A MORTE QUE INCENDIOU O BRASIL;  Por Rui Leitao 

A MORTE QUE INCENDIOU O BRASIL;  Por Rui Leitao

Há exatamente cinquenta e tres anos, num final de tarde, alguns estudantes planejavam uma passeata programada para o dia seguinte, exigindo melhorias nas condições de higiene do restaurante Calabouço, localizado no Aterro do Flamengo, quando policiais invadiram o local usando da violência. Os estudantes secundaristas que diariamente jantavam ali, foram surpreendidos com o ataque e tentaram se defender reagindo com o arremesso de pedradas.

Foi o suficiente para que disparassem vários tiros contra eles. Entre os estudantes presentes, estava o jovem de dezesseis anos, Édson Luís de Lima Souto, atingido por uma bala no peito que lhe causou morte imediata. Viria a ser o fato determinante de uma grave crise que viveria o país. O corpo do estudante foi levado nos ombros pelos colegas até a Assembleia Legislativa onde passaria toda a noite sendo velado por milhares de pessoas, num clima de muita tensão e revolta. Os teatros cariocas, ao tomarem conhecimento do assassinato, suspenderam seus espetáculos e convocaram os expectadores a participarem do velório.

O enterro do estudante foi acompanhado por mais de cinquenta mil pessoas, cujo cortejo percorreu várias ruas do Rio de Janeiro, recebendo a solidariedade da população por onde passava. Iniciava-se, naquela oportunidade, em todo o Brasil, um período de grande agitação que perdurou por todo o ano de 1968. Em João Pessoa os estudantes do Liceu realizaram comício relâmpago em frente ao colégio, na Avenida Getúlio Vargas, no momento em que Édson Luís era sepultado. Discursos inflamados das lideranças estudantis paraibanas defendiam a decretação de uma greve geral em solidariedade ao movimento paredista que sinalizava acontecer em todo o Brasil.

A manifestação foi improvisada pelos alunos do curso noturno do Liceu, mas logo recebeu a adesão de outros educandários e dos que frequentavam as escolas no período diurno. A vida brasileira foi incendiada por sucessivos acontecimentos que envolviam não só estudantes, mas também os intelectuais e as organizações sindicais. Na Paraíba não foi diferente. Os estudantes nas ruas e a repressão do governo acontecendo, de forma violenta, constituíram=se marcos históricos do enfrentamento à ditadura militar em nosso Estado. O assassinato do estudante Édson Luís causou forte repercussão nos meios políticos.

A Assembleia Legislativa da Guanabara, para onde o corpo foi levado e permaneceu até a hora do sepultamento, abriu sessão em caráter extraordinário com sucessivos e exaltados discursos dos parlamentares em solidariedade aos estudantes que ocupavam as escadarias do edifício, na Avenida Floriano Peixoto. Osmar de Aquino em discurso na Câmara Federal, afirmou: “A juventude que tem sido a grande vanguarda da libertação nacional, tem sido vítima de uma real perseguição. É a luta do velho contra o novo, do reacionarismo mais primário contra o futuro”.

Na Paraíba, o deputado estadual Mário Silveira em discurso declarou: “Esses arreganhos de prepotência, esses insultos ao direito do homem e do cidadão, são uma prova de que este dispositivo montado em 1964 está sofrendo um processo de decomposição”. A comoção nacional continuava. As agitações estudantis deixavam o governo em regime de alerta. O movimento ganhava apoio importante de parcelas da sociedade que passavam a reconhecer os estudantes como seus representantes nas manifestações de oposição ao regime. A tragédia do Calabouço potencializou a insatisfação geral contra a ditadura.

www.reporteriedoferreira.com.br  PorRui Leitão-Jornalista, advogado e escritor




UFPB suspender aulas até 4 de abril seguindo decreto federal

A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) mudou de ideia quanto ao funcionamento da instituição. Depois de informar que manteria suas atividades normais, seguindo decreto federal, a reitoria emitiu uma nota na noite desta sexta-feira, 26, esclarecendo à comunidade universitária que, em observância ao Decreto 41.120/2021, publicado no final da tarde de hoje (26/03/2021) pelo Governo do Estado da Paraíba, suspendeu todas as aulas no período de 27 de março a 04 de abril de 2021.

As atividades administrativas serão realizadas remotamente, consonante com a Instrução Normativa SGP/SEDGG/ME No 37/2021. Portanto, todos os campi da UFPB estarão fechados no período citado.

A decisão da UFPB foi tomada depois que o procurador geral do Estado, Fábio Andrade, admitiu recorrer à Justiça para que a instituição seguisse o decreto estadual, que prevê multa de R$ 50 mil em caso de descumprimento.

O decreto governamental com mais restrições até o dia 4 de abril foi baixado como forma de conter o avanço do novo coronavírus na Paraíba, que atualmente tem uma média de 41 mortes diárias causadas pela doença.

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Semana Santa: Arquidiocese da Paraíba mantém missas com fieis suspensas

A Arquidiocese da Paraíba decidiu nesta quinta-feira (25) manter as celebrações religiosas, inclusive as da Semana Santa, sem a presença de fieis em suas paróquias.

De acordo com as informações confirmadas pelo arcebispo dom Manoel Delson, o momento é delicado  e merece que as restrições sejam seguidas.

“A Igreja é essencial porque Deus é essencial. Mas entendemos que temos como viver a nossa fé com algumas restrições, por um período de tempo, fazendo disso um exemplo de cuidado com a vida das pessoas. Acreditamos que, juntos, Igreja, sociedade e poderes públicos, poderemos vencer essa pandemia”, disse durante entrevista à Arapuan.

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Feriadão na Grande JP; horário de funcionamento dos trens e dos ônibus durante a vigência da medida.

www.reporteriedoferreira.com.br  assessoria 

 




Butanvac: Butantan envia pedido à Anvisa para iniciar testes clínicos

Instituto pretende ter 40 doses disponíveis para aplicação já em julho deste ano

Butanvac, vacina do Instituto Butantan
Reprodução: BBC News Brasil

Butanvac, vacina do Instituto Butantan

O Instituto Butantan enviou à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), na noite desta sexta-feira (26) o pedido para iniciar os testes clínicos da Butanvac, nova candidata a vacina contra Covid-19.

Segundo o Butantan, a vacina será de produção 100% nacional, sem a necessidade de importação de insumos. O Instituto anunciou que o imunizante leva em conta as variantes, como a brasileira, e utiliza a mesma tecnologia da vacina da gripe.

Uma vez obtida a autorização, os testes podem ser realizados já em abril, disse Dimas Covas, diretor do Instituto, em coletiva realizada nesta sexta-feira.

 A expectativa é que a vacina comece a ser fabricada em maio, e que 40 milhões de doses estejam disponíveis a partir de julho, mas dependem de aval da Anvisa para serem usadas.

www.reporteriedoferreira.com.br Por Ig