “indisposta” se ausentou da missa na Catedral de São Pedro em sua homenagem.

A soberana já vinha apresentando problemas de mobilidade, passando a andar com o auxílio de uma bengala. A preocupação com sua saúde levou seus médicos a cortarem os drinques diários que ela consumia, reduzir suas atividades e evitar que ela se estressasse, tarefa cada vez mais difícil nos últimos tempos.

Conhecida por ser discreta e rigorosa com na preservação da realeza, a rainha enfrentou duros golpes recentemente. Além da perda do duque de Edimburgo, viu o filho favorito, o príncipe Andrew, de 62, envolvido em um escândalo sexual. Acusado de manter relações sexuais com uma adolescente de 17 anos em 2001, a quem teria apresentado pelo pedófilo Jeffrey Epstein, Andrew fez uma acordo financeiro com ela para o caso não ir adiante como processo criminoso e foi afastado das funções na Família Real.

A monarca também viu o príncipe Harry, filho mais novo de Charles e da princesa Diana, que morreu em 1997, deixar a realeza com a mulher, Meghan Markle. O casal, bastante atacado pelos tabloides britânicos, se mudou para os Estados Unidos, onde está criando os filhos, e já deu várias entrevistas sobre a vida na Família Real, inclusive acusando um de seus membros de racismo.

As duas crises não foram as primeiras no longuíssimo reinado de Elizabeth II. Ela sofreu com os rumores nunca confirmados sobre os problemas em seu casamento com Phlip; os escândalos envolvendo a irmã, a princesa Margareth, nos anos 60 e 70; e a erosão do casamento de Charles e Diana, marcada pela traição do futuro rei com Camilla Parker-Bowles, que virou manchete dos jornais e foi explorado em detalhes em um livro sobre sofrimento da princesa no casamento conto de fadas – uma constrangedora conversa entre o príncipe e amante, na qual ele dizia que ‘queria ser um absorvente interno’ para viver em Camila.

Muito religiosa, a rainha, que era chefe da Ingreja Anglicana, viu ainda Andrew e Sarah Ferguson se separando e a única filha, a princesa Anne, pondo um fim na união com Mark Philips, que já tinha tido um filho fora do casamento. Em 1992, em seu discurso anual, com os problemas de três dos quatros filhos, mais um incêndio que destruiu parte do Castelo de Windsor, desabafou em latim, em seu discurso anual: “annus horribilis”, ou, em latim, um ano de eventos extremamemte ruins.

Fase pior só em 1997, quando Diana morreu em um acidente de carro. A comoção popular, somada à reação na internet, foi algo para o qual a realeza não estava preparada, e a rainha, que demorou dias para se posicionar sobre a morte da ex-nora, viu sua popularidade despencar. Não demorou tanto assim para Elizabeth II voltar a ser querida pelos súditos – e respeitada até por aqueles contra a monarquia.

Figura principal em uma instituição cuja validade é constantemente questionada, tanto politicamente quanto em termos práticos de custos para os cofres do Reino Unido, a rainha recuperou a confiança e popularidade usando suas grandes armas: paciência e tempo.

Rainha Elizabeth, Camilla Parker e Príncipe Charles em evento em 2022 (Crédito:Reprodução/Instagram)

Com Charles ela planejou o futuro do príncipe William e Harry, de forma que o primeiro fosse preparado para assumir o trono e o segundo não sofresse com a síndrome do “segundo filho do rei”, aquele cujo maior papel é garantir que, caso o irmão mais velho não chegue a reinar por qualquer razão, a linha sucessória continue sendo direta – no caso os filhos de Charles e não os de Andrew. Manteve os filhos de Diana o mais isolados possível da imprensa, fez com que eles abraçassem desde cedo causas humanitárias. Aceitou Camilla, depois de anos de preparação para o papel, como mulher de Charles; começou a preparar a geração dos netos para garantir o futuro da monarquia.

LEGADO
Para muitos analistas, este talvez seja o verdadeiro legado de Elizabeth II: A continuidade à monarquia no Reino Unido. A Família Real recebe do governo o Soverign Grant (Subsídio Soberano), que já chegou a R$ 440 milhões em 2019-2020, e as críticas aos gastos públicos com a manutenção de toda a estrutura real, financiada também pela renda privada da rinha, aumentam a cada nova crise.

Elas já existiam quando Elizabeth, então uma menina, viu o tio, Edward VIII, abrir mão do trono para se casar com a americana Wallis Simpson, mais velha que ele e divorciada. O escândalo levou seu irmão, o pai da rainha, George VI, a assumir o trono. Elizabeth II, assim como sua mãe, nunca perdoou o tio por ter abdicado sem ter antecipado a George que ele seria rei e preparado o nobre para ser rei.

Ao contrário do pai, desde os 10 anos, com a abdicação, ela passou a ser moldada para a função, tendo aulas com tutores privados das melhores escolas do país. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Rainha Mãe Elizabeth se recusou a deixar Londres, e a futura rainha fez parte do Serviço Territorial Auxiliar, onde treinou como motorista e mecânica, sendo promovida a comandante júnior honorária. Também foi nomeada como parte do Conselho de Estado do pai, caso algo acontecesse a ele.

Em 1953, já casada e mãe de dois filhos, Elizabeth II foi coroada na Abadia de Westminster, em uma cerimônia transmitida pela televisão. Ao contrário do próprio pai, que se chamava Albert, não quis adotar um nome régio e avisou que iria reinar com o seu nome de batismo.

No ano anterior, já tinha decidido que a casa real continuaria sendo Casa de Windsor, o nome de sua família, contrariando a tradição, que ditava que deveria mudar para o sobrenome do marido.

Philip era príncipe da Grécia e Dinamarca, mas foi expulso com a família do primeiro país quando a monarquia foi derrubada em 1922. Militar, conheceu Elizabeth quando ela tinha 13 anos – reza a lenda que a futura rainha se apaixonou na hora e aceitou o pedido de casamento, em 1946, sem consultar os pais. Para que a união fosse adiante, ele teve que renunciar seus títulos, se converteu da Igreja Ortodoxa Grega para o anglicanismo, se afastou de parentes, inclusive as irmãs, que tivessem qualquer forma de associação ao nazismo.

Ele também passou a usar o nome de Philip Mountbatten, o sobrenome do lado inglês da família de sua mãe. O sobrenome “Mountbatten-Windsor” acabou sendo adotado para os descendentes de Philip e Elizabeth que não possuem títulos reais, como Archie e Lilibeth, os filhos de Meghan e Harry, ou quando os que têm precisam por alguma razão usar um sobrenome. Uma forma, dizem, de apaziguar o príncipe, que como consorte real tinha papel bem menor que a esposa.

Com quatro filhos, Charles, Anne, Andrew e Edward, e um cargo sem funções políticas de fato, a rainha viu nações que faziam parte do Império Britânico, aquele onde o sol nunca se punha, se tornarem independentes. Raramente se manifestava sobre acontecimentos mundiais, mas criticou, com tato e discrição, algumas decisões dos primeiros-ministros aos quais sobreviveu e movimentos políticos que testemunhou.

Visitou vítimas dos atentados terrorista em Londres em 2005 e do show da cantora Ariana Grande em 2017, o que não surpreendeu os súditos: ao longo de décadas de vida pública, Elizabeth II foi patrona de centenas de instituições de caridade, com os mais diversos fins, tendo uma agenda cheia de compromissos oficiais. Viajou o mundo inteiro e veio ao Brasil em 1968 com o marido, passando por Recife, Salvador, Brasília, São Paulo e Rio, onde viu um amistoso no Maracanã com Pelé, Gerson, Jairzinho e Clodoaldo.

www.reporteriedoferreira.com.br / Isto é